O HIEROFANTE – HE
1.1 Elementos constitutivos ou relacionados
Sephirah: | Geburah no primeiro ciclo | |
Signo do sendeiro: | Aries | |
Elemento zodiacal: | Fogo | |
Trilogia elem. sephirótico: | Água da Água no primeiro ciclo | |
Planeta do sendeiro: | Marte. | |
Arcanjo do signo: | Melchiadel (מלכידאל) | |
Velas: | 3 Vermelhas | |
Incenso: | [Sândalo, acácia, cipreste, absinto, balsamo e também a pimenta, a cebola] | |
Letras: | He | |
Gemátria: | 6 | |
Valor numérico: | 5 | |
Armas mágicas: | Os chifres, energia, o Buril. | |
Poder mágico ou oculto: | Poder de Consagrar as Coisas | |
Forças em ação: | A força de Hochmah que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Tiphereth pelas vias de Áries. | |
Sendero: | 15, que une Hochmah a Tiphereth. | |
Texto yetzirático: | O 15º caminho é a Inteligência Constituinte ou Constitutiva, assim denominado porque constitui a substância da Criação no calor do mundo, nas trevas puras e os homens falaram das contemplações; é dessas trevas que se fala na Escritura: “e o enfaixei com névoas tenebrosas” (Jó 38:9). | |
Cor em Atziluth: | Escarlate | |
Cor em Briah: | Vermelho | |
Cor em Yetzirah: | Chama brilhante | |
Cor em Assiah: | Vermelho brilhante |
1.2 Caminho 15º
O Hierofante = A Sabedoria da Soberania e a Harmonia, a origem de ambas; a esfera do Zodíaco atuando através de Áries sobre o Sol e iniciando a Primavera (no hemisfério norte). Hochmah o centro produtor de Amor-Sabedoria atuando através de Áries sobre Tiphereth, o centro produtor de consciência, vontade executiva a nível prático, harmonia.
O 15º caminho é a Inteligência Constituinte ou Constitutiva, assim denominado porque constitui a substância da Criação no calor do mundo, nas trevas puras e os homens falaram das contemplações; é dessas trevas que se fala na Escritura: “e o enfaixei com névoas tenebrosas” (Jó 38:9).
“Quando eu pus as nuvens por sua vestidura, e a escuridão por envolvedouro?”
Aqui o Cristo desce ao coração do homem pelo signo do Fogo para aportar-lhe o calor do amor-sabedoria que vivificará sua inteligência para anunciar o chamado de Deus, será um escolhido por assim dizer. Portanto este é o canal dos chamados, por onde se ouve a voz sublime. Deste modo o calor do mundo vibra no organismo é prepara o indivíduo para um novo nascimento.
O Zodíaco é o chakra mundano de Hochmah e, Áries, é o primeiro signo do zodíaco, então temos a união do Cristo manifestado (Tiphereth) ao Cristo imanifestado (Hochmah) pelas vias do sacrifício do cordeiro (Áries – Agnus Dei – Cordeiro de Deus) com vistas a alcançar a experiência espiritual da Visão de Deus e, como estamos tratando do chakra mundano do zodíaco nas altas esferas de Hochmah nos deparamos aqui com o conhecimento da astrologia hermética que trata não só da movimentação dos astros físicos mas também das causa causarum destes movimentos, nos comunicamos com a energia vital e as entidades que estão por trás de todas as manifestações em primeira ordem podendo inclusive cambiar seu signo de origem em prol de algum trabalho a ser realizado, algum sacrifício, já que estamos tratando do Cristo manifestado (Tiphereth) e do imanifestado (Hochmah).
Apocalipse 5:12 “Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber potência, e riquezas, e sapiência, e força, e honra, e glória, e louvor. [ou, bendição, ou, fazimento de graças]”
E qual é a síntese deste sacrifício?
Lucas 10:27 “E, respondendo ele, disse: Amarás ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento e ao teu próximo como a ti mesmo.”
Sendo Deus uma figura Universal e Unitária implica que amar ao próximo é amar a si mesmo e amar a si mesmo é amar a Deus. Não se deve confundir com o amar a mim mesmo que se refere ao ego e não ao Ser. Os cabalistas afirmam que “a Divindade é Una porque é Infinita. É tripla porque está sempre se manifestando” (no três, em Binah está a manifestação).
