A RODA DA FORTUNA – IOD
1.1 Elementos constitutivos ou relacionados
Sephirah: | Malkuth e Kether, este no segundo ciclo | |
Signo do sendeiro: | Virgem | |
Elemento zodiacal: | Terra | |
Trilogia elem. sephirótico: | Terra no primeiro ciclo ou Fogo do Fogo no segundo ciclo | |
Planeta do sendeiro: | Mercúrio. | |
Arcanjo do signo: | Hamaliel (המליאל) | |
Velas: | 3 verdes claro | |
Incenso: | [Canela, sementes de louro, jasmim, benjoim, casca de limão, maçã] | |
Letras: | Yod-Vov-Daleth | |
Gemátria: | 10+6+4= 20 = 2+0 = 2 20 = mesmo valor que Khaf | |
Valor numérico: | 10 | |
Armas mágicas: | A lâmpada e a varinha (Força Viril reservada), o pão, a varinha de lótus | |
Poder mágico ou oculto: | Invisibilidade, Partenogênese, Iniciação. | |
Forças em ação: | A força de Hesed que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Tiphereth pelas vias de Virgem. | |
Sendero: | 20, que une Hesed a Tiphereth. | |
Texto yetzirático: | O 20º caminho é a Inteligência da Vontade. É assim chamado porque é o meio de preparação de tudo e de cada ser criado, e, por essa Inteligência se adquire o conhecimento da existência da Sabedoria Primordial. | |
Cor em Atziluth: | Verde amarelado | |
Cor em Briah: | Cinza ardósia | |
Cor em Yetzirah: | Cinza verde | |
Cor em Assiah: | Cor da ameixa |
1.2 Caminho 20º
A Roda da Fortuna = A Misericórdia da Harmonia materializada. A magnificência da Soberania externadas pelas vias do material em Virgem. Júpiter atuando através de Virgem sobre o Sol. Hesed, que expressam o Poder Divino, centro do qual emana todo o poder atuando através de Virgem sobre Tiphereth, o centro que se expressa pelas vias da consciência, Vontade executiva a nível prático, harmonia; o “Yod” do Mundo de Briah atuando através de Virgem sobre o “Vô” do Mundo de Briah, Fogo da Água atuando através de Virgem sobre o Ar da Água.
O 20º caminho é a Inteligência da Vontade. É assim chamado porque é o meio de preparação de tudo e de cada ser criado, e, por essa Inteligência se adquire o conhecimento da existência da Sabedoria Primordial.
Em Tiphereth nos deparamos com um cruzamento dos sendeiros de modo que Hesed e Hod (caminhos 20º e 26º) encontram-se unidos neste ponto e também se encontram em Tiphereth Geburah e Netzah (caminhos 22º e 24º)[1]. O sendeiro 20º forma a parte superior desta cruz já que Hesed vem primeiro no raio descendente onde Tiphereth representa a Kether (outro cruzamento) em um nível inferior sendo, portanto, o estruturador da Vontade do Pai nos níveis mais abaixo. Neste cruzamento ainda, Tiphereth, através de Yesod se projeta a Malkuth, o que vale dizer, em nosso o cérebro físico, fornecendo as ideias volitivas, projetos a realizar-se. E é por esse Caminho (20º) que Tiphereth recebe os argumentos para convencer a personalidade mortal da existência de Hochmah ou da Sabedoria primordial.
Enquanto as realidades aportadas pela coluna da esquerda se descobrem pela experiencia, ou seja, não precisam ser demonstradas, na coluna da direita encontra-se em um envoltório material que não se vê, mas encontram-se encobertas as evidências que permitirão um dia descobri-las. Assim as Dominações (Hesed) e as Virtudes (Tiphereth) se juntam aqui para auxiliar na demonstração da existência primordial e consequentemente desta vontade primeira.
O 20º caminho une a Consciência Crística de Tiphereth (responsável pelo conhecimento, compreensão acerca da Vontade do Pai onde a experiência espiritual consiste no mistério da crucificação que representa o cumprimento da Vontade divina sobre a matéria) com Hesed a esfera onde a primeira manifestação desta Vontade é conhecida como fruto e semente de um novo ciclo e, como esta ligação é feito por Virgem, um signo terrestre, é de supor que esta vontade seja levada aos níveis mais baixos.
