quarta-feira, 8 de junho de 2022

POYEL é o oitavo da 7º ordem de anjos denominado como Coro dos Principados, situa-se na morada filosofal de número 56, rege o sendeiro 28, de Netzah a Yesod em sua trajetória de ida ou descenso pela arvore e de retorno pelo zodíaco.

 POYEL é o oitavo da 7º ordem de anjos denominado como Coro dos Principados, situa-se na morada filosofal de número 56, rege o sendeiro 28, de Netzah a Yesod em sua trajetória de ida ou descenso pela arvore e de retorno pelo zodíaco. 


1.1       Elementos constitutivos ou relacionados

Coro7 – Principados56 Poiel
Príncipe:Haniel.
Mundo do coro:3 – Yetzirah, Mundo de Formação, Mental – elemento Ar
Signo:Capricórnio.
Elemento zodiacal:Terra.
Relação/elementos:Fogo do Ar atuando sobre o Ar do Ar.
Relação/mundos:“Yod” do Mundo de Yetzirah sobre o “Vô” do Mundo de Yetzirah.
Velas: Verde ou rosa em cima e duas brancas em baixo.
Incenso:[Violeta, rosas, açafrão, almíscar, lavanda, dama da noite] e [Cânfora, murta, louro, arruda, eucalipto, hortelã, alecrim, patchouli, citronela, absinto].
Letras:Phê – Vau – Yod – Aleph – Lamed
Gemátria:80+6+10+1+30= 127 = 1+2+7 = 10 = 1+0 = 1
Arco: 276º a 280º graus da esfera zodiacal.
Invocação por domicílio:de 5 a 10° de Capricórnio ou 28 a 31 de dezembro.
Invocação por rotação:de 25 a 26 de Touro: “Yod” ou 17 de Maio;

de 7 a 8 de Leão: “He” ou 31 de Julho;

de 19 a 20 de Libra: “Vô” ou 13 de Outubro;

de 1 a 2 de Capricórnio: 2º “He” ou 24 de Dezembro;

de 13 a 14 de Peixes ou 4 de Março: quintessência.

Invocação pelo ciclo diário:  18:20:00 às 18:40:00 a partir da saída do Sol.
Invocação por conjunção: Quando           Vênus se encontra em um dos graus da Lua, ou seja, entre 8º a 9º, de 18º a 19º e de 28º a 29º de qualquer signo.
Atributo:Deus que sustenta o universo.
Nome da essência:SUSTENTAÇÃO, FORTUNA, TALENTO, MODÉSTIA.
Nome da Força:Inspiração Acumulada ou Concentrada.
Forças em ação:A força de Netzah que manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Yesod.
Sendero:28, de Netzah a Yesod em sua trajetória de ida ou descenso pela arvore e de retorno pelo zodíaco.

1.2               Palavras chaves:

QUALQUER COISA, sustentação, TALENTO, fortuna, MODÉSTIA, moderação, COMPORTAMENTO (fazer sua parte), INVULNERABILIDADE, saber filosófico e espiritual, renome, ESTIMA, fama, SAÚDE, popularidade, HUMOR AGRADÁVEL, OTIMISMO, expressão correta, ESPERANÇA – MAL EM BEM, rã-boi, cavalo-burro.

(-) AMBIÇÃO, cobiça, INVEJA, ganância, ORGULHO, presunção, ARROGÂNCIA.

1.3               Movimentação Sefirótica: Sete na nona posição

Ocorre quando Netzah atua em Yesod o veículo final a porta de saída, da comunicação de tudo quanto venha de cima.

Nos deparamos aqui com um adiantamento do processo já que as energias vão desaguar em Malkuth sem ter antes passado por Hod, neste mundo que este centro de vida é um “Vô”, trata-se, portanto, de uma gestação prematura. Então teremos um fruto que pulou etapas, uma maturação química, forçada. Temos aqui a figura do impaciente que deseja que suas pretensões se realizem de forma imediata. Nos deparamos ainda com o eterno insatisfeito que deseja uma realidade que é de um tempo distante, mais à frente.

Astrologicamente corresponde a posição de Vênus em Câncer.

1.4               Arcano – Mundo: Nove de paus no mundo de Yetzirah

Recebe o título de Senhor da Grande Força. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo terceiro decanato de Sagitário onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.

Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizara ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.

Aqui, as imagens vêm do Mundo das Emanações pelas vias de Netzah, a séfira que representa o terceiro ciclo, o “Yod” do Mundo de Yetzirah. Ocorre que as energias de Kether não podem descer diretamente a Yesod pois causaria danos tanto a Yesod quanto a Malkuth dada a intensidade e sutileza de suas energias de modo que passa por Netzah que é um “Vô”, mas também um “Yod” em seu mundo, de onde que recebe e direciona para Yesod.

Quando as energias de Kether passam por Netzah dá lugar a grandes realizações, fama, renome, fortuna. Um fluxo que beneficia a todos.

Estas imagens projetadas ao cérebro emitem um grande impulso, uma vontade grandiosa ao indivíduo.

Quando o nove de paus atua no mundo de Yetzirah o fará em seu próprio ambiente, o de exteriorização, dinamizando ainda mais os impulsos já relatados.

1.5              Virtudes concedidas:

1º.- Qualquer coisa que for solicitado, que se lhe peça.

2º.- A popularidade, renome, a riqueza, o saber filosófico e espiritual.

3º.- Poder se expressar corretamente.

4º.- Outorga um humor agradável, modéstia e moderação.

