sábado, 16 de outubro de 2021

Familiares Tóxicos - Visão Espírita!

 

 Familiares Tóxicos - Visão Espírita!


Pode ser uma ilustração de texto que diz "FAMILIARES TÓXICOS VISÃO ESPÍRITA"Chico Xavier, certa vez quando foi questionado sobre as dificuldades de convivência de algumas pessoas com familiares, respondeu que na reencarnação ninguém erra de endereço. Isso significa que as relações afetivas entre os familiares são arcos necessários para o desenvolvimento eficaz durante a vida. Entretanto, na prática, as coisas são um pouco diferentes.

Nos tempos atuais, surgiu o termo “tóxico” como definição de pessoas que agem, de maneira consciente ou inconsciente, como obstáculos para uma convivência pacífica. Eis então a oportunidade de observarmos os bastidores espirituais dessas relações desarmônicas.

A Espiritualidade atua como um intermediador entre diferentes pessoas e seus conflitos. A lei maior é a do progresso, de modo que para progredir, ainda que obrigatoriamente, pessoas antipáticas entre si, oriundas de outras vidas, se encontram para aprender a amarem umas às outras. Partindo desse princípio, naturalmente encontraremos as ditas pessoas “tóxicas” não por acaso, mas como um dever a ser cumprido, um desafio a ser encarado.

É completamente compreensível que em alguns casos, as nossas energias são absurdamente sugadas, ao ponto da gente cogitar desistir de se relacionar com determinado familiar, entretanto, não podemos desconsiderar o fato de que se as antipatias existem, é necessário o enfrentamento consciente e sábio.

Os conflitos devem seguir as leis civilizatórias como o diálogo. Qualquer ato de violência foge totalmente ao que a Espiritualidade se propõe a corrigir. Se um familiar é “tóxico” contigo, procure antes perceber se você também não está sendo “tóxico” para com ele ou para com outras pessoas.

Se apesar de tudo, nenhuma ação resultar em um progresso, não se preocupe.
A natureza não dá saltos. Talvez uma só vida não seja capaz de reparar débitos antigos nem de curar feridas distantes. Reconheça aquilo que foi feito e exerça o direito do livre arbítrio ao entender que um afastamento temporário é um recurso paliativo para evitar que a sugerida toxicidade gere danos ainda maiores.

Quando o núcleo familiar é tóxico se afastar é uma questão de autocuidado para preservar seu equilíbrio mental e emocional.

Não se culpe por querer seu próprio bem, por respeitar seus limites, por cuidar de si e tomar decisões que te façam bem, mesmo se elas te afastarem fisicamente de uma família disfuncional.

Quando os familiares não estão dispostos a mudar seus comportamentos (disfuncionais) para colaborar com o bem-estar coletivo, mude-se dali.

Se afastar não significa fuga ou não-enfrentamento, significa autopreservação, autocuidado, significa que a sua saúde vem primeiro lugar.

A consequência disso pode ser uma melhora no relacionamento com seus familiares por causa, justamente, desse distanciamento. Na melhor das hipóteses, pode provocar saudade, provocar reflexão em quem ficou para trás, amolecer corações.

Mas se eles não procurarem melhorar como indivíduos e, consequentemente, como grupo familiar que são, mesmo que tentem te culpabilizar, não se culpe por fazer o que eles não fazem.

Não se culpe por buscar tranquilidade, leveza, bem-estar, equilíbrio, fortalecimento emocional, em outras palavras, qualidade de vida.
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Você se considera parte de uma família tóxica?
Não sabe o que fazer para resolver a situação e ajudar as pessoas que provocam essa relação disfuncional na sua casa?
Neste conteúdo, vamos abordar o assunto sob a ótica do Espiritismo.
Assim, além de aprender a identificar uma família tóxica e lidar com ela, você vai entender aspectos relacionados à formação das famílias que são estabelecidas na Terra, por afinidade entre os espíritos e por situações expiatórias, ambas com a finalidade do desafio do exercício do amor entre seus membros.
Acompanhe até o final!

O que é uma família tóxica?

O termo “tóxico” é quando associado a pessoas designa os indivíduos que produzem efeitos nocivos nas relações sociais e entre seus conviventes mais próximos.
Em outras palavras, um indivíduo tóxico é alguém que adota comportamentos que prejudicam seus parentes e amigos.
Nesse sentido, por exemplo, alguns grupos de relacionamento podem ser considerados tóxicos, como as famílias, devido à presença de pessoas com características de personalidade destrutiva, desfavorável e perturbadora.

