Havia uma mulher muito bonita
E muitos infeliz.
Então ela foi até aquela velha casa
Naquele bairro pobre.
E lá encontrou uma outra mulher
Que não era daqui,
Pelo menos não mais.
Esta mulher era uma Dama
A Dama da Noite
E ela podia fazer coisas inimagináveis.
Essa história eu me lembro muito bem, e foi uma das piores da se saber e principalmente de se ver.
Havia uma mulher muito bonita
E muitos infeliz.
Então ela foi até aquela velha casa
Naquele bairro pobre.
E lá encontrou uma outra mulher
Que não era daqui,
Pelo menos não mais.
Esta mulher era uma Dama
A Dama da Noite
E ela podia fazer coisas inimagináveis.
— Quero que ele seja bom apenas para mim, sorria sempre só para mim, que não me faça ter ciúme, pois eu já estou obcecada. — Ela pediu.
Dama da Noite apenas sorriu
E assentiu como se aquilo não fosse nada,
Mas antes da mulher partir ela a preveniu:
— Isso que pede não é bom, nem para um nem para o outro, mas se é o que quer eu hei de dar um ponto que costurará um no outro.
E assim foi
Ele que nem sequer atendia as ligações
Logo procurou aquele mulher
E em pouco tempo se casaram.
Mas o que foi acertado com Dama da Noite
Foi que o feitiço seria pago
Uma parte com dinheiro
Uma parte com uma determinada ação
Que devia ser feita no cemitério.
O dinheiro a mulher mandou entregar
Mas o resto do pagamento não fez não
E disse que não ia no cemitério coisa alguma.
Logo está mulher estava
Dentro de uma igreja ao lado do novo marido
Dando glórias a Deus
E Testemunhos de como Jesus havia
Juntado a ela com o amor de sua vida.
Dama da Noite mandou que avisassem
Apenas uma vez a mulher
Para dar a César o que é César
Mas a mulher não quis saber
E ainda zombou dizendo
"Quem pode mais é Deus".
Dama da Noite tomou isso não como ofensa
Mas sim como um desafio.
"Quem pode mais é Deus?"
Vamos ver se é verdade.
Dama da Noite preparou um pó
Um pó amarelo que eu nem sei
Dizer o que era ou de onde veio
E mandou alguém jogar na casa
E no carro da mulher.
Coisa pouca sabe,
Uma pitada
Como quem tempera.
Na semana seguinte
A mulher chegou na casa velha
Com sua maquigem borrada
Chorando por demais
Toda machucada.
Pedindo a Dama da Noite ajuda
Pois o marido havia ido embora
E os machucados eram devido
Ter batido o carro
De modo tão feroz que nem dava
Para por conserto.
Dama da Noite dessa vez deu risada
Uma alta gargalhada.
A mulher abriu a carteira
E tirou de lá muitas notas de dinheiro alto
Querendo pagar para um novo trabalho
Mas Dama da Noite disse que não
Não havia trabalho a se fazer
So havia agora tempo de esperar
Esperar para se ver
Se quem pode mais é Deus.
A mulher trabalhava em desses
Lugares onde tem muitas lojas
E então um dia indo embora
Uma coisinha boba aconteceu
A escada rolante que estava
Do nada parou
Deu um engasgo, um tranco
E a mulher de lá de cima despencou
Chegando na base
Como um queijo passando por um ralador.
Foi então pra igreja
Apoiada em uma muleta
Pois uma perna estava quebrada
E lá o pastor não se responsabilizou,
Fez uma oração qualquer e a mandou para casa
Mas quando chegou em casa a notícia
Também estava lá.
A casa era de herança
E o irmão também tinha direito
E dali ele a expulsou
Dizendo que a casa era de ambos
Tinha de ser vendida
E não servir de moradia.
Então ela foi morar onde?
Uma casa naquele mesmo bairro pobre
Ela alugou.
Foi de novo até Dama da Noite
E implorou por perdão
Disse até não entender
O motivo do aborrecimento
E dama da noite respondeu
— A lingua tu usou de chicote mas ela bate na carne, não no vento.
A mulher então percebeu
Que o estopim da ira
Tinha sido a frase que disse
E de um modo amalucado
Se ajoelhou diante de Dama da Noite
Tentou dar a ela adoração
Como se a pombagira fosse Deus
E isso causou foi uma grande zombaria
Por parte da Dama da Noite
Que viu naquilo muita graça.
A mulher se descabelava e chorava
De medo pelo que havia acontecido
E mais por medo do que
Poderia ainda acontecer
Nisso Dama da Noite
Vendo ali uma chacota
mandou que ela fosse embora
Dizendo não mais fazer mal.
Mas a tolice é soberana
Na cabeça dos idiotas
E a mulher quando estava a poucos passos
De sair porta a fora
Suspirou dizendo
"Obrigada meu Deus pelo livramento".
A taça que estava na mão de Dama da Noite
Se estourou tamanha a força
Que ela apertou raivosa
— Tu agradece a ele como se ele fosse o responsável por todas as coisas que lhe aconteceram? Pois bem! Va rezar, reze bem direitinho. — Dama da Noite disse com tamanha rispidez que a mulher saiu foi correndo.
Nunca mais ela voltou
Mas nós ficamos sabendo
Que começou a beber
E de uma bela moça
Ela se converteu em um farrapo
Emagreceu e vivia nas portas dos bares.
Perdeu o trabalho e a casa
A família a internou em uma clínica
Dessas onde a pessoa entra
E nao sai mais.
Ela que um ano antes havia dito
Que não ia no cemitério coisa alguma
Hoje está lá.
Ninguém nunca entendeu
Porque com essa infeliz Dama da Noite
Foi tão feroz
Sendo que com outros tolos
Ela costuma ser indulgente.
Mesmo sem entender
Ninguém ousou perguntar nada.
Dama da Noite continua lá
Sorrindo feito princesa
E quem não a conhece não sabe
E nem imagina
Quem ela é de verdade.
Espero que tenham gostado
Quem quiser encomendar desenhos
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Obrigado