Frekwén - A cobra albina das águas
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| Vódun Frekwén |
Mais que isso, vódun Frekwén é considerada uma grande divindade devido suas fortes energias que são boas e enérgicas para todos. Frekwén é a dan que envia a água para a terra e faz com que o ciclo da água seja feito e possa após assim estar retornando para o céu evaporando ás partículas de água tranformando-as em estado gasoso para assim se tornarem as nuvens. Junto à vódun Yewá, elas fazem as nuvens pairarem sobre os céus, elas seriam as próprias nuvens, sendo Frekwén a nuvem branca e Yewá a nuvem de chuva, enquanto é função de Becén despejar essa água sobre a terra e fertiliza-la para que venha a nascer novas vegetações e que tire a sede das pessoas e dos animais.
Frekwén é também considerada a cobra-albina pelo povo mahíno, conta que certa vez o povo passava por uma grande seca e fome, o clima estava árido e a estiagem era duradora, as mulheres inférteis, os homens fracos e as crianças doentes. Então juntaram tudo o que tinham e foram a beira de um poço onde havia o único meio de água da cidade e jogaram todos seus pertences dentro dele pedindo para que fossem salvos e que a terra voltasse a prosperar, desde então, surge dos céus uma cobra-albina gigantesca e toda iluminada, abre a boca e de suas presas esguicha água, mas muita, muita água. Foi tanta água que se criou uma nova nascente e então surge um novo rio, este que veio receber o nome de rio Egbadô, então o povo começou a saudar " Aho gbogbo yih suru só!" que significa " Saudamos aquela que se estica e nos dá água!", entãp dali por diante começou um grande culto á essa cobra que por eles foram chamada de Frekwén.
Frekwén é também a pureza, a beleza, a vaidade e a iluminação, arquétipos que a fazem ser confudida com a vódun Yewá, pois, são parecidas em vários pontos mas tanto Yewá quanto Frekwén tem suas diferenças.
Yewá é classificada sendo irmã gêmea de Becén nascido do ventre de Nanã a grande matriarca, esta Iyágbá tem seu culto a beira do rio Yewá (antigo rio Egbadô) e é reconhecida dentro dos cultos dos povos yorubás, onde recebe o nome de Orixá Ewá. Há quem diga que não são as mesmas.
Frekwén por sua vez é irmã gêmea de Tokwén (serpente da terra) e filha de Dan Wedo (Aido-Wedo) com Dangbalá. Se adorna inteiramente de branco lembrando o fato der ser albina e também o fato de ser aquela que trasmuta todas as cores, ou seja, a cor branca. Tem seu culto no poço de Mahí onde é saudada e venerada ao lado de Becén.
Existe também outro fator sobre Frekwén. Dentro da cultura yorubá existe uma Iyágbá que é cultuada como a fêmea de Oxúmarê, neste caso Becén, mas que essa fêmea não é Ewá, mas sim uma divindade chamada de Ijokú. Há quem acredite que Becén ao levar seus cultos para dentro das terras yorubás, tenha levado consigo sua fiel companheira Frekwén que adotou o nome de Ijokú que para os nagôs podem ter dois significados. Ijókú siginificando a cobra da morte ( Ijó-Cobra, kú-morte ) ou também de Ojokú que vem de Òjókú, que significa "chuva da morte" (Òjó-chuva, kú-morte). Ela leva muito o nome de "morte" no nome por simboliza a cobra que traz a vida e quem sem ela, só existiria a morte. Outro fato também é que segundo algumas lendas dela, ela era a cobra que engolia por inteiro tudo o que via pela frente, então leva o nome de "morte" por carregar consigo a polêmica da cobra-assassina.
Frekwén come casal igual Becén e seus preceitos tem que ser feitos no alvorecer do sol, pois é quando a energia de Frekwén é mais forte e viva. Nascer do sol, o nascer da luz no mundo, o brilhar na terra, o calor que aquece e fotossintisa as plantas. Por isso seus preceitos assim como algumas qualidades de Yewá são necessários ser feito no amanhecer.
É juntamante colada á Becén, mas mantém forte ligação com Yewá e Azunsú, suas cores são o amarelo rajado de verde e vermelho ou as sete cores do arco-íris em missangas transparentes, gosta muito de brajás e de ouro.