A Inteligência Constituinte vem a ser aquela em que o Logos projeta sua consciência, sua natureza e essência para os sete planos inferiores e o faz por intermédio do Filho que vem a ser o segundo Pai (Abba). Hochmah é pura energia, o capital necessário para que as emanações desçam aos planos inferiores. Esta energia e a substância da Criação nas trevas puras (energia materializada), a energia vital sem a qual Binah não teria o material necessário para prender a Luz na forma e assim iniciar o processo da criação.
Para seguir neste caminho o iniciado precisa captar e controlar esta energia e, com ela, e todos os planos visíveis e invisíveis estar em harmonia. A atribuição hieroglífica deste caminho é a letra “He” e refere-se ao “alento”, a respiração, aquilo que da vida, por onde pode ser processada a energia, mas também uma referência a dualidade.
Este sendeiro, em seu caminho de retorno pela árvore e regido pela Virtude 41 6->2 HAHAHEL que une Tiphereth a Hochmah, por onde Deus se une ao homem por intermédio de Cristo. Quando o caminho vai de Hochmah a Tiphereth o faz no sentido de ida, ou seja, quando Cristo inicia seu caminho para o mundo e quando o percurso vai de Tiphereth a Hochmah o sentido é de retorno já que Hochmah está em um ponto mais ao alto do que Tiphereth, então temos a morte do Cristo na cruz com seu consequente retorno ao Pai. No caminho de ida é regido por 13 2->6 IEZALEL.
Já vimos que este caminho tem a regência de Áries cujo primeiro Arcano é VEHUIAH (1. 1->1), também relacionado a um novo começo, com a Vontade. Em razão disto os textos rezam que se nossa empresa humana está em crise, se tudo desmorona ao nosso redor convém iniciar uma segunda empresa nos dias deste Arcano para que tudo funcione em conformidade com os ritmos divinos. Ao iniciar um novo projeto as energias direcionam-se a esta nova matriz deixando sem alimento tudo o resto. Não é por acaso que um recém-nascido venha a estancar uma crise entre o casal. O princípio vale para tudo o mais.
Este sendeiro e ativado pelos Querubins (Hochmah) e pelas Virtudes (Tiphereth) conjuntamente. O caminho de ida pela árvore é regido pelo Querubim o 13 2->6 IEZALEL e o caminho de volta pela Virtude 41 6->2: HAHAHEL.
Os aspectos entre Urano e Sol, tais como quadratura, conjunção ou oposição, no mapa natal são indícios de que o indivíduo está trabalhando neste sendeiro.
1.3 Letra-força ה
He é a quinta letra força – é uma letra simples. Na tabela das letras hebraicas o He (5) se situa abaixo de Beth (2), que representa a primeira interiorização de Beth (2): 2 Beth = “Yod”; 5 “He” = He de Beth, i.é, a quinta lâmina do taro corresponde a letra “He” do nome sagrado em sua segunda fase.
A letra força He expressa hieroglificamente o alento, a respiração que emana vida a tudo e a mantem, afinal todo o universo respira nos movimentos de sístole e a diástole. O Universo se expande e em algum momento se contrai para se expandir novamente em outro momento. Todos os seres respiram de algum modo.
Temos aqui ainda a ideia de enlaçamento de opostos como o princípio que liga o corpo material ao espiritual, o homem a Deus, homem a natureza ou universo, a união do Cristo manifestado (Tiphereth) ao Cristo imanifestado (Hochmah).
1.4 Imagem, figura
Em algumas cartas temos um iniciado de Isis sentado entre duas colunas (Jakin e Boas) que se apoia sobre uma cruz com três travessas, forma com a mão (dedos indicador, médio e polegar) o símbolo sacerdotal – o pentagrama esotérico, a estrela de cinco pontas utilizada para invocar anjos (três pontas para cima e duas para baixo) e demônio (duas pontas para cima e três para baixo). As duas colunas são as da Justiça e da Misericórdia, a liberdade de escolha – obedecer ou desobedecer com suas consequências; a cruz com três travessas representa o tríplice “Linghan” e indica que o iniciado levantou as serpentes nos sete corpos em três níveis, que corresponde um anjo com três pares de asas.
