O terceiro Decanato de Libra refere-se aos graus que vão de 20 a 30 do signo, ou seja, os nascidos entre 10 a 19 de outubro (aproximadamente). No plano planetário é regido por Mercúrio por encontrar-se em analogia com o terceiro signo do Ar
Elementos constitutivos ou relacionados
Nome divino: | והיה VHYH | |
Arcanjo: | זוריאל Zuriel | |
Anjo: | חדקיאל Chedeqiel | |
Anjo regente da casa: | יהאל Yahel | |
Anjo do decanato: | שחדר Shachdar | |
Gênios dos quinquídios: | 41. 6->2 Hahahel e 41. 6->2 Hahahel | |
Nome hebraico – Signo: | Libra (Lamed), Ar/Fogo do Ar יו | |
Força ativa do signo: | Netzah | |
Força ativa do Decanato: | Binah | |
Elementos concorrentes: | Ar do Fogo do Ar | |
Relação/mundos: | Vô de Yod de Vô ou pensamento da Vontade do pensamento ou Yetzirah de Atziluth de Yetzirah | |
Tribo: | Asher | |
Apóstolo: | Bartolomeu | |
Planeta regente do signo: | Vênus | |
Planeta do decanato: | Mercúrio | |
Posição zodiacal: | 3º decanato de Libra | |
Velas: | 1 branca e duas laranjas | |
Incenso: | [canela, sementes de louro, jasmim, benjoim, casca de limão, maçã, etc.] e [violeta, rosas, almíscar, lavanda, dama da noite e também o açafrão, etc.] e [Erva de Santa Maria, enxofre, raiz de guiné, gengibre, etc.] | |
Letras: | Zain – Zain -Resh | |
Gemátria: | 7+7+200 = 214 = 2+1+4 = 5 | |
Invocação por domicílio: | de 20 a 30° de Libra ou 14 a 23 de outubro | |
Invocação pelo ciclo diário: | 13:20 às 14:00 h. a partir da saída do Sol. | |
Invocação por conjunção: | Quando Mercúrio se encontra no 3º decanato de Libra. | |
Forças em ação: | As forças de Mercúrio se expressam pelo signo de Libra ou ainda Ar do Fogo do Ar; as forças de Netzah se expressam pelas vias do Ar do Fogo pelas configurações de Binah-Sagitário. | |
Sendeiro: | Pelo signo: 27, de Hod a Netzah; gênio 8->7: IAH-HEL. Pela árvore: 27, de Hod a Netzah; gênio 8->7: IAH-HEL. |
Terceiro decanato de Libra
O terceiro Decanato de Libra refere-se aos graus que vão de 20 a 30 do signo, ou seja, os nascidos entre 10 a 19 de outubro (aproximadamente). No plano planetário é regido por Mercúrio por encontrar-se em analogia com o terceiro signo do Ar; o terceiro decanato de Libra é o Vô do Yod dos signos do Ar, na ordem sephirótica, como força ativa regente do Decanato, refere-se a Binah ao passo que no Taro é o domicílio do três de Espadas. Na ordem sephirótica Netzah exerce privilégio sobre ele, por ser o primeiro signo do elemento Ar, e em segundo lugar, o Decanato, é regido por Binah (terceira Séfira da Árvore Cabalística, que corresponde a Saturno) por ser o terceiro Decanato do elemento.
O Gênio do Decanato é שחדר Shachdar que poderá ser invocado ou evocado para sanar tudo que seja de seu atributo neste interstício ou mesmo de interesse do nativo em sua senda evolutiva, quanto mais em seu período de manifestação. Trata-se de Decanato Vô do signo de Libra que é um signo Yod-Vô, Fogo do Ar יו, de modo que dará lugar a trabalhos próprios deste signo. Corresponde ainda ao mundo Cabalístico das formações.
Neste Decanato se realizam além dos trabalhos próprios do signo, trabalhos de antecipação, correspondentes à etapa de Gêmeos, terceiro signo do Ar, onde o pensamento se exterioriza depois de ter passado pela etapa interiorizadora de Aquário.
Como o segundo, este também é um Decanato de antecipação, com a agravante de que a antecipação vai muito mais longe do que no anterior. O indivíduo situa-se assim no terreno da exteriorização de um pensamento que não foi interiorizado e nem mesmo formado.
Ou seja, Libra é o signo em que o pensamento é formado em semente. Isto acontece no primeiro Decanato. Em um processo normal, esta semente germina em Aquário e se manifesta em Gêmeos como algo definido, reconhecível, peculiar.
