sexta-feira, 25 de março de 2022

FASCINAÇÃO: A MAIS PERIGOSA FORMA DE OBSESSÃO

 

 FASCINAÇÃO: A MAIS PERIGOSA FORMA DE OBSESSÃO


Nenhuma descrição de foto disponível.A fascinação acontece quando um obsessor se passa como um guia espiritual, iludindo o médium. Ela é tão perigosa porque se sustenta na vaidade e na insegurança do cavalo. E ninguém dela está imune, mesmo os mais experientes. Seu processo de libertação é difícil, demorado, doloroso; exige humildade e verdadeira disposição para mudar.

De início, o obsessor estuda sua “vítima”, investiga seus pontos fracos, elabora uma estratégia de persuasão. Ele não irá atacar seu alvo na “força bruta", porém emulará características que encantam o médium e alimentam o seu ego.

Um exemplo é quando o seu verdadeiro guia se manifesta de uma firma simples. Ele não roda como o novato gostaria, não grita, não faz nenhum movimento extravagante, não expressa nenhum trejeito que causa admiração aos outros. E o médium, em sua vaidade e insegurança, visto que acredita que sua mediunidade está questionada, sente-se frustrado com as entidades que o acompanha.

É quando as organizações trevosas encontram a oportunidade para se aproximar. Por sintonia vibratória, o kiumba consegue manifestar no lugar da entidade, imitando suas características. No entanto, e nisso está sua astúcia, ele passa a dar vazão a todos os movimentos que a vaidade do médium espera. Observamos, neste caso, os rodopios exagerados, gritos, sacolejos em excessos, tudo aquilo que impressiona os sentidos. É o encantamento, a fascinação pelo obsessor.

E por que as verdadeiras entidades permitem que isto aconteça? Por respeito ao livre arbítrio. Nós não tomamos decisões apenas pelo o que verbalizamos consciente, nossa própria vibração interna é uma forma de escolha. Se optamos por dar mais importância ao que é somente aparência, a espiritualidade não interferirá. Muitos avisos serão dados, entretanto, cabe ao médium ouvi-los ou não.

Com o tempo, o comportamento do obsidiado fica cada vez mais estranho, as supostas entidades não agem como se espera de guias espirituais, suas palavras não transmitem luz e sabedoria, e constata-se que suas ações são mais para chamar a atenção do que para elevação espiritual. Os irmãos e o Pai/Mãe de Santo percebem que há algo errado, tentam orientar, porém, infelizmente, dificilmente o convencerão a mudar. Isto porque é muito difícil para ele admitir que aquela entidade que ele tanto admira é, em realidade, um obsessor.

Em alguns casos, o sacerdote precisa afastá-lo da corrente. Em outros, eles mesmo sai da casa, em busca de outro terreiro que aceita qualquer coisa. O pior é quando o médium, crente que é portador de uma grande mediunidade e que todos o invejam, decidir abrir o seu próprio espaço. Não apenas ele está se perdendo, como levará outros consigo; tão grande é o carma que acumulará que necessitará de outras encarnações para pagá-lo.

A fascinação, desta forma, transforma sua vítima em uma marionete das organizações trevosas. Embora a solução seja difícil, não é impossível. Exige, mais do que tudo, grande humildade do médium, que é a maior proteção que ele pode ter. Deve estar sempre atento, vigilante quanto às inseguranças de sua subjetividade. Que ele não se esqueça que o objetivo do trabalho espiritual não é a autoafirmação, e sim o exercício da caridade para com o próximo.

Saravá a todos!

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