Igreja de Filadélfia - Chakra Ajna
O seguinte texto foi utilizado como base de discussão em uma palestra do curso grátis online sobre o verdadeiro significado do Livro de Revelação.
REVELAÇÃO 2
“Ao anjo da igreja em Filadélfia escreve: Estas coisas diz o santo, o verdadeiro, aquele que tem a chave de Davi, que abre e ninguém fechará, e que fecha e ninguém abre”. Significando:
“Ao anjo [ou Inteligência Atômica, parte de nosso Ser] em [as forças cósmicas congregadas no Chakra Ajna – Centro Clariaudiente, que possui a habilidade de perceber as ondas de radiante luz da quanta, cujo momento dentro das dimensões internas escapam da capacidade dos olhos da carne, porém claramente capturado pela glândula pituitária, conectada àquilo que é nossa medula espinhal] a igreja em Filadélfia [relacionada com o plexo frontal na altura da testa, onde, o Elohim com sua respiração Akásica sopra o Prâna da Vida dentro de nossos narizes] escreve [reforça com o Prâna da Vida que desce do alto, do paraíso de Urania, através de duas testemunhas, Ida e Pingala – por meio de nossa vontade e imaginação e pela força de vontade das Hierarquias Cósmicas – o Fohat de nossos átomos solar e lunar de nosso sistema seminal, e dai envolve e sublima com Pranayama a energia crística através de nossa medula espinhal]; essas coisas diz [o Fogo Crístico no Canal Sushumna] o santo [Espírito nosso mais profundo] verdadeiro [o Fogo] que tem a chave de Davi [o Grande Arcano, o Fogo] que abre [esse chakra de modo que nosso Profundo Íntimo possa ver e entender os mistérios de Daath] e ninguém fechará [essa compreensão através do hipnotismo] e que fecha [esse chakra nos caluniadores de modo que a inteligência do Elohim não possa ser vista ou compreendida pelos seus farisaísmos] e ninguém [nenhum fariseu] abre [este olho de Horus].
“Conheço as tuas obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar – que tens pouca força, entretanto guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.” Significando:
“Conheço [aquelas] as tuas [visões interiores nos mundos internos relacionadas com nossa pessoal psicologia] obras – eis que tenho posto diante de ti uma porta [nosso Chakra Ajna, de tal forma que possamos ver e compreender o nosso próprio desenvolvimento psicológico interior] a qual ninguém pode fechar [inveja ou ciúme] – que tens pouca força [nesse plexo frontal desenvolvido através das práticas da meditação, vocalização e iniciações interiores] entretanto guardaste a minha [divina] palavra [Om vibrando constantemente em nossa testa, vivente com o OM de nosso kanda sexual], e não negaste [fazendo falsas orações para os outros ou para nós próprios] o meu nome [em doutrinas por mitomania]”
Figura 02.
“Eis que farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem, eis que os farei vir e prostrar-se aos teus pés, e conhecer que te amei”. Significando:
“Eis que farei que alguns dos que são [nossos egos entender que aqueles falsos oráculos são feitos pelos seus próprios Baalim ou egos que tenebrosamente veem as atividades deles através de suas mentes protoplasmáticas ou Jezabel, por ela mesma chamada uma profetiza] da sinagoga de Satan [que nos mundos internos tomam a forma de Mestres e também amigos dos Mestres a fim de se desempenhar de atos horríveis dentro do mundo de Klipoth] desses [pela utilização de átomos de fornicação, átomos de nosso inimigo secreto, desenvolvem uma clarividência tenebrosa] que a si mesmos se declaram [que são iluminados clarividentes cristificados o que são] judeus [crianças do Leão de Judá, Bodhisattvas de Cristo] e não são, mas mentem [caluniando os outros quando estando em contato com esses tenebrosos seres disfarçados] eis que os farei [através da compreensão do orgulho místico e vanidade] [aqueles átomos tenebrosos] vir [humildes] e prostrar-se [ao Deus verdadeiro] aos seus pés [na forja dos Ciclopes] e conhecer [através de Daath] que [eu o profundo Íntimo] te amei [com castidade]”.
Figura 03.
“ Porque Guardaste a palavra da minha perseverança, também eu te guardarei na hora da provação que há de vir sobre o mundo inteiro, para experimentar os que habitam sobre a Terra. Venho sem demora. Conserva o que tens para que ninguém tome a tua coroa”. Significando:
“Porque [de sua transmutação sexual e inteligente compreensão de sua luxúria na meditação] guardaste [adquiriste OM ou inteligência e então] a palavra [OM] de minha perseverança [em Yesod] também eu [com AUM ou OM, que é AUM ou OM em Yesod] te guardarei na hora da provação [através da concupiscência] que virá sobre o mundo [de Jezabel, a mente protoplasmática] para experimentar [quem seguir Cristo] os que habitam sobre a Terra [tridimensional]. Venho sem demora [como fogo crístico dentro de Brahmanadi daqueles que sublimam através de Ida e Pingala suas criações Fohat lunares e solares]: conserva [a compreensão de minha luz] para que nenhum [invejoso envenene seu Chakra Ajna com falsidade e então] tome a tua coroa [ou luz prânica esplendorosa do átomo do Pai na raiz de seu nariz que nutre com inteligência e amor impessoal].”
Figura 04.
“Ao vencedor, fá-lo-ei coluna no santuário do meu Deus, e daí jamais sairá; gravarei também sobre ele o nome do meu Deus, o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém que desce do céu, vinda da parte do meu Deus, e o meu novo nome”. Significando:
“Ao vencedor [calúnia, difamação pública ou privada, difamação da honra, ameaças psicológicas, orgulho místico, vaidade mística, delírio supersticioso de perseguição, mitomania, etc.] fá-lo-ei [como Fohat da sua medula espinhal] coluna [de fogo] [para acolher em seu sistema nervoso cérebroespinhal] no santuário [divino solar] do meu Deus [interior] e jamais sairá [deste Éden uma vez que Eu Sou a Árvore da Vida]; gravarei [com caracteres ígneos na testa dele] o nome do meu Deus Solar, o nome da cidade do meu Deus [To Soma Heliakon] a nova Jerusalém [ou a cidade de Heliópolis], que desce do céu [de Daath] vinda da parte de meu Deus [Eloah-Va-Daath]: e o meu novo nome [com caracteres ígneos, na testa dele, Heptaparaparshinokh]
Figura 05.
“ Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às Igrejas. Significando:
“Quem tem [o despertar espiritual] ouvidos [Chakra Vishuddha] ouça o que [o sssssssssssss, o som das três respirações akásikas, prânica, Solar] Espírito [aquele que sopra dentro de nossas narinas] diz [através de Ida e Pingala] às igrejas [ou centros magnéticos do Canal Sushumna].”
PALESTRA
“Podemos ficar surpresos por descobrir que inúmeras experiências que tivemos – entendidas como belas, positivas e maravilhosas – foram de fato produtos de nossos egos a nos enganar. E as chances são de que aqueles que percorram o Caminho, sendo eles sérios e persistentes, acabarão por descobrir sobre isso. Muitas experiências que acreditávamos fossem reais podemos nunca descobrir de suas veracidades”.
A fim de continuarmos nossa série de palestras do Livro de Revelação, vimos seguindo o curso do segundo capítulo, que é a trilha progressiva dos Fogos do Espírito Santo em direção ao alto da coluna espinhal, através das igrejas da Ásia. E na palestra de hoje chegamos na apreciação da Igreja de Filadélfia, que em sânscrito é chamada Chakra Ajna.
Entendermos o que está escrito no Livro de Revelação requer-nos pessoais trabalhos práticos. Das sete igrejas podemos dizer que essa Igreja de Filadélfia é aquela sobre a qual é possível começar a trabalhar em termos práticos no sentido mais imediato, uma vez que ela está conectada com um aspecto de nossa própria psicologia e fisiologia, e cada um pode experienciar e confirmar.
Quando lemos no Livro de Revelação sobre a igreja de Filadélfia precisamos entender que essa igreja está relacionada com certas funções fisiológicas e psicológicas que todos temos intimamente. E essa igreja em particular está relacionada com o que na moderna terminologia é chamado o “terceiro olho”, que é um centro de percepção latente na maior parte da humanidade. Ou em outras palavras: encontra-se inativo em seu completo sentido. Contudo, pelo fato de todos termos a capacidade de perceber, segundo nosso pessoal condicionamento, possuímos de fato condição de entender como esse centro funciona. E em alguns graus podemos logo começar a experienciar e entender.
A função desse terceiro olho ou desse chakra Ajna – a Igreja de Filadélfia – está intimamente relacionada com o sistema endócrino. Essa igreja está bem mais relacionada com a glândula pituitária que reside em frente ao cérebro. E a glândula pituitária está intimamente relacionada com a glândula pineal. Naturalmente que a função dessas duas glândulas é conhecida até certo ponto pela ciência médica, porém os homens da ciência médica não entendem verdadeiramente ou não estudam as verdadeiras funções dessas glândulas. Para isso precisamos ver além da ciência materialista.
Na verdade entendemos que temos sentidos físicos e todos os têm exatamente agora, e esses sentidos físicos oferecem-nos a oportunidade de receber certos níveis de vibrações, certos tipos de fenômenos que são traduzidos e enviados ao cérebro através de uma quantidade de interações ou relacionamentos com qualquer tipo de fenômeno. Assim para nós que temos a capacidade de ver com olhos físicos temos também a capacidade de interagir com os fenômenos que são transmitidos por meio da luz. E a luz é uma vibração de energia. Entretanto a luz visível é uma faixa particular de vibração de energia. Não é extensiva a toda luz. É uma faixa bem estreita da luz que existe.
Se tomarmos certos tipos de ferramentas e as usarmos juntamente com nossos sentidos físicos podemos estender o alcance daqueles sentidos. Se, do mesmo modo, por exemplo, tivermos câmeras e equipamentos podemos ver a luz infravermelha. Nossos olhos físicos não podem perceber aquilo sem ajuda, mas com ferramentas conseguimos perceber. Acontece também assim com nossa percepção em relação à luz ultravioleta que tem a vibração mais baixa, mais lenta.
Compreendemos que mesmo com aqueles tipos de ferramentas ainda assim percebemos uma faixa muito estreita da luz existente, mensurável unicamente em alguns aspectos. Possuímos interiormente a capacidade de percepção para outras vibrações noutros níveis da luz e qualquer um que tenha tido um sonho saberá do que estou falando. Ter um sonho é perceber outro nível, outra vibração da luz, não com sentidos físicos. É estarmos ligados com outros tipos de sentidos separados dos sentidos físicos. Estaremos percebendo não exatamente o campo físico. Do mesmo modo temos na Igreja de Filadélfia a capacidade de perceber uma vibração ou faixa de luz que se encontre além dos sentidos físicos. Contudo na maioria das pessoas essa capacidade encontra-se latente, não desenvolvida.
Isso está intimamente relacionado com dois termos; infelizmente sujeitos a muitas contenções pelo misticismo ocidental. Esses termos são “imaginação” e “clarividência”. O termo imaginação é geralmente olhado como fantasia. Entretanto em gnose entendemos a fantasia somente como um aspecto da imaginação – o aspecto inferior.
Sempre afirmamos, como adultos que somos, que crianças fantasiam; que têm amigos imaginários, consequentemente não reais. Mas como adultos abraçamos nossas próprias fantasias e num certo sentido a elas nos devotamos. Temos nossos sonhos diários e nossas fantasias acerca de nossas vidas, e os sentimos muito importantes. Porém quando alguém nos fala sobre suas fantasias meio as desprezamos.
