CROMOTERAPIA A MAGIA DA CURA PELAS CORES - PARTE I
HISTÓRIA DA CROMOTERAPIA
Várias foram às civilizações antigas, como a egípcia, a grega, a indiana, a chinesa e outras que fizeram uso das cores para tratamento de saúde.
Na China e na Índia a cor era mais relacionada à Mitologia e à Astrologia. Na Grécia muitos filósofos-médicos foram absorver o conhecimento da ciência médica na fonte egípcia, com os sacerdotes-médicos.
A Cromoterapia está intimamente ligada ao antigo Egito assim como a própria Medicina. O vínculo da Medicina ao Egito data de2800 a .C. com IMHOTEP, considerado o Pai Universal da Medicina, pois foi ele quem escreveu os primeiros livros de Medicina, em rolos de papiros e também foi ele quem fundou a primeira Escola de Medicina. Os antigos egípcios que já possuíam uma perfeita psicologia das cores conheciam a natureza e formação das cores e em seus templos preparavam locais onde doentes da mente e do corpo eram submetidos à cromoterapia. Arqueólogos encontraram evidências convincentes de que certos aposentos nas pirâmides tinham sido construídos de forma tal que permitiam a entrada dos raios solares e de que estes eram decompostos nas sete cores do espectro solar (arco-íris). Os "médicos" diagnosticavam que cor ou cores faltavam na aura do indivíduo, enviavam-no então ao aposento apropriado onde absorveria o raio ou raios coloridos necessários à recuperação de sua saúde. Sendo a cidade de Heliópolis a cidade modelo do uso dessas técnicas e conhecida como a cidade cor.
A Cromoterapia está intimamente ligada ao antigo Egito assim como a própria Medicina. O vínculo da Medicina ao Egito data de
Séculos mais tarde, Hipócrates (460-377 a
.C.), médico grego, esteve no Egito estudando a matéria Médica com os sacerdotes-médicos, durante três anos. De retorno a Cós, sua cidade natal, fundou a primeira Escola de Medicina da Grécia e elaborou o Juramento Médico baseado nos escritos de Imhotep.
Conforme pesquisas o Dr. Paul Galioughi, autor do livro “La Médicine des Pharaons”, relata como os sacerdotes-médicos tratavam os doentes com as cores, utilizando-se de flores e pedras preciosas. Então, podemos dizer que a Cromoterapia nasceu no antigo Egito; adormeceu milênios; e ressurge como uma Medicina-energética, assim como a Homeopatia e a Acupuntura.
Na era moderna um dos pioneiros nos estudos da cromatologia foi o Dr. Edwin Babbit, autor do livro “Principles of Light and Colour”, no qual escreveu: - “Em um quarto escuro, e de olhos fechados, comecei a ver a formação do meu (ser) íntimo e depois de alguns meses estava em condições de perceber maravilhosas luzes e cores, que nenhuma linguagem poderá descrever.”
A "Cor" da qual estaremos falando, trata-se da manifestação da "Luz" como energia e que, portanto pode ser percebida até no escuro, desde que a pessoa esteja devidamente preparada para sentir as vibrações no seu íntimo, em infinitas radiações e fluxos de correntes luminosas. São essas vibrações, radiações e fluxos de energias, que irão atuar na aura daqueles que se submetem a uma terapia pelas cores, através dos chakras e meridianos, equilibrando os seus corpos, etérico e físico.
Além do Dr. Edwin Babbit, o alemão Goethe já estudava a natureza das cores e seus efeitos sobre a psique humana, (a obra de sua teoria sobre as cores surgiu no ano de 1810), diversos são os pesquisadores do uso das cores, a seguir citamos alguns:
JOHN OTT - Médico e Diretor do Instituto Sarasota - Flórida/USA, que pesquisou o efeito das cores sobre tumores cancerosos. Autor do livro “Health And Light”;
DINSHAH GHADIALI - Médico indiano, residente em New Jersey /USA que estruturou a Cromoterapia em bases científicas. Autor de uma Enciclopédia, em 3 volumes, sobre a utilização das cores nas doenças; foi ele quem realizou ampla pesquisa sobre da influência das cores no organismo humano. Ele trabalhou e lecionou nos Estados Unidos, onde desenvolveu as lâmpadas coloridas para uso terapêutico e, em 1933, publicou um livro no qual descreveu a significativa contribuição das cores para a saúde e bem-estar.
NIELS FINSEN - Médico em Copenhague, Dinamarca. Autor do livro “Propriedades Actínias da Luz do Sol”. Fundou o Instituto da Luz para a cura de pacientes com tuberculose. Realizou curas surpreendentes em cerca de dois mil pacientes com a aplicação da Cromoterapia, recebendo o Prêmio Nobel, em 1903;
RENÉ NUNES - Jornalista, Conferencista e Professor, de Brasília - Brasil (falecido em 1995), que se dedicou à pesquisa e aplicação da Cromoterapia em mais de dez mil pacientes, obtendo grande índice de recuperação. Autor de diversas obras, das quais cito “Cromoterapia Técnica”. Foi o grande divulgador da Cromoterapia como ciência médica-energética no Brasil e no exterior.
