Marie - Maria Padilha das 7 Catacumbas
Série "Dama de vermelho" / "O Reino de Padilla"
Paris, França entre 1860/1870 (Prólogo)
Série "Dama de vermelho" / "O Reino de Padilla"
Paris, França entre 1860/1870 (Prólogo)
Já fazia um bom tempo que o espírito de Marie manifestava-se naqueles escombros,
O incêndio havia sido já a alguns anos mas ela persistia em manter-se ali entre as cinzas do casarão, sentia seu corpo ainda queimando, a "pele" derretendo, mas ainda assim segurava contra o peito a pequena Charlotte como seu maior tesouro, seu instinto materno era de proteger a pequena bebê enquanto ela própria derretia no centro do imenso círculo com pentagrama desenhado ao chão do espaço que seria o calabouço Havia muitos espíritos em volta dela, ela os via mas ainda estava muito atormentada para se dá conta ...
na realidade, Marie estava morta ...
O espírito da Soberana Maria De Padilla plasmou se na forma que gosta de usar para banimento de espíritos sombrios, um vestido imenso de veludo preto, enquanto os cabelos negros cumpridos eram como um majestoso véu, para esse resgate usou sua forma que seria mais tarde reconhecida como: "Padilla das Almas" Ela já é um espírito com muita experiência em situações de expulsão dos espíritos trevosos, e na doutrina dos mesmos, mas esse resgate em especial era de muita importância para ela pessoalmente pois envolvia quitar pendência de vidas anteriores dela própria , por isso necessitava que Marie fosse liberta daquela dor, dor essa que a própria Padilla causou no passado, mas como explicar isso a Marie ?? Como libertar alguém do mal que ela mesma causou anos atrás ?? Mas àquele não era o momento de se entregar as emoções, de sentir-se culpada, não, não era, a Rainha Maria de Padilla como um espírito já avançado em evolução de consciência tinha convicta certeza de que somente encarando erros é possível limpa -los para por fim se libertar e seguir na sua caminhada, e assim faria naquele momento (...)
De frente para os escombros do imenso casarão queimado, fez se uma nuvem de fluídos negativos que emanava do ambiente, em volta uma corrente de espíritos sombrios em formas abstratas de répteis e animalescos seres trevosos guardavam os destroços no plano astral, era uma missão que envolvia lutar contra uma série de espíritos, e Maria de Padilha junto com outros fiéis aliados armou-se de uma estratégia de guerra para entrar no ambiente e conseguir chegar até Marie, para isso ela contava com auxílio dos companheiros Exu dos 7 Portais, Tranca Rua das Almas e Dona Maria Molambo, entre outras Padilhas que já atuavam no seu exército (...)
O confronto foi intenso, o grupo de espíritos de Padilha atacou sem rodeios, os Exus estavam na frente de batalha, abrindo espaço para que as Molambos limpassem o campo astral para que Maria pudesse entrar, outras Padilhas atacavam com seus feitiços, um verdadeiro campo de guerra, assim que viu a brecha naquela nuvem de energia negativa Padilha usou de suas magias para ir com força total até o calabouço, rápida como raio estava lá
Os olhos de Marie arregalam ao vê àquela Mulher à sua frente, com medo ela segura Charlotte ainda mais forte contra o seu peito que chora desesperada, as duas se entreolham, imediatamente a recordação espiritual se faz, o espírito de Marie Grita uma dor tão intensa como uma presa que reconhece o caçador, seu grito é amargo e demoníaco, seu ódio é tamanho que dá ainda mais força as correntes negativas ao redor, como feiticeira que é, seu espírito começa a conjurar pragas para atacar Maria, é um confronto direito entre as duas experientes magístas
"Marie, já faz muitos anos, não temos tempo pra isso, você precisa vir comigo"
Mas o espírito está muito atormentado para dá ouvidos, existe ódio de muitas vidas onde as duas batalham, ela aperta Charlotte, sua voz é ainda mais estridente
"Você não vai levar meu bebê"
"Marie seu bebê, ele não existe mais, ela não é real, você está presa nas suas dores, nada disso é real, olhe ao seu redor ...
Marie Grita um som que vêm do fundo do seu espírito, àquela mulher estava dizendo que o ser que ela mais amava não era "real" ... mas era ... Sim era real ...ela era mãe, ela viu sua barriga crescer e a vida tomar forma dentro de si, ela amamentou, ela amou o bebê tão intensamente que estava a protegendo até àquele momento, quando os espíritos sombrios vieram tomar o seu bebê, ela correu para o círculo, mas eles era muitos, causaram um incêndio e ela estava ali ainda... protegendo Charlotte, mesmo que significasse sentir as dores de ter seu corpo queimado eternamente ...
"Marie solte o bebê, venha comigo, ordeno"
Maria de Padilla exclamou altiva, sem paciência e sem rodeios, precisava tirar Marie daquela prisão mental, precisava resgata lá, e se isso significasse usar de "força bruta" ela usaria, estava em meio a uma guerra, seus aliados estavam lutando da melhor forma possível, mas precisava sair dali com àquele espírito, não havia outra alternativa, Padilla usou de uma de suas formas menos "humana" e mais agressiva enquanto conjura e lança feitiço, Marie em contra partida também armou se, mas Padilla foi mais rápida, Marie saiu daqueles escombros eescravizada na "marra" por Maria, mas esse não é o fim da estória, é apenas o início...Autoria : Julia Lima
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