TODAS AS PESSOAS SÃO MÉDIUNS?
A mediunidade é uma faculdade do espírito humano. Isto significa, primeiramente que ela está disponível para todos, em menor ou maior grau. Porém, atente-se que há vários tipos de mediunidade, algumas mais ostensivas, outras mais sutis. Nem todo mundo, contudo, será médium de incorporação.
Algumas vezes, em uma oração, há uma expressão da mediunidade, potencializando os efeitos da prece. Em outros, em uma palavra amiga, em um conselho dado, pode estar presente um bom espírito orientando as palavras. Músicos, artistas, médicos, terapeutas, entre tantos outros exemplos, também podem ser inspirados pela espiritualidade para fazer um bom uso de suas atividades.
O tipo mais comum e universal de mediunidade é a intuição. É a comunicação imediata e direta com o alto, e que com frequência ocorre sem nenhuma palavra. Apenas a informação ou ideia transmitida instantaneamente. Quem nunca subitamente sentiu para não ir em algum lugar? Ou não tomar determinado caminho, ou mesmo se precaver em relação a uma pessoa, e no final a sensação mostrou-se verdadeira.
Entretanto, uma coisa é possuir um germe, uma semente de mediunidade. Outra é exercê-la regular e sistematicamente em um espaço sagrado. Para que haja segurança e confiança, é necessário preparo e amadurecimento na fé. É esta uma das razões pela qual sempre é orientado o desenvolvimento mediúnico junto a uma coletividade.
Mesmo a intuição, que é uma comunicação mais simples com a espiritualidade, exige treino e discernimento. É preciso a experiência para bem distinguir se o pensamento vem do seu inconsciente ou do plano astral. E mesmo entre os espíritos há grandes diferenças: nem todos querem nosso bem.
Da mesma maneira que os diferentes canais mediúnicos são usados na expansão da obra do bem na Terra, podem cooptados pelas forças negativas. Nunca é demais repetir: vigiar e orar. É o exemplo de quando você sente o impulso para alguma ação incorreta, para não deixar “barato" o que o outro fez, para pedir “satisfação” e iniciar um conflito com aquela pessoa. São nestes momentos que o baixo astral tenta nos influenciar para o caminho incorreto.
Existem muitos tipos de mediunidade e cada pessoa apresenta os dons que lhes são naturais. E fique tranquilo, a vida colocará no seu caminho os meios e oportunidades para que você tome conhecimento de suas capacidades. Porém, será uma decisão sua optar por levar o espiritual à frente ou se a deixará de lado.
Compreenda que não foi à toa que você nasceu médium. Esta vida que possui hoje não é a primeira e nem sua última e muitas voltas o mundo deu para que o sua alma se tornasse sensível ao mundo invisível. Para a maioria das pessoas, a mediunidade é uma redenção em relação às suas encarnações anteriores.
O médium não é nenhum “eleito", “escolhido” ou “messias", porém uma pessoa normal como qualquer outra. Ele não é mais evoluído do que os outros. Seu dom não lhe dá nenhum privilégio diante da espiritualidade e deve, como toda pessoa, empenhar-se pela sua evolução.
Os bons espíritos estão, constante, ensinando-nos e orientando-os ao bom caminho. Cabe a todos ampliar suas percepções para que possa estar sempre receptivo à sabedoria que vem do alto. Para isso, é essencial se dedicar ao melhoramento interno. O desenvolvimento da alma amplia os potenciais mediúnico. Não para meramente satisfazer nossa curiosidade banal. Mais do que isso, para que possam ser instrumento do divino por onde caminharmos.
Saravá a todos!
Escrito por @umbandacomsimplicidade / Diego Paiva Pimentel