A CROMOTERAPIA consta da relação das principais terapias alternativas ou complementares reconhecidas pela OMS em 1976, de acordo com a Conferência Internacional de Atendimentos Primários em Saúde de 1962, em Alma-Ata. Essa
relação foi ratificada pela OMS em 1983, através do Diretor Geral da World Health Organization-OMS, Dr. Halfdan Mahler, e pelo Diretor do Programa de Medicinas Tradicionais da OMS, Dr. Robert Bannerman
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CORES
O nosso mundo material é constituído de formas e cores, a cor é uma força cósmica, vital. Uma cor é essencialmente uma manifestação material da realidade espiritual, que se dá na presença da "Luz". A luz é o que torna visível toda à matéria. A luz do Sol (ou artificial) ilumina as formas e nossos olhos captam os reflexos dessa luz, transmitindo através dos mesmos as formas e cores que são interpretadas por nosso cérebro. A cor ocupa grande parte de nossas vidas. A natureza nos proporciona constantemente variados matizes. Um brilhante céu azul pode elevar nosso espírito e um céu escuro e nublado podem fazer-nos sentir deprimido e desernegizados. A radiação solar traz alegria a muitos de nós. Cada estação do ano tem diferentes tons e intensidade de luz e cor. As cores são fontes de força viva para a saúde, são também forças solares sutis, que provocam no corpo um efeito terapêutico.
Para entender a Cromoterapia, precisamos saber alguns conceitos e definições:
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Energia Radiante: energia que se propaga, inclusive no vácuo, através de ondas eletromagnéticas. São exemplos de energia radiante: ondas de rádio, raio, ondas de calor, luz, radar, etc.;
- Luz: forma de energia radiante detectável pelos nossos órgãos da visão.
- Ciclo: denomina-se ciclo a oscilação completa de uma onda. Uma oscilação está compreendida entre um ponto máximo e um mínimo. O máximo de uma onda é chamado crista (alguns anos atrás existia uma gíria que dizia: “estou na crista da onda”), e o mínimo é chamado de depressão.
- Comprimento de onda: denomina-se comprimento de onda a distância entre duas cristas (ou duas depressões); em outras palavras é à distância percorrida pela onda durante um ciclo. Podemos observar que o comprimento de onda é uma importante característica das radiações. Por exemplo, as ondas de TV estão localizadas entre 0,1 e 500 metros .
- Freqüência: entende-se por freqüência o número de oscilações que a onda executa por segundo. A freqüência é igualmente uma importante característica da radiação, tão significativa que as emissoras de rádio se identificam pela respectiva freqüência de emissão, por exemplo: 620 kHz (leiam-se seiscentos e vinte quilohertz). As unidades de freqüência usuais são ciclos por segundo e hertz (idênticas entre si, isto é, um ciclo por segundo é igual a um hertz). A denominação hertz deve-se ao físico alemão Heinrich Hertz que descobriu as radiações energéticas (ondas hertzianas).
COR: dentro do espectro visível, as radiações, de acordo com os respectivos comprimentos de onda causam-nos sensações visuais distintas, dando origem ao que chamamos de cor. Exemplificando, lembramos que o vermelho é a onda mais longa (baixa freqüência) e o violeta a mais curta (alta freqüência).
PS: No campo físico da matéria ou da energia, nos dois planos, tudo tem forma, som e cor; e há uma escala vibracional característica de cada grupo de elementos afins. Em nosso plano material isso é perceptível aos nossos sentidos físicos e a escala oscila entre o infravermelho (ondas longas oriundas de fenômenos eletrônicos situados nas camadas superficiais do átomo) e o ultravioleta (ondas curtas, camadas atômicas profundas)
CORES PRIMÁRIAS A BASE DAS CORES
A base de todas as cores são as cores primárias e estas são três: Amarelo, Azul e Vermelho, todas as demais resultam de misturas das cores primárias como, por exemplo:
Azul+Vermelho=Violeta
Vermelho+Amarelo=Laranja
Azul + Amarelo = Verde
As misturas de todas essas cores resultam-nos mais diversos tons e matizes que colorem o nosso mundo visível, existem ainda outras cores como o infravermelho e o ultravioleta que só podem ser distinguidos por meios adequados e em laboratórios, pois de todas as cores presentes na natureza o olho humano só pode perceber um pequeno espectro. Já, outros animais, têm seus olhos adaptados para perceber diversos outros espectros, como por exemplo, a abelhas que se orientam pela cor ultravioleta para localizar determinadas flores, no entanto o verde das folhas é percebido por elas como incolor.
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DAS CORES
De acordo com as propriedades terapêuticas as cores são divididas em três grupos:
Cores Quentes ou Estimulantes:
Vermelho, Amarelo e Laranja
Cor Média ou Equilibrante:
Verde
Cores Frias ou Calmantes:
Índigo, Azul (tons claros) e Violeta.
As cores combinadas entre si apresentam variadas gamas de sub-cores, que permitem a construção de uma segunda escala, muito mais ampla, que se desdobra para cima e para baixo da cor básica. Assim por exemplo: o azul subindo para as gamas mais delicadas, pode ser azul claro, azul celeste etc., e descendo para as gamas mais baixas pode ser azul escuro, azul marinho, etc.
A partir da cor básica, ou da complementar, subindo, as gamas apresentam pureza, delicadeza, suavidade, diafaneidade e, descendo, escuridade, agressividade, grosseria, produzindo em ambos casos, reações correspondentes ás suas características próprias, nos organismos sobre os quais incidem.
Complementação:
Além das cores já citadas, há inúmeras outras no mundo cósmico, raios e ondas não perceptíveis aos nossos sentidos físicos, assim como também outras, no plano astral que nos rodeia, e que a vidência surpreende e não consegue descrever por falta de elementos comparativos, limitando-se a ligeiras indicações. Há ainda as modificações das cores por efeito de desbotamento, que nada mais representam além de interferências vibratórias de umas sobre as outras, desaparecendo aquelas de vibração mais baixas; como também interferências de raios e ondas, principalmente oriundas da luz do sol.
Continua...
Texto de Anna Aguyrre