quinta-feira, 14 de julho de 2022

Os 7 dias da criação do Homem e do Planeta

 

Os 7 dias da criação do Homem e do Planeta


Diz-se que “Deus criou os Céus e a Terra”. A que “Terra” se refere o Gênesis? Pois, à nossa Terra Filosofal, ao corpo físico do alquimista, ou “Terra Elemental” dos sábios.

“E a Terra estava desordenada e vazia, e as trevas estavam sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus movia-se sobre a face das águas…” Esse é o primeiro dia de toda Criação, no qual se tem de baixar aos mundos infernais para trabalhar. Ao princípio, nosso caos espermático está em trevas; esta Terra Filosofal (o corpo humano ou sistema sexual) está em desordem completa. Sem embargo, o “Espírito de Deus” move-se sobre as águas espermáticas do primeiro instante.

“E disse Deus: seja a luz, e foi a luz, e viu Deus que a luz era boa e separou Deus a luz das trevas, e chamou Deus à luz Dia, e às trevas chamou Noite, e foi a tarde e a manhã um Dia…”

Esse é o primeiro trabalho que se tem de fazer na Alquimia: separar a luz das trevas, arrancar a luz das trevas. Então, tem-se de baixar ao abismo (fazer a luz é muito difícil, porém não impossível).

Logo, disse Deus: haja expansão em meio às águas e separem-se as águas das águas…” Isso é claro: há que se separar as águas superiores das águas inferiores. Eis aí o que se chama “preparar o mercúrio dos sábios”, o mercúrio da filosofia secreta. Pois bem, nós sabemos que o mercúrio é a alma metálica do esperma sagrado. A água superior deve ser separada da água inferior.

Os 7 Dias da Criação e os 7 Selos do Apocalipse (acima) referem-se ao Trabalho Interno

Continua o Gênesis dizendo que “Deus separou as águas que estavam sob a expansão, das águas que estavam sobre a expansão, e foi assim, e chamou Deus à expansão Céus e foi a tarde e a manhã do dia segundo…”

Essa é a segunda parte do trabalho alquimista, da Grande Obra: preparar o mercúrio da filosofia secreta para trabalhar intensamente. Dita parte superior desse mercúrio se chama “Céus” e a inferior se chama “Terra”.

“E disse Deus: juntem-se as águas que estão sob os céus e deem lugar e descubra-se o seco, e foi assim, e chamou Deus ao seco de Terra e à reunião das águas chamou Mares, e viu Deus que era bom…”

Esse é um trabalho difícil, o do terceiro dia, no qual se tem de fabricar o Corpo Astral.

O primeiro dia está relacionado com o Corpo Físico, o segundo com o Vital e o terceiro, com o Astral…

“Depois disse Deus: produza a terra erva verde, erva que dê semente, árvore que dê fruto, cuja semente esteja nele, segundo seu gênero, sobre a terra, e foi assim. Produziu, pois, a terra erva verde, erva que dá semente, segundo sua natureza, e árvore que dá fruto cuja semente está nele, segundo seu gênero, e viu Deus que era bom, e foi a tarde e a manhã do terceiro dia…”

Essa é a parte correspondente à perfeição do Corpo Astral, ou seja, se o tem fabricado, corresponde ao período de converter o Corpo Astral em corpo de ouro puro. Tem a ver com a semente, porque a semente é sexual, e está intimamente relacionada com o Astral.

Logo, vem o quarto dia. “Disse Deus: haja luminares na expansão das expansão dos céus para iluminar sobre a Terra, e foi assim, e fez Deus os dois grandes luminares, o maior para assenhorar-se no dia e a menor para assenhorar-se pela noite. Fez também as estrelas e Deus as pôs na expansão dos céus para iluminar sobre a Terra e para separar a luz das trevas, e viu Deus que era bom, e foi a tarde e a manhã do quarto dia…”

Esse é o quarto trabalho, o que há que se fazer com a mente. Como queira que o Mundo Mental é o Mundo da Magia Hermética, ali se trabalha com o Sol e a com a Lua, com os princípios masculino e feminino. As estrelas são as estrelas do espírito, as faculdades, e se relacionam com a inteligência. Isso tem a ver com a criação do Corpo Mental, e os que já o têm, com a perfeição de dito corpo. De maneira que é relativamente fácil de entender.

Logo, “disse Deus: produzam as águas os seres viventes e aves que voem sobre a Terra, na aberta expansão dos céus, e criou Deus os grandes monstros marinhos e todo ser vivente que as águas produziram, segundo seu gênero, e toda ave alada segundo sua espécie, e viu Deus que era bom, e Deus o abençoou, dizendo: frutificai e multiplicai e enchei as águas dos mares, e multipliquem-se as aves na terra, e foi a tarde e a manhã do quinto dia…”

Esse é o quinto dia do Trabalho, que tem a ver com o Corpo Causal: com a criação de dito corpo, e os que já o têm, devem lidar com as causas de seus erros, com esses terríveis monstros de onde saíram os Eus, com essas causas que deram origem a tantos defeitos psicológicos. Tais causas são verdadeiras bestas com as quais há que se lidar e sofrer. Isso o sabe todo aquele que tiver trabalhado na Grande Obra. Isso pertence, pois, ao Corpo Causal.

A Cristificação é humanizar Deus e divinizar o Homem

“E disse Deus: façamos o homem à nossa imagem, conforme nossa semelhança, e que se assenhore dos peixes do mar, e das aves dos céus, das bestas, de toda a Terra e de todo animal que arrasta sobre a Terra. E Deus criou o homem à sua imagem, a imagem de Deus os criou, macho e fêmea os criou…” Há que se entender que isso não é como se crê correntemente.

Claro está que no sexto dia de Trabalho deve-se sofrer e lidar com todos os monstros que nós mesmos temos criado, e que correspondem a estados conscientivos espantosos e terríveis. Porém, o grande desse dia é que o Budhi, ou Alma Espiritual, logra a cristificação completa. Ela é a Alma-Espírito, que chega a se integrar completamente com a Alma Humana; esta é masculina e aquela, feminina. Da fusão de ambas resulta o verdadeiro Homem (macho e fêmea ao mesmo tempo), o Hermafrodita Espírito, o verdadeiro homem divino, perfeito, autêntico. Esse é o sexto dia de trabalho.

Logo, o Gênesis continua, dizendo-nos (dando ordens ao verdadeiro homem, ao Homem-Espírito): “Frutificai e multiplicai-vos em esplendor e poder. Chegai à Terra e subjugai-a”. (Claro, sobre todas as bestas internas, ou seja, sobre seus próprios defeitos e as causas de seus defeitos. Assim, ele é o rei da criação, de tudo o que é e será.)

“E disse Deus: eis aqui que toda planta que dê semente, e todo fruto, vos será para comer, e de tudo da Terra, e todas as aves dos céus e toda planta verde vos será para comer. E viu Deus tudo o que havia feito e viu que era bom em grande maneira, e foi a tarde e a manhã do sexto dia…”

“Foram, pois, acabados os Céus e a Terra e tudo o que neles há, e acabou Deus no sexto dia a Obra que fez e repousou no sétimo dia, e abençoou o sétimo dia e o santificou, e logo repousou de toda a Obra que havia realizado.”

O Gênesis também está relacionado com a criação da Terra, que primeiro foi Mental, depois descendeu ao Astral, depois ao Etérico, e logo, ao Físico.

Tudo isso se realizou em seis dias, ou seis Períodos, e se descansou no sétimo.

Cada Período desses é uma Eternidade…

Samael Aun Weor, Os Sete Dias da Criação