O Ritual Menor do Pentagrama foi criado pela “Golden Dawn”* no final do século XIX.Este ritual era o primeiro a ser ensinado a seus membros, ainda neófitos.
Ritual Menor do Pentagrama Umbandista
O Ritual Menor do Pentagrama foi criado pela “Golden Dawn”* no final do século XIX.Este ritual era o primeiro a ser ensinado a seus membros, ainda neófitos. Isto porque ele o introduzia a invocação, e servia como meditação, centralização e proteção. Este ritual é utilizado por várias ordens hoje em dia, e possui grande número de variações.A idéia por trás destas evocações é canalizar o subconsciente do Mago para manter qualquer tipo de energia externa fora dos limites do Ritual. Isto é feito através da mente do próprio magista, por meio dos símbolos com os quais ele opera. Neste post, explicarei como trabalhar estes conceitos dentro dos Símbolos da Umbanda.
O RMP é o mais eficaz método de “desinfetar” um ambiente astral e é recomendado antes de qualquer consagração ou operação mágica.
É importante que você não “imagine” toda a estrutura do RMP, mas VISUALIZE toda a estrutura. Há uma grande (e vital) diferença entre estes dois verbos… quando eu falo em visualizar, significa ter a CERTEZA de que tudo aquilo que você traçou está realmente ali; que a luz emanada pelas chamas está iluminando e dando um tom azulado ao local, só ofuscado pela luminescência da cruz sobre o altar; que o seu sigilo pessoal está flamejante no centro de cada um dos quatro pentagramas e que os Orixás estão dispostos ao lado de fora do local, com armas em punho.
VISUALIZAR significa que estas construções estarão firmes e cristalizadas no Astral. Com o tempo e a repetição, você tornará aquele recinto impenetrável a qualquer entidade com Força de Vontade menor que a sua (e eis o por quê os magos devem dominar TODAS as esferas da Árvore (Kabbalah)… Yesod para a visualização, Hod para a Vontade e Netzach para a cristalização). Pode-se utilizar uma vela no altar (que será acesa logo na finalização do ritual) para ajudar o inconsciente nestas visualizações (enquanto a vela estiver acesa, estará atrelada ao ritual).
O Ritual
Parte 1 – A Cruz Umbandista
Deve ser feita diante do altar, o Coração do Templo, voltado para o Leste (Oriente).
Traçado com os dedos indicador e médio estendidos e os outros dedos fechados.
1 – Toque a testa e diga “IBEJI” (dedo indicador e médio estendidos, os outros fechados). Visualize a luz divina descendo do alto de Keter até o magista e o altar. Visualize uma abertura nos céus por onde as crianças sagradas estarão olhando toda a operação.
2 – Toque o sexo (chakra Básico) e diga “OMULU” (com a mão na posição de “figa” – Imagine a energia vinda do cósmico fecundando a mãe-terra a seus pés e fincando as bases da cruz luminosa que protegerá o ambiente). Neste momento, deverá estar visualizado um pilar de luz no centro do templo. Visualize Omulu sentado aos seus pés, trabalhando em seu alguidar.
3 – Toque o ombro direito e diga “PAI OGUN” (dedo indicador e médio estendidos, os outros fechados). Visualize Ogun portando sua espada colocado ao seu lado, como um guarda-costas.
4 – Toque o ombro esquerdo e diga “PAI OXÓSSI” (dedo indicador e médio estendidos, os outros fechados). Visualize Oxóssi, com seu arco, à sua esquerda.
5 – Junte as mãos no peito e diga “PAI OXALÁ” Visualize a energia divina projetando-se para dentro do Templo, iluminando toda a Sala Capitular/Templo e afastando qualquer interferência ruim do mundo profano. Nesse momento, visualize o manto de Oxalá vestindo-o por cima de suas vestes.
Parte 2 – Os Pentagramas
OBS: No RMP, as posições tradicionais seguem as posições energéticas usadas na Inglaterra, que são: Leste=Ar, Sul=Fogo, Oeste=Água e Norte=Terra. Aqui no Brasil, por nossa geografia diferente, os fluxos energéticos são diferentes e as associações são feitas da seguinte maneira: Leste=Água (Oceano Atlântico), Sul=Ar (Antártida), Oeste=Terra (Andes) e Norte=Fogo (Caatinga). Estas energias do Macrocosmos serão ancoradas no Círculo (quando estiver voltado para cada Ponto Cardeal, visualize as energias primordiais dos locais que eu citei sendo evocadas para a proteção daquele ponto).
1 – De frente para o Leste (o Oriente), com as mãos na forma do Kubera-Mudra (dedos polegar, indicador e médio unidos, como se estivesse segurando um giz invisível) desenhe um pentagrama visualizando-o em chamas azuladas muito fortes.
Comece a traçar o Pentagrama de acordo com a figura ao lado. Vibre “OXUM”, visualizando a Mãe Oxum e a energia das Águas e Emoções naquele ponto. Trace com os dedos o Círculo de Proteção, no sentido horário, do Leste para o Sul, circundando o meridiano do Templo.
2 – De frente para o Sul, repita o processo anterior trocando o nome por “IANSÔ. Visualize a Senhora dos Raios com seu chicote, pronta para proteger o seu Templo do lado de fora. Continue o Círculo para o Oeste
3 – De frente para o Oeste, repita o processo anterior trocando o nome por “XANGÔ”. Visualize Xangô portando seu machado em posição de defesa do lado de fora do Templo. Continue o Círculo para o Norte.
