ROSA VERMELHA
Esta Pombagira é muito forte e de caráter inflexível. É famosa por ser severa e fiel a seus critérios. Tem um tipo de beleza hispânica mas é genuinamente brasileira.
A História:
ROSA VERMELHA
Esta Pombagira é muito forte e de caráter inflexível. É famosa por ser severa e fiel a seus critérios. Tem um tipo de beleza hispânica mas é genuinamente brasileira.
A História:
Há muito tempo atrás
Há tantas primaveras que
Ela mesma ja perdeu a conta
Ela viveu em carne e osso.
Ela era belíssima
Rosana seu nome.
Uma moça simples filha
De camponeses agricultores.
Morava em uma cidadezinha
No interior do interior.
Cidade essa governada por
Coronel que castigava o povo
Os fazendo trabalhar
Tal como escravos.
Ela não tinha ainda nem 15 anos
Quando o filho do Coronel
Passou a lhe encomodar.
Todos os dias ele a seguía
Todo día ele a ofendia dizendo
Palavras maliciosas
E a tratando como lixo.
O que ela havia feito para merecer isso?
Nada.
Mas para as mulheres pobres
A beleza era uma maldição.
Todas as moças bonitas eram
Visadas pelos ricos que
Tentavam a todo custo possui-las.
O tempo foi passando
E ela agora ja com seus dezoito anos
Começou a correr perigo real.
Uma noite saiu de casa para colher
Ervas de chá no mato,
No meio do caminho ouviu o trote
Do cavalo do filho do coronel.
Ele estava espreitando.
Ela correu para dentro da mata
E ele correu atrás,
Ele era um homem grande
Desses do tamanho
De um guarda-roupa.
Ela tentou fugir mas ele a alcançou.
Ela tentou gritar mas ele tempou
Sua boca.
Ele a estuprou.
Para o filho do Coronel
Estuprar as aldeãs era comum
Ele sempre fez isso e ninguém
O empedia.
Ele ao sair de cima de Rosana
Se apressou em fechar os botoes
De sua calça
Ostentando nos lábios um sorriso
De vitória ao ter desgraçado
Mais uma moça.
Mas ao se levantar ele
Nao se deu conta que havia
deixado sua garrucha cair no chão.
Garrucha era o revólver da época
Cujo so podia disparar um tiro
Por vez, uma bala de chumbo
E nada más.
Rosana viu a arma caida ao seu lado
Não sabia muito bem como usar
Mas resolveu tentar a sorte
Empunhou a pistola e gritou para
Que o maldito olha-se para ela.
Ele em pé se virou e viu ela
Na sua frente com a Garrucha
Apontada para seu rosto.
Ele sorriu e falou
"Uma lavradora dando uma valent..."
Ele não pode terminar
A ultima Palavra
Ela antes puxou o gatilho
E o balaço arrebentou no meio
Dos olhos do homem
Tingindo as árvores do fundo
Com o sangue vermelho que
Espirrou dele.
Rosana sabia as consequências
De matar o filho do coronel
E então dali mesmo fugiu
Nem da família ela se despediu.
Pegou nos bolsos do cadáver
Dinheiro, pólvora, balas e se foi.
Rosana criou naquele dia
Uma revolta muito grande interna
Que a deixou fría como gelo.
Ela andou muito, viajou por semanas
E toda vez que o dinheiro acabava
Ela encontrava algum infeliz
Que oferecia dinheiro
Para desfrutar de seu corpo
Ou então encontrava algum
Apossado ingenuo que na mira
Da garrucha esvaziava os bolsos
E dava tudo para ela.
Foi assim
Até chegar na capital.
A maldade do mundo tirou o amor
De dentro dela e por isso
Nunca conseguiu se
Apaixonar por ninguém.
Ela era linda e mesmo puida
Pela longa viagem ela ainda
Mostrava grande beleza.
Na capital ela conheceu Zé Pelintra
Por quem soube que a mulher
Mais rica da cidade se chamava
Maria Padilha dona do maior Cabaré.
Ele a levou até Padilha
E Rosa conseguiu um emprego
De Marafona.
Sim agora era fato
Rosana havia caido na vida.
Quando entrou na casa ninguém sabia
Ao certo seu nome
E por sempre usar uma rosa vermelha
Presa no cabelo
Os clientes iam até Maria Padilha
E perguntavam
"Onde está aquela moça da rosa vermelha? "
E foi deste modo que ela
Passou a ser chamada
ROSA VERMELHA!
