quinta-feira, 13 de outubro de 2022

7 coisas que você provavelmente não sabe sobre a confissão

 

7 coisas que você provavelmente não sabe sobre a confissão

Para muitos de nós, o tempo voa quando não vamos confessar.  Os anos e nossas desculpas podem começar a se acumular. Logo, aquela pilha se torna um muro entre nós e o Sacramento da Reconciliação. Quando adicionamos nossos medos ao topo dessa pilha, pode até parecer insuperável.

Mas isso não. Às vezes, tudo o que é preciso para superar isso e entrar no confessionário da igreja é uma melhor compreensão do que é o Sacramento. Aqui estão sete coisas que você pode não saber sobre ir à confissão.

1. Estamos Confessando a Jesus:

Santa Faustina, a “Apóstola da Divina Misericórdia”, teve visões de Jesus falando com ela. A freira os registrou em seu diário. Ela escreveu que Jesus lhe disse: “Filha, quando você vai se confessar, nesta fonte de Minha misericórdia, o Sangue e a Água que saíram do Meu Coração sempre descem sobre sua alma e a enobrecem.  Cada vez que você for se confessar, mergulhe inteiramente em Minha misericórdia, com grande confiança, para que Eu possa derramar a generosidade de Minha graça sobre sua alma. Quando você se aproximar do confessionário, saiba disso, que eu mesmo estou esperando por você lá. Estou apenas escondido pelo padre, mas eu mesmo atuo em sua alma. Aqui a miséria da alma encontra o Deus de misericórdia. Diga às almas que desta fonte de misericórdia as almas extraem graças somente com o vaso da confiança. Se a confiança deles é grande, não há limite para a Minha generosidade.

2. Podemos Encontrar o Milagre da Divina Misericórdia:

Nesse mesmo diário em que registrou suas visões, Santa Faustina também escreveu que Jesus disse: “Escreve, fala da Minha misericórdia. Diga às almas onde devem procurar consolo, isto é, no Tribunal da Misericórdia [o Sacramento da Reconciliação]. Ali acontecem os maiores milagres [e] são incessantemente repetidos. Para usufruir deste milagre, não é necessário fazer uma grande peregrinação, ou realizar alguma cerimônia externa; basta chegar com fé aos pés de Meu representante e revelar a Ele a própria miséria, e o milagre da Divina Misericórdia será plenamente demonstrado.  Se as almas fossem como um cadáver em decomposição para que do ponto de vista humano não houvesse [esperança de] restauração e tudo já estivesse perdido, não é assim com Deus. O milagre da Divina Misericórdia restaura plenamente essa alma”.

3. Recebemos Graça Maravilhosa:

No “Catecismo da Igreja Católica”, essa misericórdia é comparada à graça que Jesus contou em sua parábola do filho pródigo. O documento afirma “O fascínio da liberdade ilusória, o abandono da casa paterna; a extrema miséria em que se encontra o filho depois de esbanjar sua fortuna; sua profunda humilhação por se ver obrigado a alimentar porcos e, pior ainda, por querer se alimentar das cascas que os porcos comiam; sua reflexão sobre tudo o que perdeu; seu arrependimento e decisão de se declarar culpado diante de seu pai; a viagem de volta; a acolhida generosa do pai; a alegria do pai - tudo isso é característico do processo de conversão. A bela túnica, o anel e o banquete festivo são símbolos dessa vida nova – pura, digna e alegre – de quem retorna a Deus e ao seio de sua família, que é a Igreja.  Só o coração de Cristo, que conhece as profundezas do amor de seu Pai, poderia revelar-nos o abismo de sua misericórdia de maneira tão simples e bela”.

4. Confessar falhas constrói nossa consciência:

No mesmo documento, está escrito que confessar nossas faltas – além de nossos pecados mortais – também nos ajuda. Afirma que “Sem ser estritamente necessária, a confissão das faltas cotidianas (pecados veniais) é, no entanto, fortemente recomendada pela Igreja. Com efeito, a confissão regular dos nossos pecados veniais ajuda-nos a formar a nossa consciência, a lutar contra as más tendências, a deixar-nos curar por Cristo e a progredir na vida do Espírito. Recebendo com mais frequência através deste sacramento o dom da misericórdia do Pai, somos estimulados a ser misericordiosos como ele é misericordioso”.

5. A absolvição resume o sacramento:

“O Catecismo da Igreja Católica” afirma ainda “A fórmula de absolvição usada na Igreja latina expressa os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele efetua a reconciliação dos pecadores por meio da Páscoa de seu Filho e do dom de seu Espírito, por meio da oração e ministério da Igreja:

Deus, o Pai das misericórdias, pela morte e ressurreição de seu Filho reconciliou consigo o mundo e enviou o Espírito Santo entre nós para remissão dos pecados; pelo ministério da Igreja que Deus vos dê o perdão e a paz, e eu vos absolvo dos vossos pecados em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

6. Torna possível um novo futuro:

Segundo o mesmo documento, confessar-se também nos ajuda a recomeçar. Ele afirma: “A confissão (ou revelação) dos pecados, mesmo do ponto de vista simplesmente humano, nos liberta e facilita nossa reconciliação com os outros. Através de tal admissão, o homem olha diretamente para os pecados de que é culpado, assume a responsabilidade por eles e, assim, abre-se novamente a Deus e à comunhão da Igreja para tornar possível um novo futuro”.

7. Cura a alma:

Em fevereiro de 2014, o Papa Francisco dirigiu-se a uma multidão na Praça de São Pedro. Ele disse: “O Sacramento da Reconciliação é um Sacramento de cura. Quando me confesso, é para ser curado, para curar minha alma, para curar meu coração e para ser curado de alguma transgressão”.

Mais tarde, ele acrescentou: “Não posso dizer: perdôo meus pecados. Pede-se perdão, pede-se a outro, e na Confissão pedimos perdão a Jesus. O perdão não é fruto de nossos próprios esforços, mas sim um dom, é um dom do Espírito Santo que nos enche da fonte da misericórdia e da graça que brota incessantemente do coração aberto de Cristo Crucificado e Ressuscitado. Em segundo lugar, lembra-nos que só podemos estar verdadeiramente em paz se nos permitirmos reconciliar-nos, no Senhor Jesus, com o Pai e com os irmãos. E todos nós sentimos isso em nossos corações, quando nos confessamos com a alma pesada e com um pouco de tristeza; e quando recebemos o perdão de Jesus nos sentimos em paz, com aquela paz de alma que é tão bela, e que só Jesus pode dar, só Ele.”

Nesse mesmo discurso, o Papa Francisco deu à multidão palavras mais encorajadoras. Essas palavras podem nos ajudar a derrubar os muros que construímos e nos confessar. O pontífice disse: “Todos contam, todos dizem 'quando foi a última vez que me confessei?' E se já passou muito tempo, não perca mais um dia. Vai; o padre será bom. Jesus está lá, e Jesus é mais benevolente que os sacerdotes, Jesus te recebe; ele te recebe com tanto amor. Seja corajoso e vá se confessar!”