terça-feira, 29 de março de 2022

Oiá-Tempo – Logunan - Trono Feminino da Fé.

 Oiá-Tempo – Logunan - Trono Feminino da Fé.


Nenhuma descrição de foto disponível.Oiá - Tempo (Logunan), ao falarmos nessa Mãe Orixá, não estamos falando na mesma Iansã Oiá conhecida por muitas, estamos esclarecendo aqui neste texto as funções diferenciadas, a Mãe Oiá Tempo (Logunan) atua no Tempo Cronológico, ou seja Eras Passadas, Eras Presentes e Eras Futuras, já a Mãe Iansã - Oiá atua sobre os Tempos Climáticos como as tempestades, ventanias, e etc... Sendo assim cada uma delas atua de forma diferentes na vida dos seres.

Ela é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Por isso dizemos que é uma Divindade atemporal, ou seja, é em Si o próprio Tempo, não está sujeita ao Tempo, mas rege o seu sincronismo.

Nossa relação ou noção de espaço-tempo depende da movimentação dos astros no espaço, e daí vêm os conceitos de dia e noite, bem como o nosso senso cronológico.

Oiá é a orixá do Tempo e seu campo preferencial de atuação é o religioso, onde ela atua como ordenadora do caos religioso.
O “Tempo” é a chave do mistério da Fé regido pela nossa amada mãe Oiá, porque é na eternidade do tempo e na infinitude de Oxalá que todas as evoluções acontecem. A orixá Oiá forma um pólo magnético vibratório e energético oposto ao do orixá Oxalá, e ambos regem a linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda, que são as sete irradiações divinas do nosso Criador. Logo, o campo de atuação de nossa amada mãe Oiá é o campo da fé, onde flui a religiosidade dos seres, todos em continua evolução.

Oiá é a regente cósmica da linha da Fé, e tempo é o vazio cósmico onde são retidos todos os espíritos que atentam contra os princípios divinos que sustentam a religiosidade na vida dos seres.

“Tempo”, eis as qualidades, atributos e atribuições negativas de Oiá, de que tanto falamos e alertamos aos supostos pais de Santo ou magos negros que recorrem ao “Tempo” para prejudicar seus semelhantes com seus ebós sujos e suas magias negras. Oiá é a orixá regente do pólo negativo da linha da Fé, que é a primeira das Sete Linhas de Umbanda e, com Oxalá assentado em seu pólo positivo, dão sustentação a todas as manifestações da fé e dão amparo a todos os “sacerdotes” virtuosos e guiados pelos princípios divinos estimuladores da evolução religiosa dos seres.

Quando Oiá “vira no tempo”, seja contra um seu filho direto quanto um seu filho indireto (que têm a coroa regida por outros orixás), então sua vida entra em parafuso e só deixará de rodar quando esgotar tudo de desregrado e desvirtuado que nela existia. Isto é Oiá, amados filhos dos orixás! Mãe religiosa por sua excelência divina, mas mãe rigorosa por sua natureza cósmica, cujo principal atributo junto dos espíritos humanos é o de esgotar o lobo sanguinário que se oculta por baixo da pele de cordeiro.

Enquanto Oxalá é irradiante, Oiá é absorvente, e enquanto os filhos de Oxalá são extrovertidos, os de Oiá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua mãe divina exige deles uma certa “beatitude” já que, das mães divinas, ela é a mais ciumenta por seus filhos amados e a mais rigorosa com os seus filhos relapsos.

Oxalá é o Sol da vida enquanto Oyá é o Tempo, onde tudo se realiza.

Oxalá é a Fé abrasadora enquanto Oyá é o gélido Tempo, onde são desmagnetizados os seres desequilibrados nas coisas da Fé.

Oxalá é o Pai amoroso que fortalece o íntimo dos seres e os conduz ao encontro do Divino Criador enquanto Oyá é o Tempo por onde caminham os seres que estão buscando o Criador.

Oxalá é o Orixá da Fé enquanto Oyá é o Orixá do Tempo, pois é o tempo que atua no ser, acelerando sua busca pela Fé ou afastando-o das coisas religiosas, direcionando sua evolução para outros sentidos da Vida.

