sexta-feira, 10 de junho de 2022

A LENDA DAS 13 MATRIARCAS "Aquela que anda com firmeza" é a Mãe da inovação e da perseverança.

 A LENDA DAS 13 MATRIARCAS


"Aquela que anda com firmeza" é a Mãe da inovação e da perseverança.


Nenhuma descrição de foto disponível.A LENDA DAS 13 MATRIARCAS

"Aquela que anda com firmeza" é a Mãe da inovação e da perseverança. Ela nos ensina o uso adequado da vontade e do poder para modificar as circunstancias da vida pela ação pessoal, sem depender dos outros para agir, afirmando nossa auto-estima e auto-suficiência.Esta lua, tem a dádiva de inspirar um mensageiro para os aspectos espirituais da vida. A adaptabilidade e a capacidade de viajar em silêncio em lugares de maiores medos.

Para aprender a focalizar as energias, a ser mais sensível a elas e a desenvolver habilidades de cura .

Esta Lua ensina sobre a força de transformar o seu mais íntimo ser, trazendo todas as lições que se tenha aprendido. Ensina sobre a extensão da própria energia, habilidade para criar mudanças, curiosidade, desejo de verdade, adaptabilidade, paciência, tenacidade, ambição poder e a deixar nossa marca bem penetrante."

A LENDA

Ao longo dos tempos, entre os Kiowa, Cherokee, Iroquois, Sêneca e em várias outras tribos nativas norte-americanas, as anciãs contavam e ensinava, nos "Conselhos de Mulheres" e nas "Tendas Lunares", as tradições herdadas de suas antepassadas. Dentre várias dessas lendas e histórias, sobressai a lenda das "Treze Mães das Tribos Originais", representando os princípios da energia feminina manifestados nos aspectos da Mãe Terra e da Vovó Lua.

Neste momento de profundas transformações humanas e planetárias, é importante que todas as mulheres conheçam este antigo legado para poderem se curar antes de tentarem curar e nutrir os outros. Dessa forma, as feridas da alma feminina não mais se manifestarão em atitudes hostis, separatistas, manipuladoras ou competitivas. Alcançando uma postura de equilíbrio, as mulheres poderão expressar as verdades milenares que representam, em vez de imitarem os modelos masculinos de agressão, competição, conquista ou domínio, mostrando, assim, ao mundo um exemplo de força equilibrada, se empenhando na construção de uma futura sociedade de parceria.

Como regentes das treze lunações, as Treze Matriarcas protegem a Mãe Terra e todos os seres vivos, seus atributos individuais sendo as dádivas trazidas por elas à Terra. O símbolo da Mãe Terra é a Tartaruga e seu casco, formado de treze segmentos, simboliza o calendário lunar.

Conta a lenda que, no início da no nosso planeta, havia abundância de alimentos e igualdade entre os sexos e as raças. Mas, aos poucos, a ganância pelo ouro levou à competição e à agressão, a violência resultante desviou a Terra de sua órbita, levando-a a cataclismos e mudanças climáticas. Em conseqüência, para que houvesse a purificação necessária do planeta, esse primeiro mundo foi destruído pelo fogo.

Assim, com o intuito de ajudar em um novo início e restabelecer o equilíbrio perdido, a Mãe Cósmica, manisfestada na Mãe Terra e na Vovó Lua, deu à humanidade um legado de amor, perdão e compaixão, resguardado no coração das mulheres. Para isso, treze partes do Todo representando as treze lunações de um ciclo solar e atributos de força, beleza, poder e mistério do Sagrado Feminino. Cada uma por si só e todas em conjunto, começaram a agir para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo do perdão e da compaixão que iriam redimir a humanidade. Essa promessa de perfeição e ascensão iria se manifestar em um novo mundo de paz e iluminação, quando os filhos da Terra teriam aprendido todas as lições e alcançado a sabedoria.

Cada Matriarca detinha no seu coração o conhecimento e a visão e no seu ventre a capacidade de gerar os sonhos. Na Terra, elas formaram um conselho chamado "A Casa da Tartaruga" e, quando voltaram para o interior da Terra, deixaram em seu lugar treze crânios de cristal, contendo toda a sabedoria por elas alcançada. Por meio dos laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade que une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura das pessoas. Cada uma das Matriarcas detém uma parte da verdade representada, simbolicamente, em uma das treze ancestrais, as mulheres atuais podem recuperar sua força interior, desenvolver seus dons, realizar seus sonhos, compartilhar sua sabedoria e trabalhar em conjunto para curar e beneficiar a humanidade e a Mãe Terra.

Somente curando a si mesmas é que as mulheres poderão curar os outros e educar melhor as futuras gerações, corrigindo, assim, os padrões familiares corrompidos. Apenas honrando seus corpos, suas mentes e suas necessidades emocionais, as mulheres terão condições de realizar seus sonhos.

Falando suas verdades e agindo com amor, as mulheres atuais poderão contribuir para recriar a paz e o respeito entre todos os seres, restabelecendo, assim, a harmonia e a igualdade originais, bem como o equilíbrio na Terra.

Conta-se que há milhares e milhares de anos a Terra era o próprio paraíso. Os humanos viviam em paz e equilíbrio com todos os outros seres da criação, havendo respeito entre homens e mulheres e entre os diferentes povos. Porém, mesmo vivendo em plena harmonia, surgiu, não se sabe de onde, uma pequena semente de ganância que se plantou nas mentes e corações dos seres humanos. Essa semente germinou à medida que os homens começaram a tirar o ouro do ventre da terra, pois eles acreditavam que fosse a própria luz do Pai Sol materializada e que quem possuísse mais dessa luz teria mais poder e reinaria sobre os outros.

