Arquétipos, Genótipo, Fenótipo, Estereótipo, Mitos e Oráculos: estudo preliminar
Neste estudo procuraremos de forma sucinta e objetiva mostrar a relação existente entre: arquétipo, genótipo, fenótipo, estereótipo, mitos e oráculos. Tratando também da importância dos mitos em nossas vidas.
Iniciamos o presente estudo apresentando a definição dos termos centrais deste estudo para assim desenvolvermos nosso raciocínio.
Vejamos:
arquétipo
ar.qué.ti.po
sm (gr arkhétypon) 1 Modelo dos seres criados. 2 O que serve de modelo ou exemplo, em estudos comparativos; protótipo.
O termo “genótipo[1]” (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) refere-se à constituição genética do indivíduo, ou seja, aos genes que ele possui. Estamos nos referindo ao genótipo quando dizemos, por exemplo, que uma planta de ervilha é homozigota dominante (VV) ou heterozigota (Vv) em relação à cor da semente. O termo “fenótipo[2]” (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característico) é empregado para designar as características apresentadas por um indivíduo, sejam elas morfológicas, fisiológicas e comportamentais. Também fazem parte do fenótipo características microscópicas e de natureza bioquímica, que necessitam de testes especiais para a sua identificação.
Entre as características fenotípicas visíveis, podemos citar a cor de uma flor, a cor dos olhos de uma pessoa, a textura do cabelo, a cor do pelo de um animal, etc. Já o tipo sanguíneo e a sequência de aminoácidos de uma proteína são características fenotípicas revelada apenas mediante testes especiais.
O fenótipo de um indivíduo sofre transformações com o passar do tempo. Por exemplo, à medida que envelhecemos o nosso corpo se modifica. Fatores ambientais também podem alterar o fenótipo: se ficarmos expostos à luz do sol, nossa pele escurecerá.
estereótipo
es-te-re-ó-ti-po
s. m.
Comportamento desprovido de originalidade e de adequação à situação presente, e caracterizado pela repetição automática de um modelo anterior, anônimo ou impessoal.
Art. gráf. fôrma de impressão em que os caracteres estão fixos e estáveis; clichê, matriz.m.
Impressão ou obra impressa numa prancha de caracteres fixos.
À luz dos seguintes conceitos podemos dizer, de maneira bem simples e que facilite o entendimento que arquétipos são “formas ou moldes” (como formas de bolo ou moldes (o bolo fica no formato de sua forma ou no formato de seu molde). Estes moldes primordiais são os instrumentos da criação e de tudo o que existe no Plano Material.
Ocorre que, em dado momento, o Espírito, que era uno, teve a necessidade de manifestar-se e essa manifestação se dá através do plano material. Antes de prosseguirmos com o assunto gostaria de fazer um parêntese aqui para transcrever um cântico que remete a este momento, que é o momento da queda do espírito, o momento em que o espírito passa a ter existência na matéria:
Vi o dia escurecendoDentro da Noite gemendo
Vi trovão no Céu gritando
A cachoeira chorando
É Xangô da Pedra Preta
Vi a banda Lhe chamando
Sua pedreira clareando
Neste cântico observamos este momento. A cachoeira a que se refere o cântico é a cachoeira dos espíritos caindo na matéria. Momento em que o espírito (incriado) passa a existir na matéria (alma – criado).
Como este não é o objetivo principal do presente texto, deixaremos os pormenores desta citação e seus desdobramentos para o momento oportuno em futura publicação.
Bom, prossigamos, agora, de onde paramos. No momento em que o Espírito necessitou manifestar-se na matéria houve a diferenciação entre o “eterno masculino” e o “eterno feminino”, ou seja, o que era Um passou a ser Dois. Lao Tsé (Laozi) disse:
“O Tao gera o Um. O Um gera o Dois. O Dois gera o Três. O Três gera todas as coisas”.Podemos dizer então que no Plano Espiritual temos os arquétipos primordiais de onde nascem todas as coisas.
Daí, no momento da concepção tem-se: o momento em que, no plano astral, a alma que vai encarnar é ligada no aura da mãe, pois seus fluídos farão com que o feto se desenvolva até estar pronto para o nascimento. Nesse momento temos também a utilização do genótipo (advindo da união do sêmen com o óvulo) que será moldado pelo arquétipo (ou será moldado no arquétipo) que imprime neste (no genótipo) suas características universais e transcendentais no individual.
