segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Um filho de Oxossi passeando pelos Reinos dos Orixás

 

Um filho de Oxossi passeando pelos Reinos dos Orixás






ATENÇÃO:

ESTE É UM RELATO DE DESDOBRAMENTO CONSCIENTE


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Saí para comemorar meu aniversário com amigos e um deles me presenteou com uma imagem, mais especificamente, de um elemental.

Ao chegar em casa, coloquei a imagem junto aos meus cristais.

Quando me deitei tocava uma dessas músicas relaxantes com sino tibetano e flauta.

Mentalizei, pedindo que se pudesse, ele, o elemental, se mostrasse para mim.

Inicialmente, fui a um local de campo aberto, com grama bem baixa.

Fui andando e logo cheguei a uma parte do campo que era bem florida e me lembrei da conversa que tivera com um amigo acerca de um trabalho de firmeza que iriamos realizar.

Nessa conversa meu amigo sugeriu que eu procurasse entrar em contato com meus guias espirituais a fim de confirmar se levaríamos flores para compor nosso trabalho.

A visão, nesse ponto, mudou para outra paisagem; dessa vez me vi numa praia, estava sentado na areia com uma tábua nas mãos para que sobre ela eu pudesse acender velas.

A tábua evitaria que a cera escorresse na areia.

Ao meu redor percebi galhos e flores, me levantei e olhei para o mar, porém, apesar de olhar para o mar, não conseguia vê-lo.

A única coisa que enxergava nesse momento era a bandeira de Kiribati:




Kiribati é um país localizado entre a Polinésia e a Micronésia no Oceano Pacífico. Ao todo, são 33 ilhas distribuídas em um território de 811mk². Sua capital é Tarawa e ela concentra boa parte dos 100 mil habitantes que moram na região.
A bandeira de Kiribati foi adotada oficialmente em 1979. Ela tem quatro cores: vermelho, amarelo, azul e branco. Na parte superior, o vermelho é o plano de fundo para um sol nascente amarelo com um pássaro da mesma cor. Na parte inferior, o fundo azul é intercalado por três faixas em formato de ondas brancas, que fazem alusão ao Oceano Pacífico e as regiões Phoenix, Gilbert e Ilhas Line.
O sol tem dezessete raios. Eles lembram as principais ilhas que formam o país. Já o pássaro faz parte do brasão de armas e representa a força e o poder do mar.

Visualizando a bandeira, tão simbólica no contexto de minha visão, lembrei que a recomendação para o horário do trabalho era ao nascer do sol.

Depois disso voltei ao campo onde estava antes e segui caminhando até chegar diante de uma árvore de tronco largo, raízes grossas e grandes. Lembro de me deitar entre duas dessas raízes, permaneci um pouco, depois levantei e segui a caminhada.

Num determinado momento, senti que a terra me puxava, como se me sugasse até que reencontrei as raízes e permaneci ao lado de algumas por algum tempo até me sentir novamente "sugado", terra abaixo, foi quando avistei um vilarejo ao longe.

O vilarejo parecia muito pequeno e meu tamanho se adaptou ao local de pequenas proporções.

Caminhei pelo vilarejo. Havia uma construção branca, de madeira, protegida por uma cerca também branca.

Segui caminhando até avistar uma cachoeira.

Lembro de me banhar em suas águas e depois parar bem debaixo da queda d'água onde fui absorvido pela pedreira na qual a cachoeira se derramava. Me senti parte da pedreira.

Na sequencia me senti "puxado" para cima, para o alto da pedreira onde fui colocado para fora dela, sentado.

Observei a paisagem que me lembrava a Irlanda.

Num piscar de olhos, pulei novamente para dentro da cachoeira e comecei a nadar cada vez mais em direção ao fundo e cheguei a outro local, a uma outra cachoeira onde havia uma construção imensa nas cores branco e dourado.

Lembro de ter sido recebido, nesta construção, por uma mulher negra que usava um colar com uma pedra amarela. Todo o colar era nos tons branco, amarelo e dourado, assim como suas vestes.

Neste local havia uma escada pela qual subi até chegar a um corredor.

Num determinado momento, parei e olhei por uma janela. Vi um rio que cortava todo o terreno à minha frente e então saí dali correndo.

Encontrei novamente com a mulher negra que me havia recebido, ela então me abraçou beijando meu rosto. Senti tranquilidade e muita paz chegando às lágrimas de emoção.

Logo após esse encontro, fui até o rio que havia visto pela janela.

Na beira do rio havia alguém. Estendi minha mão e do rio saiu uma cabocla que usava vestes semelhantes às usadas pelos índios americanos.

Tive a impressão de que ela já me esperava.

Continuamos caminhando, seguindo o rio e paramos num determinado ponto.

Ficamos olhando para o sol por um tempo.

Mais uma vez saí correndo e retornei à cachoeira (essas águas eram bem calmas, parecia um lago) e retornei ao lugar que estava antes (a cachoeira do vilarejo).

Lá fiquei embaixo da queda d’água novamente só que agora me virei e vi que havia uma gruta atrás do véu de água.

Entrei na gruta que era cheia de cristais, parei e vi a cabocla com quem estava antes e ela estava ao lado de uma fogueira, pois já era noite, e quando eu olhava para a fogueira, eu via como se alguns pequenos lagartos vermelhos estivessem saindo junto com as chamas (associei com as salamandras). Então comecei a meditar para tentar entender o que estava acontecendo e percebi que ela estava me esperando de volta.