Maria Padilha viu em Rosa
Um pouco de si mesma
Pois Rosa não gostava dos homens
Ela gostava do dinheiro.
Entre todas as moças ela foi
Escolhida para sair do salão
E ir trabalhar com as finanças.
Rosa Vermelha deixou
De ser messalina e passou a cafetina.
Pouco tempo depois
Maria Padilha morreu
E Rosa ficou sendo a nova
Dona do Cabaré.
Se Padilha foi rica
Rosa Vermelha foi dez vezes mais.
Nunca se viu cabaré tão fino
Quanto o de Rosa.
Por décadas foi um sucesso.
Em meio a isso mandou um
Rapaz a sua cidade natal no interior
Para saber de sua família
E o rapaz voltou com más noticias.
Disse a ela que quando o coronel
Soube da morte do filho
Não teve dúvidas que
Ela o havia Matado.
Ele interrogou bruscamente a família
E ao ver que não sabiam de nada
Ateou fogo na casa com todos dentro.
E familia dela estava morta.
Rosa ao saber disso se revoltou
E seu coração ficou mais frio do
Que ja era.
A vida seguiu e os anos correram
Os bolsos de Rosa cada vez mais
Abarrotados de dinheiro.
Porem um dia passando pelo salão
Ela reconheceu o Rosto do
Coronel que passava pela cidade
E estava de visita ao Cabaré.
Ela então pediu que a moça que
Ele escolhesse o levasse para o
Ultimo quarto
O mais afastado.
Rosa pediu também que os músicos
Tocassem mais alto aquela noite.
O velho ja estava nú na cama
Enquanto a moça dançava para ele
Quando Rosa Vermelha entrou
No quarto.
A moça rápidamente saiu e
Fechou a porta.
O coronel disse
"O que esta a acontecer aquí? "
Rosa sorridente respondeu
"Soube que o senhor é um coronel muito importante, e eu como dona da casa vim lhe atender pessoalmente."
O coronel se impressionou
Com a regalia
E então Rosa subiu em cima
Do corpo do homem como uma
Rameira que se insinua
Para um cliente.
O velho ria e pedia para
Ela tirar a roupa
E ela pôs as mãos nas costas como
Quem desamarra o espartilho
Mas na hora que voltou as mãos
Para frente o velho viu a arma.
Rosa estava armada.
Ela pos o cano da arma no peito do velho e disse:
"Essa é a garrucha do seu filho, quando eu o matei eu tomei ela para mim como pagamento do mal que ele me fez."
O velho nada dizia, mas lagrimas
Saiam de seus olhos ja prevendo
O que ia acontecer ali.
Ela continuou:
"Matei seu filho com essa arma e agora mato tu também para que encontre ele no mesmo buraco sujo no inferno!"
Ela puxou o gatilho
A bala atravessou o coração do homem
Os lençóis brancos se
Tingiram de vermelho.
Rosa sumiu com o corpo
E agora vingada continuou a enricar
E não so de cafetina trabalhava
Mas passou a fazer a vez de agiotas
Emprestando dinheiro e enricando
Com os juros.
Foi uma das poucas Pombagiras
Que não morreu jovem
Pois Rosa morreu de velha
Em sua mansão suntuosa
Podre de rica.
Lá ela tinha de tudo
Mas não tinha amor.
O peito de Rosa era vazio.
Quando morreu encontrou
Rosa Negra, sua antiga aliada
E conheceu Rosa Caveira
Rosa dos Ventos
Rosa de Fogo
Sete Rosas
Rosa Menina
Rosa Cigana
E com elas e outras formou
A falange das Rosas
A qual lidera.
É proxima a muitas Pombagiras
E todas gostam dela.
Rosa vermelha viveu sem amor
E por isso sua missão e fazer o oposto
Trazendo amor na vida dos que
Lhe pedem socorro.
Rosa vermelha é mulher que nasceu
Com os pés no barro
Mas morreu deitada no ouro!
Saravá a Rosa Vermelha!
Espero que tenham gostado, a próxima a ser desenhada será a número cinco da lista que é a Pombagira Rosa Caveira.
Quem quiser encomendar telas ou desenhos digitais pode me chamar no whatsapp 11944833724
Obrigado!
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