5º.- Protege contra o desejo de elevar-se presunçosamente sobre os outros.

1.6               Descrição Sefirótica:

POYEL é o oitavo da 7º ordem de anjos denominado como Coro dos Principados, situa-se na morada filosofal de número 56, rege o sendeiro 28, de Netzah a Yesod em sua trajetória de ida ou descenso pela arvore e de retorno pelo zodíaco. Trata das forças de Netzah responsável pelo gérmen do pensamento humano, pela vida dos sentidos aportando-lhes riqueza e exuberância e, neste ponto, manifesta seus fluxos mediante as pulsações de Yesod por onde são aportadas as imagens rumo a cristalização; o “Yod” do Mundo de Yetzirah sobre o “Vô” do Mundo de Yetzirah, Fogo do Ar atuando sobre o Ar do Ar. Nesta casa nos deparamos com a essência filosofal chamada SUSTENTAÇÃO, FORTUNA, TALENTO, MODÉSTIA, o conjunto de qualidades, propriedades e atributos que se dá quando o esplendoroso rosto de Netzah-Vênus, que tem em si incorporada as virtudes de Hesed-Júpiter e Hochmah-Urano se cristaliza em Yesod-Lua; derrama por completo as benesses da coluna da direita no centro produtor de imagens, projeta ao exterior a beleza interior ora acumulada que refletirá no espaço humano uma grande estima, as essências ora abordadas, sejam sabedoria, poder, renome, fortuna, etc. Trata-se de uma força de Inspiração Acumulada ou Concentrada, influência esta que se manifesta de modo tão contundente que faz com que o caminho apontado seja o seguido. Dessarte induz o comportamento que se adeque às séfiras da direita, que forneça em Malkuth o veículo adequado para sua manifestação, pois esta osmose energética é necessária para que estas pulsações possam projetar-se, faz-se necessário exercer os talentos abordados, utilizar-se destas forças, aportar esta Graça Divina. E como se trata de um Dom acumulado certamente que em algum momento esta força exigirá sua manifestação e, neste momento, o indivíduo toma consciência do que tem à disposição. Quando estas vibrações entram em ação nada e nem ninguém pode subjugar a pessoa portadora destas reações rítmicas já que conscientemente ou mesmo de modo inconsciente o indivíduo guiará a si mesmo aos seus santuários, seus invólucros naturais que o torna invulnerável, promove a resolução segura de grandes dificuldades, adversidades, sejam quais forem. Este Dom, Graça Divina, esta energia acumulada em Yesod é liberada quando se faz necessária, quando um impulso interno a solicita para a resolução de questões. Evidencia-se, então, um descarrego imediato deste cabedal da coluna da direita dando todo o suporte necessário ao socorrido. Daí vem o atributo, esta qualidade imbuída de poder denominado Deus que sustenta o universo.

POYEL e um dos Gênios mais queridos, mais sedutores, seja pela quantidade de suas benesses, seu socorro imediato, por seu temperamento e aqueles que o tem ativo em seu tema natal são considerados felizardos, portadores da Graça Divina. Contudo cabe esclarecer que esta feliz coincidência não é casual, mas o resultado de trabalhos anteriores, de outras existências. Esta maravilha decorre da incorporação das virtudes de Hochmah e Hesed, onde este é interiorizado e aquele exteriorizado por Netzah e, todo este néctar de bondade próprio da coluna da direita se derrama em Yesod – o centro produtor de imagens -, o exteriorizador por excelência, trazendo, deste modo, os mais belos e ricos presentes provindos do alto. Quando o indivíduo venha a exteriorizar estas virtudes encontrará no espaço humano o calor da recepção e, assim, será verá estimado por todos conforme dispõe o programa do Gênio.

É interessante notar que o quinquídio, se contado pelas casas terrestres, coincide com o natal e do mesmo modo o quarto senário deve coincidir ou encostar no solstício de verão. Época de dar e receber presentes. Exteriorizar o amor e também de receber carinhos. É quando o espirito de natal está mais ativo e é possível sentir esta energia mesmo àqueles que não acreditem, que pensem tratar-se de um mito.

Certa vez ao fazer um trabalho com o elemento Terra as entidades deste mundo nos informaram que o Papai Noel tinha algo haver com os Gnomos. Estes trabalhadores subterrâneos é que guardam as riquezas da terra. Bem, nas histórias, “mitos” de Papai Noel realmente aparecem estas criaturas. Na roda, mandala zodiacal, nos deparamos com POYEL no signo de Capricórnio que justamente está ligado ao elemento Terra.

Cumpre esclarecer que apesar da mitificação, pasmem: o espírito de natal realmente existe. Este arquétipo pode ser sentido por muitas pessoas no período de festas que marca o evento astrológico que é representado na terra como o nascimento do Cristo, e sua influência é bastante contagiosa. O salvador nasce entre animais que são a representação de nossos egos que devem ser trabalhados. A figura do bom velhinho está associado ao que podemos chamar de o Grande Pai, que na terra referem-se aos avós já que dão sem pedir nada em troca, nem criticar. O período em que as crianças passam com seus avós, o relacionamento saudável, é de grande valia para todo o resto da existência pois além das recordações afetivas detém a figura psicológica do recebimento em abundância de forma incondicional.

