domingo, 4 de setembro de 2022

Paralisia do Sono & Habitantes das Sombras

 

Paralisia do Sono & Habitantes das Sombras


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“Last night i saw, upon the stairs
A Little Man who wasn´t there
He wasn´t there again today
Oh, how I wish he go away!”
-Glenn Miller, ‘The Little Man Who Wasn´t There’

Não é incomum ouvirmos relatos de pessoas que tenham visto durante a noite os ‘Habitantes das Sombras’, também conhecidos como ‘Pessoas das Sombras’. Usualmente surgindo durante a noite, mais comumente ainda durante momentos de paralisia do sono ou projeções astrais, durante o estágio inicial de vibração (Estado Vibracional/E.V). Mas o que são estes seres? Eles estão realmente lá? São de fato seres ou lapsos de loucura em nossos cérebros?

Para muitos as Pessoas das Sombras não passam de uma mera lenda urbana. Para outros, são de fato um fenômeno ligado ao mundo oculto. Os neurologistas afirmam que é um evento ligado ao cérebro. 

Estudiosos ligados ao sono afirmam que a Paralisia é uma condição temporária que ocorre durante a fase REM do sono. 

Fases do Sono:

Nosso sono não é linear, mas se divide em fases. Podemos simplificar estas fases da seguinte forma; 

Estágio NREM (Non Rapid Eye Moviment – Sem movimentos oculares rápidos) – corresponde a 75% do tempo de sono, consiste em 5 fases. 1) Fase de sonolência; 2) Atividade cardíaca reduzida, queda de temperatura corporal; 3) Músculos relaxados, sono profundo e 4) Sono muito profundo. Estes ciclos duram 90 minutos e tendem a se repetir de 4 a 5 vezes por noite. 

Após a fase 4 retorna-se a fase 3, 2 e entramos no estágio REM. É no estágio REM  (Rapid Eye Moviment/Movimento ocular rápido) que ocorrem os sonhos. Esta é a fase que nos interessa aqui. 

O Sonhar:

Existem diversos tipos de sonhos os quais devemos observar. Primeiro e mais comum, tendemos a ter sonhos (ou pesadelos) plasmados a partir de nossas preocupações diárias. Ou seja, a maioria de nossos sonhos são reflexos do dia a dia, nossas aspirações, ansiedades, tristezas, alegrias e toda sorte de sensações refletidas durante o período 1 da fase de sono que se manifestam durante a fase REM de forma vívida. 

O segundo tipo são manifestações de nosso subconsciente. Aspectos da própria personalidade, questões existenciais profundas, mensagem daqueles recantos da mente onde somente nós podemos adentrar em nossa introspecção. Normalmente são sonhos surrealistas e completamente simbólicos. 

Para aqueles que adentram o campo do oculto, há mais três formas de sonhos que as pessoas normais tendem a colocar como meramente subconscientes. São eles os sonhos induzidos por entidades, os sonhos lúcidos de estados projecionais e os sonhos proféticos/oraculares. 

Aqueles que tem experiência prática com evocação/invocação de entidades tem conhecimento que não é incomum que estas energias, refletidas no corpo, induzem a sonhos simbólicos e mensagens durante o sono. É quando estamos abertos a estas energias que elas podem entrar em melhor contato conosco. O estado desperto, em nossas condições normais, dificulta em muito o contato com os planos etéreos. No estado REM de sono somos completamente suscetíveis a este contato; que nem sempre sendo positivo torna a proteção diária de um ocultista algo extremamente necessário, especialmente com banimentos noturnos e amuletos no quarto ou local de repouso. 

Os sonhos oraculares são ‘previsões’ ou ‘lapsos’ de eventos futuros. Complexos demais para serem tratados neste texto rapidamente, não adentrarei em pormenores. 

Por fim, temos os sonhos projecionais. Durante estes sonhos extremamente vívidos, nós temos pouco controle da situação. Normalmente nos achamos vagando em locais familiares, de valor emocional ou completamente estranhos a nós. Neste tipo de sonho tendemos a ter contato mais intenso com entidades e espíritos. 

A Paralisia do Sono:

A paralisia do sono ocorre quando nossa consciência retorna para o estado de vigília, mas nosso corpo permanece parado para que não nos machuquemos durante o estado de REM, ou seja, para que nosso corpo não reaja fisicamente enquanto estamos sonhando. É um estado ‘entre dormindo e acordado’. É este estado que os projecionistas tendem a induzir para alcançarem o Estado Vibracional (EV), onde sente-se de forma nítida as energias transitando pelas redes menores entre os grandes chakras do corpo. É uma sensação de forte dormência que antecede a separação entre o corpo e o perispírito. Quando lançamos a consciência no astral, ocorrendo a projeção de fato. 