Uma das coisas mais difíceis ao ser humano é saber o que quer. Percebemos que este caminho está bastante relacionado a Vontade do Pai eis que no texto yetzirático esse caminho é denominado “Inteligência da Vontade… …pela qual se adquire o conhecimento da existência da Sabedoria Primordial (de Hochmah)”, o conhecimento das realidades espirituais nos níveis superiores. A letra hebraica “Yod” é a primeira do nome sagrado יהוה – “Yod-He-Vô-He” e representa a semente, Vontade primeira, mas hieroglificamente representa ainda o dedo indicador, o mais ativo de todos, que manifesta a Vontade. De outro lado Tiphereth expressa o Filho e compete a este fazer a Vontade do Pai, assim, este caminho nos auxilia a compreender o que vem a ser esta Vontade, o que queremos e está tão fundo em nós que não conseguimos acessar.
A nível humano este sendeiro deve ser um vivificador da Fé, não no intuito de uma Fé sem compromisso ante a realidade transcendente onde se vai a uma cerimônia uma vez por semana, quanto mais de forma inconsciente, mas que seja demonstrada mediante a realidade viva de modo que quando a razão compreende a existência do primordial então se deduz a necessidade de atuar de acordo com a máquina cósmica a fim de se evitar o fracasso.
Nosso trabalho na terra consiste exatamente em fazer a Vontade do Pai. Quando este trabalho fracassa, a Mônada também deixa de ganhar e por vez, quando a personalidade humana decai em grande escala e coloca tudo a perder a Mônada dá um “reset” e começa tudo do zero. O “reset” pode ocorrer no final de um ciclo de existências ou mesmo durante este quando a situação é muito crítica, quando a degeneração, a maldade humana chegou a grande escala.
A teoria da metempsicose reza que cada ser humano tem 108 existências (108 contas do colar de Budha), para cumprir a Vontade do Pai, e que passado este período desce aos seus abismos internos depois de involucionar pelos reinos da natureza (animal, vegetal, mineral) e permanece lá por um longo período até que desintegre os substratos inumanos para posteriormente retornar em evolução progressiva pelos reinos da natureza (mineral, vegetal, animal, humano – simbolizado pelos raios da Roda do Samsara). Consta ainda que este ciclo pode se repetir por até 3000 vezes. A cada uma das descidas aos reinos submersos cumpre-se o extrato bíblico que diz:
Mateus 8:12 “E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger [choro e bater] de dentes.”
Este sendeiro e ativado pelas Dominações (Hesed) e pelas Virtudes (Tiphereth) conjuntamente. O caminho de ida pela árvore é regido pela Dominação 29 4->6: REIYEL e o caminho de volta pela Virtude 43 6->4: VEULIAH.
Os aspectos entre Júpiter e Sol, tais como quadratura, conjunção ou oposição, no mapa natal são indícios de que o indivíduo está trabalhando neste sendeiro.
1.3 Letra-força י
Iod é a decima letra força – é uma letra simples. Na tabela das letras hebraicas o Iod (10) encabeça a segunda fileira de letras e situa-se a esquerda do Aleph (1). Então o que temos aqui é um retorno a Unidade (1+0=1) e significa ainda a interiorização de Aleph (em seu segundo ciclo). Basta lembrar que Aleph é a semente, o manancial de todas as coisas e o Yod seu interiorizador, ou seja, a semente-força que atua a partir de nosso interior e daí vem a criação de todas as coisas, de dentro para fora. Podemos concluir que Yod é o Aleph em sua fase “He”
A letra força Iod expressa hieroglificamente o dedo indicador na posição de mando, de ordenar, uma manifestação de dentro para fora, do microcosmos-Homem ao macrocosmos-Universo com a ideia de duração. De outro lado esta letra apresenta a forma fálica o que indica o cabedal energético de Aleph como macrocosmos atuando a partir do interno.
1.4 Imagem, figura
Temos a imagem de uma roda que gira sobre seu eixo, no interior da roda (em algumas cartas) localiza-se o hexagrama de Salomão que gira junto com a roda, símbolo do macrocosmos e indicação do campo de atuação deste signo. A direita sobe Anúbis (o Juiz da Lei) que segura um caduceu com três circunvoluções e do ouro lato desce Typhon Baphometo (o crocodilo com cabeça humana) o Arcano do mal. No alto uma esfinge que segura uma espada entre as garras de um leão.