Fantasia é de fato ilusão, uma projeção da mente. Imaginação, contudo é uma polaridade como são outras energias e forças na natureza. Existe um polo oposto à fantasia que é a Imaginação Consciente: a capacidade de projetar conscientemente a imagem; de trabalhar com a imagem de modo não egoísta. Necessitamos entender este axioma fundamental. É a base crítica sobre a qual se fundamente o entendimento dessa igreja.
Clarividência é um termo elegante inventado por algum ocultista a fim de dissimular o que os ocultistas realmente faziam, que entretanto era simplesmente trabalhar com a imaginação noutra via. Clarividência vem do francês “visão clara” – clara visão – que é ver além, claramente; ver algo especial. E entendemos nessa tradição que aquilo aqui discutido está relacionado com o esoterismo, significando este termo Vipassana – percepção especial. Vipassana é um determinado aspecto da meditação ensinado no budismo, relacionado com a meditação analítica, com o uso da imaginação ou com a compreensão de como analisar o fenômeno com a imaginação numa via positiva.
A Igreja de Filadélfia é um centro magnético onde imagens são projetadas e recebidas. Entendemos então necessitarmos ver em nós próprios o modo como imaginamos, como usamos nossa capacidade de imaginar, de perceber as imagens não necessárias, simplesmente com o sentido físico, mas em nossa imaginação, em nossa mente.
Na gnose entendemos a real existência de cinco tipos de clarividência: cinco tipos principais. Verdadeiramente esses cinco tipos podem ser agrupados como dois grupos relacionados com essas formas de imaginação consciente e fantasiosa ou consciente e inconsciente.
Diríamos então que esses dois amplos tipos, essas duas polaridades de como perceber imagens são “imaginação consciente” e “imaginação técnica”, e dentre essas duas formas existem em realidade cinco tipos. Os dois tipos conscientes seriam simplesmente imaginação consciente ou clarividência consciente, e um segundo tipo que seria supraconsciente ou mesmo mais além da mera clarividência consciente. Teríamos então três tipos inferiores e esses relacionados com os três níveis de nossa própria mente subjetiva ou mente animal. Essas seriam as clarividências subconsciente, inconsciente e infraconsciente.
Isso se torna importante para o estudante, para o iniciado, para o leitor desse Livro de Revelação uma vez que na tentativa de ativar e abrir essas igrejas, o iniciado estará ativando e abrindo partes da psique, aspectos da alma – vias de interrelações com fenômenos que são diferentes de nossos sentidos físicos.
Conforme somos agora percebemos as imagens segundo nosso condicionamento. Na gnose entendemos que nossa consciência está atualmente armadilhada dentro da mente subjetiva ou mente animal, constituída com cerca de 97% do que somos, significando que 97% de nossa consciência disponível se encontra armadilhada na subjetividade: em outras palavras, no ego. Encontra-se armadilhada dentro do orgulho, medo, preguiça, inveja, etc. O que isso significa em termos práticos é como se percebêssemos as imagens do ponto de vista do ego ao invés de as termos percebido em sentido verdadeiro dentro de uma realidade fundamentada.
Ao nível físico sabemos ser isso verdadeiro visto que em nossas interrelações com uma ou outra pessoa tendemos a receber as imagens de nossas vidas diárias e reagirmos a elas. Por exemplo: podemos ver nosso patrão se comportar num particular sentido e interpretarmos aquele comportamento segundo nosso condicionamento ou pelo condicionamento de nossa mente. Podemos não estar percebendo a realidade do fenômeno, mas estarmos reagindo segundo nosso condicionamento. Se nosso patrão faz um certo tipo de comentário, estando um tanto irritado, podemos interpretar ser isso devido a medo ou paranoia, uma vez que nosso patrão desgoste de nós ou talvez nosso trabalho seja questionável ou iremos ser despedidos ou ainda ele esteja querendo que saiamos da empresa. Pode ser ou pode não ser, mas se interpretarmos as coisas nesse sentido, segundo o condicionamento de nossa mente, reagimos e sofremos. Podemos então seguir numa certa linha de ação por conta dessa transformação.
O que não devemos entender é que isso esteja relacionado com a clarividência, uma vez que no momento em que recebemos as impressões provindas do comportamento de nosso patrão, daquela maneira, aquelas sensações, aquelas imagens e sons foram recebidas por nossos sentidos e traduzidas por nossa própria mente, porém nossa mente está condicionada pelos egos que nela estão. São então nosso orgulho, nossa vergonha, nossa inveja, nosso medo ou paranoia que recebem aquelas imagens e reagem segundo aquele condicionamento. Aqueles egos percebem aquelas imagens de modo clarividente. Esse é um exemplo de um dos três tipos inferiores da clarividência – em outras palavras: fantasia.
Entretanto podemos dizer: “bem, eu não estou fantasiando essa situação. Observo alguma coisa acontecendo e sinto uma reação.” A fantasia está acontecendo em nível egotístico, em nível sutil. Requer grande dose de conscientização para perceber e absorver. Estou agora trazendo isso para esse ponto uma vez que se encontra em nível físico, pois isso acontece em nível físico onde reagimos e respondemos mecanicamente ao fenômeno num continuo. O antídoto contra isso é bastante simples: prestemos atenção. Prestemos atenção. Não nos identifiquemos com as reações da mente.
Há muitos, muitos anos existia um mestre indiano no budismo chamado Chandrakiri a ensinar a existência de três fatores primários possíveis de aplicação para aquilo percebido e entendido: – se era realmente verdade ou não. É nossa percepção verdadeira? O que percebemos é real? O que percebemos não é real? Os três fatores aplicam-se imediatamente no nível físico e podemos aplicá-los na medida em que os relacionamos uns com outros e na medida em que entramos pelo processo de nossas próprias vidas. Entretanto esses três se tornam mais importantes quando estamos trabalhando nos estágios da iniciação, começando a elaborar para o despertamento desse chakra, dessa Igreja de Filadélfia, uma vez que passamos então a perceber as imagens num novo sentido, com novos tipos. E se não tivermos a capacidade de questionar o que vemos, de sermos capazes de discriminar e diferenciar, podemos cair no engano e cometer erros.
