sábado, 26 de março de 2022

METRÓPOLE DO GRANDE CORAÇÃO (Parte 1) (Extraído do livro A Vida Além da Sepultura pelos Espíritos Atanagildo e Ramatís pela mediunidade de Hercílio Maes)

 

 METRÓPOLE DO GRANDE CORAÇÃO (Parte 1)
(Extraído do livro A Vida Além da Sepultura pelos Espíritos Atanagildo e Ramatís pela mediunidade de Hercílio Maes)


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(Extraído do livro A Vida Além da Sepultura pelos Espíritos Atanagildo e Ramatís pela mediunidade de Hercílio Maes)

Em face do grande número de espíritos que habitam a região que me encontro e da multiplicidade de labores e objetivos de educação espiritual, que também recordam certas atividades terrenas, a iluminada cidade do mundo astral, em que resido, bem merece ser conhecida, na pitoresca linguagem do Além, como sendo metrópole do "Grande Coração"! Quando nós a observamos a distância e recordarmo-nos dos seus serviços amorosos às almas fatigadas e liberta da carne, ela significa realmente a figura de magnânimo coração; que se recorta no seio de infindável massa astral de um suave azul-esmeralda. É um dos mais encantadores "oásis" sediados na esfera astral e devotado ao socorro do viandante que atravessou o deserto da vida física, compondo-se de sublime comunidade de almas benfazejas, que esperam na zona que envolve certa região do Brasil. Os seus mistérios são sempre de paz e de progresso em relação àqueles que procuram fazer da vida um motivo de elevada educação espiritual.
Essa metrópole me faz lembrar uma das mais belas cidades terráqueas, constituída de todas as suas edificações, ornamentos e recursos de vida em comum; porém distingue-se de modo indescritível quanto ao seu padrão moral superior e às suas realizações exclusivamente destinada à aventura da alma. Ali, tudo foi feito exclusivamente sem preocupações de classes, hierarquias ou organizações de destaques. A Metrópole do Grande Coração é um famoso laboratório de alquimia espiritual, no qual se formam os moldes do futuro anjos do Senhor dos Mundos! É liberadas por costumes brasileiros, mas a maior parte de sua direção e o maior número dos seus habitantes são almas que habitaram anteriormente e por longo tempo a Grécia e a Índia, motivo pela qual ainda conservam algumas características do espirito filosófico, artístico, devocional e um tanto irreverente dos conterrâneos buliçosos da pátria de Sócrates, Platão e Alcebiades.
A Metrópole do Grande Coração em sua constituição foge à regra comum na Terra e ao seu sentido de vida, que se desenvolve em diferente campo vibratório, regendo-se por uma dinâmica ainda desconhecida aos reencarnados. Essas colônias ou metrópoles astrais se agrupam concentricamente em torno do globo terrestre e está edificadas no "mundo interior" comparando-as com as cidades terrenas, estas parecem cascas grosseiras daquelas.
Conforme padrão já alcançado pelos espíritos de nossa metrópole, através de suas consecutivas reencarnações, vão se processando modificações no ambiente de sua moradia astral. A transitoriedade nas edificações de nossa metrópole é explicada pela facilidade de poderem ser substituída e adaptada rapidamente a novos projetos, porque no mundo astral as configurações servem apenas de moldura e amparo estético as realizações "íntimas" de seus moradores, e não para exibições públicas de direito de propriedade. À medida que o espírito vão evoluindo, também se desinteressa gradativamente do imperativo draconiano das formas, despertando-se-lhes o desejo da ventura espiritual e saturando-se com facilidade contato contacto exterior. Por isso, as cidades astrais, de ordem mais elevada, modificam continuadamente as suas paisagens e formas, que se tornam rapidamente tediosa ou impotentes para criarem novos estímulos evolutivos aos seus moradores.
A Metrópole do Grande Coração abriga perto de três milhões de espíritos desencanados, e todas as edificações destinadas às suas principais atividades situam-se nos extremos da comunidade, formando grupos encantadores. O coração da metrópole é formado por gigantesco e magnífico logradouro, em forma de heptagono e que baseado-me nas medidas terrenas, suponho atingir a alguns quilômetros quadrados. Trata-se de vastissimo parque entremeado de bosques, cujo arvoredos, de pouca altura, facilitam que os raios solares iluminem todos os recantos e caminhos, compondo sedutoras clareiras recamadas de areias finas e de uma cor creme cintilante. A relva de tom esmeraldinos, lembram maravilhosos tapetes de gramas fulgente; tudo está matizado de florzinhas miúdas, semelhantes a rubis, ametista, esmeraldas por comprido cordões vegetais, formam caprichosos desenhos e compõem longas frases de louvores ao Criador! Da galharia miúda e suavemente coloridas por um tom de malva, luminoso, pedem ramos em verde claro, cristalino, rendilhados de flores iguais às glicínias e espécie de campainhas vegetais que se movem facilmente sob o impulso leve da brisa, fazendo perpassar uma deliciosa fragrância que em mim sempre evocaram as orquídeas das matas brasileiras.