Quando a família é tóxica?

Uma família é classificada como tóxica quando as relações entre os familiares não são saudáveis.
Em consequência disso, os membros da família podem ser acometidos por sofrimentos emocionais, além de uma série de outros problemas.
É importante saber distinguir uma família tóxica de uma família que tem atitudes tóxicas em virtude de acontecimentos e momentos específicos.
Isso porque todos nós estamos sujeitos à prática de ações tóxicas em razão de alguma situação ou circunstância.
Mais adiante, você verá sinais e sintomas que ajudarão a identificar uma família tóxica.

Afinal, como agem as pessoas tóxicas?

O conceito de relação tóxica pode ser muito amplo, mas algumas atitudes ajudam a tangibilizá-lo.
As pessoas tóxicas podem apresentar diferentes tipos de comportamento.
Mas, no geral, elas costumam manipular aqueles que estão à sua volta, usando-os para seu próprio interesse e necessidade.
Têm atitudes egoístas, carentes e dramáticas.
Muitas vezes, reforçam o discurso de que são azarados.
Não se contagiam com a felicidade alheia.
Também podem ser críticas, com elas mesmas e com as pessoas próximas.
Além disso, as pessoas tóxicas possuem o hábito de recusar ou não procurar ajuda.

Como identificar uma relação familiar tóxica? 5 sinais/características

As atitudes mencionadas acima já servem de apoio na identificação de pessoas tóxicas.
Mas há ainda outros indícios de que a relação familiar é disfuncional por conta dos comportamentos negativos.
Veja a seguir características de famílias tóxicas:

1. Conflitos frequentes

Os desentendimentos entre os membros da família podem ser constantes.
Isso porque a falta de respeito, paciência e compreensão é algo presente em famílias tóxicas.
Esses traços podem se manifestar em forma de violência verbal e até física.

2. Dificuldade de comunicação

As desavenças podem ainda ser fruto dos problemas de comunicação ou, por assim dizer, a redução ou a falta dela.
Famílias tóxicas não costumam ter diálogo.
Quando isso acontece, dificilmente a troca é saudável.

3. Distanciamento emocional

O vínculo afetivo é pouco ou nulo em relações familiares tóxicas.
Os integrantes da família não demonstram carinho, apoio ou outros tipos similares de atitudes.
Também pode acontecer a manipulação emocional.
Nesse caso, o familiar recorre a chantagens emocionais para conseguir atenção.

Papéis invertidos

Em famílias tóxicas, os papéis podem ser trocados.
Ou seja, filhos que se comportam como pais e pais que se comportam como filhos, por exemplo.

5. Negatividade presente

A negatividade consome a nossa energia de forma muito rápida.
Por isso, conviver com pessoas negativas, que acham que nada dá certo e tudo é ruim, pode diminuir o clima afetivo e atrapalhar as relações.
Em famílias tóxicas, essa é uma característica presente.

Qual a visão espírita sobre famílias tóxicas?

O Espiritismo nos explica que o universo é regido pelas Leis Divinas, entre elas a Lei da Afinidade.
Dessa forma, somos atraídos uns aos outros por desejos, vibrações e aspirações semelhantes e também por compromissos adquiridos em conjunto nas encarnações passadas.
Por isso é que fazemos amigos e temos relações próximas com indivíduos afins e também compromissos e resgates com aqueles que fizemos algum mal.
Além dessa Lei, outra que também é esclarecida pela Doutrina Espírita é a Lei de Causa e Efeito.
Esse princípio se baseia na ação e reação.
Isto é, tudo o que fazemos, seja nessa encarnação ou em vidas passadas, têm consequências.
Nesse sentido, até a nossa família tem uma razão de ser.
Se temos que conviver com familiares tóxicos, essa pode ser uma prova ou expiação das quais precisamos para a nossa evolução. Nosso compromisso é resgatar o amor que deve existir sempre entre nós.

