O SIGNIFICADO ESPIRITUAL DOS RELACIONAMENTOS (parte 3)
Um dos objetivos do casamento (não o único) é a procriação. A força do sexo é o poder criador em todos os níveis da existência, mas a força sexual pura é totalmente egoísta. Está ligada a agressividade, quanto mais atrasado estiver o desenvolvimento da pessoa. Em outros casos apenas a paixão, sem sexo e sem amor, acontece por um tempo limitado (o famoso amor platônico).
Mais cedo ou mais tarde, sendo a pessoa razoavelmente saudável, a paixão e o sexo acabam se juntando. O relacionamento vai até certo ponto, mas depois acaba. Muitos utilizam esta sensação de felicidade de modo descuidado e voraz, nunca ultrapassando o limiar q conduz ao amor verdadeiro. É o que acontece quando não se busca um desenvolvimento espiritual e usa-se a paixão como uma projeção, para dar um significado maior para a existência.
Outra combinação que aparece mais em relacionamentos de longa duração é o amor e o sexo, sem a paixão. Pode crescer uma certa quantidade de afeição, companheirismo, ternura, respeito, mas sem a centelha da paixão o relacionamento sexual também acaba se desgastando. Resta uma grande amizade, mas o vazio interior continua. É este o problema com a maioria dos casamentos.
Como então manter essa chama, na medida em que os parceiros caem no hábito e na familiaridade? Existe uma solução para a parceira ideal do amor?
Sim, existe. E esta explicação fica para o próximo post. Deixo uma pista: o medo de se revelar ao outro, é o mesmo medo de revelar-se a si mesmo…
(continua aqui)
(Fonte de pesquisa: O CAMINHO DA AUTO-TRANSFORMAÇÃO, de Eva Pierrakos - Ed. Cultrix)