sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

Omulú / Obaluaê – vibração de Yorimá

 

Omulú / Obaluaê – vibração de Yorimá

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Omulú / Obaluaê – vibração de Yorimá

 

Obaluae-Sao_Lazaro
Santuário Nacional da Umbanda

Essa vibração cristaliza a experiência em forma de evolução, são os Senhores das Experiências. Orientam, encarnados e desencarnados, no caminho da fé e da evolução, alcançadas através da humildade e sabedoria. Suas mensagens sempre são nos momentos mais oportunos, de forma transparente e que não traumatize os filhos de fé. Não violentam consciências; adaptam seus ensinamentos aos mais diversos níveis de entendimento, sempre de forma paciente e tolerante. São exemplos de humildade, paciência e tolerância, pois alcançaram patamares espirituais de elevadíssimo escol mas dirigem-se aos simples, humildes e desgarrados, fazendo-o com o amor só alcançado por quem já renunciou ao ilusório e a si mesmo. Trabalham com muita eficiência na linha da cura das mais diversas mazelas que nos atingem, sejam kármicas ou provocadas por nós mesmos. Na verdade, todas as frentes de trabalho são campo para suas atividades.

Em se tratando de magia, são Mestres, desfazendo os efeitos dos popularmente chamados “trabalhos de magia negra”, e por isso são chamados de Mandingueiros de Luz. É nessa linha que trabalham nos terreiros de Umbanda os Pretos Velhos.

Dão suas consultas, que são profundas e esclarecedoras, como também dão mensagens de caráter geral, visando incrementar a Fé e a Humildade no coração e na ação de seus filhos de Fé. Gostam também de atuar em outras modalidades mediúnicas, muito principalmente através da vidência ou da sensibilidade psico-astral. São em verdade profundos conhecedores da mente e do comportamento humano, como também de suas mazelas. Utilizam muito as rezas e os benzimentos (energização) além de darem medicamentos, principalmente da flora, para combater os males físicos e astrais de seus filhos de fé.

Ao pitarem seus cachimbos, veiculam com a fumaça portentosas vibrações que limpam a Aura, desagregando até certas larvas condensadas (pelo pensamento cristalizado) que poderiam trazer sérios prejuízos à constituição astrofísica do indivíduo. Quando um Preto Velho ou mesmo um Caboclo manipula magicamente a fumaça, sabe como fazê-lo, utilizando elementos nocivos para destruir bactérias, vírus e outros microorganismos até de ordem astral que se encontram no ambiente, neutralizando completamente os efeitos deletérios da fumaça nos filhos de fé.

São os Senhores da Magia, profundos conhecedores da Alquimia Astral, a qual manipulam com destreza e sabedoria. Asim atuam esses Pais Velhos, grandes Magos da Sagrada Corrente Astral de Umbanda.

OMULÚ

São os dois extremos, Encarne (vida física; Terra à Corpo) e Desencarne (morte física; Corpo à Terra) que Deus colocou sob a supervisão de OMULÚ, O Orixá da Transformação.

O Senhor da Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de Omulú, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico (cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.

Os comandados de Omulú, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos sítios pré e pós morte física (Hospitais, Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias dos corpos físicos em vias de falecerem ou falecidos.

OBALUAÊ

Orixá das doenças, especialmente das epidemias e da cura. Sua energia pode se manifestar na tendência autopunitiva que carregamos, que pode revelar-se como uma grande capacidade de somatização de problemas psicológicos (estigmas, isto é, a transformação de traumas emocionais, cobranças inconscientes em doenças físicas reais).

Também trabalha na cura, tendo sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das nossas doenças.

No Candomblé

Obaluaê ou Omulu (os nomes se referem a fases místicas, onde o mesmo Orixá seria mais jovem ou mais velho), é a energia que rege as pestes como a varíola, sarampo, catapora e outras doenças de pele. Ele representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo (a terra). A interface pele/ar. A aparência das coisas estranhas e a relação com elas. Ele também rege as doenças transmissíveis em geral. No aspecto positivo, ele rege a cura, através da morte e do renascimento.

Diz o mito que Obaluaê é filho de Nanã (a lama primordial de que foram feitas as cabeças – oris- humanas) e Oxalá, tendo nascido cheio de feridas e marcas pelo corpo como sinal do erro cometido por ambos, já que Nana seduziu Oxalá mesmo sabendo que lhe era interditado por ser ele o marido de Iemanjá.

Ao ver o filho feio e mal formado, coberto de varíola, Nanã o abandonou à beira do mar, para que a marécheia o levasse. Iemanjá o encontrou quase morto e muito mordido pelos peixes, e tendo ficado com muita pena, cuidou dele até que ficasse curado. No entanto Obaluayê ficou marcado por cicatrizes em todo o corpo, e eram tão feias que o obrigavam a cobrir-se inteiramente com palhas.

