quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Orixá Oxóssi - Orixá do Conhecimento e suas outras formas de representação em culturas diversas

 

Orixá Oxóssi - Orixá do Conhecimento e suas outras formas de representação em culturas diversas





Orixá Oxóssi - Orixá do Conhecimento e suas outras formas de representação em culturas diversas

Trono Masculino do Conhecimento

Oxóssi, Asclépio, Thoth, Dionísio, Quíron, Fauno, Líber, Picumno, Thoth, Green Man/Cernunnos, Humbaba, Nabu, Ullr, Oghma, Comentário.

Oxóssi — Divindade da Umbanda, é o Trono Masculino do Conhecimento, irradia o conhecimento o tempo todo de forma passiva, não forçando ninguém a vivenciá-lo, mas sustentando todos que buscam o conhecimento. Fator expansor que ajuda a expandir em todos os sentidos. Divindade masculina vegetal, é o grande caçador, aquele que vai buscar e traz o conhecimento, o grande comunicador, a divindade da expansão. 

Mais do que um ponto de força, as matas são seu lar. Muitos são seus símbolos como o próprio vegetal e o “arco e flecha”. É evocado para a utilização do elemento vegetal e para a utilização do conhecimento bem como a comunicação. 

Elemento vegetal. Cor: verde. Pedra: quartzo verde. 

Asclépio — Divindade grega do conhecimento, sabedoria e cura, filho de Apolo e pai das deusas da saúde, Iaso, Panaceia e Higia. Dionísio — Divindade grega, o mais jovem e imortal filho de Zeus. 

Também conhecido como “Zagreu”, o Caçador, “Um jovem Deus da floresta”, divindade das uvas e videiras. Dionísio também é associado a Baco, Divindade romana, “o Rebento”, aparecendo também como divindade fálica da fertilidade. 

Foi como Baco que seu culto foi deturpado, surgem os “bacanais” em nome da divindade. Com o tempo foi perdendo o sentido vegetal e assumindo apenas suas qualidades fálicas e, não raramente, os aspectos negativos ligados aos prazeres mais mundanos. 

 Quíron — Divindade grega, Centauro, metade homem e metade cavalo. Filho de Saturno tendo tomado a forma de um cavalo, com Fílira a oceânida, foi educado por Apolo e Artêmis. Destaca-se pela benevolência, por ser uma autoridade espiritual, excelente caçador, conhecedor das ervas, astronomia e professor dos grandes heróis gregos, entre eles Asclépio, Nestor, Anfiaráo, Peleu, Telamon, Meléagro, Teseu, Hipólito, Ulisses, Diomedes, Castor e Pólux, Jasão e Aquiles. 

Fauno — Divindade romana, “aquele que favorece”, sobrinho de Saturno, era visto como um profeta, pai da agricultura, precursor do culto às Divindades. Está ligado às origens da civilização romana. Garantia fecundidade nos rebanhos e protegia os animais. Sua representação aproxima-se de Pã, como um homem pequeno, barbudo, usando uma coroa de folhas na cabeça. 

Líber — Divindade latina da fecundação e plantação, mais tarde associada a Dionísio. Picumno — Divindade latina da agricultura, também chamado de Sterquilinius por ter inventado a adubação da terra. 

Thoth — Divindade egípcia do conhecimento, senhor da sabedoria e da palavra escrita. Patrono ainda da magia e das palavras de encantamento. Escriba divino e inventor dos hieróglifos, muitos também lhe atribuem a invenção do Tarô. É representado como um homem com cabeça de Íbis. Green Man / Cernunnos — Divindade celta, guardião das árvores e florestas, protetor dos animais. Um de seus símbolos é o corno que, na cultura pagã, sempre foi um símbolo de força e poder da divindade. 

Humbaba — Divindade babilônica, Guardião da floresta dos pinheiros, derrotado por Gilgamesh e Enkidu, ancestral das Górgonas gregas. Sua voz é chamada de arma de Abubu.

Nabu — Deus babilônico da escrita, sabedoria, linguagem e eloquência, o padroeiro dos escribas (homens e mulheres). Filho de Marduk, tinha como esposa Nisaba, também deusa da escrita e dos escribas. Como mensageiro dos deuses, ele podia ser comparado ao Hermes grego. Um exemplo da adoração dos babilônios pelo deus é o nome do famoso imperador Nabucodonosor, que quer dizer literalmente “Nabu triunfa”. 

Ullr — Divindade nórdica do arqueirismo e da caça. Sua arma é um arco longo feito de madeira de Teixo. Filho de Thor e Sif, seu nome, “glorioso”, é parte de nomes de muitos lugares, e, além disso, é considerado um deus antigo que foi amplamente cultuado. Acredita-se que, em uma certa época, ele foi um dos mais altos deuses. É a única divindade cuja destreza no arco e flecha supera a de Vali, o sagrado vingador. 

Oghma — Divindade celta, senhor de grande conhecimento, guerreiro e poeta. Criou um sistema de escrita mágica muito usado pelos druidas da Irlanda, o “Oghan”, que constitui um alfabeto mágico de 25 caracteres também utilizado como oráculo assim como as runas nórdicas e o Opelê Ifá ou o Jogo de Búzios africano. 

Comentário: Trono Masculino do Conhecimento, Oxóssi, mostra-se no elemento vegetal como aquele que se expande ou o caçador que vai buscar o conhecimento. São muitas as Divindades masculinas ligadas aos vegetais e ao conhecimento. Alguns se tornam muito fálicos pela questão da fertilidade do solo igualmente evocada para esses tronos e é aí que precisamos entender onde começam aspectos de um trono e terminam o de outro. 

Algumas Divindades como Dionísio apresentam qualidades vegetais e fálicas ao mesmo tempo, o que pode demonstrar ser Ele um intermediário entre os dois tronos. Na Umbanda, é sincretizado com São Sebastião.

Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos 
Alexandre Cumino. Editora Madras 


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