CASO:

No sincretismo arquétipo a entidade denominada como Santo Expedito e outros santos e entidades afins são associados a este Gênio. Lembro-me certa vez que estava em meu escritório particular e der repente apareceu Santo Expedito em vários lugares na casa e fora dela. Não entendendo porque a entidade aparecera sem que fosse feito qualquer pedido supus que estava arrumando alguma situação por algum ato de bondade espontânea diligenciado pelo meu subconsciente. Contudo ao tratar com minha esposa perguntei se estava fazendo algum pedido para Santo Expedito pois o mesmo estava aprendo pela casa, o que foi confirmado. Minha consorte se disse devota do santo.

Tudo leva a crer que Santo Expedito esteja ligado a esta alquimia energética; de algum modo me vem a certeza de que está ligado a POYEL. Ambos possuem o atributo de resolver as coisas rapidamente. O descarrego deste enorme fluxo de bondade pela coluna da direita em Yesod é uma característica desta pressa.                                  

1.7              Das virtudes concedidas:

1.7.1      Qualquer coisa que for solicitado, que se lhe peça.

Em Netzah nos deparamos com a fantástica sorte atribuída ao número 7, eis que, é a séfira que tem em si, no ponto de exteriorização, todas as benesses da coluna da direita. Neste ponto, quando se projeta sobre Yesod promove a materialização dos bens que a divindade nos envia a título de presentes, os dharmas, sejam eles, amor, fortuna, renome, saúde, vida, etc.. As pessoas portadoras desta energia são facilitadores destes canais e do mesmo modo trazem a prosperidade àqueles que cruzam seu caminho.

Como todos desejam carregar em si esta essência pode-se averiguar que os agentes de POYEL trabalhem o ano todo, sem cessar, características estas pertencentes aos Gnomos e muito bem reproduzidas nas histórias infantis. Diga-se de passagem, que um preguiçoso nunca poderá dominar sobre os Gnomos. Cabe ainda observar que POYEL é o último dos Principados e, portanto, sua manifestação vem a ocorrer no final de um ciclo que Cabalisticamente falando refere-se ao 2º “He”, o período da colheita, dos frutos. Isto quer dizer que a sorte provinda deste Gênio é o resultado de um trabalho já iniciado. Metaforicamente e aproveitando o dito popular podemos dizer que para ganhar na loteria é preciso antes ter adquirido o bilhete. Assim, para se receber a fortuna, o talento, a modéstia, etc., faz-se necessário haver passado pelo aprendizado, que pode ser mais ligeiro ou lento conforme o indivíduo, deve haver uma entrega sem limites (como são as benesses desta força) em prol a todos os valores humanos que nada mais são do que os atributos das grandes almas que superaram o orgulho, a soberba, a necessidade de demonstrarem ser mais do que aquilo que realmente são, o fruto natural de sua forma de ser. Lembremo-nos que estamos aqui tratando de um retorno da Lei de Ação e Reação, mas agora de suas benesses, do dharma.

Cabe ainda ressaltar a virtude de concessão a tudo o que for solicitado. Trata-se de fazê-lo em termos práticos, literalmente, ou seja, que se faça os pedidos, solicitações a quem de direito; em se tratando de Empresas que peça aos poderes públicos, representantes, autoridades, clientes, bancos, etc. Trata-se de um período extraordinário para a aquisição de renome, fama cujo impacto se refletirá, favoravelmente, durante muito tempo.

POYEL atua em nos meandros do processo יהוה – “Yod-He-Vô-He”, e nos prepara para o futuro, assim, em um primeiro momento de atuação, de 25 a 26° de Touro, coloca em nós as sementes de suas virtudes, as da futura fortuna, o futuro talento, o futuro renome e nos torna em um potencial que faculta interiorizar tudo o que é bom e útil que existe no o universo, trata-se, portanto, inicialmente de um trabalho interno. No segundo cenário, de 7 a 8° de Leo, enraíza, em nossa terra humana, as sementes. No terceiro momento, que une 19 a 20° de Libra, suas virtudes começam a florescer e já sentimos sua energia crescer em nos, somos receptores de fortuna, do talento, do renome, etc., No quarto cenário, de 1 a 2° de Capricórnio), passamos a colher os frutos do talento, da fortuna, sentimos agora com vigor o apoio das forças cósmicas e nos tornamos pessoas renomadas. Por fim em seu quinto momento, que une 13 a 14° de Peixes, manifestamos as virtudes desta energia, nos tornamos o Gênio que aportará aos demais, inicialmente as virtudes e posteriormente a fama, a popularidade, o talento, etc., seremos nós os sustentadores de nosso microuniverso, uma vez que o atributo de POYEL é Deus que sustenta o universo.

1.7.2      A popularidade, renome, a riqueza, o saber filosófico e espiritual.

Netzah é o resultado final do Mundo das Criações, o segundo “He” das operações efetuadas pelas séfiras no Mundo de Briah. Este segundo “He” manifesta-se exatamente na primeira séfira do Mundo de Formação sendo, dessarte, um produtor das imagens daquele Mundo.

Quando nos aventuramos em um escorregador percebemos que o movimento inicial é pequeno e aos poucos vai se acelerando enquanto o corpo desce pela lâmina com cada vez menos atrito.

Assim também nos vem as energias do alto. A medida em que descem, aceleram. E quando chegam a Netzah o vem com muita força. POYEL aproveita-se deste impulso e emite um raio a Yesod que possui a missão final de expressar este fluxo que vem do alto conforme seja sua função, ou seja, produtor de imagens. Dessarte, ao formar as imagens, os dons divinos que vem do alto e alberga-los em seu seio o faz de modo que apareçam encarnados na pessoa, mas de modo glamoroso, como a intensidade energética que vem ao encontro de Yesod.