Neste sentido, vejamos o que diz um mito de Ajalá (um dos atributos de Oxala):
AJALÁ
Ajalá é o oleiro primordial. A parte de Oxalá responsável pela criação física dos homens, por seu corpo, sua cabeça (onde vive Ori). Ajalá mistura ao barro folhas, frutas, minérios, sangues e uma série de materiais que determinam como será aquela pessoa, como Ori poderá agir nela.
Diz um dos mitos que Ajalá foi incumbido de moldar as cabeças dos homens com a lama do fundo dos rios e outros elementos da natureza. Ele moldava as cabeças e as punha para assar em seu forno. Ajalá tinha, contudo, o hábito de embriagar-se enquanto cozia o barro e criou muitas cabeças defeituosas, queimando algumas e deixando outras com o barro cru. A causa dos problemas que muitas pessoas apresentam antes de serem iniciadas viria exatamente de um ori cru, ou queimado, ou mal proporcionado feito durante alguma bebedeira de Ajalá. Depois que Ajalá terminava de fazer os oris (cabeças) Obatalá soprava nelas e lhes dava Eni, a vida.Assim, aquilo que não tinha existência (espírito) manifesta-se na matéria (alma e corpo físico). É importante que entendamos, aqui, que o Espírito não-é, não existe (o espírito é incriado), pois tudo o que existe é matéria e o espírito não é material e, sim, imaterial. Este se manifesta através da matéria, o espírito “passa a existir”, a se expressar através da matéria. A alma, portanto, é uma expressão do espírito. Daí, termos a formação dos Organismos Mental, Astral e Físico.
Nota-se através da leitura do mito supracitado que Ajalá – o oleiro primordial – é quem molda os Homens. Cada um é feito em uma das formas primordiais (os arquétipos) e dentro de cada uma destas formas Ajalá coloca os ingredientes necessários para que a existência de cada um se manifeste ou se expresse como tem que se expressar. Cada ser espiritual tem consigo a bagagem coletiva e universal daquilo que um dia foi “Um”, além de sua bagagem individual aprendida durante as várias encarnações pelas quais já passou. Por isso, cada ser espiritual é único. Isso ocorreu no momento da conscientização do Eu e do Outro. A persona (personalidade).
Acreditamos que conseguimos demonstrar de forma didática a correlação existente entre arquétipo e genótipo através do que fora exposto até o momento.
Entendamos agora a seguinte relação:
Fenótipo = genótipo + ambiente
Fenótipo são as características apresentadas pelo Ser Humano (Cor dos olhos, cor da pele). Assim, o Fenótipo é, primeiramente, a manifestação do arquétipo + genótipo (ou seja, é a receita de bolo de cada um). A receita que faz com que cada um seja o que é.
O fenótipo, por assim dizer, é a manifestação do arquétipo e do genótipo conjuntamente, são as características “visíveis” de cada um. No entanto, estas características sofrem influências do meio. Uma pessoa que fica muito exposta ao Sol envelhece mais rápido do que outra que não fica tão exposta, por exemplo.
Cada um de nós, portanto, somos a somatória de: bagagem coletiva e universal (daquilo que um dia foi “Um”) + a bagagem individual (somatória e aprendizado das várias encarnações) + as influências do meio e aprendizados da encarnação atual. Pois estamos sempre aprendendo. Somos eternos aprendizes.Sabemos que o meio influencia na nossa formação. Assim, além da bagagem que já trazemos somos expostos e temos nossa formação através daquilo que o meio nos oferece. Tudo isso que está disponível ao nosso redor, ao nosso alcance, vai formando nossos conceitos e pré-conceitos, concepções, crenças, ou seja, vai lapidando, vai incutindo ‘valores’ nas pessoas e estas, na maioria das vezes nem se dá ao trabalho de pensar, de refletir sobre a coerência daquilo que fala, defende ou acredita. Estes são os grilhões que vão prendendo cada vez mais a humanidade na matéria, no mundo da satisfação imediata e a qualquer preço, vai aprisionando os seres nesse mundo de ilusões ficando presos à Roda da Reencarnação.
No entanto, quanto o meio pode nos influenciar? Até que ponto o meio é capaz de nos influenciar ao ponto de nos desviarmos de nosso caminho assumido antes de reencarnarmos? De onde vem a ‘força’ capaz de fazer com que algumas pessoas, mesmo quando tudo parece ir contra, terem a capacidade de vencer a cumprir seu destino?
