quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

O que a Divindade espera de nós?

 

O que a Divindade espera de nós?

Olá, amigos leitores!

Há algum tempo venho refletindo sobre essa questão e acredito que, independentemente da religião que você professe, uma das coisas que a Divindade espera que todos nós conquistemos é “Autonomia”.

Todos sabemos que somos seres espirituais e que, a cada dia que passa, cada vez mais pessoas buscam ir ao encontro dessa essência divina, ir ao encontro do despertar da consciência, da iluminação, da conquista da autonomia, ou seja, de uma forma espiritualizada de se viver bem.

Para isso, a figura do Sacerdote é essencial, pois – quando é uma pessoa honesta e correta –  é um verdadeiro condutor que aponta o caminho rumo a esse despertar e à conquista da autonomia. O Sacerdote é aquele que trilhou o caminho, que conhece a jornada e seus desafios e, compassivamente, nos aponta o caminho para que atinjamos esse objetivo.

Ao aprendiz cabe o compromisso de confiar e, ao Sacerdote, cabe o compromisso de ensinar,guiar e conduzir de forma honesta, sem mistificações e meias palavras ou meias verdades.Quando pensamos nessa conquista, muitas pessoas acreditam existir um elixir ou uma panaceia que resolva todos os nossos problemas e conflitos  e nos impulsione, não  somente ao despertar sem maiores dificuldades, mas também à conquista de uma vida “bem sucedida” e é aí que reside o “x” da questão .

O sacerdote que vive da religião transforma essa pessoa em um refém de uma “promessa de salvação“. E aí, cada ‘sacerdote’ dentro da fé que professa encontra terreno fértil para lucrar com isso. O grande problema para o adepto e religioso de boa-fé e de boa vontade é separar o joio do trigo. Saber identificar o que é realmente verdadeiro, honesto e necessário, daquilo que não é.

Em qualquer religião algumas situações requerem algum tipo de intervenção mágica, mas veja bem, algumas situações, não todas as situações, não sempre, não a todo momento e muito menos para tudo. Situações e necessidades pontuais é bem diferente de guerras mágicas infindáveis. Quem lucra com isso? Quem sai ganhando com essa situação?

Esse comportamento acarreta várias consequências que vão desde a manutenção de um comércio do Sagrado até, talvez, a mais grave das consequências para todas as partes, que é a criação de uma muleta para o adepto que passa a não mais se preocupar com seu crescimento e aprimoramento pessoal em busca da conquista de si mesmo e do despertar que proporciona autonomia, pois para qualquer problema que se apresente existe uma solução mágica que resolverá  a questão, bem como uma muleta para o Sacerdote que passa a viver desse comércio e se esquece de seu verdadeiro compromisso com o Sagrado que é, não somente o de proteger, mas também o de conduzir rumo à Luz que Desperta! Gerando um sistema simbiótico que nada tem de libertador e a fim com os bons espíritos do Astral Superior.

Essa é uma triste realidade na qual tanto sacerdote quanto adeptos estão mergulhados em um profundo véu de ilusão. Esse comportamento está imensuravelmente distante daquilo que o Divino quer e espera para todos nós!

Em um mundo em que as pessoas se preocupam tanto com o pragmatismo, ou seja, com a praticidade das coisas esta, muitas vezes, pode ser uma armadilha de difícil escape. Mas lembre-se, há que se separar o joio do trigo. Existem situações em que certas intervenções mágicas são realmente necessárias.

Procure fazer uma reflexão honesta sobre si mesmo e descubra se você está realmente buscando o crescimento e a transformação interior ou sempre espera por soluções rápidas e que exigem pouco esforço e pouca ou nenhuma Vontade de realização, comprometimento e dedicação de sua parte. A caminhada rumo à iluminação e a conquista da autonomia requerem perseverança e constância, qual o seu compromisso consigo e com a humanidade em relação a isso? Quais são suas afinidades?Sri Ram dizia que “a evolução nada mais é que a depuração do gosto”. É um processo 

educacional aprender a gostar de tudo o que nos eleva, de tudo que desperta o melhor de nós, de tudo que possa nos inspirar de forma positiva. Perceber e ter afinidade com o sublime requer esse processo de elevação de sintonia, de sublimação de nossa frequência vibratória. É esse processo onde se aprende a gostar e apreciar uma boa música, uma boa leitura, um bom filme, boas conversas e boas companhias, ou seja,  tudo aquilo que nos eleve, que nos puxe para cima, que nos faça querer ser mais e melhor!

Tenha como referencial esse tipo de pessoa, que desperta o seu melhor e que te faz querer ser melhor para estar ao lado dela. Seja compassivo!

Pratique o bem todos os dias, pois bondade também se aprende e lembre-se: ninguém perde nada por ser bom! Já dizia o Buda: “jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio, o que acaba com o ódio é o amor”.

A espiritualidade transforma sim a nossa vida de forma prática e isso se dá através do aprimoramento constante, da compreensão que transforma o ser e o agir!