Aquele que estiver preparado para receber este presente suntuoso, não será meramente nomeado para cargos medianos ou mesmo não possuirá uma fortuna mediana, mas o fara com largueza e o mesmo acontecerá com o conhecimento, a sabedoria, a filosofia…

Outros Gênios que concedem o renome.

  1. 1-6 LELAHEL Renome nas ciências e nas artes advindas da LUZ.
  2. 2-4 LAUVIAH Renome por talento próprio.
  3. 3->7 YEIAIEL: Renome para submeter os demais e no comércio.
  4. 7->9 POYEL: Renome providencial, por meios naturais.
  5. 9->6 ROCHEL: Renome provindo de legados.

 

1.7.3      Poder se expressar corretamente.

Seus pensamentos serão claros e, assim, se sucederá com sua expressão, expressar-se-á por intermédio de ideias/imagens poderosas, límpidas de modo que será compreendido por todos tornando-se o filósofo universal, que é compreendido por todos, inclusive pelas pessoas mais simples

Aqui também Netzah é o receptáculo das exteriorizações de inteligência de Binah, inclusive já amortecidas e equilibradas por Tiphereth ao passo que como já explanamos recebe toda a carga benéfica da direita, exterioriza o Amor-sabedoria de Hochmah é por um impulso extraordinário todo este conhecimento e projetado para Yesod que transforma tudo em imagem de modo que possa ser visualizado na tela da mente e cristalizado no mundo físico. A cristalização de modo verbal será, pois, feita com grande suavidade, elegância, suntuosidade já que tudo o que vem de cima antes de passar por Yesod conta com as graças de Netzah.

Outros Gênios que nos outorgam eloquência e expressão:

  1. 3->7 YEIAIEL: Facilita a verbalização das verdades, mesmo as mais duras de serem expressadas;
  2. 4->6 REIYEL: propagar a verdade oralmente, por escritos ou exemplo;
  3. 7->3 DANIEL: Expressar-se com eloquência;
  4. 7->7 NITHAEL: A claridade dos pensamentos se revelam na expressão de modo simples a todos;
  5. 7->9 POYEL: Poder expressar-se corretamente de forma clara e universal.

1.7.4      Outorga um humor agradável, modéstia e moderação.

O programa do Gênio indica que a pessoa nascida sob essa influência será estimada por todos, devido à sua modéstia, moderação e temperamento agradável; sua fortuna será devida a seu talento e à sua conduta.

Modéstia

Ser estimado por todos não é tarefa fácil, quanto mais tendo renome, riqueza, poder. Os ambiciosos que se estabelecem em postos de poder ou serão invejados por isso, ou se os odiará pelos abusos a que o poder está associado. O mesmo acontecerá com os homens de fortuna que alardeiam sua posição com seus esbanjamentos.

Façamos aqui uns parênteses para diferir a inveja da cobiça: Enquanto na cobiça desejamos aquilo que é de outrem, a inveja expressa um sentimento para que o outro não tenha algo ou que perca aquilo que possua, seja o que seja.

De outro lado a ambição refere-se a anseio veemente de alcançar determinado objetivo, sucesso, aspiração, pretensão, posição, cargo, etc. e pode tornar-se bastante doentia quando passa por cima das pessoas, prejudicando-as para se atingir aos seus anseios. A ganância é uma modalidade de ambição que tem sua sede nos lucros, no comércio, no ágio e, do mesmo modo causa danos ao outro.

Mas há um caminho para conviver com as benesses do renome, fortuna, poder sem machucar a si e aos outros. Para tanto, faz-se necessário possuir a modéstia, este grande bem que POYEL é o depositário e que ao preenchermos nossas alforjes espirituais nos trará grandes benefícios.

A modéstia é uma virtude Crística que nos aparta dos primeiros lugares nos atos públicos e nos leva a sermos os últimos de modo espontâneo. Nos apresenta isentos de vaidades, de maneira simples, despretensioso, moderado. Contudo, ser modesto não significa ocultar os atributos, os valores que nos foi concedido pela providência ou mesmo inibir-se seja em razão da timidez ou outro motivo, mas pelo contrário, são mostrados, mas de tal forma tão natural que não assombre ninguém que sejamos seus possuidores quanto menos cause a inveja, porque a vida que levamos é a de todos, sem desperdícios, esbanjamentos. A modéstia permite que o outro participe de nossos benefícios, está associado ao compartilhamento. Como exemplo básico de entendimento podemos citar que quanto damos uma festa, fazemos uma reunião de família, uma formatura, etc., todos os convidados participam, comungam entre si e conosco o nosso sucesso, promovemos que os participantes façam parte da casa, da família, etc. e daí vem a modéstia.

Outros gênios que tratam da modéstia:

  1. 4->9 VASARIAH: A simpatia, modéstia a amabilidade associado aos espíritos nobres e bondosos;
  2. 7->9 POYEL: Originado do compartilhamento do sucesso, da moderação, simplicidade;
  3. 8->7 IAH-HEL: Modéstia que vence a ambição.

 

Outros gênios que atraem a fortuna:

  1. 1->6 LELAHEL: Fortuna natural como resultado de um trabalho realizado;
  2. 3->7 YEIAIEL: Proporciona a fortuna pelo renome, boa imagem, divulgação;
  3. 4->8 LECABEL: Fortuna em razão do talento natural;
  4. 6->7 ARIEL: Descoberta de um filão inesgotável;
  5. 7->9 POYEL: Fortuna em razão do talento e conduta;
  6. 8->4 HARAHEL: Talento na bolsa de valores, especulações benéficas;
  7. 9->2 DAMABIAH: Fortuna por uma descoberta.