Mas existe um outro fato que pode ocorrer durante a fase REM do sono e da paralisia. Ao despertar de nossa consciência ‘antes do corpo’ e na sensação de ter o corpo preso ou imobilizado, nosso cérebro pode computar as sombras no quarto como possíveis ameaças, fazendo com que nossos olhos e nosso corpo interpretem aquelas sombras ditas ‘normais’, como a porta do armário, o casaco pendurado ou a cadeira cheia de roupas como sendo de fato uma forma humana agressiva ou algo diabólico a espreita no quarto. Dessa forma, nos preparamos para uma possível ameaça, o corpo libera hormônios de defesa e ficamos prontos a uma reação, conduzidos pelo medo. 

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‘As Pessoas das Sombras’:

O extenso número de relatos desde a antiguidade gerados por esse fenômeno deu origem a uma famosa ‘lenda urbana’ (ou não?) conhecida como ‘As Pessoas das Sombras’. Essas silhuetas tendem a ser recorrentes nos relatos, sendo a maioria descrita como uma ‘pessoa encapuzada’ ou um ‘homem de chapéu’. O comportamento também é descrito como variável nos relatos, mas o mais comum é que se aproximem da cama e tentem tocar a ‘vítima’, sem chegar de fato a tocá-la, com raras exceções, onde as vezes a pessoa sente-se “sendo estrangulada”. A internet até hoje é abarrotada destes relatos, tanto dos antigos quanto dos que não param de surgir cotidianamente. 

Uma das lendas que acompanham o aparecimento do ‘Povo das Sombras’ é a do ladrão de fôlego, entidades sombrias que atacam suas vítimas durante o estado de paralisia e se sentam sobre seu peito para ‘roubar sua respiração’, causando imenso desconforto e pesadelos grotescos que assombram a vítima mesmo durante seu estado desperto. 

Em alguns estudos e relatos, pessoas em abstinência de drogas ou com distúrbios graves de sono, insônia ou longos períodos despertos também relatam o surgimento destas figuras, mesmo em seu estado de vigília. 

Não podemos afirmar o que cada uma destas entidades são, mas podemos categorizá-las. Não podemos ser egocêntricos a ponto de creditar tudo que vemos a nosso cérebro e imaginação, muito daquilo que testemunhamos é nossa consciência tentando computar uma experiência tangível. Assim também é com o Povo das Sombras. São uma forma de nosso cérebro plasmar um evento, uma energia, uma vibração que ocorre durante a paralisia. 

Mas em alguns casos também é uma forma de nosso cérebro interpretar entidades que estão entrando em contato, já que é um momento onde nosso corpo e mente habitam um limiar entre sonho e despertar, entre material e etéreo. Cabe a cada caso ser avaliado e interpretado como sendo reação química neural ou contato de fato entre éter e realidade tangível, requerendo um estudo profundo sobre o caso em particular para uma conclusão. 

Mas como somos um blog de esoterismo, deixarei aqui uma abordagem estritamente ocultista, para aqueles evocadores que desejarem ter uma experiência ligada a entidades das sombras em seu estado de vigília, induzindo uma experiência. Em um próximo post eu passarei técnicas de projeção astral, estado vibracional e evocação em estado de REM. 

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Invocando o Povo das Sombras:

As próprias sombras são portais para um local onde habitam diversas formas existenciais etéreas e infinitamente menos densas que a matéria física e tangível da qual somos formados.
Através da sincronia com a escuridão se pode entrar em contato com estes seres e entidades, e negociar ou se familiarizar com eles da forma que o magista entender que deve. Vale a pena lembrar que o uso de violência contra tais entidades pode ser desastroso, sendo muito mais proveitosa uma conversa e uma negociação.
Aqui será demonstrado o método de contatar tais inteligências, cabendo ao próprio ocultista descobrir os gostos, fraquezas e utilidades de cada uma delas em particular, através da mais pura prática.

Materiais:
-Uma vela branca e uma vela negra
-Espelho Negro

-Incensos relacionados a Lua

Ritual:

Antes do ritual, tome um banho de limpeza de sua preferência. Caso não queira usar ervas, utilize sal do pescoço para baixo. Isso fará com que suas energias fiquem menos densas e menos agressivas, facilitando a aproximação de entidades.
Realize o ritual somente durante a noite e em um local fechado, o mais escuro possível e após um banimento e limpeza energética intensa no local.
Trace um círculo e coloque à sua frente o espelho. Coloque a vela negra à esquerda e a branca a direita do espelho, e o incenso diante dele.
Respire fundo, sinta o cheiro da fumaça e concentre-se. Exale energia e imagine diante de si um vórtice de energia negra em meio à escuridão por trás do espelho. Quando se sentir pronto apague as velas e deixe o local imergir em escuridão. Busque com seus olhos o canto mais escuro do seu templo, onde as trevas estejam mais condensadas. Ali, visualize as sombras se juntando até formar uma imagem.
Então, busque contato com esta imagem que vier a sua tela visual, lembre-se das pequenas dicas sobre manter a tranqüilidade e um contato amigável. E boa sorte.

É sempre recomendável realizar um banimento após esta prática. 

Fonte do ritual: ‘Liber Cam-Azotz, o Livro do Deus Morcego’, por Azi Dahaka. 

Arauto do Chaos

129 y.f.

2019 Era Vulgar

Ba Nam I Âharman