Esses três fatores são bastante simples. O primeiro deles é aquele onde o fenômeno percebido precisa ser confirmado pela realidade física, por fatos físicos. Significa necessitarmos comparar a verdade daquilo que vemos com aquilo que conhecemos, se de fato é fisicamente verdadeiro. Obviamente isso é muito similar com o que Samael Aun Weor indica a todos os que estejam aprendendo a interpretar sonhos ou visões baseados nos fatos do que esteja acontecendo na vida. Devemos sempre aguardar, analisar e compreender, comparando nossos sonhos e visões com o que de fato esteja acontecendo. Se não corresponderem com os fatos da vida então aquelas visões permanecem questionáveis. Contudo mesmo que aquilo que vemos esteja em boa conformidade com os fatos da vida física não significa que seja a verdade. Há dois outros fatores adicionais que precisamos aplicar para confirmar a realidade das visões ou confirmar nossa interpretação acerca dos eventos.
No caso de nosso chefe, se pelo seu comportamento sentíssemos de certa forma que nosso emprego estivesse em perigo, teríamos de aplicar essa primeira ferramenta. Existiram quaisquer outros fatos que dessem suporte a nossa interpretação sobre seu comportamento? Ou estivéramos realmente reagindo face ao que ele fizera ou a um comentário dele? Houvera algum outro fato a dar suporte naquilo? Não tendo havido devíamos então aguardar. Não ficarmos aborrecidos nem reagirmos, mas aguardar, analisar, investigar. Bem, se encontrássemos numerosos fatos que dessem suporte à noção de que nosso emprego estivesse em perigo, como por exemplo: outra pessoa pudesse ter observado ou alguém mais tivesse escrito alguma coisa: um memo ou e-mail ou fosse feito outro comentário ou talvez quebrássemos uma regra ou tivéssemos falhado ao desempenho de alguma tarefa em particular da qual nosso emprego fosse dependente. Tendo havido fatos como esses então sim, precisaríamos olhar para isso com mais seriedade.
O segundo fator ao analisarmos um sonho, uma visão ou nossa interpretação é nesse sentido: deveria nossa interpretação ou a natureza daquele fenômeno estar relacionada com a verdade convencional ou com a realidade convencional? Aqui está o que isso significa. Talvez no tratamento com nosso patrão obtivéssemos aquela sensação ou tivéssemos mostrado um tipo de expressão facial ou fizéssemos certo tipo de comentário. Então para aplicar esse segundo fator deveríamos analisar aquela expressão ou a cara que fizemos, universalmente reconhecida como: o que eu penso que isso significa? Ou teria ele diferente cultura? Talvez em sua cultura, em sua mente, em sua educação, aquela cara não significasse aquilo que eu pensasse significar. Talvez acontecesse dele estar irritado por alguma coisa totalmente aleatória. Ou talvez ele não estivesse de modo algum irritado. Talvez estivesse sendo sarcástico ou me passando uma piada ou se referindo a alguma outra coisa a mais. Assim entender isso em nível de verdade convencional é entender no sentido de um entendimento comum. Isso se relacionaria com um entendimento cultural ou social?
O terceiro nível é o último fator. Esse é para que se entenda o fenômeno pelo sentido de a Visão Certa. É do ponto de vista do vazio ou interdependência. Podíamos ter reagido ao nosso patrão e sentir: “Ele me odeia. Ele me quer fora daqui. Ele é uma pessoa terrível”. Necessitamos abranger a partir do ponto de vista do vazio, da Visão Certa, que é aquela reação que repousa numa fundação particular, e a fundação é isso: o patrão que percebemos como estivesse tendo certa qualidade, a de ser persistente, que seria “ele não gosta de mim”, e assim o segundo aspecto cairia em ver a mim próprio como indesejável, e como sendo aquele que é abusado ou que está sendo maltratado. E o ponto de vista que aqui estamos manobrando é de ser isso um fenômeno imutável, que existe inerentemente, que dele estou sofrendo simplesmente por causa de outra pessoa.
Esta visão é obviamente inverídica. A Visão Certa aqui entendida é de compreender que isso é impermanente. A situação existe devido a certas condições, certas causas, e ela mudará. Nosso patrão pode ter um particular ponto de vista que não seja permanente nem imutável. No dia seguinte ele pode nos amar e no dia anterior ele pode ter feito isso. Portanto para termos a Visão Certa é nos mantermos presentes, ficarmos cônscios, percebermos de forma profunda que a situação é impermanente e a outra pessoa é impermanente; eu sou impermanente. Esse sentido do self de sentir-se abusado e maltratado é um ego, um “eu”. Então pela aplicação desses três critérios de interpretação de imagens podemos começar a alcançar um método próprio de discriminação, iniciarmos o desenvolvimento do poder da consciente clarividência ou começarmos a trabalhar com este Chakra Ajna.
Quando estudamos esse capítulo do Livro de Revelação, fica-nos bem clara a existência de um grande perigo que repousa dentro de nós. O perigo está em que somos facilmente enganados por nossa própria mente. Nós como consciência somos confundidos e encantados pelas projeções de nossa própria mente. Noutras palavras: pelos Baalim que são aquelas forças que trabalham sob a direção de Jezabel – nossa própria mente animal.
A fim de discriminarmos e estarmos capacitados a distinguir quando uma visão seja verdadeira, quando um sonho seja real, quando ele traga objetiva verdade, precisamos aplicar estas três formas de critério. Temos de analisar, entender, investigar. Infelizmente o estudante estando ansioso por experiências, inclina-se a tomar suas visões interiores e seus sonhos por verdadeiros. Quem aprende a meditar tem sua primeira experiência, sua primeira visão clarividente, presumindo de imediato que aquela visão provém de Deus; portanto deve ser verdadeira e boa mas isso é um erro.