Aos pês do hierofante estão prostrados dois indivíduos coroados, geralmente um de vermelho e outro de preto, dando a ideia que estão a receber o conhecimento secreto pelo seu mestre.
Simboliza ainda a igreja, a fé o amor universal.
No taro egípcio vemos a figura do Jerarca com a máscara do chacal (quando oficiam, os mestres do Karma se apresentam com esta máscara), vestido com uma malha de guerra e sustentando o Báculo do poder em sua destra, nas águas da vida a balança com os dois pratos, do mérito e do demérito, tudo dando a ideia de justiça de piedade e impiedade da Lei. O Hierarca do arcano 5, o Chacal dos Chacais, é o chefe dos Arcontes do destino, ou seja, Anúbis, o Deus egípcio de cabeça de chacal com o qual é possível negociar o karma – pagar com boas obras ou com dor. É possível negociar com os Senhores da Lei pelas vias da meditação em Anúbis e seus 42 Juízes da Lei.
1.5 Arcano menor: Rei de Paus
Localização na Arvore da vida: Kether (Yod)
No zodíaco o domicílio do Rei de Paus é Áries
Arcanos que governa: Ás de Paus, Dois de Paus e Três de paus
Os quatro reis, correspondem Atziluth, ao mundo das emanações, embora não se trate de seu ciclo inicial, uma vez que representam os poderes acumulados em nosso trilhar humano. São poderes que nós temos exercido e que projetamos aos demais e que por sua vez, estes nos retrocedem em uma relação de causa e efeito.
Os Reis em conjunto correspondem ao mundo das emanações (Atziluth), e representam o Yod das figuras e representam separadamente o nome divino, יהוה – “Yod-He-Vô-He” e se dividirá da seguinte forma: o Rei de paus é o Yod; o Rei de copas o He; o Rei de espadas o Vô e o Rei de ouros o segundo He.
A figura do Rei de Paus carrega em si os atributos de Kether, na qualidade de Yod do mundo das emanações (Atziluth). Representa a suprema autoridade, o poder supremo, uma força que temos de inclinar-nos inapelavelmente. Ele pode ser um juiz, um presidente, um rei ou alguém que fala em seu nome. A sua intervenção dará em nossa vida uma inflexão determinada e profunda, como no caso do réu que vai para a prisão, do recruta que vai para o serviço militar, um estudante que é ou não é aprovado. Trata-se de um ato que nos marcará por toda a nossa existência.
O Rei de Paus refere-se a uma personalidade abstrata que se incorporada em uma pessoa ou outra, que tem sido potencializada por nossa vontade no curso das existências, sendo gerada em nossa psique a partir de nossos pequenos ou grandes atos de poder que formaram o “fantasma” e que agora o temos diante de nós. Não há nada de pessoal no desempenho do rei de paus em nossas vidas, refere-se a outra face, o retorno da autoridade tal qual temos exercido.
Sua aparição pode significar que uma mão providencial se dirige a nós, nos levanta, nos exalta, nos magnifica, ou pelo contrário, nós dobramos e nos humilhamos. Segundo tenhamos usado o sublime sopro de Kether, o teremos agora em nosso favor ou contra nós.
Palavras chaves: Rei de ♣Paus, Força inapelável, abstrata ou não.
(Reta) Alto dignitário, plenipotenciário, enviado divino, representante da consciência coletiva, da Lei.
(-) Tutor, tirano, ditador, autocrata inquestionável, obrigação a cumprir.
Brevidade sobre os Reis
Os reis representam os nossos poderes, o ponto em que temos acumulado poder no curso de nossa vida. É sobre este ponto que temos de atuar eis que se trata de uma área representada pelas facilidades.
Se os reis não aparecem no jogo, esta será uma indicação de que o assunto não está maduro o suficiente para obter um resultado mais fácil. Isto não quer dizer que não se obterá o fruto cobiçado, mas será necessário lutar por ela, já que não aparecerá milagrosamente a pessoa que haverá de abrir a porta para as conquistas.