Mas se esta semente, não plantada, e lançada aos quatro ventos, sua sorte será aleatória e o indivíduo não se inteira do que possa ter ocorrido com ela.
Para refletir em uma imagem esta situação, suponhamos que uma pessoa dispõe de uma tonelada de sementes de uma classe determinada e, não possuindo terras para as plantar, as cargas em um avião pequeno e em pleno vôo as lança, caiam onde caiam.
Se após um tempo inspecione o terreno, todas as plantas daquele tipo com que se encontra, pode presumir que ele as plantou, mas também é possível que isso não seja verdade e que essas plantas sejam devidas ao paciente trabalho de alguém que as plantou. Tudo isso o levará a se envaidecer-se de algo que na realidade não tem feito. As forças ativas deste Decanato propiciarão, portanto, muito vaidade, orgulho, já que o indivíduo estará persuadido de ter materializado algo que na realidade só fez em imaginação.
Todos os elementos têm três momentos estelares: no primeiro nascem; no segundo se expandem por nosso interior, enchendo nosso receptáculo humano; e no terceiro se derramam ao exterior para que todo o mundo possa possuir aquilo que antes nós possuímos em exclusividade.
Isto ocorre com as forças morais dos signos de Fogo; com as forças sentimentais dos signos de água e com as forças intelectuais dos sinais de ar.
Assim, este homem do terceiro decanato de Libra, que em princípio só devia plantar as sementes do pensamento e deixar que outros as cultivaram e as fizeram florescer, realiza ele só as três funções: elabora a ideia, a cuida e aperfeiçoa e a difunde para que possa beneficiar-se dela toda a sociedade.
Daí que muitas às vezes não tem tempo para fazer as três coisas ao mesmo tempo e, diante da necessidade de difundir algo que lhe estão a pedir, recorra ao fundo de cultura e espalhe ideias e conhecimentos que já estavam lá, mas que permaneceriam ignorados.
Graças à pluriatividade desta classe zodiacal, muitos sacos de cultura saem à luz, quando pareciam condenadas ao esquecimento.
Os bons aspectos sobre este Decanato favorecerão a expressão literária. Nada melhor para um romancista do que a associação harmoniosa de Mercúrio e Vênus em seu tema, e neste Decanato esta associação se produz, posto que Vênus governa o signo, a arte, os sentidos e, Mercúrio, as coisas abstratas, o pensamento e a verdade material e, assim, se libertará da dinâmica do Decanato sem perturbar a vida dos outros.
Os aspectos bons podem produzir a figura do indivíduo com uma enorme capacidade de síntese e, sobretudo, com uma grande capacidade intelectual. Bastará uma palavra para que seu espírito se ilumine e compreenda imediatamente todos os terminais possíveis de uma ideia suscintamente emitida.
São pessoas que fazem progredir rapidamente as relações entre partes opostas ou complementares, porque fazem com que vejam a uns e a outros o ponto de interesse que existe naquele raciocínio.
Quando entram em uma atividade, tudo dá um formidável passo em frente e os obstáculos são suavizados, as montanhas desaparecem.
Por outro lado, como toda exteriorização antecipada se cristaliza no mundo físico em forma de viagem, teremos o indivíduo que experimentará a necessidade de viajar, de buscar em um constante mais além do físico a realização desse impossível além espiritual.
Os maus aspectos acentuarão as tendências utópicas do indivíduo, levando-o à afirmação rotunda de que são suas ideias que outros emitiram.
Se autoconcederá atribuições que não tem, se atribuirá títulos e direitos que não sejam seus, ambicionará prerrogativas dos outros e, no domínio literário, este Decanato pode resultar na figura do plagiário ou do simples copista ou pirata, que se atribui a paternidade das obras de outra pessoa.
Este indivíduo sentirá a necessidade imperativa de exteriorizar algo que não interiorizou, que não chegou nem mesmo a elaborar como potencial, de modo que não terá mais remédio que lançar algo que a vida colocou ao seu alcance.
No positivo, isto pode dar lugar ao grande divulgador de obras enterradas ao longo dos séculos ou de obras recentes atribuídas a outros como “escravos” e que apresenta como suas.
Pode financiar e ser muito generoso com escritores que lançam ideias de vanguarda.
Os maus aspectos farão também que a elaboração das ideias seja defeituosa e tenha uma influência negativa na sociedade, mas movem as inteligências, as forças a considerar a lógica de abordagens específicas e essa exigência intelectual ao longo resulta positiva.