Moderação da conduta

As forças aqui consideradas, conforme já dispomos, acumulam-se em Yesod, assim, para faze-las manifestar-se em Malkuth faz-se necessário uma ação concreta que as traga para este plano. Cabe a nós oferecer o veículo adequado para tal propósito. O modo de fazê-lo é incorporar estas energias por intermédio do comportamento adequado.

A moderação nos leva a um comportamento físico, mental e emocional de modo a que as pessoas se vejam incluídas, a vontade no que fazemos ou decidimos, ocorre quando o outro sinta-se à vontade para fazer, pensar, sentir de forma diferente a nossa sem que haja a sensação de que nos gravita.

Por vezes ocorre a absorção de uma personalidade pela outra. Ocasionalmente estas absorções são de tal grau que a pessoa perde sua individualidade e passa a imitar o outro em seus comportamentos, gestos, palavras. Tem manifestações claras quando por exemplo entramos em um estabelecimento, escritório, órgão e percebemos que os colaboradores, servidores expressam a arrogância, a personalidade daquele que o comanda, o local que denuncia claramente a figura do ditador, déspota.

E por falar em decisão, por vezes nos deparamos com pessoas que não aceitam a opinião do outro, contradize-las seria quase um insulto, uma ofensa e, deste modo, ficam com sua razão, sua verdade e o outro se abstém de fazê-lo – propor sua posição e, portanto, fica com as suas idéias para si no intuito de evitar inconvenientes. Trata-se de atitudes imoderadas já que a moderação é uma virtude que nos mantem na exata medida, que nos torna comedidos e, portanto, leva em consideração a opinião alheia.

O que ocorre com os pensamentos também o é com os sentimentos, ou seja, sentem com exclusividade deixando o outro na zona do erro. Não há como arrazoar com ditas pessoas pois em sua presença ou no que as tange estamos condenados a estar errados, a não ter razão mesmo antes de que os argumentos sejam emitidos.

O desejo imoderado de protagonismo, seja ele consciente ou inconsciente, esta carência de moderação traz o isolamento de modo que até mesmo as pessoas mais íntimas se afastam, se desviam de seu caminho já que não deixa espaço para os demais.

Humor agradável

O humor tem sua origem em Hesed que é portador do otimismo – já que recebe todas as benesses do triangulo Logoico em razão de ser o segundo “He” do mesmo é igualmente a nova semente do segundo mundo – e também de Hochmah que denota a esperança. Netzah é filha de Hesed, assim, interioriza suas virtudes. De outro lado é a exteriorizadora das esperanças de Hochmah. Neste escopo podemos concluir que Netzah e portadora do humor formado em partes iguais de esperança e de otimismo. Virtudes estas colocadas à nossa disposição, imediatamente, quando POYEL emite o raio que une Netzah a Yesod.

O bom humor, os otimismos são dissipadores dos pensamentos pessimistas, das inquietudes, eis que remove com facilidade os dramas, os medos, deixa o espírito livre, favorece a intuição necessária para a solução dos mais intrincados problemas.

Astrologicamente, podemos dizer que, os pontos de POYEL são lugares privilegiados no zodíaco, que faculta o mal transmutar-se em bem, já que se trata de um fluxo direto de aplicação imediata das correntes da coluna da direita.

Quando a Lua nova caia nestes pontos, ou seja, quando Sol e Lua se encontrem nos pontos de POYEL ou mesmo quando transite planetas lentos sobre ele se iniciam os períodos de regência deste Gênio.

Outros Gênios que transmutam o mal em bem:

  1. 7->9 POYEL: Aplicação direta do otimismo, esperança, das benesses da coluna da direita;
  2. 9->2 DAMABIAH Eleva nosso nível espiritual e converter o mal em algum benefício;
  3. 9->3 MANAKEL: Nos dá o conhecimento do bem e do mal, alerta da voz interior.

Talento

O programa de POYEL indica que que sua fortuna será devida a seu talento e à sua conduta. Ou seja, para desfrutar da fortuna de modo adequado, sem causar danos deverá observar sua conduta. Esta conduta trata-se das energias que são representados pelas séfiras da direita.

Para que uma força venha a expressar-se necessita de um receptáculo ideal que a acolha. Basta lembrar que toda a energia está depositada em alguma forma criada por Binah, séfira onde se localiza o Grande Arquiteto, o Demiurgo. Sem a forma ideal as energias ficam soltas. Basta ver que antes da criação a terra estava vazia e sem forma.

Gênesis 1:2 E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

Assim, para incorporarmos uma determinada força faz-se necessário uma subsunção a estas energias. O comportamento é uma forma de adequá-las. Dessarte, nos incluirmos em algo maior atuando como uma Unidade, vibrando nas mesmas frequências. O comportamento é o que Carlos Castañeda nominava como a “Impecabilidade do Guerreiro” que a definia como: “o uso apropriado da energia” pelo controle, disciplina, paciência, oportunidade e vontade no intuído de se livrar da vaidade.