Fica aí a questão…
Delineamos, assim, de forma bem resumida a relação existente entre arquétipo, genótipo e fenótipo.
Agora, buscaremos entender a questão do arquétipo segundo a psicologia.Para Jung[3]:
O conceito de “archetypus” só se aplica indiretamente às représentations collectives, na medida em que designar apenas aqueles conteúdos psíquicos que ainda não foram submetidos a qualquer elaboração consciente. Neste sentido, representam, portanto, um dado anímico imediato. Como tal, o arquétipo difere sensivelmente da fórmula historicamente elaborada. Especialmente em níveis mais altos dos ensinamentos secretos, os arquétipos aparecem sob uma forma que revela seguramente a influência da elaboração consciente, a qual julga e avalia. Sua manifestação imediata, como a encontramos em sonhos e visões, é muito mais individual, incompreensível e ingênua do que nos mitos, por exemplo.
O arquétipo representa essencialmente um conteúdo inconsciente, o qual se modifica através de sua conscientização e percepção, assumindo matizes que variam de acordo com a consciência individual na qual se manifesta.
O significado do termo “archetypus” fica sem dúvida mais claro quando se relaciona com o mito, o ensinamento esotérico e o conto de fada.Percebemos, portanto, que para Jung, o arquétipo encontra-se no inconsciente coletivo, são as formas, os clichês que traduzem verdades universais. Jung diz, ainda, que os arquétipos sempre existiram em todos os povos em todas as épocas.
Podemos dizer então que o arquétipo, assim como seus valores e significados são universais, variando apenas a forma como este é expresso em função da cultura de cada povo. Estes arquétipos com seus valores e significados estão todos no inconsciente coletivo.
Daí, entendemos que desde o surgimento do Ser Humano em nosso planeta, este sempre buscou entender o motivo da existência das coisas. Sempre buscou dar um sentido para sua própria existência, ou seja, saber por que está aqui encarnado, qual o seu papel, qual a sua função.
A resposta para todos estes questionamentos sempre foi encontrada na vivência do Sagrado. Assim, o “sacerdote” sempre conduziu e imprimiu nas pessoas o necessário para o seu crescimento e desenvolvimento individual e para o desenvolvimento coletivo. O sacerdote desperta em cada um aquilo que deve ser despertado buscando promover o equilíbrio entre pensamentos, sentimentos e ações.
Para tanto, papel de grande importância tem o oráculo, o mito. No presente estudo citaremos, como exemplo, o Ifá. Sistema do qual derivam o tarô, o I-ching, a geomancia, dentre outros. Esta correlação foi explicitada por Mestre Obashanan na Revista Umbanda – Uma Religião Brasileira, volume 4.
O Ifá é composto por 16 Baba Odús que são os Odús principais. Estes por sua vez se relacionam com eles mesmos, ou seja, 16 x 16, perfazendo um total de 256 Odús. Cada um composto por 16 versos que traduzem ‘verdades universais’. Os Odús são os arquétipos, os símbolos e os mitos são a sua tradução, a sua expressão. Os Mitos, portanto, são a tradução da “idéia” (abstrato) para o concreto (símbolos e situações que traduzem as verdades universais).
O Oráculo é conhecido pelo sacerdote e estudado pelo aprendiz em seus aspectos teogônicos, cosmogônicos e androgônicos. Aqui nos ateremos aos aspectos androgônicos que atenderão à intenção do presente estudo.
Todos nós Seres Humanos temos a necessidade de saber de onde viemos, para que estamos aqui encarnados, qual o nosso papel no mundo, qual a nossa função. Sabemos que aquilo que não serve para nada não tem motivo para continuar existindo. Assim, temos aqui a importância dos mitos na vida de cada um de nós. Os mitos nos dão essas respostas, dão sentido à nossa vida, tornam inteligível as situações pelas quais nos encontramos nos vários momentos de nossas vidas.O sacerdote sempre sabe como conduzir e apresentar esses mitos à coletividade para que esta possa sempre crescer, evoluir, melhorar como também apresentar individualmente os mitos que cada um necessita para trilhar seu caminho e encontrar as respostas para a situação pela qual se encontra.
