terça-feira, 29 de março de 2022

Qualidades do Orixá Xangô

 Qualidades do Orixá Xangô


Nenhuma descrição de foto disponível.As suas cores são o marrom e branco ou vermelho e seu fio de contas intercalado com as mesmas cores, branco e marrom ou vermelho.

A sua saudação é: Kawó kabiyèsílé! – Venham ver o Rei descer sobre a terra! Ou Salve a Vossa Majestade na terra!

Na sua dança, o alujá, Xangô brande orgulhosamente seu oxé e assim que a cadência se acelera, ele faz um gesto de quem vai pegar num labá (sua bolsa) imaginário, que contém as pedras de raio, e lançá-las no ar.

QUALIDADES

* Alufan: É idêntico a um Airá. Confundido com Oxalufan. Veste branco e suas ferramentas são prateadas. Esta legião trabalha nas pedras dos rios, dos mares, cachoeiras, lagos e fontes. Xangô Alufam é considerado o protetor dos pescadores e responsável pela diretriz dos desencarnados, atuando principalmente na função de encaminhar as almas junto com Omulu. pois possuem as chaves do céu, simbolizando a água e a pedra. Suas oferendas são realizadas em todas as pedras que estejam em contato com a água.

* Xangô Abomi: Equilíbrio de raciocínio e método de defesa nas horas de grande aflição, atuando em harmonia com Ogum. É a legião de caboclos que trabalham nas montanhas de pedra ou cadeias de montanhas interligadas, serras, etc. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição, quando se perde algo, além de proteger o casamento. Quando se pede a proteção para o casamento, assenta-se uma vela azul claro oferecida a Yemanjá.

* Xangô Agodô: Grande auxiliar das intuições puras, atuando com Iemanjá. Legião dos caboclos que trabalham nas pedras e que estão dentro dos rios, nos seixos rolados, nas pedras iniciáticas e na pedra batismal. Suas oferendas são realizadas nas pedras dos rios. Aquele que usa dois Oxês, Xangô de fato. Veste marrom.

* Xangô Aganju: Protetor dos lares, da harmonia conjugal, atuando com Oxum. Esta legião trabalha na pedra da cachoeira, simbolizando a harmonia entre o amor e a justiça. Ou entre a esposa Oxum e o marido Xangô, ou ainda a harmonia conjugal, que abençoa a família. Suas oferendas são realizadas na pedra da cachoeira, incluindo uma vela para Oxum. Veste marrom, vermelho. Xangô guerreiro, novo, estreita ligação com Oxun, Yemanjá, Ogun e os Ogbonis

* Xangô Kaô: Domina a sabedoria com o tempo, atuando nas pedreiras abertas. É o principal e mais cultuado como dirigente desta linha. Também conhecido como Xangô Velho. Vibra na cor marrom escuro, simbolizando a pedra antiga na qual foi assentada a justiça, evidenciando a sabedoria. Ele atua na pedreira sobre a qual está assentado o campo florido que recebe as obrigações de Oxalá.

* Xangô Alafim-Echê: Esta legião trabalha nas pedras solitárias dos caminhos ou das matas que servem de assento a viajantes ou caçadores cansados, como que os convidando à meditação que leva à sabedoria na busca de soluções para os impasses da vida. Suas vibrações auxiliam oradores, intelectuais, juristas e juízes pois defendem integralmente a pureza moral. Suas oferendas são realizadas nas pedras solitárias. É o dono do palácio real, governante de Oyó. Ligado a Oxaguian.

* Xangô Djacutá: É a legião mais conhecida como a do Deus Trovão e Senhor dos Raios, Coriscos e Meteoritos. Djacutá também significa pedra. É o comandante dos caboclos que trabalham na pedra do raio, simbolizando a justiça que vem do alto, ou seja, a justiça cósmica que vem do Deus Criador. Sua força é muito solicitada nas horas de aflição causadas por injustiças provocadas por outras pessoas, assentando-se uma vela branca oferecida ao Orixá Tempo.

* Afonjá: É o dono do talismã mágico dado por Oyá a mando de Obatalá;Come com Yemanjá sua mãe. Patrono de um dos terreiros mais tradicionais e antigos da Bahia, o Axé Opô Afonjá, é o Xangô da casa real de Oyó.

* Barú: Ligação com Yemanjá em Tapá e Exú e Oyá Topé. Barú é uma qualidade de Xangô arredio e que veste preto, marrom, Marrom e branco ou Marrom e preto. Não come Amalá nem Quiabo. Em outras veste chumbo e preto e costuma se colocar também pêssego e vinho para apaziguá-lo. Ele usa muito veludo. Pode carregar bastante dourado, mas pôr cobre nele também não influencia. Algumas lendas e casas o ligam a Ìrókò, dando a ele amendoim cozido e Padè (por sua ligação a Esù). Barú detesta injustiça e defende os certos, porém não tolera erros, se livra de todos seus inimigos para não voltarem a cometer o mesmo erro. Na Africa ficou conhecido como “Doido” porque durante seu reinado fez algumas besteiras, motivo pelo qual na África não se raspa nem se assenta esse Orixá. Suas contas são um mistério, pois algumas casas usam o vermelho e o branco e outras usam o marrom, sendo que algumas outras ainda intercalam as marrons com contas pretas (12 marrons e 1 preta). Barú é o general dos exércitos de Xangô. É o Guerreiro que faz emboscada em Sòbòàdàn. Representa o lado guerreiro, conquistador, o aspecto da liberdade real e potencial bélico dos reis. Ele sendo o General dos Exércitos do Òbà ( Rei ) ele possui assim como Àìyrá o Titulo de Òbà Kànkànfò. Ligado ao elemento fogo sobre fogo, à vida, ao dinamismo e ao prosseguimento espiritual e material. Considerado um caminho de Xangô extremamente raro, jovem, quente, impulsivo, intimamente ligado à Ogum Mèjè e a Exú.

* Obain: veste-se marrom e ligado a Oyá

* Oranfé: É o justiceiro, reto e impiedoso, que mora na cidade de ifé.

* Obalubé: É o grande rei, ligado a Oba, Oxun e Oyá.

Os Airás são mais velhos, fazem parte da família real da dinastia Ifé/Oyó, suas contas são brancas rajadas de vermelho ou marrom.

* Airá Intilè: Veste branco/azul claro, aquele que carrega Lufan nas costas

* Airá Igbonam: É considerado o pai do fogo, tanto que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã dança sempre acompanhado de Iansã, dançando e cantando sobre as brasas escaldantes das fogueiras.

* Airá Modé: É o eterno companheiro de Oxaguiã, só veste branco e não come dendê (só um pingo) sua conta leva seguí.

* Airá Adjaosí: Velho guerreiro, veste branco, ligado a Yemanjá.

* Axabó: É um Orixá feminino, cultuado na Bahia, mas pouco conhecido, é da família de Xangô, algumas vezes tratada até como sua versão feminina. De origem da região de Tapa e Nupê na África possui fundamentos muito parecidos com os de Xangô. Orixá que foi eternizada numa bela escultura de caribé.