A percepção de imagens ocorre em níveis. Naquele momento fechamos os olhos e tentamos visualizar uma flor. O que realmente vemos é escuridão mas temos de nos concentrar e lutar a fim de formular a imagem da flor em nossa imaginação. Esse é o nível da clarividência que normalmente temos: vemos escuridão. A razão é devida ao fato de não possuirmos luz interior para iluminar essa igreja ou chakra. Porém pela meditação começamos a treinar e a desenvolver essa capacidade. E quando elevamos os fogos do kundalini e preenchemos esse chakra com chamas e fogo, através da força do Espírito Santo, essa capacidade se torna possível com a meditação. Nessas ocasiões a escuridão clareia e as imagens aparecem mais nítidas, mais belas do que na visão física. Mas o engano se acha na presunção de estarmos vendo a supra consciência clarividente. E isso é falso.
Simplesmente aprender e desenvolver a capacidade de ver imagens é bom, mas não significa que estejamos vendo a verdade, que nossa visão seja real. Estamos ainda armadilhados no ego. Nesse sentido se torna duplamente importante aplicar este critério para discriminar o que vemos.
No Livro de Revelação entendemos que aqueles que possuam a Chave de Davi possam se abrir para essa capacidade. Mas a Chave de Davi naturalmente é o Grande Arcanum; é o conhecimento do Tantrismo Branco e a ciência para controlar os fogos do Espírito Santo a fim de avivar os chakras e despertar a consciência de modo certo. Fazendo isso é possível abrirmos esses chakras para que recebam a orientação de nosso Ser Interior.
Esse é de fato o objetivo do desenvolvimento das forças da clarividência de modo certo. É tanto assim que nosso Ser pode mostrar-nos nossa mente pessoal. Não nos será dada essa capacidade para espionarmos a vida de outras pessoas. Mas nos será dado esse presente, ou capacidade, a fim de que possamos ver nossas próprias impurezas, nossos próprios erros e para mudarmos.
Infelizmente o ego adora levar vantagens. O ego ama ter um sonho ou uma visão e interpretar de acordo com seu próprio desejo. Essa é a grande dificuldade de trabalhar com essa ciência. Estando noventa e sete por cento, mais ou menos, armadilhados no ego isso torna muito difícil ao iniciado perceber a verdade objetiva. Eis porque temos de nos mover para o lado da prudência, aprendendo meditação. A base da prática de nossa meditação é aprendermos como discriminar entre o Ser e o Ego.
Bem, quando digo “meditação” não estou falando sobre prática de concentração. Não estou falando sobre vocalizar um mantra, concentrando em nossa respiração ou num objeto qualquer. Pelo termo concentração, significo “Dhyana”, a capacidade de não pensar, de observar sem pensamento, de ter a mente silenciada, de mover-se através do Pratyahara e além. Esse estado é da classe onde aprendemos como discriminar imagens de modo certo. Treinamos em base diária através da autobservância a fim de estarmos preparados para aqueles momentos em que adentramos a sala de aulas. A Vida, neste sentido, é a antecâmara. São nossas atividades diárias no desenvolvimento da autobservância e autolembrança; é estarmos presentes, atentos, preparados para aqueles momentos em que descemos de dentro de nossa própria mente para observarmos e analisarmos.
Se vivermos nossas vidas diárias com nossos orgulhos, medos e invejas, estando por demais preocupados com as atividades de outras pessoas, muito preocupados com o que as pessoas pensam de nós, então naqueles momentos de meditação teremos a predisposição de nos comportar do mesmo modo, assim como em nossos sonhos. Teremos aquela mesma predisposição significando que as visões que temos, as imagens que percebermos as estaremos interpretando com a mesma predisposição para a fofoca, a crítica, o sentimento de inveja e de orgulho.
Meditar propriamente é estarmos cônscios sem estarmos envelopados no nosso “eu”, e nesse estado somos então capazes de perceber sem a interferência do “eu”, significando que as imagens aparecem como de fato são. A verdadeira interpretação pode então ocorrer bem como o verdadeiro entendimento. Infelizmente devido a que temos aquele ego fariseu temos o orgulho místico. Temos um sentido do self que acredita muito nele próprio e por isso tendemos a confundir. Meditação é a técnica que necessitamos a fim de fortalecer a consciência na sua capacidade de interpretar imagens. Essa prática é fortalecida pela transmutação, pela vocalização, pela autobservância e pela autolembrança.
A coisa importante a mantermos como uma fundação é sempre lembrarmos de nosso Ser. De onde as imagens nos cheguem quer fisicamente ou internamente, lembremos de nosso Ser. Ao recebermos imagens, ao percebermos coisas fisicamente ou internamente, temos de discrimina-las. No Livro é dito: “Eis que farei [nossos egos entender que aqueles falsos oráculos são feitos pelos seus próprios Baalim ou egos que tenebrosamente veem as atividades deles através de suas mentes protoplasmáticas ou Jezabel].
Fisicamente, quando interpretamos fatos com vidas, com outros, com situações, estamos recebendo imagens. Aquelas imagens produzem reações na mente. Se continuarmos com aquelas reações estaremos então concordando com as interpretações que nossa mente faz. Então se alguém nos critica e nos fere é porque naquele nível temos ali um ego que sente aquela reação a qual estamos concordando, aceitando e sentindo àquilo. A questão é: agimos quanto àquilo? Procedemos a permitir que aquilo viva dentro de nós?
Este tipo de interpretação nos oferece a condição de estarmos sob a influência de Jezabel, nossa própria mente animal. E naturalmente Jezabel é algo a parte de nós, que se autodenomina uma profetiza, o que significa clarividências inconscientes, subconscientes e infraconscientes. É a mente animal, a consciência armadilhada pelo ego que vê de modo clarividente e acredita em suas visões.
