CATIMBÓ
Catimbó também é muito praticado dentro da Umbanda, o Mestre mais famoso é Mestre Zé Pelintra que é um grande catimbozeiro.
CATIMBÓ
Catimbó também é muito praticado dentro da Umbanda, o Mestre mais famoso é Mestre Zé Pelintra que é um grande catimbozeiro.
Para quem não conhece segue abaixo um esboço sobre este assunto e para quem conhece fica aqui mais um pouco de conhecimento sobre o Catimbó na Umbanda.
O Catimbó, assim como a maior parte das religiões xamânicas, é considerado um culto de transe e possessão no qual as entidades, conhecidas como Mestres, se apoderariam do corpo do Catimbozeiro, e momentameamente, tomariam todos os domínios básicos do organismo.
Entretanto, diferentemente do que ocorre na Umbanda, onde os espíritos se organizam em direita e esquerda conforme a natureza positiva ou negativa que possuam.
Os Mestres são relativamente neutros, podendo operar tanto boas quanto más ações.
Tais Mestres seriam figuras ilustres do Catimbó, que, quando vivos, teriam realizado diversos atos de caridade por intermédio do uso de ervas e propriedades xamânicas.
De modo que por ventura de sua morte, teriam sido transportados a uma das Cidades místicas do Juremá, localizada nas imediações de um arbusto de Jurema plantado pelo Mestre anteriormente a seu falecimento.
Subordinados aos mestres, encontram-se as entidades conhecidas como Caboclos da Jurema.
Esta forma de espírito ancestral, representa os pajés e guerreiros indígenas falecidos, envidados ao Mundo Encantado de forma a auxiliarem os Mestres na realização de boas obras.
Os Caboclos são sempre invocados no início do culto, antes mesmo da incorporação seus superiores.
Estes seres espirituais, seriam os responsáveis pela prescrição de ervas medicinais, banhos e rezas que afastariam o mau-olhado e o infortúnio.
O universo espiritual do catimbó segue o mesmo padrão estamental do catolicismo (de onde se origina as crenças de céu, inferno e purgatório bastante difundida entre os Catimbozeiros).
Diferindo, apenas, pela adição do Juremá, onde habitariam os Mestres da Jurema e seus subordinados.
Segundo a crença, o Juremá seria composto de uma profusão de aldeias, cidades e estados, os quais trariam um rígida organização hierárquica.
Esta envolveria todas as entidades Catimbozeiras, tais como caboclos da jurema e encantados, sob o comando de um ou até três Mestres.
Cada aldeia tem 3 Mestres.
Doze aldeias fazem um estado com 36 Mestres.
No Estado ha cidades, serras, florestas, rios.
Quantos são os estados?
7 segundo uns:
Vajucá, Tigre, Cadindé, Urubá, Juremal, Fundo do Mar e Josafá...
A origem do termo catimbó é controversa, embora a maior parte dos pesquisadores afirme que deriva da língua tupi antiga, onde caa significa floresta e timbó refere-se a uma espécie de torpor que se assemelha à morte...
Desta forma, catimbó seria a floresta que conduz ao torpor, numa clara referência ao estado de transe ocasionado pela ingestão do vinho da jurema, em sua diversidade de ervas.
Outras teorias, porém, relacionam o vocábulo com a expressão cat, fogo, e imbó, árvore, neste mesmo idioma.
Assim, fogo na árvore ou árvore que queima relataria a sensação de queimor momentâneo que o consumo da Jurema ocasiona.
Catimbó é uma pratica mágica baseada no Cristianismo de onde apóia toda a sua doutrina religiosa.
O Catimbó não inventa Deuses ou os importa da África porque não faz parte das religiões afro-brasileiras.
Isto pode parecer polêmico, mas, o Catimbó não é afro, não é Candomblé e não é a Umbanda como se conhece comumente, mas pode ser considerado uma manifestação de Umbanda...
Catimbó não é uma religião ou seita!
Podemos de considerá-lo um culto, uma vez que não encontrarmos os elementos estruturados que são característicos, como os fundamentos religiosos próprios, com liturgias e dogmas.
O Catimbó se apóia totalmente na religião católica, apesar de guardar um pouco das práticas pagãs, vindas da bruxaria européia.
O termo Mestre é de origem portuguesa, onde tinha o sentido tradicional de médico, ou segundo Câmara Cascudo, de feiticeiro.
Este é o primeiro elemento de ligação do Catimbó com tradições européias, provavelmente cabalistas e mostra também nestes 2 significados a expressão semântica do trabalho do Mestre, a cura e a magia.
De forma geral os Mestres são descritos como espíritos curadores de descendência escrava ou mestiça, que em suma é a característica dos habitantes das regiões onde o Catimbó floresce, mas que não deve ser tratado como um dogma...
Dizem os juremeiros que os Mestres foram pessoas que quando em vida trabalharam nas lavouras e possuíam conhecimentos de ervas e plantas curativas.
Por outro lado algo trágico teria acontecido e eles teriam se passado, isto é, morrido, encantando-se, podendo assim voltar a acudir os que ficaram “ neste vale de lágrimas”.
Não existe Mestre do bem ou do mal!
O Mestre é uma entidade que pode fazer o bem ou o mal de acordo com a sua conveniência, a ordem da casa e a ocasião...
Alguns Mestres Conhecidos:
Mestre Zé Pelintra, Mestre Major do Dia, Mestre João da Mata, Mestre Zezinho, Mestre Arigó, Mestre Araribóia, Mestra Joana Chita, Mestra Dalila entre tantos outros...
Além dos caboclos e dos Mestres, vêm na jurema, mas com menos freqüência os pretos-velhos e pretas-velhas...
Espíritos de velhos escravos africanos, peritos em benzeduras e nos conselhos que dão a seus “netinhos” dos terreiros.
Temos aqui, talvez, uma influência da umbanda sobre o custo juremista.
Contudo a influência dos cultos africanos é mais bem expressa na incorporação dos exus e pombagiras ao panteão.
Na jurema eles aparecem como servos dos Mestres.
Juntam-se a esta panteão os santos da Igreja Católica, que são cumprimentados pelos Mestres e caboclos e aos quais encontramos referências nas cantigas e nas orações utilizadas nos fazeres mágicos ensinados pelos espíritos.
Também encontramos em algumas juremas os Orixás do Xangô.
Em algumas casas se abrem as giras de jurema cantando para os deuses de origem africana, depois de saudar Exu.
Entretanto as cantigas são geralmente em português como na umbanda.
Muito Axé para todos!
Se puder leia o livro um ótimo aprendizado