Em decorrência deste pensamento, podemos dizer que a vida de todos nós é um mito. Mito este decorrente do arquétipo. Por isso ao estudar e buscar compreender o Ser Humano, percebemos que todos anseiam inconscientemente em buscar o auto-conhecimento, em saber identificar qual o seu mito e vivenciá-lo.
No momento em que reconhecemos a vida de cada um de nós como sendo a vivência de um mito podemos dizer que todos os Seres Humanos são estereótipos de algo pré-existente. As pessoas praticam atos estereotipados. Têm a necessidade de se identificar com algo, de se inserir em grupos, de viver coletivamente, de ser aceito naquele grupo que ele acredita ser o melhor para si, muitas das vezes até abrindo mão de suas convicções pessoais e agindo de forma que contrarie suas crenças, sua formação, pela necessidade de ser aceito neste ou naquele grupo.
Quando as pessoas não são apresentadas corretamente aos mitos, quando não têm conhecimento destes, elas passam a criar seus próprios mitos, suas próprias regras ou a aderir como bom e verdadeiro tudo aquilo que se lhe apresente.
A apresentação destes mitos para as pessoas sempre fora uma função do sacerdote, pois possui o domínio da Proto-Síntese Religio-Científica (o sacerdote despertou para a Consciência Una de todas as coisas). Deste modo sempre contribuiu para o desenvolvimento da sociedade, da coletividade e para o desenvolvimento espiritual tanto em âmbito individual quanto coletivo.
No entanto, a sociedade está perdendo esses conceitos, essas noções, em decorrência disto o Homem fica perdido, pois não sabe mais como deve se portar ou se comportar, como deve viver.
Neste sentido Joseph Campbell em seu Livro “O Poder do Mito[4]”:
MOYERS: Por que mitos? Por que deveríamos importar nos com os mitos? O que eles têm a ver com minha vida? CAMPBELL: Minha primeira resposta seria: “Vá em frente, viva a sua vida, é uma boa vida – você não precisa de mitologia”. Não acredito que se possa ter interesse por um assunto só porque alguém diz que isso é importante. Acredito em ser capturado pelo assunto, de uma maneira ou de outra. Mas você poderá descobrir que, com uma introdução apropriada, o mito é capaz de capturá-lo. E então, o que ele poderá fazer por você, caso o capture de fato?
Um de nossos problemas, hoje em dia, é que não estamos familiarizados com a literatura do espírito. Estamos interessados nas notícias do dia e nos problemas do momento.
(…)
Platão, Confúcio, o Buda, Goethe e outros, que falam dos valores eternos, que têm a ver com o centro de nossas vidas. Quando um dia você ficar velho e, tendo as necessidades imediatas todas atendidas, então se voltar para a vida interior, aí bem, se você não souber onde está ou o que é esse centro, você vai sofrer.
(…) Quando a história está em sua mente, você percebe sua relevância para com aquilo que esteja acontecendo em sua vida. Isso dá perspectiva ao que lhe está acontecendo. Com a perda disso, perdemos efetivamente algo, porque não possuímos nada semelhante para pôr no lugar. (…)
(…)
MOYERS: Mitos são pistas?CAMPBELL: Mitos são pistas para as potencialidades espirituais da vida humana.
MOYERS: Como chegar a essa experiência?
CAMPBELL: Lendo mitos. Eles ensinam que você pode se voltar para dentro, e você começa a captar a mensagem dos símbolos. Leia mitos de outros povos, não os da sua própria religião, porque você tenderá a interpretar sua própria religião em termos de fatos – mas lendo os mitos alheios você começa a captar a mensagem. O mito o ajuda a colocar sua mente em contato com essa experiência de estar vivo. Ele lhe diz o que a experiência é.
(…)
MOYERS: O que acontece quando uma sociedade já não abriga uma mitologia poderosa?
CAMPBELL: Aquilo com que nos defrontamos, no presente. (…). As notícias do dia, incluindo atos destrutivos e violentos praticados por jovens que não sabem como se comportar numa sociedade civilizada.
MOYERS: A sociedade não lhes forneceu rituais por meio dos quais eles se tornariam membros da tribo, da comunidade. Todas as crianças deveriam nascer duas vezes para aprender a funcionar racionalmente no mundo de hoje, deixando a infância para trás. Penso nas palavras de São Paulo, na Primeira Epístola aos Coríntios: “Quando eu era criança, falava como criança, compreendia como criança, pensava como criança; mas quando me tornei um homem, pus de lado toda criancice”.