Não se via de Obaluayê senão suas pernas e braços, onde não fora tão atingido. Aprendeu com Iemanjá e Oxalá como curar estas graves doenças. Assim cresceu Obaluaê, sempre coberto por palhas, escondendo-se das pessoas, taciturno e compenetrado, sempre sério e até mal-humorado.

Chegando à sua terra, encontrou uma imensa festa dos orixás. Como não se sentia bem entrando numa festa coberto de palhas, ficou observando pelas frestas da casa. Neste momento Iansã, a deusa dos ventos, o viu nesta situação e, com seus ventos levantou as palhas, deixando que todos vissem um belo homem, já sem nenhuma marca, forte, cheio de energia e virilidade e dançou com ele pela noite adentro. A partir deste dia, Obaluaê e Iansã-Balé se uniram contra o poder da morte, das doenças e dos espíritos dos mortos, evitando desgraças aconteçam aos homens.

Os iorubás acreditam que este mito nos mostra que o mal existe, que ele pode ser curado, mas principalmente que é preciso ter consciência do momento em que ele terminou, sabendo recomeçar após um violento sofrimento. Obaluaê rege também a força da terra (herdado de sua filiação a Nanã). A umidade dela (por suas adoção por Iemanjá) e as doenças das plantações.

Características dos filhos de YORIMÁ (OBALUAÊ)

Os filhos de Obaluaê são pessoas incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida corre tranqüila para elas. Podem até atingir situações materiais e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.

No Candomblé, como na Umbanda, tal interpretação pode ser demais restritiva. A marca mais forte de Omolu-Obaluaê não é a exibição de seu sofrimento, mas o convívio com ele. Ele se manifesta numa tendência autopunitiva muito forte, que tanto pode revelar-se como uma grande capacidade de somação de problemas psicológicos (isto é, a transformação de traumas emocionais em doenças físicas reais), como numa elaboração de rígidos conceitos morais que afastam seus filhos-de-santo do cotidiano, das outras pessoas em geral e principalmente os prazeres. Sua insatisfação básica, portanto, não se reservaria contra a vida, mas sim contra si próprio, uma vez que ele foi estigmatizado pela marca da doença, já em si uma punição.

Em outra forma de extravasar seu arquétipo, um filho do Orixá , menos negativista, pode apegar-se ao mundo material de forma sôfrega, como se todos estivessem perigosamente contra ele, como se todas as riquezas lhe fossem negadas, gerando um comportamento obsessivo em torno da necessidade de enriquecer e ascender socialmente.

Mesmo assim, um certo toque do recolhimento e da autopunição de Omolu-Obaluaê serão visíveis em seus casamentos: não raro se apaixonam por figuras extrovertidas e sensuais (como a indomável Iansã, a envolvente Oxum, o atirado Ogum) que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao cônjuge de Omolu-Obaluaê um papel mais discreto. Gostam de ver seu amado brilhar, mas o invejam, e ficam vivendo com muita insegurança, pois julgam o outro, fonte de paixão e interesse de todos.

Assim como Ossâim, as pessoas desse tipo são basicamente solitárias. Mesmo tendo um grande círculo de amizades, freqüentando o mundo social, seu comportamento seria superficialmente aberto e intimamente fechado, mantendo um relacionamento superficial com o mundo e guardando sua intimidade ara si própria. Não raro são pessoas que julgam. Ter características detestáveis, que vivem criticando, motivo de vergonha. O filho do Orixá oculta sua individualidade com uma máscara de austeridade, mantendo até uma aura de respeito e de imposição, de certo medo aos outros. Pela experiência inerente a um Orixá velho, são pessoas irônicas. Seus comentários porém não são prolixos e superficiais, mas secos e diretos, o que colabora para a imagem de terrível que forma de si próprio.

Um último, mas importante detalhe; em diversas de suas lendas, o Orixá da varíola é apresentado como uma divindade que perdeu uma perna. Isso se refletiria em seus filhos como um defeito congênito em uma das pernas ou a tendência a sofrer, durante sua vida, por um problema de relativa gravidade em seus membros inferiores, a partir de quedas ou desastres que podem ou não ser curados e ultrapassados.

Saudação:Adorei as Almas
Ponto de Força:Cemitérios (Omulú) / Todos os lugares (Pretos Velhos)
Sincretismo:São Benedito (Pretos Velhos), São Roque (Obaluaê), São Lázaro (Omulú)
Data Comemorativa:
13 de Maio (Pretos Velhos),
16 de Agosto (Obaluayê).17 de Dezembro (Omulú)
Dia da Semana:Segunda-feira
Cor de vela:Preta e Branca
Colar de contas:Preto e branco
Ervas:Guiné, Arruda
Flores:Flores brancas: crisântemo / margarida
Oferenda:Arroz Doce / Bolo de fubá / Pipoca (Obaluayê)
Bebida:Vinho tinto / Café sem açúcar / Água de Arroz (Obaluayê)