quarta-feira, 13 de julho de 2022

O QUE É CATIMBÓ? O Catimbó é um culto de raiz basicamente indígena, aparentado à pajelança e ao xamanismo.

 O QUE É CATIMBÓ?


O Catimbó é um culto de raiz basicamente indígena, aparentado à pajelança e ao xamanismo.


Nenhuma descrição de foto disponível.O QUE É CATIMBÓ?

O Catimbó é um culto de raiz basicamente indígena, aparentado à pajelança e ao xamanismo.A essa matriz indígena ,acrescentou- se algo da "feitiçaria portuguesa"e da magia africana.As religiões da natureza dos povos celtas ,por exemplo ( o druidismo ) ,que hoje está revitalizado ( e banalizado.. .)com os "wiccanos" é um exemplo
de matriz européia que tem afinidades com os cultos da natureza nativos.

Não se pode dizer que os "catimbozeiros" propriamente "cultuem" a Jurema.O que ocorre nessas religiões indígenas, é que se considera que há um espírito que zela pela erva ou árvore.Se o cipó , ou planta ,ou folha são alucinógenos ,ou favorecem um transe sagrado ,são particularmente respeitados.É assim com o peiote no
México (do qual deriva a mescalina), é assim com o "Santo Daime"( quem já não ouviu falar dele?) ,e também é assim com a Jurema ,no Catimbó.
Com a bebida feita da jurema (branca ou negra ),com a "fumaçada" dos cachimbos (fumados ao contrário) e com os sons dos maracás, se induz o transe dos participantes do culto. Daí a Jurema ser sagrada.A árvore da jurema passou a ser vista como uma "ponte" entre a terra e as aldeias astrais dos mestres do Catimbó
(Juremal ,Vajucá, Canindé ,Urubá,Tigre ,Lage Grande- você conhece um caboclo com o mesmo nome..., pois é...,Pedra Branca - idem -,Barro de Tauá ,Cova de Salomão, e outras).

A liturgia da Jurema ( ou Catimbó ) é extremamente mais simples do que a da Umbanda ou Candomblé.O Catimbó é um culto extremamente "democrático" nesse sentido, feito por aí afora nos casebres do sertão ,em torno da "mesa da jurema".Os apetrechos dos adeptos do Catimbó incluem fumo ,cachimbo ,facas ,cabaças com água e bebidas ,moedas ,flores ,cachaça ,pedras. As entidades que "acostam" no adepto são chamadas de "mestres" ( ou mestras ,pois há muitas).A "fumaçada" pode ser "à esquerda" ou "à direita", com um sentido análogo ao que o termo representa na Umbanda.Como você vê ,há conexões...

A entidade "Zé Pelintra" é ,indubitavelmente ,originária do Catimbó. Originalmente, ele é um dos mestres do Catimbó ,ao lado de mestre Bento ,mestre Carlos ,mestre Malunguinho ,mestra Paulina ,mestra Marina ,etc.São os mestres e mestras do Catimbó, afamados ( alguns ,difamados.. .). Ao lado destes ,também baixam "caboclos" na jurema ,como caboclo Tabatinga ,cabocla Iracema ,"caboclinhos" ,caboclo "Príncipe da Jurema" e Cabocla Mariana Bela Turca.
Gostaria de destacar essa cabocla interessantíssima em seu papel de ligação entre os cultos afro-indígenas. Ela circula por todos eles: baixa em Candomblé de Caboclo ,em Tambor de Mina ,no Catimbó ,na Umbanda.

Turquia é uma cidade astral ,que eu já visitei ,inclusive.Há entidades que não baixam em giras de Umbanda ,ou quase nunca ( cigana Damiana é uma delas) ,e outras que sim.Mas isso é outra história...

Nada sei sobre os cursos dados no Colégio para responder sobre isso.

Fica com Deus ,e um abraço,
Marcelo.
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CATIMBÓ

O que é catimbó?
Culto originado da pajelança, e ritual angola-congos, aliado a práticas de feitiçarias, de procedências variadas. Posteriormente sofreu a influência do espiritismo e catolicismo. Suas finalidades são a cura, os conselhos e os trabalhos de feitiçaria. Para o bem e para o mal. É praticado no nordeste e norte brasileiro.
Aos milhares de homens e mulheres infelizes que caíram vítimas dos dardos envenenados de sugestões sutis, sórdidas, destrutivas e enganosas.
Possamos nós com a Umbanda sagrada dos Orixás, tornar milhares de outros seres humanos imune a esta influência nociva, ou seja, o veneno mental.
Catimbó é uma pratica mágica baseada no Cristianismo de onde apóia toda a sua doutrina religiosa.
O Catimbó não inventa Deuses ou os importa da África porque não faz parte das religiões afro-brasileiras.
Isto pode parecer polêmico, mas, o Catimbó não é afro, não é Candomblé e não é a Umbanda como se conhece comumente, mas pode ser considerado uma manifestação de Umbanda.

Catimbó não é uma religião ou seita. Podemos de considerá-lo um culto, uma vez que não encontrarmos os elementos estruturados que são característicos, como os fundamentos religiosos próprios, com liturgias e dogmas. O Catimbó se apóia totalmente na religião católica, apesar de guardar um pouco das práticas pagãs, vindas da bruxaria européia.

Ele pode se parecer um pouco com a Umbanda, mas, nem um pouco com o Candomblé. A semelhança com a Umbanda é devido ao trabalho com entidades incorporadas. Entretanto, os Mestres do Catimbó possuem uma teatralidade de incorporação muito típica e discreta, e o Catimbó esta longe do "trabalho de palco" da Umbanda. Outra infeliz coincidência é a presença da entidade Zé Pelintra que no Catimbó é dito como
mestre e na Umbanda é muito cultuado como Exu e malandro. Catimbó não é a Umbanda que você conhece!

O Catimbó tem uma raiz índia que foi se perdendo com o tempo. Não há dúvida que o Catimbó é Xamanista com muita práticas de pajelança, mas, não é baseados em Caboclos e sim em Mestres, apesar de os Caboclos também terem participação. O Catimbó não é muito diferente, ou melhor, do que estes cultos que citamos, não podemos dizer inclusive que suas entidades sejam de nível superior, pelo contrário, sob o ponto de vista espírita-kardecista são ainda entidades de baixa energia e que guardam muitas referências com a última vida que tiveram em "terra fria".

No Catimbó faz se o bem, através de curas, problemas sentimentais, mas, também o mal, dependendo da cabeça de que o dirige, infelizmente, como em outras práticas. O Catimbó é influenciado pela feitiçaria européia de onde adotou várias práticas.

O Catimbó é uma reunião alegre e festiva quando em sua forma de roda (ou gira), mas, pela falta da corrente doutrinaria formal vários formatos serão encontrados, dependendo da "ciência", vidência, maturidade e ética de quem o dirige e realiza, podendo ser práticas bem soturnas.

Autor desconhecido