4 – De frente para o Norte, repita o processo anterior trocando o nome por “EXÚ”, Senhor do Fogo. Imagine o Exú de sua preferência guardando aquela entrada. Continue o Círculo para o Leste, fechando todo o conjunto.
Parte 3 – Invocação dos Arcanjos
1 – Na posição de Cruz (os braços abertos e os pés juntos), o estudante repetirá:
“A minha frente OXUM” (vibre todos os nomes)
2 – “Atrás de mim XANGO”
3 – “A minha direita IANSÔ
4 – “A minha esquerda EXÚ”
5 – “Pois ao meu redor flamejam os Pentagramas”
Sempre visualizando os Orixás nas suas respectivas posições, fora do Templo, guardando-o e protegendo-o, e os pentagramas em chamas. Cada um está relacionado a um elemento: Oxum(Água), Iansã (Ar), Xangô (Terra) e Exú (Fogo), na seqüência.
Como os elementos são 4, o magista, ao centro, será a 5ª parte do pentagrama e deverá se visualizar coberto por um manto azul, protegido por Yemanjá.
6 – “E na coluna do meio, brilha a estrela de seis raios”.
Que o estudante visualize dois Hexagramas, Símbolos da Proteção de Xangô, um em cima e o outro projetado embaixo, com uma faixa de luz estendendo-se na vertical, envolvendo-o e formando uma espécie de “grade” ao redor do local.
Parte 4 – Repita a Cruz Umbandista
Quando terminar, os Pentagramas e a proteção ficarão por ali tanto tempo quanto sua vontade for capaz de manter a Visualização. A vela ajuda o subconsciente a lembrar.
AVISO: quem tem mediunidade, se prepara porque todas as suas entidades vão encostar. Quem tem mediunidade e não sabe, talvez experimente sensações “diferentes” em determinados pontos do RMPU. Testamos esta versão do Ritual e ela tem se mostrado MAIS FORTE do que o RMP tradicional, se você for umbandista. Como esta versão do RMP ainda está “em testes”, gostaria que vocês substituíssem o RMP em seus exercícios por esta versão e me mandassem os resultados obtidos ou quaisquer dúvidas nos comentários.
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* A Ordem Hermética da Aurora Dourada (Golden Dawn), foi uma sociedade mágica surgida na Inglaterra, na década de 1880, que reunia várias vertentes do Ocultismo, e cujas ramificações encontram-se ativas até os dias de hoje. Golden Dawn é um sistema completo de magia que, a partir de um currículo de estudos e do trabalho pessoal. Organizado e constante, combinados com um programa de meditação e exercícios mágicos, permitirá ao estudante a sua caminhada para a Luz.
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Ritual adaptado por Marcelo Deldebbio:
Nascido em 1974, é hoje considerado um dos maiores pesquisadores sobre Ordens Iniciáticas, Oráculos e Ocultismo no Brasil.
– Formado Arquiteto em 2000 pela FAU-USP e com especializações em Semiótica, História da Arte e Urbanismo.
– Mestre de RPG com ênfase no uso do RPG na Educação e técnicas teatrais aplicadas ao RPG.
– Escritor com mais de 45 títulos publicados e mais de duas centenas de artigos publicados em revistas.
– Colunista do site “Sedentário e Hiperativo”, onde escreve semanalmente sobre ocultismo e filosofia.
– Autor da Enciclopédia de Mitologia, um dos maiores e mais completos trabalhos do gênero em língua portuguesa, com mais de 7.200 verbetes, de 40 mitologias diferentes.
– Editor chefe da Daemon Editora, a terceira maior editora de livros de RPG no Brasil.
– Iniciado em Bruxaria Inglesa em Stonehenge, em 1989.
– Membro da Maçonaria, filiado às lojas ARLS Madras, 3359, ARLS Aleister Crowley, 3632, ARLS Thelema, 3692 e ARLS Sublime Imprensa Maçônica, 3999, REAA – GOB.
– Membro das Ordens Inglesas de Aperfeiçoamento Maçônico: Maçom do Arco Real, Mestre da Marca, Mestre da Nauta Real.
– Cavaleiro Templário, membro do Preceptório Madras, 22. Ocupa atualmente o cargo de Grande Marechal da Ordem Templária no Brasil.
– Cavaleiro da Ordem de Malta, membro do Priorado Madras, 22.
– Membro da Loja de Perfeição Barão de Mauá.
– Membro do Conselho Consultivo do Capítulo Madras, da Ordem Demolay.
– Membro Honorário do Priorado “Príncipes Protetores da Santa Cruz de Caravaca”, do Estado de ES.
– Frater da Antiga e Mística Ordem Rosacruz – AMORC.
– Membro da Sociedade das Ciências Antigas (SCA).
– Membro da Tradicional Ordem Martinista (TOM)
– Membro do Colégio dos Magos.
– Conhecedor de Tarot, Runas, Kabbalah, Astrologia e Numerologia, formado pelas escolas herméticas mais tradicionais do ocidente. Estuda e dá cursos sobre oráculos e seu uso para autoconhecimento desde 1996.
– Faixa-Preta (1º tuen) de Kung Fu, praticante do estilo Louva-Deus Sete Estrelas Flor de Ameixa desde 1999; faixa Marrom (1º kyu) de Karate no estilo Wado-ryu, aluno direto do sensei Michizu Boyu. Praticante de capoeira (cordão amarelo-azul) no estilo São Bento Pequeno, aluno do Grão Mestre Djamir Pinatti.
– Professor e praticante de Chi-Kung, modalidade de técnicas de kung fu que lidam com energia interna.