Vovó Francisca da Guiné: a curandeira do Kilombo!
Ela nasceu próximo a Buba, na Guiné-Bissau da África, um território sob o domínio português, no século XVIII. Foi trazida ao Brasil junto com sua família, ainda criança. No Porto do Rio de Janeiro, foi vendida com sua mãe e os quatro irmãos para uma fazenda ao norte da região de Goiás.
Ela estava assustada, não entendia nada do que estava acontecendo. Quando chegaram à Fazenda, seus irmãos foram separados e enviados às diferentes áreas para trabalhar na lavoura. Ela e a mãe ficaram na propriedade principal, para trabalhar na casa dos patrões.
Quando chegou à Sede da Fazenda, seus olhos se fixaram em uma imagem sobre o portal da casa. Perguntou para a mãe quem era aquele homem, mas ela não sabia. A imagem era de São Francisco de Assis, pois esse era o nome da Fazenda. Ela achou a imagem parecida com um dos Deuses Africanos e isso aliviou seu coração.
Com o tempo ela e a mãe estavam adaptadas a rotina da fazenda. Uma vez por mês podiam ver os irmãos pois, apesar de ser uma época de escravidão, a esposa do Senhorio da fazenda era uma pessoa boa que tratava os escravos com dignidade. Ela mantinha uma escola na fazenda e ensinava todas as crianças a ler e a escrever.
Com o tempo ela e a mãe estavam adaptadas a rotina da fazenda. Uma vez por mês podiam ver os irmãos pois, apesar de ser uma época de escravidão, a esposa do Senhorio da fazenda era uma pessoa boa que tratava os escravos com dignidade. Ela mantinha uma escola na fazenda e ensinava todas as crianças a ler e a escrever.
Francisca, como passou a ser chamada, por gostar tanto da imagem do santo, tornou-se uma moça prendada que fazia com prazer todos os serviços da casa. Ela assumiu a faxina e a cozinha e passou a cuidar dos sinhozinhos que nasciam.
Tempos depois ela casou-se com um escravo da fazenda de nome Tomás. Eles tiveram 3 filhos e viviam em uma de vila de casas da fazenda. Seus irmãos também haviam se casado e moravam na mesma vila.
Tempos depois ela casou-se com um escravo da fazenda de nome Tomás. Eles tiveram 3 filhos e viviam em uma de vila de casas da fazenda. Seus irmãos também haviam se casado e moravam na mesma vila.
O século XIX estava iniciando e, apesar da escravidão, tinham uma vida calma na Fazenda São Francisco. Mas, essa tranquilidade não durou para sempre, pois haviam muitas disputas entre Abolicionistas e Escravocratas.
O proprietário da fazenda faleceu e sua esposa, que estava idosa, não conseguiu evitar um ataque. Seus filhos e netos reuniram pessoas para lutar, mas muitos perderam a vida nessa disputa. Alguns negros assutados fugiram para os Kilombos.
Francisca não queria abandonar a patroa que havia lhe tratado tão bem. Sua mãe já havia falecido e dois de seus irmãos morreram na luta. A própria patroa lhe aconselhou a fugir para o Kilombo.
Reunindo os demais negros, ela e Tomás fugiram... Pois os outros fazendeiros não descansariam enquanto não acabassem com a vila da fazenda.
Francisca deixou a fazenda com seu esposo e outros negros e foram em direção ao Kilombo das Matas, no extremo norte de Goiás. Enquanto eles fugiam passaram por muitos perigos, mas conseguiram chegar ao Kilombo.
A partir desse momento uma nova vida iniciou para eles. Francisca começou a conhecer melhor a história da escravidão no Brasil, através dos negros fugidos que chegavam ao Kilombo. Também iniciou uma nova etapa de sua jornada terrena.
Ela começou, juntamente com seu esposo, a se dedicar a todos que precisassem de atendimento, oração e auxílio. Aos poucos foi benzendo e curando as crianças e idosos, depois todos começaram a pedir sua ajuda...
O tempo passou e Francisca tornou-se conhecida como Vó Francisca. Seu esposo Tomás havia falecido e seus filhos já estavam adultos e casados.
No Kilombo todos ouviram falar de uma Lei que libertaria os escravos, mas ainda não sabiam se era verdade. Francisca morreu sem saber que a Lei Áurea havia sido assinada. Ela descansou ao lado do esposo, no cemitério do Kilombo*.
*Kilombo ou Quilombo são aceitos ortograficamente; inclusive, a forma Ochilombo.
O proprietário da fazenda faleceu e sua esposa, que estava idosa, não conseguiu evitar um ataque. Seus filhos e netos reuniram pessoas para lutar, mas muitos perderam a vida nessa disputa. Alguns negros assutados fugiram para os Kilombos.
Francisca não queria abandonar a patroa que havia lhe tratado tão bem. Sua mãe já havia falecido e dois de seus irmãos morreram na luta. A própria patroa lhe aconselhou a fugir para o Kilombo.
Reunindo os demais negros, ela e Tomás fugiram... Pois os outros fazendeiros não descansariam enquanto não acabassem com a vila da fazenda.
Francisca deixou a fazenda com seu esposo e outros negros e foram em direção ao Kilombo das Matas, no extremo norte de Goiás. Enquanto eles fugiam passaram por muitos perigos, mas conseguiram chegar ao Kilombo.
A partir desse momento uma nova vida iniciou para eles. Francisca começou a conhecer melhor a história da escravidão no Brasil, através dos negros fugidos que chegavam ao Kilombo. Também iniciou uma nova etapa de sua jornada terrena.
Ela começou, juntamente com seu esposo, a se dedicar a todos que precisassem de atendimento, oração e auxílio. Aos poucos foi benzendo e curando as crianças e idosos, depois todos começaram a pedir sua ajuda...
O tempo passou e Francisca tornou-se conhecida como Vó Francisca. Seu esposo Tomás havia falecido e seus filhos já estavam adultos e casados.
No Kilombo todos ouviram falar de uma Lei que libertaria os escravos, mas ainda não sabiam se era verdade. Francisca morreu sem saber que a Lei Áurea havia sido assinada. Ela descansou ao lado do esposo, no cemitério do Kilombo*.
*Kilombo ou Quilombo são aceitos ortograficamente; inclusive, a forma Ochilombo.