Quando a imagem dos Reis se refere a uma pessoa concreta e não é o representante anônimo de uma causa, de uma ideia, podemos ter certeza de que vamos ser confrontados com alguém que já conhecemos, e muito, em existências anteriores, pois quando encontramos pela primeira vez, uma pessoa, não podemos estabelecer com ela mais do que um relacionamento Yod, isto é, plantar com ele a semente de futuras realizações humanas. De outro lado, quando se realiza algo em comum com alguém, quando graças a este encontro se acessa ao conhecimento, a uma dignidade material, a um posto, ou se, de forma negativa, é o agente de um descalabro, este é um sinal inequívoco de que nossas relações com ele se encontra não em uma fase Yod, mas de segundo He, que é representado pelos reis no que as relações humanas se referem.
1.6 Elemento, ciclo zodiacal, planeta
Na ordem dos elementos, He corresponde a Água da Água em Geburah.
Na trilogia dos elementos: Geburah está relacionado com o signo de Escorpião.
No ciclo zodiacal יהוה – “Yod-He-Vô-He”, equivale ao signo de Câncer (o primeiro aquático) o segundo “He” de um ciclo na Árvore (He da Água e também “He” dos “He”) onde Touro é o primeiro “He” (He do Fogo e também “Yod” dos “He”).
No ciclo Sepher Yetzirah corresponde ao signo de Áries (Fogo do Fogo).
Nome divino (Atziluth): | YHVH יהוה | |
Arcanjo (Briah): | Malkidael מלכידאל. | |
Coro Angélico (Yetzirah): | Sharhiel שרהיאל | |
Anjo regente da casa correspondente (Assiah): | Ayel איאל | |
Planeta regente: | Marte | |
Elem. Signo/Sephirótico: | Fogo/Fogo do Fogo יי | |
Apóstolo: | Santiago | |
Tribo: | Gad | |
Cartas do Tarô: | Rei de Paus יי que rege Ás, Dois e Três de paus. | |
Hora planetária e astrol.: | 0 a 2 horas da saída do Sol; de 0º a 30º no zodíaco. | |
Região do corpo: | Cabeça |
As duas horas primeiras horas solar do dia encontram sob o domínio de Áries. Nestas horas poderemos estabelecer contato com o Criador e nos imbuirmos com sua mensagem. No processo criador de todas as coisas, as forças de Áries são geridas por Kether, o pai, Fogo do Fogo. No zodíaco e Marte o aspecto físico de Geburah, a quinta Sephirah, quem administras estas energias. Nos mundos cabalísticos Áries corresponde a esfera das emanações representada por Yod.
Áries é o primeiro signo cardinal e o primeiro da trilogia do fogo e, deste modo, é um sinal de penetração de forças. Trata-se da porta de comunicação das forças cósmicas com o homem e é por ela que o desígnio divino penetra em nós. Por Áries o indivíduo recebe o seu programa de vida do Criador, através da personalidade, um programa que logo se irá desenvolver com a ajuda e comunhão das forças dos outros signos.
Neste ponto o indivíduo ainda não sabe que é portador de um plano divino, não é ciente dos trabalhos que se desenvolverão sob a influência deste signo, só sabe que veio ao mundo para realizar algo novo.
O Ariano não espera nem fortuna nem felicidade: só ambiciona a glória de ser o primeiro, ou porta-bandeira, o herói, o que abre perspectivas, ou que estabelece o ponto primordial. Não é um homem para permanecer na Administração de uma empresa, de forma rotineira por toda a sua vida, porque não se encontra em fase de estabilidade, e toda a tentativa de reduzi-lo as normas de trabalho em vigor em nossa sociedade se chocará com sua missão que é de ser o princípio das coisas mas não o seu administrador ou conservador.
Os Arianos são essenciais em qualquer empresa que se inicia, porque dão a ela seu inabalável entusiasmo, sua confiança no resultado final, sua imensa vontade de Triunfo. Então, quando uma empresa está consolidada, o Ariano entenderá que aquilo não é mais para ele e vai para outras frentes em que possa realizar a missão que lhe foi confiada de realizar a experiência de início das coisas.