Oxalá é passivo no seu magnetismo de corrente contínua, cuja irradiação estimuladora da Fé chega a todos o tempo todo enquanto Oyá é ativa no seu magnetismo de corrente alternada, onde uma onda espiralada estimula a religiosidade, enquanto a outra onda esgota a espiritualidade na vida dos seres emocionados, fanatizados ou desequilibrados.

Divindades: Oiá
Linha: Cristalina
Pedra: Quartzo fumê Rutilado, Sodalita
Irradiação: Fé
Vela/Cor: Branca, preta, prata, Azul escuro (Aqui, a cor branca simboliza a presença de todas as cores; e a cor preta simboliza a ausência de todas as cores e representa o aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da Fé).
Sincretismo: Santa Clara
Saudação: Olha o Tempo!
Ponto de Força: Campo aberto
Linha de trabalho que dá sustentação: Linha dos Ciganos e Boiadeiros
Fator: Condutor, Desmagnetizador, Descristalizador
Polariza com Oxalá
Fio de Contas:Contas e Miçangas de suas cores
Ferramentas :Ampulheta, Bambu
Símbolos: Espiral
Metais e Minérios: Estanho.
Dia indicado para consagração: 3ª feira. Horário: 13 horas e 21 horas
Planeta:Cosmos
Dia da Semana: todos os dias da semana.
Chacra: Coronário
Animais: Coruja
Números: 10
Data Comemorativa: 11 de Agosto

QUANDO FIRMAR PARA OYÁ: Para cortar magias negras, Para afastar eguns, Para “congelar” atuações de magos negros. Oferendamos Oyá quando necessitamos despertar ou equilibrar a religiosidade em nossas vidas, ou seja, é a Ela que clamamos quando nossa fé ou nossa religiosidade está desvirtuada pelo fanatismo, quando está ausente ou até pela má utilização da fé. É Oyá quem absorve os excessos da fé. A Ela também solicitamos envolver, purificar e redirecionar, com suas ondas espiraladas, os eguns perdidos no tempo, aqueles espíritos que ha muito tempo vagam no astral, que já se encontram perdidos e com seus mentais vazios tornando-se alvos fáceis para as grandes quiumbas que os escravizam e os utilizam para o mal. Além desses tipos de eguns, Ela também recolhe aqueles que nos acompanham desde muito tempo, de vidas passadas, e que por um sentimento de vingança emocional nos envolvem desequilibrando-nos até hoje. Ela é a Dona do Tempo cronológico.

Ervas Quentes (Descarrego): Cânfora, cipó, suma, eucalipto, orégano, bambu(folhas), pinhão branco, tiririca, chorão (salgueiro),...
Ervas Mornas (Equilibradoras): Benjoim, chapéu de couro, hortelã (mentas), nóz de cola (obi), sabugueiro, rosa amarela, girassol, peregun rajado (dracena), incenso folhas (ibosa), limão folhas, cipó prata, erva de santa Luzia, imburana sementes, losna, pichuri, verbena, capuchinha, mil folhas, sensitiva,...

AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OYÁ TEMPO: Os Filhos e as Filhas de Oyá são introspectivos e até um tanto tímidos, pois a natureza forte de sua Mãe Divina exige deles uma certa “beatitude”, já que, das Mães Divinas, Ela é a mais rigorosa com os seus filhos relapsos. São Simpáticos, discretos, silenciosos, observadores, amigos e conselheiros, emotivos, mas guardam suas emoções para si ao invés de exterioriza-las, lutadores e muito sinceros. Podem ser Retraídos, ciumentos, possessivos, evasivos, fugidios, descrentes, desconfiados, não perdoam uma ofensa, mesmo que for inconsciente. São glaciais nos seus envolvimentos emocionais. Apreciam as coisas religiosas, o estudo, a música suave ou romântica, um pouco de isolamento, conversas construtivas, a companhia de pessoas discretas e de homens e mulheres maduros, reservados e amorosos.