É por isto que as entidades de baixo, os indivíduos de baixo nível não podem adentrar aos reinos superiores, já que vibram em diapasão com os mundos infernais. Quando as criaturas do baixo reino são invocadas ou evocadas o sacerdote do abismo coloca-se em pé de igualdade com as energias requisitadas e pode até ter a visão do tártarus, do que ocorre naqueles mundos, sua consciência é tracionada para aqueles domínios. Cabe aqui alertar que quando miramos para o abismo e abismo está mirado em nós. Mas ter a visão do subterrâneo não é o pior, talvez nem assustador, cruel mesmo e sentir aquelas vibrações tétricas. Talvez, quem sabe, uma visão do hades não seja um impulso suficiente para não querer voltar mais àquele reino.

Por motivos diversos, pelo uso das energias subterrâneas que violam as Leis do Universo alguns indivíduos indignos podem chegam ao poder, a fortuna. Ocorre que todos aqueles que alcançaram o ciclo humano de existências tem o direito de usufruir dos esforços dispensados anteriormente, inclusive o livre arbítrio para utiliza-los indignamente, é claro atendendo-se os limites de suas inevitáveis consequências, já que ao saímos do Absoluto, onde impera uma única Lei, a do amor, de imediato nos deparamos com a dualidade.

De outro lado, a fortuna concedida por POYEL reflete um dom Divino de modo que o comportamento do indivíduo deverá refletir expressamente as virtudes da colona da Direita na medida em que exerça seus Talentos. A medida em que exercemos nossos talentos, em nossa vida diária, os vazios internos vão sendo preenchidos, no caso, com as energias de POYEL. Ao exercer suas virtudes, resplandecerá seus méritos.

“Mateus 25:14-30 Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da terra, [longe] chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, [Valia um talento alguns seiscentos cruzados] e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade, [conforme a sua faculdade, ou possibilidade] e ausentou-se logo para longe.

E, tendo ele partido, o que recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.

Semelhantemente também, o que recebera dois granjeou também outros dois.

Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do seu senhor.

E, muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e fez [ajustou] contas com eles.

E chegando o que tinha recebido cinco talentos, trouxe-lhe outros cinco talentos, dizendo: Senhor, entregaste-me cinco talentos; eis aqui outros cinco talentos que ganhei[granjeei] com eles.

E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te porei; [colocarei;] entra no gozo do teu senhor.

E, chegando também o que tinha recebido dois talentos, disse: Senhor, entregaste-me dois talentos; eis que com eles ganhei[granjeei] outros dois talentos.

Disse-lhe o seu senhor: Bem está, bom e fiel servo. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.

Mas, chegando também o que recebera um talento disse: Senhor, eu conhecia-te, que és um homem duro, que ceifas onde não semeaste e ajuntas onde não espalhaste; e, atemorizado, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu.

Respondendo, porém, o seu senhor, disse-lhe: Mau e negligente servo; sabias que ceifo [cego] onde não semeei e ajunto onde não espalhei; [derramei]

devias, então, [por isso mesmo te convinha] ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros. [ou usura, ou onzena]

Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem os dez talentos.

Porque a qualquer que tiver, ser-lhe-á dado, e terá em abundância; mas ao que não tiver, até o que tem lhe será tirado.

E ao servo inútil, lançai-o nas trevas de fora:[exteriores] ali será o pranto e o ranger de dentes.”

Quando exercemos nossos talentos, Netzah nos permite chegar a sabedoria profunda de Hochmah e aos domínios de Hesed. Então carrega em si as energias da sabedoria e do poder. Logo as acompanham, também, o renome e a fortuna que são dons próprios de Netzah. O que temos que fazer é simplesmente colocar as forças em movimento conforme já o indicamos.

As energias de POYEL são tão poderosas que mesmo havendo uma quadratura, uma oposição qualquer a estas energias, em um momento ou outro há de manifestar-se positivamente. Assim, quando haja extrema adversidade a ativação destas forças proporcionara a superação segura das dificuldades, quaisquer que sejam.

Não importa a natureza das tempestades, este poderio abrigará o indivíduo, de modo que o mal cessará, não por mero ato de magia, já que a tradição é clara ao afirmar que tudo se resolverá graças ao talento e a conduta. Isto significa que a força 56 aportará a inspiração que se manifestará com tanta força que mesmo uma pessoa débil, tonta seguirá os impulsos. Contudo, se em decorrência do despreparo do indivíduo, ocorrer que intuição, o impulso não seja seguido tudo quedará em frustração, em algo que com certeza poderia ter sido, mas não o foi.

Os santuários naturais destas forças como de qualquer das demais em estudo encontram-se nos pontos de Invocação por domicílio, Invocação por rotação, Invocação pelo ciclo diário e Invocação por conjunção, podemos ainda nos acercar das pessoas que nasceram sob estas influências. São os espaços onde podemos solicitar auxílio nas adversidades.

Outros Gênios que trabalham em prol a Meritocracia em oposição ao nepotismo:

  1. 2->6 MEBAHEL: Restabelece a ordem interior, fazendo com que tudo caminhe normalmente;
  2. 2->9 HEKAMIAH: Lealdade as coroas, governantes, íntegros, legítimos;
  3. 3->2 CALIEL: Meritocracia Ketheriana e de acordo com a Lei;
  4. 7->2 VEHUEL: Promove o reconhecimento e a conversão em grandes personagens;
  5. 7->7 NITHAEL: Promove a estabilidade em razão da legitimidade e meritocracia;
  6. 7->9 POYEL: Meritocracia em virtude dos talentos exercidos, postos em movimento.