Por encontrar-se na ponta de tudo os Arianos vivem em constante situação de perigo de modo que a Providência constantemente lhes saca dos apuros. O Criador usa os Arianos para romper os moldes e fazer com que a criação continue sua marcha adiante e daí que seja concedida a proteção divina.
Muitos planetas neste signo representam também muitos desígnios, algo como uma voz na cabeça dizendo: Faz isto, faz aquilo, etc. E, assim, estará a trabalhar ali e aqui impossibilitando cumprir uma vida organizada ou será o banido, o forasteiro, ou eterno peregrino que não conseguirão se ligar nem a afetos e nem as empresas. Estará sempre se mobilizando em prol de um porvir que se anuncia em sua imaginação brilhante, mas que nunca se realiza. Já as obstruções, maus aspectos planetários, sobre o signo impedirão que o indivíduo perceba com clareza a mensagem do signo e, portanto, não poderá continuar seu itinerário com precisão. No curso da vida sairá de sua órbita e atuara fora de seu campo natural.
Palavras chaves: (+) Peregrino, programa de vida, entusiasmo, Providência.
(-) Rotina, previsibilidade, desanimo.
Casa I o Ascendente: A Casa I é a Casa Yod e nela o indivíduo planta as sementes de seu caráter, que hão de dar-lhe como colheita um destino. A vontade é a força dominante nesta Casa. A Casa I expressa a nível terrestre, ou que Áries representa a nível celeste. Nesta casa nós somos Áries, ou seja, lançamos ao mundo ou que de Áries há em nosso corpo psíquico-mental, emocional e de Vontade. Se Áries é a porta através da qual Deus se comunica com o homem, a casa I será o canal, através do qual projetamos nossa personalidade, a roupagem para a Terra. O ideal seria, no horóscopo, que esta casa coincidisse com o signo de Áries, assim como Touro com a casa II, Gêmeos com a casa III, etc., porem no manobrar humano as coisas acabam sendo trocadas. Quando Áries se encontra na Casa I, o plano divino é transmitido tal qual foi projetado para este mundo.
Se Áries é o promotor do desígnio espiritual, a Casa I será aquela que desenha a nossa silhueta física. Nela encontraremos a estrutura do corpo da pessoa, assim como a chave de seu código genético. A Casa I ou Ascendente nos indicará o seu propósito na existência atual.
Os maus aspectos da Casa I, ou o ascendente desnaturam o propósito do indivíduo, lhe obriga a emiti-lo em condiciones inadequadas, em um meio ambiente, ou por meio de um ambiente, que não é o ideal, ou que se tornam difícil seu contato com o propósito que irá dirigi-lo. A sociedade, a família, o cônjuge ou meio profissional não serão os ideais para a manifestação de sua personalidade e deverá lutar por toda a vida contra essa adversidade.
Se esses maus aspectos vêm do Sol ou da Lua, ou inimigo será ele mesmo, segundo seja homem (Sol) ou mulher (Lua), ou seu cônjuge; isto quer dizer que sua contraparte espiritual será hostil para com os propósitos do sua personalidade passageira e sua própria natureza interna será a que destruirá os planos elaborados pela personalidade material até que esta se submeta aquela.
A acumulação de planetas no Ascendente dará ao indivíduo um excessivo protagonismo; fara com que sinta uma necessidade imperiosa de sobressair-se, de ser alguém a qualquer custo, de realizar feitos, sejam quais forem. Esse indivíduo disporá de uma força aparente e será facilmente manipulado por outras pessoas, representada pelos planetas situados neste setor, os quais lhe assegurarão o protagonismo que sirva aos seus interesses. Isso suscita muitas vezes ao indivíduo que só faz alguma coisa para se aparecer, incapaz de qualquer altruísmo, se não for oferecida uma fachada para seu orgulho pessoal. Será, pois, a marca de uma pessoa egoísta.
Palavras chaves:
(+) Personalidade, protagonismo, propósito, estado, condições do indivíduo, meio ambiente.
(-) Meio ambiente inadequado, contraparte espiritual hostil, protagonismo excessivo, orgulho pessoal, egoísta.
Na ordem planetário representa a Marte em razão deste planeta ser o regente de Áries o governador do 15º caminho.