Inicialmente temos a ideia do ternário onde Anúbis (cinecéfalo) e positivo, Typhon e negativo, a esfinge representa o equilíbrio. De outro lado vem a ideia de eternidade já que a roda não tem começo e nem fim. Esta carta é o ponto de equilíbrio entre o 7 e o 13, entre a multiplicidade de objetivos e a morte.
No taro egípcio vislumbramos duas serpentes nas águas da vida, uma positiva-solar e outra negativa-Lunar, a serpente tentadora do Éden. No meio da carta vem a Roda da Fortuna ou Roda do Destino, roda da reencarnação e do karma (roda de Ezequiel) também conhecida como “Roda do Samsara” a roda da metempsicose ou roda das mortes e nascimentos, da transmigração das almas.
Esotericamente afirma-se que depois de 108 existências a roda da uma volta completa involuindo pelos reinos animal, vegetal, mineral e depois volta a subir pelos reinos vegetal, animal e novamente o humano (os raios da roda) para outro ciclo de 108 existências com o objetivo de evoluir para o reino angélico e acima. Em uma teoria mais elaborada a roda possui oito raios e representa os estados humano que desce para humanoide (macacos), animalóide (cocumelos), vegetalóide (semelhante ao vegetal), mineralóide (semelhante ao mineral), e sobe para mineral, vegetal, animal, e humano novamente.
Ocorre que se a natureza possui um aspecto construtivo, de outro lado possui também um aspecto destrutivo de desagregação, dissolução, trata-se de uma Lei funcional e tudo ocorre em grande escala, tudo evoluciona e involuciona, sobe e desce, cresce e decresce, flui e refluí, em tudo existe a sístole e a diástole de acordo com a Lei do Pêndulo. Tudo o criado se desenrola neste processo de forma coordenada e harmoniosa. Involução e evolução fazem parte da própria mecânica da natureza e que estão aparte do que vem a ser a autorrealização intima do homem pois esta não tem nada a ver com as Leis mecânicas da natureza, mas as transcende com trabalhos conscientes, superesforços, como demonstra a carta 10 – o leão acima da roda. A única coisa que se salva, que não se desintegra neste processo é a Essência, o Budhata, uma fração de nossa Alma Humana (em Tiphereth – pois a Alma Divina fica mais acima em Geburah e o Íntimo em Hesed). Este processo tem por objetivo liberar a Alma Humana do ego para que posteriormente reinicie seu processo evolutivo, mas, daí surge a chamada “porca lavada”, pois ao regressar aos mundo acima dos mundos infernos o indivíduo volta a cometer os mesmos erros e repete o ciclo. Saí a necessidade de superesforços para fugir da mecânica de evolução e involução para ingressar na revolução..
Esta roda repete o procedimento por 3000 oportunidade sendo que se fracassar em todas as oportunidades ao final esta essência passa por um processo doloroso e volta ao seio divino sem o mestrado, sem auto realização, poderes, etc., mas feliz. A cada descida é quando ocorre o que disse o Grande Kabir: …haverá prantos e ranger de dentes.
E interessante lembrar que o colar de Budha tem cento e oito contas e que os Indus dão por cumpridos seus deveres sagrados quando dão em torno da Vaca principal cento e oito voltas com seu rosário nas mãos.
Tanto na natureza quanto na espiritualidade existe a Lei de seleção natural e mesmo Jesus nunca disse que seria fácil entrar no chamado “Reino dos Céus” com o grau de mestrado e ressalta a dificuldade para entrar neste Reino.
Dificilmente uma dentre mil pessoas aspira pela perfeição da autorrealização. Dificilmente uma entre estas pessoas Me entende de verdade. (O Bhagavad-Gita 7.03)
Muitos são os chamados, mas poucos são os escolhidos (Mateus, 22.14).
Devemos diferenciar aqui três termos:
Retorno: ocorre em cada uma das 108 existências ao adentrar, tomar corpo em cada uma das vezes ao mundo físico. Nos retornos nos deparamos com a Lei de Recorrência em que tudo o que ocorreu em outras existências se repetem mais as consequências ou a Lei do Karma.
Reencarnação: é a descida da Divindade a um Homem para cumprir uma missão – um Avatar – somente os Devas reencarnam.