(…)
MOYERS: Os adolescentes que crescem nesta cidade – nas imediações da Rua 125 com a Broadway, por exemplo , de onde é que eles tiram seus mitos, hoje?
CAMPBELL: Eles os fabricam por sua conta. Por isso é que temos grafites por toda a cidade. Esses adolescentes têm suas próprias gangues, suas próprias iniciações, sua própria moralidade. (…)
MOYERS: (…) não há mais grandes mitos para ajudar os jovens a se relacionar com o mundo, ou a compreendê-lo, para além do meramente visível.Jung[5] diz:
O fato é que as imagens arquetípicas têm um sentido a priori tão profundo que nunca questionamos seu sentido real. Por isso os deuses morrem, porque de repente descobrimos que eles nada significam, que foram feitos pela mão do homem, de madeira ou pedra, puras inutilidades. Na verdade o homem apenas descobriu que até então jamais havia pensado acerca de suas imagens. Ε quando começa a pensar sobre elas, recorre ao que se chama ‘”razão”; no fundo, porém, esta razão nada mais é do que seus preconceitos e miopias.
O Sacerdote, então, exerce o papel de tradutor e transmissor. Ele identifica qual o Olori (O Senhor da Cabeça) de cada um e incute em todos a importância dos mitos, nos ensina ou nos mostra o caminho para que não nos percamos na trilha do auto-conhecimento. Isso aliado à vontade de cada um é determinante para irmos nos livrando dos véus da ilusão e adentrarmos cada vez mais no caminho da consciência, da realidade espiritual.
Neste ínterim, notamos que a vontade é fator determinante para que se atinja o auto-conhecimento, não bastando o sacerdote nos apontar o caminho, nos oferecer o conhecimento necessário se não se tiver a vontade de despertar para a realidade espiritual.
Jung[6] esclarece que:
Só quando todas as muletas e arrimos forem quebrados e não se puder mais contar com qualquer proteção pela retaguarda, só então nos será dada a possibilidade de vivenciar um arquétipo, que até então se oculta na significativa falta de sentido da anima. É o arquétipo do significado ou do sentido, tal como a anima é o arquétipo da vida.
Assim, podemos dizer que o sacerdote nos guia para que consigamos nos livrar dos grilhões da ilusão, do apego, da vaidade, do materialismo. O Sacerdote nos ilumina para que consigamos perceber a importância de vivenciarmos o nosso mito individual e vivenciar o mito coletivo a fim de que atinjamos a iluminação.
Somente assim, estaremos lúcidos, despertos e preparados para vivenciar a realidade espiritual.Esperamos ter contribuído para esclarecer um pouco sobre os assuntos objetos do presente estudo. Lembrando que nosso objetivo é trazer mais pontos para reflexões e questionamentos contribuindo, assim, para a construção do saber.
Em outro post falaremos um pouco mais sobre as questões dos Jogos Oraculares.
Luz e Paz!
Araman
[1] Os Conceitos de Fenótipo e Genótipo. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel4.php. Acesso em: 02.05.2012.
[2] Os Conceitos de Fenótipo e Genótipo. Disponível em: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Genetica/leismendel4.php. Acesso em: 02.05.2012.
[3] JUNG, Carl Gustav, 1875-1961. Os arquétipos e o inconsciente coletivo / CG. Jung; [tradução Maria Luíza Appy, Dora Mariana R. Ferreira da Silva]. – Perrópolis, RJ: Vozes, 2000.
[4] CAMPBELL, Joseph, 1904-1987. O Poder do Mito / Joseph Campbell, com Bill Moyers; org. por Betty Sue Flowers ; tradução de Carlos Felipe Moisés. -São Paulo: Palas Athena, 1990.
[5] JUNG, Carl Gustav, 1875-1961. Os arquétipos e o inconsciente coletivo / CG. Jung; [tradução Maria Luíza Appy, Dora Mariana R. Ferreira da Silva]. – Perrópolis, RJ: Vozes, 2000.
[6] JUNG, Carl Gustav, 1875-1961. Os arquétipos e o inconsciente coletivo / CG. Jung; [tradução Maria Luíza Appy, Dora Mariana R. Ferreira da Silva]. – Perrópolis, RJ: Vozes, 2000.