Na ordem dos fenômenos naturais o He corresponde a faísca, relâmpago a violência rápida do princípio. Os criadores, os iniciadores, começo do ciclo.
1.7 Discípulo: Santiago
Os 12 apóstolos referem-se aos 12 Cavaleiros da Távola redonda, as 12 Tribos de Israel, as 12 portas de Jerusalém.
Trata-se de Tiago, filho de Alfeu, também conhecido como Santiago Menor (para distingui-lo de Santiago Maior e Tiago, o Justo). Os irmãos gêmeos Santiago e João regidos por Júpiter elegeram os discípulos nove e dez conhecidos como Santiago e Judas Alfeo (Lebeu, apelidado Tadeu) regidos por Marte.
Afirma-se que os gêmeos compreendiam muito pouco acerca das discuções filosóficas bem como sobre os debates teológicos. Afirmavam-se ainda que ambos eram representantes de Geburah, ou seja, ligados aos signos de Aries e Escorpião.
Marte-Geburah são muito práticos na obra espiritual, porém entende pouco de filosofia e de teologia, a sua cooperação sobrevém quando é preciso retificar as condutas dos que trabalham na obra. O texto sagrado impõe que os dois gêmeos jamais abriram a boca para perguntar algo ao Mestre; sua missão é a de garantir o espaço fechado que se precisa a toda o trabalho. Contudo sua inclusão foi considerada útil já que por tratarem-se de apóstolos de iniciativa permitiram que a obra do Cristo fosse levada a muitos, mesmo não entendendo a sublimidade da doutrina de seu Mestre. Algo semelhante a guerra que, regida por Marte, não compreende a paz, no entanto sentem a adoração por Jesus e assim transmitiram seus ensinamentos.
Santiago é considerado esotericamente como o patrono da grande obra.
1.8 Tribo: Gad
Gênesis 49:19 Quanto a Gade, uma tropa o acometerá; mas ele a acometerá por fim.
Gad vem do hebraico e árabe, significando “feliz, afortunado” ou “um soldado, um guerreiro”. O sétimo filho que Jacó teve de Zilpa, a serva de Leia e irmão de Aser.
1.9 8º Trabalho de Hercules: Capturar as Éguas de Diomedes
Diomedes – filho de Ares-Marte, deus da guerra e rei do povo guerreiro dos bistônios – vivia na Trácia (região hoje pertencente à Turquia e à Bulgária). Ele tinha quatro éguas ferozes e carnívoras, que se alimentava com os estrangeiros, os náufragos que chegavam a essas costas e procriavam sem cessar cavalos extremamente selvagens e perversos.
Hércules capturou as éguas e, notando que elas estavam famintas, serviu-lhes Diomedes como refeição e, assim, vence o rei que é dado em pasto a essas fêmeas antropófagas
Tarefa associada ao signo de Áries, que controla a cabeça, onde Hércules teve o aprendizado sobre o controle da mente que se deixado ao léu se procria sem sessar promovendo suas maldades que vem posteriormente se manifestar do mundo da mente ao mundo material. Daí o ditado: “mente parada é oficina do diabo”. De outro lado estas éguas representam os elementos infra-humanos de natureza passional que vivem junto às águas espermáticas sempre dispostas a devorar os fracassados.
1.10 Descrição Sephirótica:
He tem relação direta com quinta Sephirah Geburah a Água da Água (embora esteja na coluna do Fogo) também relacionado ao signo de Escorpião (pela localização de Geburah na Árvore) embora o 15º caminho reja regido por Áries e governado por Marte. Já sabemos que a Água é o grande agente universal propagador de vida e dá origem também a formação dos sentimentos, das emoções e a incubação, interiorização da Vontade. A semente da fruta segregada em Daleth aqui é colocada na terra “He” para sua fecundação de modo a fazer surgir um novo ciclo, assim, potencializa os sentimentos internamente no indivíduo, facultando-o a sensibilidade das realidades emotivas.
Neste arcano encontra-se submergido o Pentagrama, a estrela de cinco pontas de Salomão (recomenda-se utilizar com as três pontas para cima), que nos possibilita comandar os quatro elementos. Os anjos e demônios colocam-se a nossa disposição pelo império da Vontade do sábio sobre a ignorância e a fraqueza, para aparições em sonhos, no diáfano da imaginação, na mente, etc.