Transmigração: Ocorre a transmigração das almas quando estas passam pelos reinos da natureza para em seguida voltarem ao reino humano e daí repetir os ciclos até a autorrealização ou o termino de seu período de oportunidades. O início destes trabalhos ocorre quando o Ser começa a formar parte do reino mineral e daí se sucede a sequência para os outros reinos como já explicado.
Somente a reencarnação é Solar o retorno e a transmigração são Lunares.
Em todas as figuras a Esfinge representa os cinco elementos: Água – a face do homem; Ar – as asas de águia; Terra – as patas de boi; Fogo – as garras de leão e Éter – o bastão. Nos damos conta ainda dos quatro verbos do mago, que estão escritos nas quatro formas simbólicas da esfinge e que estão ligados ao nome impronunciável יהוה – “Yod-He-Vô-He”:
- Yod – Querer (Leão) pertence ao mundo de Atziluth, arquétipo, de emanação, ligado a Kether de onde provém a Vontade;
- He – Saber (Homem) pertence ao mundo de Briah, que se encarregará de dar amor-sabedoria a energia trabalhada, por estar relacionado a Hochmah e onde estão presentes as águas sentimentais, a energia, matéria que dinamizará à vontade
- Vô – Ousar (Águia) pertence ao mundo de Yetzirah, de formação, ligadas a Binah e onde começa a exteriorizar-se, manifestar-se a Vontade emanada de cima.
- He – Calar (Touro) pertence ao mundo de Assiah, devemos nos calar no mundo físico, sobre os projetos, para reinar, para que as energias se cristalizem em atos, fatos.
1.5 Arcano menor: Cavaleiro de Ouros
Localização na Arvore da vida: Malkuth (2º He)
No zodíaco o domicílio do Cavaleiro de Ouros é Virgem.
Arcanos que governa: Sete de Ouros, Oito de Ouros e Nove de ouros
O cavaleiro de ouros possui os atributos de Malkuth e é também o segundo He do mundo de formação (Yetzirah). Refere-se ao homem prático, o que tem bom senso e sabe tirar partido das coisas. Representa igualmente ao homem hábil nos assuntos da terra, o camponês, o especialista em imóveis em transações, o que sabe analisar e sopesar tudo. Trata-se do conservador, que se mobilizará unicamente para a defesa de seus interesses.
A sua aparição no nosso jogo significará que teremos que lidar com circunstâncias materiais como o pagamento de rendas, juros, ou debater questões de pouca monta.
Palavras chaves: J♦ Cavaleiro de Ouros, homem prático.
(Reta) Relação útil, paciência, portador de rendimentos, proveitosos.
(Invertida) Paz, tranquilidade, preguiça, indolência, vago.
Em termos temporais, as posições das cartas no mundo de Atziluth indicarão um futuro distante; em Briah um futuro mais próximo; no mundo da formação (Yetzirah) e no mundo de ação (Assiah), Malkuth, indicarão o presente. Desta forma, teremos que uma ação dos Reis (que habitam Atziluth) se farão sentir em um tempo distante. A ação das rainhas (que habitam Briah), em um prazo mais próximo. E a ação dos cavaleiros de uma maneira mais imediata.
Se faltar os cavaleiros em um jogo, isso seria um indício de que a pessoa não terá que fazer frente a confrontos com outros indivíduos de forma imediata. Os cavaleiros devem ser considerados, pois, como cartas de mutabilidade, já que exteriorizam tendências e, ao fazê-lo, produzem uma corrente que move as coisas.
O cavaleiro de paus será o portador de valores morais que modificarão a sensibilidade; o cavaleiro de copas, portador de valores emotivos que modificarão o julgamento; o cavaleiro de espadas, portador de valores intelectuais que estabelecem as regras da vida, e o cavaleiro de ouro, portador de considerações práticas para orientar a conduta.
1.6 Elemento, ciclo zodiacal, planeta
Na ordem dos elementos, Yod (10 = 1+0 = 1) corresponde Terra, a decima Sephirah de Malkuth e também o Kether interiorizado já que o Yod é o Aleph na fase “He” do nome יהוה – “Yod-He-Vô-He”.
Na trilogia dos elementos: Kether está relacionado com o signo de Áries.
No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, equivale ao signo de Aquário (o segundo aéreo), signo fixo do Ar que permite trazer (traduzir) para a terra os modelos edificados no Céu. Estabelece em nós a base racional para compreensão da obra divina.
