quarta-feira, 1 de junho de 2022

Um médium umbandista , que assiduamente comparecia às giras , deixou de participar de suas atividades no terreiro, sem comunicar a ninguém.

 Um médium umbandista , que assiduamente comparecia às giras , deixou de participar de suas atividades no terreiro, sem comunicar a ninguém.

Nenhuma descrição de foto disponível.Um médium umbandista , que assiduamente comparecia às giras , deixou de participar de suas atividades no terreiro, sem comunicar a ninguém.

Depois de algumas semanas, um irmão de corrente integrante desse terreiro decidiu visitá-lo. Era uma noite muito fria, o irmão de fé o encontrou em seu apartamento, sozinho, sentado diante da churrasqueira da sacada, assando alguns poucos pedaços de carne para o seu jantar, onde o fogo estava brilhante e acolhedor.

Adivinhando o motivo da visita, deu-lhe as boas vindas, e, aproximando-se da churrasqueira, ofereceu-lhe uma cadeira e ficou quieto, esperando.

Nos minutos seguintes, houve um grande silêncio, pois os dois homens somente admiravam a dança das chamas em volta dos pedaços de carvão que queimavam.

Depois de alguns minutos, o irmão de corrente examinou as brasas que se formaram e cuidadosamente escolheu uma delas, a mais incandescente de todas, empurrando-a para fora do fogo. Sentando-se novamente, permaneceu silencioso e imóvel.

O anfitrião prestava atenção a tudo, fascinado e também quieto.

Dentro de pouco tempo, a chama da brasa solitária diminuiu, até que após um brilho discreto e momentâneo, seu fogo se apagou em um instante mínimo.
Dentro de pouco tempo, o que antes era uma festa de calor e luz, agora não passava de um frio, morto e preto pedaço de carvão, recoberto de uma camada de cinza espessa.

Nenhuma palavra tinha sido pronunciada por ambos desde a chegada daquele irmão de fé.

Antes de se preparar para ir embora, o irmão movimentou novamente o pedaço de carvão já apagado, frio e inútil, colocando-o novamente no meio do fogo.
Quase que imediatamente voltou a desprender-se uma nova chama, alimentada pela luz e o calor das labaredas dos outros carvões em brasa e ao redor dele.

Quando o irmão de fé se aproximou da porta para ir-se embora, seu anfitrião lhe disse:
OBRIGADO PELA SUA VISITA E PELO BELÍSSIMO SERMÃO... Retornarei ao terreiro, que sempre me faz muito bem...

Moral: aos irmãos de santo de um terreiro:
Visitas entre irmãos apenas para beber, comer, levar ou buscar fofocas em nada agregam no convívio espiritual, o real companheirismo que verdadeiramente importa, e sempre vale a pena lembrar que todos os membros fazem parte da "CHAMA" do grupo e que separados do mesmo perdem todo seu brilho.
Vale a pena sempre lembrar-lhes que também são responsáveis por manter acesas as chamas do "ENCONTRO" entre cada um dos seus membros e de promover a união entre todos eles, para que o fogo seja sempre realmente forte e duradouro. Uma família de santo se mantém com a chama acesa quando os membros não esquecem que todos são importantes e estão todos juntos no mesmo barco da vida.
Cada madeira que constitui o feixe não é igual e nem queima da mesma forma, porém, o conjunto emite luz intensa e aquece muito mais a todos e o ambiente em que convivem.
Juntos, somos fortes!

Texto:(retirado da net)