No domínio das viagens, as dissonâncias produzirão deslocações que, em vez de se aproximarem da meta, afastam ainda mais ela. Vimos que em algumas escolas iniciáticas, os neófitos realizavam e ainda hoje realizam simbolicamente essa viagem em que, partindo do Leste-Áries, o ponto em que nasce a luz e que representa o mundo subjetivo que cada um de nós traz à sociedade ao iniciar a nossa peregrinação na terra, e se dirigiam para o Oeste-Libra, representando o mundo objetivo do concreto a exemplo do Caminho de Santiago de Compostela, mas aqui, em razão das dissonâncias, estas viagens afastam o nativo de sua meta em razão de uma exteriorização desfocada.
O signo de Libra é, por excelência, um signo de artistas, de escultores, pintores, músicos, posto que Libra representa o Oeste mítico, no qual todas as coisas se convertem em realidades objetivas.
Todos os nativos de Libra devem ser, de algum modo, portadores de realidades objetivas, quer na vida social quer representando essas realidades na arte.
O primeiro Decanato dará de preferência pintores, dado o predomínio de Vênus. O segundo Decanato frequentemente dará escultores, devido ao predomínio de Saturno. O terceiro decanato será o dos músicos, já que a melodia constitui a plasmação antecipada da perfeita convivência social que deve ter lugar sob os auspícios de Gêmeos, quando se hajam realizados perfeitamente os trabalhos inerentes a Libra e Aquário, e os do ciclo de Fogo e Água.
Libra é o mais formidável renovador de ideias que existe no Zodíaco. Os nativos de Aquário podem ser grandes filósofos; os Gêmeos grandes novelistas, jornalistas ou difusores, mas o gérmen das ideias nasce em Libra, e se essa classe não existisse, o pensamento não poderia nascer.
Por outro lado, eles são os que unem os interesses particulares aos gerais, os que promovem a negociação entre coletivos diferentes. De Libra nasceu a ideias do sindicato, do lobista e do partido político. Quando estes nativos se encontram à frente de um grupo qualquer, é possível a concórdia e a conciliação com o grupo adverso. Quando um partido carece de líderes Libra, dificilmente chegarão a concordar com seus militantes.
Em absoluto, é o signo da mulher, da mesma forma que Carneiro é o signo do homem eis que fica a 180 de Áries. Daí que a mulher seja melhor negociadora que o homem e que com ela seja mais fácil entender-se, porque a diplomacia é uma arma feminina.
Carta do Tarô: Três de espadas
Recebe o título de Senhor do sofrimento. Refere-se ao elemento Ar e astrologicamente corresponde a posição de Saturno transitando pelo terceiro decanato de Libra onde Binah manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Netzah-Vênus que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é Saturno.
Neste ponto as restrições de Binah o construtor do universo, centro instituidor de todas as coisas de onde emanam a Lei e a Ordem, expressa-se por intermédio de seu próprio centro. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hod, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O Três de Espadas é o Vô (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos três, deste modo, possui uma relação com Binah a inteligência ativa e refere-se à influência de Binah no plano mental (Binah em Vô) que em sentido negativo pode até gerar alienação da mente.
As espadas representam o aspecto destrutivo de Binah como Kali, a consorte de Shiva, a deusa hindu da destruição. Aqui, o Archote da Lei atua com o máximo rigor eis que Binah é o Senhor do Karma e proporciona a alma o mal necessário. Enquanto no dois de espadas se procurava a reconciliação, a desistência das batalhas pela força de Hochmah, neste ponto há uma ruptura com a parte superior para que haja uma produção do fluxo para baixo, a partir daqui o caminho das energias passará a ser de descenso, rumo a materialidade. Daí o obscurecimento que visa o mal necessário e até catastrófico. Como consequência, tem-se o início das lutas internas que inevitavelmente hão de surtir efeitos no exterior caso não sejam resolvidas antes da cristalização – se ainda houver tempo.
A repercussão externa traduzir-se-á como empobrecimento, humilhação, perda de renome, carência de horizontes, visão limitada, estreita.
Enquanto a força invertida do As de espadas pode configurar alienação mental e/ou prejuízo no raciocínio, uma alucinação da inteligência em razão de, como já foi dito, Kether projetar-se diretamente sobre Binah sem passar por Hochmah, aqui no três de espadas a alienação refere-se a uma perturbação, confusão dos pensamentos, com sofrimentos, ansiedades, etc.
Palavras chaves: 3♠ Senhor do Sofrimento.
(Reta) Reinício da disputa, afastamento, saída, contrariedade, ódio, separação, fuga, oposição, misantropia, ruptura, fuga.
(Invertida) Perda, perturbação mental, erro, cálculo equivocado.
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO II
A ODISSEIA ZODIACAL
Autor: Inácio Vacchiano