No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao signo de Virgem o terceiro signo da Terra (Ar da Terra).
Nome divino (Atziluth): | HHVY ההוי | |
Arcanjo (Briah): | Hamaliel המליאל | |
Coro Angélico (Yetzirah): | Shelathiel שלתיאל | |
Anjo regente da casa correspondente (Assiah): | Veyel ויאל | |
Planeta regente: | Mercúrio | |
Elem. Signo/Sephirótico: | Terra/Ar da Terra וה | |
Apóstolo: | Tomas (Tomé) | |
Tribo: | Naphtali | |
Cartas do Tarô: | Cavaleiro de Ouros וה que rege Sete, Oito e Nove de paus. | |
Hora planetária e astrol.: | 10 às 12 horas da saída do Sol; de 151º a 180º no zodíaco. | |
Região do corpo: | Intestino e baixo ventre |
Produz a exteriorização do material e corresponde a uma faze de abandono da matéria para se iniciar um novo ciclo. No processo criativo cabalístico, Virgem é regido por Malkuth-Binah. No zodíaco é regido por Mercúrio. Pertence o mundo cabalístico da ação (Assiah).
Virgem é o signo mutável da Terra, o Vô de seu elemento e o 2º He dos signos mutáveis[2]. Representa a fase de exteriorização do material. Em Virgem a Terra deve ser expulsa para que se possa começar um novo ciclo de experiências. É o signo terminal que fecha o grande capítulo da existência de modo que o ciclo termina em Virgem, o último signo do elemento Terra para se iniciar o novo ciclo em Áries – Fogo.
Indica que já terminou o período de alegrias típico de Touro e agora, em Virgem, dadas as conexões deste signo com o mental (mutável – Vô), a matéria é objeto de observação e análise, a fim de descobrir no imensamente pequeno o segredo do funcionamento do universo.
Virgem é, pois, um homem de laboratório, de microscópio e de cronômetro. A medida em que viva as qualidades do signo em toda a sua plenitude acabará dando as costas para a matéria e descobrindo a espiritualidade.
O Virginiano convencional não vai descobrir nada de tudo isso, mas vai sentir obscuramente que a matéria mingua, lhe vaza pelos dedos, que a sua situação material é precária, e tentará impedir uma catástrofe, poupando, ocultando os seus bens dos familiares, para que estes não os esbanjem, tornando-se assim o clássico avarento.
O Virginiano é, muitas vezes, o homem constipado e, esta situação fisiológica, descreve com perfeição seu estado mais geral: o das posses materiais que devem ser abandonadas porque atingiram seu objetivo, são puros despojos que não podem contribuir com experiência alguma e que o indivíduo tenta por todos os meios conservar. Esta tendência inevitável de desprendimento do que se possua faz com que este signo seja considerado como um setor de provas, e assim o é. Tem que abandonar o que a sociedade mais estima.
Os maus aspectos planetários sobre Virgem afetam a saúde no que se refere ao processo digestivo: digestões lentas, difíceis, sensibilidade do aparelho digestivo, úlceras. Na vida social, obstruirão as funções do signo que consistem em eliminar o usado, que não tem mais funções, de modo que o indivíduo tentará por todos os meios manter os privilégios que irão sendo derrubados.
O excesso de planetas em Virgem dará à pessoa uma tendência exagerada para a minúcia, o detalhe ínfimo, o pequeno, uma observação de seus próprios processos vitais e daí vem a mania de sentir-se enfermo e adotar medidas higiene exageradas.
Palavras chaves:
(+) Fechamento de um ciclo, homem de laboratório, descoberta da espiritualidade.
(-) Constipação, digestões difíceis, amizades inúteis, fim dos privilégios, abandono material, hipocondria, TOC (Transtorno obsessivo compulsivo) de limpeza.
CASA VI: A Casa VI expressa na Terra as potencialidades de Virgem. Por ser Virgem o ponto terminal do ciclo da Terra, a matéria estará desaparecendo e as experiências devem incorporar-se ao novo grande ciclo que já está próximo. A Casa VI reúne essa ideia de desprendimento de algo que fazia parte de nós mesmos, e que agora deve ser incorporada ao mundo a que pertence. Ao morrermos, a nossa substância física se incorpora ao mundo físico. Quando morre o nosso corpo de desejos, a substância que o compõe se integra ao mundo dos desejos e assim ocorre sucessivamente no mundo vital, mental, etc.