Retornei à cachoeira e voltei ao lugar onde a cabocla estava. Lá ela estava com um cachimbo na mão.

Ela assoprava a fumaça do cachimbo em cada um dos meus chakras, tanto na frente quanto atrás.

Nessa hora senti algo semelhante à “pressão” no meu corpo físico, era como se eu estivesse sentindo fisicamente e não só no mental.

Outra coisa curiosa é que nas vezes que fiquei junto à cabocla, senti “pressão” no meu ouvido.

Coloco pressão entre aspas porque era uma sensação que não sei definir e não tenho palavra melhor para descrever.

Voltando à cabocla, quando ela terminou o que fazia com a fumaça do cachimbo, pediu para que eu ouvisse o som.

Nesse momento, curiosamente, o vídeo que estava tocando a música acabou e tudo era silêncio.

Em minha mente podia ouvir o som dos bichos noturnos como grilos, sapos, etc.

Ela me disse que aquele era o som da vida.

Em seguida me falou para que eu olhasse a lua, e me disse que aquela era a luz da alma, e depois olhei para o fogo, e ela disse que aquele era o calor que aquece, que acalma (ou acolhe, não lembro bem qual foi a palavra usada).

Então olhei para o céu e vi que estava começando a clarear.

Ela começou a me benzer passando as mãos pelo meu corpo como que para limpar energeticamente.

Depois segurou os meus pés, pressionando-os contra o chão, eu sentia como se estivesse me conectando à terra e tive a mesma sensação no meu corpo físico.

Quando o sol já tinha nascido, lembro de olhar para ela que estava com o cachimbo na boca, e de repente o cachimbo se transformou numa flauta, e ela fez um assobio bem rápido, bem objetivo, parecia até o piar de uma ave.

E então uma ave surgiu voando alto e veio em direção ao braço dela.

Não consegui reconhecer o tipo da ave, mas ela deixou uma pena e a cabocla a mandou embora, pegou a pena e colocou presa atrás da minha orelha (igual a gente faz com caneta).

Em seguida senti que estava na hora de ir.

Antes de sair perguntei o nome dela. Ela disse apenas que era a cabocla do amor e me deu um abraço de despedida.

Novamente senti muita paz e tranquilidade.

Retornei à cachoeira na intenção de voltar ao vilarejo.

Antes disso, porém, fiquei boiando na água e olhando para o céu, nadei um pouco e então percebi que havia uma mulher me olhando, estava por baixo de alguns galhos numa árvore ali ao lado e se parecia com um ser elemental.

Nos olhamos por um tempo e logo em seguida mergulhei para voltar ao vilarejo, porém, não consegui voltar e fiquei ali, no meu mental, uma imagem apareceu num tom meio amarelado/dourado, como se estivesse pingando água e fosse fazendo ondulações e então se formou a imagem de um espelho.

Quando abri os olhos novamente, a mulher que estava me olhando segurava um espelho.

Suas vestes eram brancas, douradas e azuis.

Tive a impressão que ela queria que eu visse a minha imagem refletida no espelho.

Na hora me veio a sensação de que a imagem refletida representava tristeza e no meu corpo físico senti desconforto, como se não quisesse saber, digamos assim.

E tentei mergulhar de novo sem sucesso e veio a ideia de que eu só conseguiria retornar quando encarasse o meu próprio reflexo.

Olhei para o espelho e vi uma imagem triste que depois de um tempo começou a chorar.

Passados alguns minutos, olhando para a imagem, senti que já tinha sido o suficiente.

Então novamente a imagem do espelho apareceu no meu mental e quando foquei na mulher de novo ela já havia “fechado” o espelho.

Nos despedimos e retornei ao vilarejo.

Lá encontrei os moradores, mas não consigo descrevê-los, até porque não consegui definir muito bem a imagem deles.

Um deles me deu uma flor branca, como uma margarida, lembro de ter me sentido feliz.

Sorri agradecendo o presente e “fui puxado” para cima de novo dentro da terra, retornei para o campo onde estava no início.

Voltei para o tronco da árvore e nesse momento passei a fazer parte do tronco e então uma luz forte começou a emanar de mim, como se eu fosse uma luz integrada àquela árvore.

Assim, voltei à realidade.

O mais curioso é que cada mudança de momento e cenário casava com a mudança no padrão da música que eu ouvia.


Relato de desdobramento de Carlos Henrique Furtado
Médium/Capitão Ogã na Casa do Vô Benedito
Texto revisado por Anna Pon - Mãe Pequena da Casa do Vô Benedito
25.12.2018


A mediunidade nos proporciona momentos de extrema beleza como o acima relatado por meu querido afilhado Carlos.

Algumas passagens desse relato, me remeteram a visões que tive.

A Cabocla, por exemplo, vestida como índia norte americana.

Certa vez, a muito tempo, vi uma cabocla vestida assim no topo de uma cachoeira com uma longa lança numa das mãos.

Ao seu redor, sete quedas se lançavam para dentro de um rio bem raso e em cada uma dessas sete quedas havia um Caboclo usando cocar de penas coloridas, ajoelhado, como a reverenciar sua presença.

Na parte inferior, dentro do rio raso, estava eu observando toda aquela beleza pela qual muito agradeci.

"Coincidentemente", o relato também se dá numa cachoeira, ou seja, nada é por acaso. A espiritualidade sempre nos confirma e valida nossas impressões extra físicas, nossas viagens por outras dimensões.


Anna Pon


Olá, sou Anna Pon