No centro exato desse grande logradouro, que vos poderia lembrar vagamente uma gigantesca praça terrena, e que constitui o coração da nossa metrópole, encontra-se edificada magnífico templo destinado as orações coletivas, cuja entrada principal está voltada para o Oriente.
A denominação Metrópole do Grande Coração proveio da ideia de se fundar uma colônia de socorro espiritual no seio do astral selvatico, em sentido perpendicular ao Brasil, e que significasse um coração sediado nas trevas do sofrimento espiritual. No entanto, a sua configuração geográfica, se assim posso me exprimir, fundamental-se na forma de um heptágono, como disse atrás, ou seja um polígono de sete lados, cuja forma geométrica rege a harmonia e a edificação de toda a metrópole. O próprio templo, que é a aferição central da comunidade, foi edificada com e exigência das sete torres, que também se afinizam às medidas heptágonais da cidade.
Da antiga denominação de "Pequeno Coração", que ficou popularizada entre os primeiros povoadores, passou a se tornar conhecida como a "Metrópole do Grande Coração", assim que o agrupamento foi crescendo e se tornando uma coletividade de maiores responsabilidades espiritualistas. Mais tarde, devido à capacidade e ao espírito sacrificial dos seus moradores, mereceu então a inspeção de elevados espíritos sediados nos planos superiores, os quais não só louvaram os trabalhos da comunidade, como ainda ligaram-na diretamente ao departamento anjelico responsável pela evolução espiritual do Brasil, que se filia, consequentemente, à hierarquia diretora da América do Sul. Depois disso é que foi traçado o plano augusto com as sete torres, em substituição à velha "Casa de Orações", que podia operar enviando vibrações cordiais ao astral inferior. Sob inspiração direta desses elevados arquitetos do Alto, que conhecemos como "os senhores dos pensamentos disciplinados",os edificadores mentais de nossa metrópole submeteram a substância destinada ao templo a processos que não estão autorizado a revelar-vos, demorando-se na construção da torre principal, que se volta para o Oriente, onde se encontra o elemento divino, que representa o "canal" de união do nosso plano com a fonte dadivosa das comunidades angélicas da sétima esfera.
O tipo espiritual eletivo da metrópole do Grande Coração, deve em primeiro lugar, ter desenvolvido regularmente em si, "universalista", em todos os sentidos e relações da vida humana. É preciso, que haja ultrapassado o sentimento sactario em matéria de doutrinas ou de religiões de marcadas por fronteiras dogmaticas e isolacionistas; deve sentir na sua intimidade espiritual a essência que palpita no seio de todas as coisas e irmana o ideal de todos os seres, em lugar dos acessórios enganadores do mundo provisório de carne. O verdadeiro alicerce da ventura dos moradores se nossa metrópole está no entendimento e na serenidade espiritual, que só podem obter a distância das preocupações com castas sócias, dos partidários religiosos ou preferências nacionalistas, que sempre perturbam o júbilo coletivo.
Sem dúvida, a nossa metrópole não comporta o tipo de criaturas que se creem de posse exclusiva da verdade, enquanto que os seus irmãos devem sempre se encontrar completamente equivocados nos seus postulados doutrinários! O que importa aqui é a realidade de um sentimento puro e efetuoso, unido a sincera alegria para com a felicidade do próximo, seja ele esquimó, zulu, francês ou hindu! Interessam-nos, fundamentalmente, o júbilo alheio e a manutenção de um gozo espiritual íntimo entre todos, muito antes de qualquer interesse pessoal. Essa harmonia e integração em nossa "consciência espiritual", sem barreiras emotivas e choques mentais, como ocorre permanentemente na comunidade do Grande Coração, é que nos transforma em uma só alma a representar todos os seus moradores no mesmo dia papão de ventura espiritual.