As Antipatias Familiares à Luz do Espiritismo

As antipatias familiares são abordadas pela Doutrina Espírita.
Fica fácil compreender o porquê dos relacionamentos difíceis quando estudamos a formação das famílias, conforme O Evangelho Segundo o Espiritismo:

“Os Espíritos que se encarnam numa mesma família, sobretudo como parentes próximos, são os mais frequentemente Espíritos simpáticos, ligados por relações anteriores, que se traduzem pela afeição durante a vida terrena. Mas pode ainda acontecer que esses Espíritos sejam completamente estranhos uns para os outros, separados por antipatias igualmente anteriores, que se traduzem também por seu antagonismo na Terra, a fim de lhes servir de prova.”

Como menciona Kardec, a família pode se ligar neste plano para reparar os débitos do passado.
Assim, a antipatia pode vir de encarnações anteriores.

Pessoas tóxicas e espíritos obsessores

Em alguns casos, a toxicidade pode estar relacionada à obsessão espiritual.
Os espíritos obsessores, geralmente, se comportam de maneira cruel, maliciosa e inconsequente.
Agem sobre indivíduos que estão em baixa vibração e influenciam as atitudes dessas pessoas.
Cabe dizer que a obsessão espiritual não acontece apenas de desencarnado para encarnado.
Um encarnado pode obsediar outro encarnado.
Este tipo de ataque ocorre, muitas vezes, de modo sutil e não intencional.

Pessoas tóxicas são espíritos ruins?

É um erro achar taxar pessoas tóxicas como espíritos ruins.
Como vimos no tópico anterior, há exemplos de obsessão espiritual que acontecem de modo involuntário.
Devemos nos lembrar de que vivemos um mundo de provas e expiações, e aqui habitam seres imperfeitos.
O comportamento tóxico pode ocorrer, simplesmente, por um atraso moral.
É uma mazela que está relacionada à falta de percepção de si mesmo e do outro.

Como lidar com pessoas tóxicas?

Ao longo deste artigo, você deve ter entendido que nada acontece por acaso.
Ter consciência disso é o primeiro passo para lidar com pessoas tóxicas.
A exclusão é algo que precisa ser evitado, pelo menos, até que todas as medidas tenham sido esgotadas.
Mas você pode e deve estabelecer limites na relação.
Assim, você desestimula a ação da pessoa tóxica e previne que a situação fuja do controle.
Evite também não dar o troco pelos comportamentos, agir de modo desrespeitoso, incitar a negatividade ou acusar a pessoa de ser tóxica.
Tente orientá-la ainda para que procure ajuda.

Como ajudar pessoas tóxicas

Além do apoio especializado, como psicoterapia, há outras formas de ajudar as pessoas tóxicas.
Veja:

1. Prece

A prece é um ato de elevação a Deus, que pode ser usada para louvar, pedir e agradecer.
Faça orações pedindo aos bons espíritos que ajam sobre a pessoa, eliminando comportamentos indesejados.

2. Caridade

O significado de caridade é benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas.
Seja compreensivo com a pessoa tóxica, evite julgá-la pelas suas atitudes, pratique o perdão e lembre-se sempre da importância de amar o próximo como a si mesmo.

3. Tenha empatia

A empatia é a característica de quem se coloca no lugar do outro.
Pense na pessoa tóxica e procure entender as razões que a levam a praticar tais comportamentos.

4. Tenha paciência

Como disse Santo Agostinho, “não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.
A paciência é uma grande virtude.
Aprenda a respeitar o tempo do outro e mantenha o equilíbrio diante dessas adversidades.

Como lidar com esse problema familiar?

Para lidar com a situação, além de ajudar a pessoa tóxica, você também pode adotar atitudes em benefício próprio, como:

1. Busque ajuda profissional

Psicólogos são profissionais capacitados para tratar de problemas emocionais.
O tratamento, normalmente focado no autoconhecimento, pode ser eficaz para solucionar dores e aflições.

2. Não espere e não force a mudança da outra pessoa

No desejo intenso de resolver a situação, você pode acabar cometendo o erro de induzir ou pressionar comportamentos alheios.
Tome cuidado para não fazer isso.
Evite ainda criar expectativas, afinal, é o outro que deve buscar a melhora.

3. Evite agir de forma impulsiva

O controle emocional é essencial para lidar com pessoas tóxicas.
Quando algo incomodar, respire fundo, saia do ambiente e não deixe que os seus sentimentos tomem conta do seu ser.

4. Respeite a intimidade

Reforçar a importância da paciência nunca é demais.
Tenha calma em relação ao progresso do outro.
Cada um tem seu tempo e sua forma de agir e se transformar.

Namastê

Rádio Boa Nova