A partícula de Deus
Quem disse que o espaço era a fronteira final não conhecia a capacidade do ser humano de ir mais além, que o homem tenta entender e explicar tudo, e que por isso não podemos especificar nossos limites.
Cientistas podem ter descoberto a “partícula de Deus”
A notícia recebeu grande destaque no Times de Londres, foi publicada com grandes títulos na imprensa americana, inclusive no New York Times, e mereceu a primeira página no Los Angeles Times. Não é para menos: se os fatos forem confirmados oficialmente, estará sendo aberto um mundo totalmente novo para a física, abrindo horizontes jamais imaginados, nem mesmo depois da Teoria da Relatividade.
A notícia foi dada inicialmente pelo Times, que publicou um texto com o interessante com o título: “A Semana Passada Mudou Tudo”. Durante mais de 20 anos, cientistas de todo o mundo estiveram procurando por uma partícula invisível que determinaria as propriedades básicas da matéria.
Conhecida como bóson de Higgs, acredita-se que ela seja uma parte vibratória do vácuo invisível que permeia todo o Universo.
Físicos do famoso Centro de Estudos e Pesquisas Nucleares (Cern) de Genebra, Suíça, anunciaram há poucos dias terem localizado os primeiros sinais de existência do bóson de Higgs. As evidências, segundo eles, ainda não são conclusivas, entretanto, a descoberta é considerada crítica para a física – não só por encerrar um capítulo da ciência, mas também por abrir uma porta para uma realidade completamente desconhecida pela Humanidade.
Há um mundo totalmente novo lá fora
“O bóson de Higgs não é apenas uma partícula”, disse o físico John March-Russell, do Cern. “Sua descoberta indica que existe um mundo totalmente novo lá fora.” Assim que os físicos conseguirem entender como ele atua no universo, eles serão capazes de responder a uma pergunta fundamental para a qual os antigos pensadores jamais ousaram tentar encontrar uma resposta: por que a matéria tem massa?
A descoberta de Genebra deve ser confirmada como uma das maiores conquistas da ciência em todos os tempos. O vácuo estrutura tudo o que existe no Cosmos e mantém a matéria sob sua influência. E o bóson Higgs – visto hoje mais como um campo que como uma partícula – é parte fundamental desse imenso “nada”.
Ele é como a água para os peixes, um ingrediente fundamental para o Universo. Tão fundamental que alguns físicos o chamam de “Partícula de Deus”.
Indícios desse bóson foram detectados, segundo a equipe de cientistas do Cern, no interior do acelerador de partículas de 30 quilômetros conhecido por LEP, durante um processo de colisão de partículas a altas velocidades. No começo de outubro, algumas trilhas, sugerindo a possível presença do bóson, deixaram excitados os físicos do Cern. Mas elas apareciam e desapareciam. No início do mês, entretanto, as evidências acumuladas foram suficientes para convencer os físicos.
Ainda há muitos céticos na comunidade científica, em relação à anunciada descoberta. Entretanto, se realmente o bóson de Higgs tiver sido descoberto, seu estudo poderá mostrar que o Universo é um lugar totalmente diferente do que se pensava até agora.
Blocos do universo
Bósons são apenas um tipo entre as quase inimagináveis pequenas partículas atômicas que, de acordo com a Física Teórica, são os blocos primordiais do Universo. Geralmente descritos como uma espécie de substância gelatinosa, os bósons de Higgs alteram as propriedades da matéria que viaja através deles. O que implica na existência da massa. Até pouco tempo atrás, a massa era considerada uma propriedade tão básica da matéria que os cientistas sequer ousavam perguntar de onde ela vinha – existia, e pronto.
A influência invisível dos bósons afetam o modo como as coisas se movem. Na verdade, dizem os físicos, a própria observação de que as coisas têm massa confirma que os bósons de Higgs existem. O problema, existente pelo menos até agora, era detectar sua presença em aceleradores de partículas e estudar suas propriedades. Para esse estudo, será necessário esperar a construção do acelerador maior e mais aprimorado, o LHD (Large Hadron Collider). Só com ele será possível observar melhor as “partículas de Deus” e vislumbrar, como dizem os físicos, “coisas incríveis num universo jamais imaginado”. Para quem já esperou tantos séculos, não custa esperar mais uns poucos anos.
Finalmente, a Partícula de Deus Foi Descoberta?
O bóson de Higgs ganhou este pomposo nome, “partícula de Deus”, no início dos anos 1990, após um físico, Leon Lederman (Nobel de 1988) lançar seu livro intitulado The God Particle (a partícula de Deus, em inglês), com a finalidade de explicar a teoria sobre o bóson Higgs para o público não especializado em ciência.
A nova partícula tem características “consistentes” com o bóson de Higgs, mas os físicos ainda não afirmam com certeza absoluta de que se trata realmente da “partícula de Deus”. Portanto, haverá mais pesquisas de coleta para novas evidências de que a partícula se comporta com as características esperadas.
As conclusões foram baseadas em dados obtidos no Grande Colisor de Hádrons (LHC, em inglês), acelerador de partículas construído pelo Cern ao longo de 27 quilômetros debaixo da terra, na fronteira entre a França e a Suíça.
Considerada a mais poderosa do mundo, foi construída especificamente para estudos de física de partículas, e a descoberta desta quarta é a mais importante que já foi feita lá até o momento.
Visão Esotérica do Átomo
Segundo o grande clarividente Charles Leadbeater, eminente membro da Sociedade Teosófica, ainda há muito o que pesquisar acerca da constituição interna da matéria, especificamente do átomo. Em seu imperdível livro Os Chakras, a última fronteira, segundo o Mestre Leadbeater, a última fronteira física do átomo seria o que pode chamar de Átomo Físico Ultérrimo. Vejamos o que esse Mestre ensina:
O átomo em si não é mais que a manifestação de uma energia. O Logos quis alojar a Sua energia numa forma determinada, a que chamamos de Átomo Físico Ultérrimo, e pelo esforço de Sua vontade se mantêm na referida forma uns 14 bilhões de borbulhas. Convém ressaltar o fato de que do esforço de vontade do Logos depende inteiramente a coesão das borbulhas em tal forma, de modo que se por um instante o Logos retirasse Sua vontade, se separariam as borbulhas, e todo o mundo físico cessaria de existir em espaço menor que o da duração de um relâmpago.
Eis por que, mesmo deste ponto de vista, o mundo inteiro não passa de uma ilusão, sem contar que as borbulhas constituintes do átomo são agulheiros no koilon, ou verdadeiro éter do espaço.
Portanto, a vontade do Logos continuamente exercida mantém em coesão os átomos, e ao examinar a ação desta energia volitiva, vemos que não penetra no átomo de fora, mas que surge de seu interior, o que significa que se infunde no átomo procedente de dimensões superiores.