Axioma transcendente: “de ouvidos te tinha ouvido, mas agora os meus olhos veem-te e o meu coração sente-te”.
1.11 Significado no jogo
Vimos que esta lâmina está representada pelo Papa ou pelo Jerarca, o primeiro simbolizando a Fé universal e o segundo a segmentação Kármica. Por ser o primeiro, uma disposição de sentimentos propostos por “He”, nos deparamos com a vontade de realizações emotivas, disponibilidade ao amor universal onde o Real Ser é colocado em primeiro lugar. De qualquer modo como os sentimentos estão muito aflorados o que decidirá a questão não será a lógica e nem a razão de modo que o indivíduo se sente levado por um sentimento ao tomar alguma atitude, guiado por uma fé nascente e inquebrantável, uma confiança cega em algo que não pode ver já que o “He” é o transmissor da fé por estar ligado aos sentimentos.
De outro lado temos o Jerarca da Lei que está relacionado ao Karma bem como o número 5 ligado a Geburah, ou seja, ao saneamento dos erros. A palavra Karma pode ser traduzida como Lei de ação e consequência. Trata-se de uma Lei que rege toda a criação de modo que toda a causa se converte em efeito e todo o efeito se transforma em causa, ou seja, tudo que se faz tem que ser pago (inclusive o que poderia ser feiro e não e fez – boas intenções não importam mas sim o resultado). Se de um lado temos a liberdade de fazer ou deixar de fazer, do outro lado vem as consequências (relativos tanto aos atos bons quanto aos ruins) que se transformam em necessidade e daí já não há mais a liberdade, mas sim o efeito. Como a Lei de Causa e Efeito trata da compensação, não tem nada a ver com vingança, mas com um aglomerado de energias que passam por uma equação e terminam por fornecer uma resultante. Também, não tem nada a ver com o fatalismo já que nada está pré-determinado a não ser que haja uma causa que ensejará um efeito. Na linha do tempo corresponde ao conjunto de existências e não somente a atual, por isto, algo feito em outra existência pode ter seu desfecho no momento atual ou no futuro.
Nas colunas da árvore o passado representa a da direita onde existe a liberdade de ação e a da esquerda o futuro com as consequências, do que foi escrito no passado. As duas colunas expressam ainda a Justiça (a esquerda) e a Misericórdia (a direita) de modo que o Karma pode ser negociado. Escapar da mecânica, eis que uma Lei Superior pode anular uma Lei inferior conforme ensina o brocardo: “o Leão da lei combate-se com a Balança”. Basta colocar boas ações no prato do mérito da balança. Cancelamos o Karma fazendo boas ações na energia em que precisamos equilibrar.
Então temos aqui o rigor da Lei, mas que pode ser trabalhada dependendo do Karma, já que há Karmas que não podem ser negociados inclusive o que iniciou seu cumprimento.
1.12 Palavras chaves:
1.12.1 Manifestação Yod.
Autoridade moral, sacerdócio, liderança espiritual. Liberdade e restrições, aquisição de ensinamentos proveitosos, misericórdia, beneficência. Justiça, dever moral.
1.12.2 Manifestação He.
Sentimentos poderosos, proteção, lealdade. Observância das convenções, respeitabilidade. Benevolência, generosidade, indulgência, perdão. Mansidão, vocação religiosa.
1.12.3 Manifestação Vo.
Ensino, instrução, conselhos equilibrados. Busca de sentido, revelação, hora da verdade, confiança, indicações do caminho. Pensamentos inspirados por um nível mais alto de consciência, conhecimento do bem e do mal.
1.12.4 Manifestação He.
Equilíbrio, segredo revelado, execução kármica.
1.12.5 O lado negativo da força.
Augúrio, chefe sentencioso, moralista ao estremo, estreito, rígido, prisioneiro das formalidades, dogmático, professor autoritário, teórico limitado, pregador hipócrita, conselheiro desprovido de sentido prático.
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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO I
ÀRVORE DA VIDA – OTZ CHIIM
ELEMENTOS, PLANETAS, SIGNO, TARO
Autor: Inácio Vacchiano