Jezabel é a voz em nossa cabeça que acredita em todas estas interpretações de vida. O que seja que vejamos ou experienciemos, estamos constantemente avaliando e reagindo por aquilo: Jezabel é algo a nos dizer o que tudo significa. Em nossa vida diária isso está acontecendo o tempo inteiro, mas cometemos o erro de acreditar que “nós” estamos fazendo a interpretação.
Vamos olhar um exemplo fácil: se percebemos num sonho sobre um amigo onde o vemos, que ele esteja tendo um relacionamento de adultério, como reagir? Ou se percebemos que nosso amigo esteja agindo através de algum trabalho de magia negra, como também reagirmos? Ao nos identificarmos com nosso sentido de self, com nosso orgulho, então diremos: “eu vi isso e isso. Quão terrível! Eles devem realmente ser pessoas más”. Podemos até ir mais longe a ponto de publicamente discutirmos essa informação.
Isso é um crime que demonstra falta de entendimento daqueles três critérios. Primeiramente, não temos evidências físicas; segundo, não existe comparação convencional: não há situação dentro da qual aquilo potencialmente possa ocorrer; e terceiro, não estamos credenciados pela impermanência; não detemos a compreensão da verdadeira natureza daquelas pessoas; não estamos tendo compaixão deles.
Nessa linha não teremos entendido o que vimos. Estaríamos vendo a projeção de nossa própria mente, de nossa própria fantasia ou alguma coisa do passado, algo simbólico. Como sabermos? E ao fazermos a suposição tola de que aquilo que tenhamos visto fosse a verdade é um exemplo grosseiro do orgulho. Mais que isso: podemos ter sonhos ou visões de mestres, de anjos, de grandes seres iluminados que nos chegam a dizer-nos coisas, a ensinar-nos coisas.
No Livro de Revelações é dito: “Eis que farei que alguns dos que são da sinagoga de Satanás, desses que a si mesmos se declaram judeus e não são, mas mentem”. “Aqueles que se declaram judeus” são referências àqueles que são crianças do Leão de Judá; em outras palavras – Bodhisattvas, mas que ali, aquelas entidades que parecem ser anjos ou mestres são na realidade da sinagoga de Satan, ou seja: nossos próprios egos.
Isso é um problema sério para o iniciado que esteja praticando esses ensinamentos, praticando meditação e trabalhando com os fogos. Nosso próprio ego se vestirá em forma de um profeta, de um mestre, a fim de chegar a nós para tentar nos passar ensinamentos, tentar nos dizer coisas. Estamos suficientemente treinados, suficientemente preparados para perceber aquele fenômeno e vê-lo pelo que ele seja? Estamos suficientemente preparados para meditar, para ver uma esplendorosa visão de um profeta de eras passadas, descendo de nuvens para nos dar um belo ensinamento, mas sendo realmente nosso próprio ego? Temos poderes discriminatórios para reconhecer isso?
Realizar com acerto requer grande disciplina, habilidade para manter um sentido de separação daquilo que vemos. Requer saber reconhecer que todo o fenômeno que se apresenta seja impermanente. Todas as coisas manifestadas são impermanentes. Todos os fenômenos perceptíveis são ilusórios até o último nível. Nessa linha não podemos a priori tomar as visões, os sonhos ou as percepções por verdades. Não podemos aceitar todas essas experiências iniciais como inteira verdade. Temos de ir fundo, investigar, analisar.
Podemos ficar surpresos por descobrir que inúmeras experiências que tivemos – entendidas como belas, positivas e maravilhosas – foram de fato produtos de nossos egos a nos enganar. E as chances são de que aqueles que percorram o Caminho, sendo eles sérios e persistentes, acabarão por descobrir sobre isso. Muitas experiências que acreditávamos fossem reais podemos nunca descobrir de suas veracidades. Permanecer no Caminho, permanecer na verdade para a Luz é extremamente difícil. Requer não fazermos suposições mas aprendermos discriminar. Devemos não acreditar num caminho ou noutro. Devemos saber.
Em cada caso temos de analisar esses sonhos, essas experiências e visões do ponto de vista de como eles nos fazem sentir particularmente. As chances estão em que, se um sonho, uma experiência ou visão nos faz sentir melhores que outras pessoas então temos um problema. Havendo um sonho, uma visão ou experiência que dê crescimento aos íntimos sentimentos negativos em nós próprios ou em relação a outra pessoa, então temos outro problema. Devemos analisar aqueles sonhos e a nós próprios.
Desenvolver essa igreja de forma correta requer naturalmente que os Três Fatores que conhecemos muito bem, estejam baseados nesses ensinamentos: Nascimento que é o uso e desenvolvimento das forças sexuais da alma. Morte que é o uso e desenvolvimento daquelas forças sexuais para a destruição do ego. Sacrifício que é o uso e desenvolvimento daquelas forças sexuais em serviços para outros. Esses três fatores são realmente um só trabalho para quem está aprendendo seguir os passos de todos os Grandes Mestres, porém aqueles passos são realizados momento a momento no caminho real em que interpretamos o fenômeno.
Nascimento, Morte e Sacrifício não são meras ações físicas, mas atitudes. São Visões Reais, vias de percepção. Visão Real nela mesma é Nascimento, Morte e Sacrifício. Esse é o objetivo fundamental desse Chakra Ajna. Esse chakra nos concede a capacidade da percepção a níveis profundos: a percepção do fenômeno numa grande escala. Com aquele poder vem-nos o perigo, a responsabilidade e também maior acesso à verdade, ao entendimento e à sabedoria. Então o despertamento dessa igreja se faz necessário a fim de que compreendamos a nós próprios e à própria vida. Mas com aquele presente vem-nos a necessidade de desenvolver a Visão Certa, pois perceber claramente requer Visão Certa.