1.7.5        Protege contra o desejo de elevar-se presunçosamente sobre os outros.

          O lado negativo da força

Se o Gênio de cima vela pela modéstia, boa conduta sua contraparte abismal privilegia o orgulho, a ambição, influência sobre todos os que se levantam como mestres e querem elevar-se acima dos demais, assim termina seu programa.

Quando as manifestações de POYEL resultam desequilibradas, destorcidas, em excesso ou carência emergem o orgulho e a ambição. O que é um Dom de Deus passa a ser tido como um talento pessoal, a modéstia que caracteriza a conduta positiva faz com que o indivíduo se veja como um Deus que deve ser adorado por seus sequazes, temos aqui a figura do mitômano o indivíduo que se diz iluminado sem que haja liberado sua essência das garras do ego.

ambiçãoorgulho, a inveja são os estimulantes que remetem os indivíduos as baixas regiões do subconsciente já que não conseguem alcançar a celebridade, o renome, a fortuna por meios naturais. Dessarte passam a minerar as regiões abismais. Não podendo galgar as alturas, remetem o próximo às profundidades a fim de sentirem-se superiores. Suas atitudes são no sentido de maltratar, rebaixar, pisotear os demais, subjuga-los de alguma maneira para preencher o incomodo vazio de não estar por cima.

A ambição hoje é vista como uma qualidade valorizada pela sociedade, pelas empresas, etc… As empresas fazem testes para seus futuros executivos, gerentes a fim de detectar a existência ou a carência de ambição que é valorizada e tida como lícita. Quando em verdade afundam toda a moral, destroem as pessoas e o mundo em que vivem, se necessário, para alcançar suas “metas”.

A valorização equivocada da ambição dá-se em razão de a confundir com os impulsos emanados de nosso Real Ser. Para galgar os altos postos, para subir na vida não é necessária a ambição já que nossas qualidades internas nos situam exatamente no ponto do universo onde é o nosso lugar, onde devemos estar, o lugar que e nosso por direito.

A ambição nos faz tomar atitudes odiosas a fim de tomar o lugar que pertence a outro. Utiliza-se da manipulação de pessoas, da fofoca, da mentira, da desconstituição da imagem do outro, da magia negra e quando se consegue chegar ao lugar pretendido tudo fica instável e se foi difícil subir tanto o mais será se manter no lugar usurpado, isto sem contar as decisões equivocadas, o mal causado ao redor.

Cada pessoa tem sua posição no universo tal qual as engrenagens de um relógio. Quando estão todos em seu lugar as coisas funcionam e, funcionam bem. De outro lado quando uma peça é posta em um local equivocado todo o aparelho entra em colapso.

Assim, quando colocamos a ambição, que é oriunda do ego animal, acima da Vontade emanada de nosso Real Ser, negamos a nós mesmos e entramos em processo de autodestruição. Não causamos danos somente a nós mesmos, mas também destruímos o que está em nosso entorno que tem relação conosco, seja pelo que deixamos de fazer ao não seguir nossos impulsos internos, seja por estar em um local em que não deveríamos ocupar.

Para ser mestre dos demais não basta auto proclamar-se como tal, eis que um dia estes falsos mestres do abismo, sacerdote, etc., serão postos à prova e, então, colocados em seu devido lugar.

No campo espiritual, quando as entidades começam a nos chamar de mestres ficamos espertos e guardamos isto para nós mesmos, este segredo íntimo, com o intuito de nos precavermos do orgulho, da perigosa vaidade que nos aniquila. Pois quando for necessário, o mestre se revela ao mundo, sem alardes, isentos de vaidades, de maneira simples, despretensiosa, moderada, tão naturalmente que passe despercebido, no o intuito de manter sua integridade psicológica, evolutiva.

A sabedoria ensina que o anonimato, o isolamento nos permite realizar nossas práticas com o mínimo de influências externas. Ao analisarmos arcano 9, que representa a esfera de Yesod, percebemos que o sábio se cobre com um manto de lã até a cabeça para se livrar das energias, das pulsações, sentimentos, pensamentos exteriores enquanto parte em sua jornada para seu mundo interior.

Fábula infantil da rã que quis se inchar até ser como o boi

Certa vez, uma rã, pequena, do tamanho de um limão que se encontrava em uma lagoa viu um boi se aproximar da lagoa em que se encontrava para beber agua.

O tamanho do animal chamou a atenção do anfíbio que ao vê-lo corpulento cobiçou estar do mesmo tamanho.

Assim, decidiu-se inchar até ficar do mesmo tamanho.

A medida que inchava perguntava a suas companheiras se já estava do mesmo tamanho, e então respondiam:

– Não (as companheiras).

– E agora?

– Ainda não (as companheiras).

– E aí, conseguiu?

– Falta muito, há, há, há (as companheiras).

Foi inchando, inchando até que a rã chegou ao ponto de explodir.

Anedota do burro que queria ser cavalo.

Era uma vez um burro que andava descontente com a vida. Moído e cansado de tanto trabalho, decidiu mudar a sorte. Vendo as benesses concedidas aos cavalos pensou em tornar-se um. Esse animal, imaginava ele, é um privilegiado desde o dia em que nasceu. Assim, iniciou os preparativos para a importante metamorfose.

A primeira providência foi marcar uma conversa com um cavalo. Após confirmada a audiência, lá se apresentou o burro.