A Casa VI é considerada, Astrologicamente, como a do serviço. Não podemos começar um novo ciclo sem antes termos restituído ao mundo de onde estamos saindo o que devemos e que que nos ata a este mundo. Este ponto refere-se a Lei de restituição que reza que em nosso manobrar humano temos contraído dívidas com uns e com outros e ao final do grande ciclo de experiências, antes de se iniciar um novo ciclo, devemos pagar as dívidas contraídas no ciclo que termina. A cada ano a alma humana cobre um miniciclo, e ao transitar o Sol pela nossa casa VI todos deveríamos liquidar as dívidas do ano que passou. Mas geralmente isto não é feito de modo que os serviços não realizados se acumulam até o ponto em que todo avanço fica impossibilitado devido ao fato de que em nós fica impregnado algo do mundo ao qual pretendemos nos retirar.
Com o serviço estão os servidores, os inferiores, os elementos que vivem no mundo que pretendemos deixar por outro mais elevado, de modo que, neste setor do horóscopo aparecem os perfis dos que estão a nosso serviço, daqueles sobre os quais teremos mando e autoridade e que, posteriormente, encontraremos em outras existências mandando em nós se não sabemos dar-lhes o seu mérito, renunciando os seus serviços. Nesta Casa VI pagamos religiosamente os favores que nos peçam, que representam quase sempre uma humilhação, já que para pagar nós temos que descer a um mundo mais baixo, nós temos que inclinar a cabeça, posto que os que nos passam a fatura são residentes desse mundo inferior.
Todos os que se estão na conquista da espiritualidade sabem que a fase de Saúde debilitada é inevitável na ascensão, enquanto não se conquista um novo equilíbrio a um nível mais elevado. Assim, neste setor estão inscritas as pequenas enfermidades e é natural que seja assim porque não podemos perder matéria sem produzir um desequilíbrio em nosso estado.
Os maus aspectos planetários sobre este sector anunciam saúde precária. Igualmente anunciam servidão, subordinação a outras pessoas, enquanto que os bons aspectos anunciarão dominação sobre os servidores. Se um excessivo número de planetas se encontra neste setor, deve-se entender que o tempo de pagar é chegado inelutavelmente e a pessoa terá que saldar suas dívidas a força, e que leva implícita uma diminuição de sua liberdade e uma sujeição a lei do karma.
Palavras chaves:
(+) Desprendimento, restituição, dominação sobre servidores, empregados.
(-) Pequenas enfermidades, saúde precária, servidão, subordinação, karma.
Na ordem planetário representa a Mercúrio em razão deste planeta ser o regente de Virgem o governador do 20º caminho é, pois, o herdeiro do pensamento ativo de Binah.
Na ordem de fenômenos naturais o Iod representa a exteriorização do elemento terra. As planícies – Terra de baixo – no nível das águas – o comportamento constante da vida. Estabiliza o material.
1.7 Discípulo: Tomas ou Tomé (Judas Tomé)
Tomas foi eleito por Felipe, tinha um pensamento analítico próprio, representava o signo de Virgem. É aquele que percebe a verdade pelas vias da experimentação, o homem de ciência, prático, deseja que o Cristo preste o ensinamento distante do mundo hipotético de cima.
Tomas é considerado esotericamente como o Mestre da compreensão e da sensatez.
1.8 Tribo: Naphtali
Gênesis 49:21 Naftali é uma cerva solta; ele dá palavras formosas.
Neftail vem do hebraico com o significando “lutar”. Na Torá, Naftali foi o sexto filho de Jacó, o segundo com sua esposa Bilhah. Na Cabala, o nome Naftali é lido como duas palavras: nofet li, “doçura é para mim”.
1.9 9º Trabalho de Hercules: Obter o cinturão de Hipólita, rainha das Amazonas
Hipólita era rainha das amazonas, tribo de mulheres guerreiras que viviam perto do mar Negro. Ela tinha um belo cinto, desejado pela filha de Euristeus. A mando do rei, Hércules convenceu Hipólita, a rainha das Amazonas a lhe entregar o objeto pacificamente, mas Hera incitou as amazonas à guerra e o herói acabou matando a rainha.
