sexta-feira, 15 de julho de 2022

Endocrinologia – Fígado

 

Endocrinologia – Fígado


O fígado é a maior glândula do organismo. Está situado no lado direito, exatamente sob o diafragma. Possui uma cor pardo-avermelhada e pesa uns 1.800 gramas. O seu tamanho é de aproximadamente 22 centímetros de largura, 17 de comprimento e 10 através de sua parte mais larga.

O fígado é chamado pelos médicos como o “órgão dos cinco”. Os cabalistas sabem que cinco é o número de Geburah, o Rigor da Lei. Alguns místicos dizem que nós temos o Cristo crucificado no fígado. Não há dúvida que aí se encontra o assento dos apetites e desejos. Partindo deste ponto de vista, podemos dizer que temos Cristo crucificado no fígado.

Fígado de Bronze achado em Piacenza, Itália – Museu Cívico

Essa glândula possui cinco lóbulos admiráveis, cinco grupos de condutos harmônicos, cinco vasos sanguíneos maravilhosos e cinco funções básicas. Este número cinco do fígado nos recorda a Lei do Carma, que pesa sobre todas as ações filhas do desejo e de todo mal. No fígado de bronze encontrado nas ruínas de Piacenza estavam gravados os 12 signos zodiacais. Isto nos convida a pensar nos cinco do fígado.

Dizem que os antigos astrólogos prognosticavam consultando o fígado. Observavam-no e prognosticavam. Todo o zodíaco do “Microcosmo-homem” tem suas próprias leis e seus signos escritos no fígado. Cada lóbulo do fígado vem dar a unidade de toda a estrutura do fígado e dá a unidade de funções hepáticas. Quando o biólogo estuda a glândula hepática, pode comprovar que cada um é um fígado em miniatura. Os lóbulos do fígado são massas de células admiravelmente unidas por um maravilhoso tecido conjuntivo.

Possuindo cinco ou seis lados formosos e perfeitos, cada lóbulo tem seu próprio sistema de vasos diminutos e belos suas próprias células que segregam e seus próprios canais. Um grupo de pequeninos lóbulos hepáticos forma todo um lóbulo do fígado e os cinco lóbulos constituem o próprio fígado. Essa é a Lei dos Cinco. As células do fígado segregam a bílis, tão indispensável à digestão das gorduras. O fígado produz a glicose tão necessária para os tecidos. Esse trabalho da transformação do açúcar em glicose é uma obra admirável de Alquimia.

Existe certa secreção interna do fígado que coordena a transmutação alquímica da glicose em glicogênio e deste em açúcar. O fígado controla as calorias do organismo e produz em seu laboratório alquímico uma substância chamada Antitrombina, que é uma substância indispensável para a formação de coágulos sanguíneos.

Todas essas cinco funções do fígado são fundamentais para a vida do organismo. Ele está encarregado de queimar, em seu laboratório alquímico, todas as células velhas e gastas, formando resíduos que são eliminados facilmente.

A artéria hepática proporciona ao fígado todo o sangue que necessita. O tecido conjuntivo que envolve o fígado chega a penetrar dentro do próprio órgão e o separa em cinco divisões perfeitas. Cada pequeno lóbulo é como uma ilha rodeada de uma multidão de vasos sanguíneos. A veia portal leva sangue venoso ao fígado ramificando-se em múltiplos vasos. Cada pequeno lóbulo do fígado tem sua veia própria e cada uma de suas células encontra-se em um tecido rico de diminutos vasos sanguíneos.

Existem também pequenas veias intralobulares. Cada célula do pequeno lóbulo do fígado recebe sangue venoso proveniente do estômago, baço, pâncreas e intestinos através da famosa veia portal que, como um rio de vida puríssima, leva alimento ao fígado.

As pequenas ilhas de células do fígado recebem seu alimento sanguíneo das veias intralobulares. Nada permanece sem vida no fígado; tudo recebe vida. Cada uma dessas células é um verdadeiro laboratório alquimista encarregado de transmutar sabiamente o alimento em substâncias valiosíssimas para as demais células do organismo.

Todo o sangue transformado sai pelas veias intralobulares e passa ao interior de um vaso chamado Veia Central. Todas as veias centrais deságuam nesse grande rio caudaloso conhecido como Veia Cava.

figado

As células hepáticas que vivem no fígado são como pequenos operários conscientes e inteligentes que têm de transformar muitas substâncias em bílis para ajudar a digestão. A bílis permanece na vesícula biliar até quando se necessita, então é esvaziada na secção duodenal do intestino delgado.

Os sábios do Hindustão veem clarividentemente sair da glândula hepática uma flor de lótus maravilhosa. É o chacra hepático.