– Bom dia! Amigo, irmão, eu…

– Em primeiro lugar não sou seu amigo – cortou o cavalo – e muito menos seu irmão. Antes de mais nada, coloque-se em seu devido lugar. E, por favor, apresse-se, que tenho outros compromissos. Não posso perder meu tempo à toa.

– Bem, é que… que… eu queria… uma… informação, mas…

– Mas, o quê? Volveu o cavalo, adivinhando-lhe o pensamento, postulou:

– Quem pretende subir deve primeiro pagar o preço. Até logo, e não me apareça mais neste escritório. Aliás, você devia era estar trabalhando! Burro!

Decepcionado, o burro voltou para casa. A ideia, contudo, nem por um momento lhe saía da cabeça. Não podia desanimar, precisava subir na vida. Mas, de que jeito? Matutou, matutou até que achou melhor mudar a estratégia.

Transformou-se num burro exemplar. Não perdia a oportunidade mostrar-se subserviente, solicito, sobre seu lombo levava inclusive a carga dos Cavalos. A recompensa não se fez esperar, foi amplamente citado e até ganhou o concurso de “burro-modelo. Recebeu, das mãos do Sr. Puro Sangue, uma vistosa medalha de ouro.

Entretanto, o burro permanecia insatisfeito, embora sentia-se superior aos companheiros, seus pares. Ocorre que sua carga fora duplicada, e a fadiga ameaçava prostrá-lo de vez. Haveria de encontrar um outro caminho. Assim, tornou-se um bajulador. Pôs-se a bajular tudo que era cavalo que lhe aparecia pela frente. Preparava-lhes o pasto, desmanchava-se em sorrisos e mesuras. Transformara-se, em pouco tempo, numa espécie de sombra do cavalo-chefe. Todavia, mais uma vez não teve sucesso.

Percebendo a submissão, os cavalos sobrecarregaram-lhe dia-a-dia, com mais e mais pesos excessivos. Tinha que cumprir todas as tarefas com um eterno sorriso nas ventas, como um perfeito idiota. Com essa “disponibilidade” sempre presente e imediata, a vida tornou-se lhe uma verdadeira escravidão. Mas não se deu por vencido. Havia de encontrar outro jeito.

Então teve outra ideia: E se tentasse imitar o cavalo? Não pensou duas vezes. Copiou-lhe o elegante relinchar, o caminhar garboso e alguns outros costumes. Como se, à força da imitação, chegasse a ser semelhante a ele. Mas isso só fez piorar a situação. Pois, além de continuar levando vida de burro, ainda precisava dar voltas à cabeça, aparentando o que de fato não era. Por mais que buscasse uma identificação, não podia afastar de cima do lombo a carga que o oprimia cada vez mais. De resto, não suportava mais essa existência de falsidade que o forçava a usar uma permanente máscara.

Desiludido de todos esses esforços, achou por bem se juntar aos de sua própria classe. Soube, um dia, de uma assembleia de burros e, embora se sentindo um estranho, resolveu comparecer.

Inicialmente sentiu uma paz e leveza interior já que estando junto aos seus nada mais, além do que era, sê-lhe fora cobrado. Mais do que as palavras, uma coisa o impressionou profunda e vivamente, eis que, sentia-se mais do que um cavalo já que deixou de negar seu Ser interior! Essa sensação nova, nasceu no mais íntimo do ser, revolveu-lhe as entranhas, tomando conta de toda sua existência. Viu-se, desse modo, transformado num ser superior àqueles cujos passos procuravam em desespero imitar e aprendeu a lição: é necessário ser verdadeiramente burro, para chegar a ser mais do que um cavalo.

Parafraseado de um texto de autoria desconhecida.

 

1.8        Escrituras56 Poiel

“S. 145:14 (144-14) samech sustentat  Dominus omnes corruentes  et erigit universos iacentes.

O Eterno sustenta a todos os que caem, e levanta a todos os abatidos…”

 

1.9              Oração

“POYEL: Deus que Sustenta o Universo.

POYEL: Quero que os meus lábios expressem, Senhor, tão só o que é digno;

quero que o meu verbo descubra aqueles que desejem ouvir a profundidade de Sua Obra;

quero que, como em Ti, todos os que em mim procuram socorro encontrem sustentação.

Vivifica, Senhor, a minha palavra;

fazei com que ela possa abrir largas perspectivas;

que com ela possa iluminar insondáveis abismos.

Fazei com que através de mim se expressem suas mais elevadas virtudes.

Fazei-me, Senhor POYEL, o construtor, na Terra,

dessa cidade eterna que Tu hás edificado no céu”.

 

1.10          Exortação

“Eu Te concedi, peregrino, a faculdade de expressar se, de forma convincente.

Quero que estrutures na terra minha ordem, minha norma,

que ponhas o branco nos espaços reservados ao branco

e o negro nos espaços reservados ao negro.

Porás a luz onde deve estar a luz e as trevas no marco reservado a elas.

Separarás igualmente os sentimentos da razão,

de forma que uns não invadam

o espaço do outro.

Quando sua vida termine, peregrino, tudo deve estar em seu lugar,

em perfeita ordem, em perfeita harmonia.

Conseguirás tudo isso com o poder mágico da palavra,

e quando voltes para mim,

renderás contas das palavras vãs que tenhas pronunciado.

Se não podes estar em sintonia comigo,

cale-te, busca-me me no silêncio e, como Jó,

me encontraras quando seus lábios se fechem”.

Oração e exortação de Kabaleb.

 

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A CABALA DE HAKASH BA HAKASH

Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO III

Schemhammephorasch  שם הםףורש