“ESTOU INCORPORANDO FORA DO TERREIRO. O QUE FAZER PARA ME PROTEGER?”
A primeira ideia que você deve por em mente é que, se você não estiver dentro do terreiro, não incorpore. Em casa ou qualquer outro local fora do templo religioso não estão presentes as condições adequadas para o transe mediúnico. Não há a devida segurança, ainda que você tenha firmezas e tronqueira na sua residência.
Não dê passagem para a entidade, mesmo que sinta ela perto. Sim, você pode bloquear a manifestação. A matéria é sua, você controla ela, por mais forte que seja a vibração. Os guias não virão contra sua vontade, não incorporarão à força. O bom médium sabe abrir e fechar o seu campo no momento correto. Seu corpo é sagrado, não dê cabeça para qualquer um, de qualquer jeito.
Caso encare alguma situação que exija intervenção espiritual, há outras formas de resolver além da incorporação. Ninguém morrerá se tiver que esperar alguns dias até a próxima gira. Você pode fazer uma oração, acender uma vela, orientar um banho de ervas, ministrar um passe desincorporado, intuir uma mensagem, entre tantos outros recursos. Apenas não se exponha às diferentes cargas energéticas.
Se sentir algo diferente, não desespere. Perceber uma vibração não quer dizer que uma entidade deseja se manifestar. Algumas vezes ela só quer mostrar que está perto, deixar uma mensagem, reforçar que não está sozinho. Faz parte da vida mediúnica entrar em contato diariamente com as energias. Converse com o guia, diga que você não deseja ceder sua matéria, que não é a hora e nem o local para trabalhar.
Persistindo os sintomas, procure um terreiro. Se não há na sua cidade, peça que os guias te encaminhem para um. Será necessário disciplinar a sua mediunidade, em geral através do desenvolvimento. Ainda não queira seguir este caminho, é importante passar por este processo para que adquira mais autodomínio. Incorporação é algo muito sério, a ser praticado dentro de uma coletividade e seguindo um ritual consagrado. Como diz o ponto, a Umbanda tem fundamento, é preciso preparar.
Saravá a todos!
Escrito por @umbandacomsimplicidade/ Diego Paiva Pimentel