Lilith, a primeira mulher de Adão
O livro de Gênesis é bastante debatido em seus primeiros capítulos que se referem à criação humana. Existem questionamentos quanto ao termo “à nossa imagem e semelhança” estar no plural e não no singular, outros questionam a criação do homem ter sido feita do barro, ou o porquê de Eva ter sido feita da costela de Adão. Mas uma questão incomum é a presença de uma figura feminina chamada Lilith no momento da criação do ser humano, fato tão presente na cultura judaica (e também no folclore hebreu, na mitologia Suméria entre outros lugares), porém tão negligenciada pela versão atual da Bíblia Sagrada. Nos dias atuais, Lilith só é citada uma vez na Bíblia, em Isaías 34:14 (ver comentário a respeito ao longo do texto), e mesmo assim, só em versões mais antigas das escrituras.
Lilith, ou Lilit (em hebraico: לילית) é principalmente conhecida como um demônio feminino da mitologia Babilônica que habitava lugares desertos. Os primeiros registros que se tem dela é sob o nome Lilitu, representando uma categoria de demônios na Suméria de 3000 A.C. Na Suméria e na Babilônia ela ao mesmo tempo que era cultuada, era também identificada como espírito maligno. Muitos estudiosos atribuem a origem do nome fonético Lilith por volta de 700 A.C., e com este nome é referida em diversos textos antigos sendo o mais notável o Antigo Testamento (livro de Isaías). Porém uma teoria interessante é a de que Lilith tenha sido uma mulher criada por Deus antes de Eva, simultaneamente à criação de Adão e inclusive da mesma forma que ele foi criado (do barro). Ou seja, Lilith pode ser sido a primeira esposa de Adão, antecessora a Eva.
“Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Gênesis 1:27.
Porém, no capítulo seguinte, Deus percebe que Adão está sozinho (novamente?) e seria bom criar para ele uma mulher (outra?), e interessante, que seja idônea (a outra não era?):
“Disse mais o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora que lhe seja idônea.” Gênesis 2:18.
A confusão interpretativa si dá a partir do momento em que Deus cria o homem (ser humano) no capítulo 1, fazendo-o macho e fêmea, e logo depois no capítulo 2, Ele cria uma (outra?) mulher, não mais do mesmo barro, mas agora da costela de Adão:
"E da costela que tinha tomado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher, e levou-a para junto do homem.". Gênesis 2:22
Dessa forma, é possível imaginar que uma edição (corte) possa ter sido feita entre o capítulo 1:28 e o capítulo 2:21. É provável que este corte tenha ocorrido em época bastante remota, como no quarto século antes de Cristo, quando se supõe que o texto escrito tomou uma forma próxima da atual. O capítulo 1:28 sustenta ainda mais esta hipótese:
"E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra ..." Gênesis 1:28
Como seria possível abençoar a ambos e recomendar a multiplicação se Eva ainda não tinha sido criada (só foi criada no capítulo 2)? E o caso fica ainda mais estranho no versículo seguinte, na criação da (segunda) mulher criada da costela, quando Adão parece gostar da (nova) mulher criada e faz um comentário bem peculiar:
"Disse então o homem: Esta sim (ou ‘agora sim’, em algumas versões), é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada." Gênesis 2:23
Assim, acredita-se que essa afirmação de Adão é uma das provas da existência de outra fêmea criada antes de Eva, que provavelmente não era carne da sua carne. Tendo, a mulher anterior, sido criada do mesmo barro que ele, seria assim igual, e não inferior a Adão.
Três anjos foram enviados em seu encalço, porém ela se recusou a voltar. Juntou-se aos anjos caídos onde se casou com Samael que tentou Eva ao passo que Lilith tentou a Adão os fazendo cometer adultério. Sendo Caim filho de Lúcifer com Eva e Abel filho de Lilith com Adão.
De Caim, autor de homicídio, transferido para o inferno, por escritores cristãos logo desde cedo, muito pode ser elaborado, conforme as diferentes imaginações, desde que deixem de ter acesso as bibliotecas.
Na demonologia, Caim, aparece no Ars Goetia, a primeira parte da Chave Menor de Salomão, como o Grande Presidente do Inferno, tendo sob seu comando, trinta legiões de demônios. Muitos detalhes são: ele é um bom opositor, dá a compreensão aos homens, as vozes das aves, bois, cães e outras criaturas, e do barulho das águas, também dá respostas certas, relativamente aos acontecimentos que estão por vir.
Ele é retratado no século XIX e no século XX, ilustrações ocultistas, que aparece sob a forma de um pássaro negro chamado Turdídeos, mas, logo que ele muda de forma para um homem, tem uma espada afiada na sua mão. Ao responder às perguntas, ao mesmo tempo, parece estar em queimar cinzas ou carvão.
O título «Presidente» do inferno poderia sugerir um paralelo com o presidente de uma faculdade oficial ou convocação, que dos quais, são os únicos termos pré-modernos usados. Outros autores, consideram Caim um 'príncipe' do inferno e descrevem-no como um homem rico e usar roupas elegantes, bem como a cabeça e asas de um Melro-preto.
No diretório da demonologia, dar uma etimologia da suposta palavra latina ' Chamos ',' Chamus ", diz-se que o nome dado a Baal Peor, é possivelmente corrompido do Hebraico 'Chium', um apelido dado a vários Assírios e deuses babilônicos. A epigrafia não confirma esta etimologia.