Significa dizer que se desenvolvermos essa capacidade pela meditação, através de nossas práticas de ativação da Igreja de Filadélfia, estaremos ativando de modo certo. Pois mesmo magos negros trabalham com esse chakra. Mesmo aqueles que estejam caminhando pela via errada trabalham com esse chakra. Aqueles desenvolvem a capacidade de perceber pela clarividência, mas apesar de suas percepções serem filtradas e modificadas, eles não observam a realidade disso. E aqui está o perigo.
Estando armadilhados no ego estamos também percebendo imagens filtradas, condicionadas. Necessitamos entender essas coisas logo de início. Perceber imagens não é nada de especial. Meditar e ter experiência em meditação, ter visões na meditação não é algo incomum. Porém discriminar a real natureza daquelas imagens é a verdade profunda nada fácil: é algo que não nos chega automaticamente. Sabermos discriminar nos vem através do aprendizado; daí entendermos a diferença entre a presença do “eu” e a ausência do “eu”. E estando nossa consciência noventa e sete por cento armadilhada no ego não é algo que possamos mudar durante a noite.
Ademais Mestre Samael Aun Weor indica claramente de forma muito explicita, que somente possuem a consciente clarividência aqueles que vivem despertos em mundos superiores. Essa é uma afirmação muito corajosa e se analisarmos os cinco tipos de clarividência que destacamos anteriormente compreenderemos que a supraconsciência está além da consciente clarividência.
Supraconsciência clarividente é a capacidade de um Buda, de Jesus, de Krishna. Essa é uma forma de clarividência muito além de qualquer coisa que possamos imaginar. Mas se a porta de entrada para aquele nível é sermos possuidores de consciente clarividência, então para onde isso nos conduz, a nós que nos encontramos adormecidos? Conduz-nos às três formas de clarividência: subconsciente, inconsciente e infraconsciente.
Isso foi uma coisa corajosa que Samael Aun Weor estabeleceu, e infelizmente muitos poucos gnósticos, muitos poucos estudantes parecem tê-la absorvido. A maioria deles presume que qualquer visão, qualquer sonho que tenham tido fora, em estado consciente, seja positivo. Errado. Ao invés devemos entender que nossos sonhos e visões são inconscientes, subconscientes ou infraconscientes
Não devemos jamais supor que sejam imagens conscientes, puras e limpas. Jamais supor assim. No instante em que admitirmos que aquilo visto seja verdade, nos iludimos. Daí que nos restringimos imediatamente a ver a real natureza daquela imagem uma vez que fizemos uma suposição. Ao invés devemos investigar, aguardar, analisar.
Fazer esse tipo de suposição é orgulho. O estudante típico aprende esta ciência, aprende sobre gnose, faz tentativas para praticar e de modo sutil desenvolve o orgulho. Ele sente orgulho de conhecer gnose e mais um pouco por ter tido acesso a esta sabedoria. E mediante uma experiência bem sucedida em meditação o orgulho se torna nutrido e engorda. Aquele orgulho fica forte, especialmente se a imagem percebida naquela meditação ou naquela experiência astral, detenha algum tipo de qualidade celestial ou pelas próprias visões captadas de algum mestre ou anjo. Dai então o orgulho daquele estudante torna-se ainda mais inflado.
O resultado infeliz é que o estudante fica hipnotizado por sua pessoal experiência, por seu próprio sonho. Mesmo se em rara possibilidade esse sonho ou visão seja positivo terá existido um efeito nocivo, uma vez que aquele sonho ou experiencia ao invés de fornecer-lhe a informação certa tenha inflado seu orgulho e feito dele um ego ainda maior, criando-lhe um problema. Agora vocês podem me perguntar sinceramente: o nosso próprio Ser Interior faria isso intencionalmente? Nosso Ser Interior nos daria uma experiência sabendo que alimentaria nosso orgulho? Eu duvido disso. Então trabalhemos a fim de reduzir o orgulho.
Demonstremos a capacidade de discriminar imagens, e nosso Ser se comunicará conosco. E fará aquilo através desse chakra, através da Igreja de Filadélfia durante nossa meditação. Entretanto se começarmos a responder a essas visões com orgulho, nos sentido bem conosco, nos sentido superiores a outras pessoas como algo especial, então nosso Ser nunca mais nos dará daquelas experiências, mas nosso ego certamente sim.
Então como estudantes continuemos assim, acreditando que ainda estamos tendo experiências. E ah, podemos estar vendo coisas mas o que estaremos vendo? Eis porque muitas, muitas e muitas pessoas acabam se divorciando do Caminho. Eventualmente eles começam a se autoproclamar como “mestre tal e tal, esse ou aquele”. E naturalmente todos tendo nomes muito expressivos.
O desenvolvimento dessa Igreja de Filadélfia pode ser mais efetivamente reforçado com as práticas diárias da meditação. A meditação é a primeira ferramenta a desenvolver o chakra, a Igreja de Filadélfia. Um bom mantra a se usar a fim de nutrir esse centro psíquico é “OM” ou A-U-M. Eis porque nas ilustrações desse chakra vemos o caractere do sânscrito para OM. E esse é o som primordial, o verbo, ou a palavra que é o próprio Deus – a vibração. Essa vibração ativa e inflama esse chakra.
Não tenho entrado em detalhes através do capítulo porque isso requer estudo cuidadoso e nesta palestra quero dar-lhes bom fundamento através do qual possam estudar isso. Há tantos detalhes no capítulo que achei melhor aterem-se mais ao estudo e a meditação do que a uma palestra; daí eu ter sentido que seria melhor para nós na palestra de hoje discutirmos somente alguns aspectos principais.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
1. P. – Sendo o número seis na Árvore da Vida, e o seis, Geburah, que é a Divina Alma Feminina é também significativo em relação a imaginação, correto? O que nos pode dizer sobre isso?