Hipólita representa o aspecto psíquico feminino de nossa própria natureza interior (não confundir com homossexualismo) que precisa ser harmonizado. As amazonas são consideradas terríveis mulheres tentadoras, suscitadas por Hera. Assim Hipólita acaba sendo inutilmente sacrificada pela brutalidade masculina que pretende apoderar-se violentamente de sua inata virtude.
O amor, e não a violência, faz a conquista realmente significativa e valiosa deste símbolo, de modo que, esse cinto maravilhoso, análogo ao de Vênus e o emblema da feminilidade e perde todo significado e valor ao ser separado de sua legítima possuidora.
Tarefa associada ao signo de Virgem e refere-se ao reencontro com sua natureza feminina e é mais um trabalho de refutação passional também ligado a magia negra.
1.10 Descrição Sephirótica:
A Letra Yod refere-se ao arcano nº. 10 nominado como Malkuth que é cabalisticamente denominado como o “Reino” ou centro vital. É chamado assim por ser a raiz plasmadora de todas as leis da Natureza e do Cosmo, por isto denominado mundo físico. Esta Sephirah corresponde a Kether em um novo ciclo de criações e transformações internas, ou seja, depois de ter elaborado as energias através das Sephiroth anteriores na fase “Yod”, agora em outro ciclo, na fase “He”, promove internamente outra criação a imagem e semelhança da primeira.
O número 10 é o resultado dos 10 Sephiroth que, uma vez despertos, formam o corpo de Adam Kadmon, o homem primordial que, por fim, absorve-se no Absoluto, onde resplandece a Vida Livre no seu Movimento.
Yod (10) é também o Aleph (1) em sua fase “He” (Yod = 10 = 1+0 = 1 = Aleph). Então temos o poder divino (Aleph = ”Yod”) plantado em nossa terra humana (Yod = “He”) de modo que estabeleça uma base, uma semente que possibilite a compreensão da obra divina.
A representação gráfica do 10 é um círculo com o ponto ao centro (), o Lingam-Yoni, onde o círculo é receptivo e representa o Yoni, o Absoluto (eterno princípio feminino) ao passo que o ponto é projetivo e se refere ao Lingam (eterno princípio masculino). O círculo receptivo com o ponto projetivo forma o número 10 e também o mantra da Divina Mãe IO (=10=IO).
Axioma transcendental: “custoso é saber que compras com a experiência, mas mais custoso é o que te falta comprar”.
Horário: 1ª hora de Apolónio – “estudo transcendental do ocultismo”.
Os mantras LIFAROS – LIFAROS – LICANTO – LIGORIA nos auxiliam a navegar pelos Sephiroth. Basta adormecer pronunciando estes mantras e pedindo auxilio a Divina Mãe para uma saída astral consciente. Na volta, sem se mexer deve-se fazer o exercício de retrospecção para saber por onde andamos.
1.11 Significado no jogo
Já vimos que Yod no tarô e representado pela Roda da Fortuna, que se refere a interiorização de Aleph, da energia divina, de um critério mais elevado e também a descoberta da espiritualidade que permita descobrir a ordem cósmica exterior de modo a levar o indivíduo a uma mudança radical de vida, contudo se a mudança não se der de forma positiva então será pelo negativo, de qualquer modo esta carta estará ligada a mudanças.
1.12 Palavras chaves:
1.12.1 Manifestação Yod.
Mudança radical de desejos e Vontades, regeneração, novo ciclo.
1.12.2 Manifestação He.
Animação, mudança de humor positiva.
1.12.3 Manifestação Vo.
Novas ideias ou posicionamento, lógica, regularidade, juízo equilibrado e sadio
1.12.4 Manifestação He.
Renovação, mudança, nova alvorada, gabarito, nova oportunidade, um novo ciclo, boa e má fortuna, elevação e descida, êxito casual como o ganho na loteria, disposição inventiva, desenvolvimento, jogo de azar, sorte imprevista.
1.12.5 O lado negativo da força.
Instabilidade, transformações difíceis, descuido, insegurança, pouca seriedade, situação instável de ganhos e perdas, riscos, aventuras, má sorte, mudanças bruscas de humor e de ideias.
[1] Veja o 8º caminho.
[2] Signos mutáveis: Sagitário (Fogo-Yod), Peixes (Água-He), Gêmeos (Ar-Vô) e Virgem (Terra-2º He).
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I
ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM
ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO
Autor: Inácio Vacchiano