Caboclo Pena Branca
O Caboclo Pena Branca nasceu por volta do ano de 1425, no Brasil, entre Brasília e Goiás. Seu pai era o Cacique de sua tribo e ele era o filho mais velho. O Caboclo Pena Branca se destacava dentro da sua tribo por ser um Caboclo extremamente inteligente. Além disso, foi um dos primeiros a incentivar o intercâmbio e a troca de alimentos entre as tribos (pouquíssimas faziam isso), pois o que imperava era a cultura da subsistência.
Quando fazia uma das suas peregrinações pelo Nordeste do Brasil, conheceu uma índia da tribo Tupinambá, chamada Flor da Manhã, que veio a se tornar sua mulher. Com a união, o Caboclo Pena Branca se tornou Cacique Tupinambá, sendo respeitado pelos Tupis e até mesmo pelo seu rival, a Tribo Caramurú.Quando os portugueses chegaram ao Brasil, as tribos rivais se uniram, nascendo uma nova tribo, uma nova nação, a Nação Caramurú – Tupinambá, na qual Pena Branca passou a ser o Cacique Geral.
Do alto do Monte Pascoal, o Caboclo Pena Branca avistou a chegada dos portugueses em suas fragatas e esteve presente na primeira missa realizada no Brasil, pelos Jesuítas. E percebendo toda a movimentação e tudo que estava sendo trazido para suas terras passou a ser o porta-voz entre os índios e os portugueses. Dessa forma, aprendeu, com os Jesuítas, o português e a cultura cristã.
A história ainda conta que, apesar do Caboclo Pena Branca não ter conhecido o Padre José de Anchieta em vida, ele foi um dos espíritos responsáveis pela ajuda no processo de desencarnação do Padre e, por isso, ambos trabalham juntos.
O Caboclo Pena Branca é um caboclo da linha de Oxóssi, que atua na vibração de Oxalá e, por isso, é reconhecido como sendo aquele que carrega o conhecimento da religião e tem a grande missão de propagar a fé.
Por carregar essa missão de divulgação da fé, será possível ver este Caboclo trabalhando em outras vertentes como no Kardecismo, principalmente com desobsessões mais pesadas e curas espirituais.
Na linha de Umbanda, suas curas são espirituais e nunca físicas. Ele costuma usar, como instrumento de trabalho, um chocalho. Esse instrumento serve para afastar os maus espíritos, através da onda sonora que é emitida pelo seu uso.
Uma de suas grandes características é zelar sempre por se apresentar em lugares onde existe respeito e humildade com o próximo, se privando de estar em locais onde a maldade existe e faz morada. Assim, sua busca sempre será pelo bem e o crescimento da humanidade.
O Caboclo Pena Branca é um caboclo jovem, carinhoso, que gosta de trabalhar com banhos e rituais de purificação. Muito falador ele gosta de levar o acalanto ao necessitado e, por isso, dificilmente uma pessoa que esteve, na frente dessa entidade, não se despedirá dela com uma enorme sensação de paz e tranquilidade.
Ainda na linha do seu trabalho, é comum este Caboclo indicar banhos, chás e rituais de renovação de energia, bem como limpeza para afastar vibrações negativas.
Os filhos desse Caboclo costumam ser pessoas que não gostam de se sentir presos e zelam pela liberdade.
Também são pessoas caridosas e preocupadas com o próximo, fazendo de tudo para ajudar quem precisa.
Oração ao Caboclo Pena Branca
Em nome de Deus, todo poderoso,
Eu invoco o grande Pena Branca,
Fiel espírito índio, grande herói,
Zelador de meu altar e morada.
A você que me guia e conhece minhas necessidades,
Peço proteção e luz.
Livrai-me de toda má intenção e inimigos, ocultos ou manifestados.
Vigia meus caminhos e que nenhum feiticeiro ou bruxo malvado, possa cruzar comigo.
Grande espírito, te ofereço esta vela e chamo seu nome.
Que assim seja!
Ponto cantado do Caboclo Pena Branca
Não tem distância
Não importa o caminho
Não há fronteiras
Que possa me impedir
Seja onde for
Eu vou louvar esse caboclo
Que me criou
E me ensinou a lhe seguir
Lá na aldeia onde os tambores tocam
Reúne moço, velhinho e criança
Clareia, lua clareia
Clareia a aldeia de seu Pena Branca
Clareia lua clareia
Quem nesse caboclo não perde a confiança
Okê, caboclo
Seus filhos o querem agradecer
Okê, caboclo
Senhor da mata virgem
Venha sempre me valer
Okê, caboclo
Seus filhos o querem agradecer
Okê, caboclo
Senhor da mata virgem
Venha sempre me valer
Não tem distância
Não importa o caminho
Não há fronteiras
Que possa me impedir
Seja onde for
Eu vou louvar esse caboclo
Que me criou
E me ensinou a lhe seguir
Lá na aldeia onde os tambores tocam
Reúne moço, velhinho e criança
Clareia, lua clareia
Clareia a aldeia de seu Pena Branca
Clareia lua clareia
Quem nesse caboclo não perde a confiança
Okê, caboclo
Seus filhos a querem agradecer
Okê, caboclo
Senhor da mata virgem
Venha sempre me valer
Okê, caboclo
Seus filhos o querem agradecer
Okê, caboclo
Senhor da mata virgem
Venha sempre me valer