R. – A pergunta é: como é esse chakra, o sexto, relacionado com a Árvore da Vida? Quando analisamos a Árvore da Vida e contamos da sua base para cima, chegamos a Geburah relacionada com a Alma Divina ou divina consciência: o aspecto feminino de nossa própria alma. Isso é Alma Espiritual estando intimamente relacionada com a imaginação e com a sabedoria do Ser, em como recebemos a sabedoria do Ser. O que isso nos faz lembrar realmente é que Yesod são os éteres do corpo vital. Para percebermos mesmo em nível físico recorremos aos éteres de nosso corpo vital ou corpo sutil.
Há quatro tipos daqueles éteres sendo que dois deles – os superiores – o luminoso e o refletor, estão relacionados com a percepção de imagens e a memória. Em nós devido naturalmente a que gastamos e abusamos das energias que possuímos intimamente, aqueles éteres estão esgotados. Então nossas capacidades em perceber imagens estão reduzidas; igualmente nossas capacidades para a imaginação. Em consequência nossa conexão com Budhi ou Alma Divina está também incapacitada.
Assim as imagens do Ser e Sua sabedoria não nos podem ser transmitidas porque não existem veículos para essa transmissão. Nossa psicologia interior está esvaziada e que são as estruturas de nossas almas. Desse modo através da transmutação e correto uso das energias que temos interiormente, através do pranayama e uso do Grande Arcano, nutrimos os éteres do corpo vital. Meditamos e restabelecemos as capacidades dos éteres luminoso e refletor de inter-relacionarem com o fenômeno numa via harmoniosa e de modo claro
A meditação é muito transformativa para o corpo etérico, o corpo vital. Isso causa aos outros éteres tornarem-se muito limpos, muito claros. Assim as imagens de memória e de percepção ficam mais nítidas. Por essa via estaremos então habilitados a receber a sabedoria, a percepção, o entendimento, enfim, a ajuda de nossa Alma Divina de modo mais direto, através da inter-relação e transmissão da sabedoria do Ser dentro de nós.
Isso está também relacionado com o número seis no tarô. Naturalmente o número seis é a carta dos Amantes, ou a carta da Indecisão. E naquela carta vemos mostrado um iniciado indeciso entre duas mulheres, uma prostituta e uma virgem. Sem dúvida que a virgem está intimamente relacionada com Budhi, a Alma Espiritual que possuímos – a Mãe Divina. A prostituta, naturalmente é Jezabel, nossa pessoal alma animal. Desta forma pelo desenvolvimento desse Chakra Ajna – a Igreja de Filadélfia - estaremos na encruzilhada de uma tomada de decisão entre o cultivo e desenvolvimento de uma relação com nossa pessoal Alma Divina, com nossa Mãe Divina ou com permanecer um servo de Jezabel, a prostituta. Nossa própria alma animal. Está respondida mais ou menos sua pergunta?
R. Sim.
2. P. – Pode o ego causar coisas como acender eletricamente com cor, que possa ser algo que acorde ou isso é de imagens do Ser?
R. – Honestamente não estou certo de ter entendido a pergunta. O que posso dizer é que o ego é uma concha, um filtro, que encerra dentro dele a consciência. É a consciência que detém os poderes da percepção e da clarividência. O ego simplesmente filtra aquela percepção. Então se a consciência detém o poder de perceber ou projetar uma determinada imagem, também o ego tem. Porém o ego faz segundo seu próprio condicionamento, seu desejo. Significa que tanto quanto nosso Ser tenha as capacidades de nos mostrar imagens, ensinar através das imagens, nosso ego também terá, mas egoisticamente. Então nosso ego ensinará e mostrará coisas para sua própria nutrição, para se desenvolver. Aquela capacidade não está restrita a sonhos e visões. Está ativa em nós diariamente, momento a momento.
3. P – Mesmo porque o Mestre disse que vaidade é um charlatanismo e orgulho é silencioso.
R. – Certo. O exemplo foi dado e Mestre Samael Aun Weor disse que vaidade é um charlatanismo e orgulho é silencioso. É verdade. Vaidade é o charlatão que demonstra e está sempre demonstrando. E esse é o poder do ego, estar usando o poder da consciência no sentido errado a fim de se mostrar. Orgulho está fazendo a mesma coisa, porém silenciosamente dentro da mente, silenciosamente dentro do coração, ainda assim usando os poderes de modo errado.
4. P. – O Mestre diz num de seus livros que os Mestres do Nirvana têm egos. Eles gostam de se despir como prostitutas. Gostam de mostrar seus poderes. Eles têm egos bastante altos, sutis.
R. – Certo. Outro exemplo dado que também o Mestre indicou são os Nirvani Budas, os Pratyeka Budas que gostam de mostrar os seus poderes, demonstrar suas habilidades e realmente são como as prostitutas se desnudando, mostrando-se, aparecendo. Essa é uma forma de ego. Isso não é bem entendido no Ocidente. As pessoas no Ocidente inclinam-se a pensar que se alguém é um Buda então é limpo, puro e perfeito, mas isso não é verdade. Nas tradições do leste está bem entendido que Deuses têm ego, mas não são a mesma coisa daquilo que temos.
Daí que os Nirvani são seres que têm certo nível de desenvolvimento, mas não são perfeitos. Eles têm problemas; têm apego e isso está refletido na Roda Budista do Samsara. Existe um reino do Samsara relacionado com os Deuses, que é onde eles têm seus desenvolvimentos de consciência. Entretanto lá eles permanecem com orgulho, apego, inveja, ódio. Isso é decorrência do mau uso dos poderes da consciência. Naturalmente aqueles Deuses têm capacidades clarividentes, mas que não são bem utilizadas.
5. P. – Que é polyvoyance?
R. – Essa é a próxima palestra. Em síntese porém, “poly” significa “muitos”. Isso dará a vocês uma pista.
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
Tradução Inglês / Português: Rayom Ra
Rayom Ra
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