O desejo de poder e de dominação apoderou-se dos humanos. Não mais havia harmonia entre as raças. Atos de violência começaram a proliferar, uns contra os outros e contra os animais. Queimavam-se florestas inteiras e envenenavam-se as águas, até que a Terra foi completamente destruída, consumida pelo fogo. Mas essa destruição trouxe também purificação e, para que uma nova humanidade pudesse renascer e recuperar o equilíbrio perdido, a Mãe Terra concedeu o amor, o perdão e a compaixão, resguardados nos corações das mulheres.

Assim, durante o ciclo de um ano, 13 aspectos da totalidade da sabedoria da Mãe Terra foram trazidos para o mundo visível com a ajuda da Avó Lua. A cada lua cheia, a luz prateada da Avó Lua tecia seus fios e materializava uma mulher, uma Mãe do Clã. Cada uma delas detinha um conhecimento particular, um ensinamento especial para ser transmitido aos filhos e filhas da Terra. Elas criaram uma irmandade que trabalhou com a mais pura dedicação para devolver às mulheres a força do amor e o bálsamo da compaixão. A Casa da Tartaruga, como foi chamado o conselho das Mães dos Clãs, compartilhava sua sabedoria para a cura da Terra, da alma das mulheres e para o restabelecimento do equilíbrio entre todos os seres.

O treze é o número da transformação e das lunações ao longo de um giro da Mãe Terra ao redor do Vovô Sol. Depois de cumprirem sua missão, elas voltaram para o ventre da Mãe Terra. Deixaram registrada toda sua sabedoria em 13 crânios de cristal de quartzo que foram guardados em locais sagrados de diversos pontos do mundo.

Por meio dos laços de sangue dos ciclos lunares, as Matriarcas criaram uma Irmandade que une todas as mulheres e visa a cura da Terra, começando com a cura das pessoas. Somente curando a si mesmas é que as mulheres poderão curar os outros (…) Apenas honrando seus corpos, suas mentes e suas necessidades emocionais, as mulheres terão condições de realizar seus sonhos.”

1ª lunação:
Mãe da Natureza. Aquela que ensina a verdade e fala com todos os seres.
Guardiã das necessidades da Terra. Ela nos mostra o parentesco entre todos os seres da criação, nos ensina a respeitar o ritmo e o espaço sagrado de cada manifestação de vida e a ter cuidado conosco e com a Mãe Terra. Ela é a conexão entre todas as formas de vida.
Cor laranja, que representa eterna chama do amor existente em toda a criação.
Palavra-chave: pertencimento.

2ª lunação:
Mãe da Sabedoria. Aquela que honra a verdade e guarda os conhecimentos antigos.
Guardiã da Sabedoria. É protetora de todas as Tradições Sagradas e da Memória. Ela tem uma grande conexão como Povo das Pedras, pois esses têm registrado todas as experiências já vividas pela Mãe Terra. Ela nos ensina a honrar a Verdade em todos os Sagrados Pontos de Vista. Em sua sabedoria, compreende que existe verdade em todas as formas de vida.
Cor cinza, que representa imparcialidade, amizade e a aceitação da presença e verdade alheia, sem querer impor nossos próprios pontos de vista, valores e conceitos.
Palavra-chave: tolerância.

3ª lunação:
Mãe da Verdade. Aquela que avalia a verdade e ensina as leis divinas.
Guardiã da Justiça. Ensina os princípios da Lei Divina, o equilíbrio, a lei de ação e reação, a aceitação da verdade e o reconhecimento da nossa força e fraqueza, focalizando as qualidades e possibilidades para expandir a nossa essência.
Cor marrom, que representa o solo fértil da Mãe Terra e a conexão da Terra com as leis divinas.
Palavra-chave: compaixão.

4ª lunação:
Mãe das Visões. Aquela que vê a verdade em tudo e enxerga longe.
Guardiã das Profecias. É a que guia os espíritos durante os sonhos e as viagens astrais e ensina como compreender os símbolos das visões e os sinais que a vida apresenta. Ajuda o buscador a desenvolver a visão interna e avaliar as oportunidades e opções através da intuição. Embarcar na viagem interior, superar o medo pela confiança.
Cores pastéis, que representam a projeção da verdade em todos os matizes.
Palavra-chave: confiança na intuição.

5ª lunação:
Mãe da Quietude. Aquela que ouve a verdade e escuta as mensagens.
Guardiã do Silêncio. Ensina como silenciar para ouvir as mensagens da natureza, dos espíritos, dos Mestres, dos homens, dos nossos corações. Precisamos ouvir os pontos de vista de todos para aprender e progredir, discernindo a verdade das mentiras criadas como defesas.
Cor preta, que representa a busca de respostas e o silêncio necessário para encontrá-las.
Palavra-chave: silêncio.

6ª lunação:
Mãe da Fala. Aquela que fala a verdade e conta histórias que curam.
Contadora de Histórias. Ensina a falar sempre com o coração, dizer a verdade, mas com amor e sem incluir nossas projeções pessoais e os julgamentos a priori. Usar o humor para afastar os medos, equilibrar o sagrado com o profano, preservar a sabedoria dos ancestrais e a tradição oral.
Cor vermelha, a cor do sangue, que contém no DNA a sabedoria do legado ancestral.
Palavra-chave: poder da palavra.

7ª lunação:
Mãe do Amor. Aquela que ama a verdade em todas as manifestações da vida.
Guardiã do Amor Incondicional. Ensina a compaixão e o amor em todas as manifestações da vida (nosso corpo, nossos prazeres, respirar, comer, andar, brincar, trabalhar, amar, dançar).
Cor amarela (Avô Sol), que ama todos os filhos igualmente, sem julgar seus comportamentos e permitindo que eles passem pelas lições da vida arcando com as consequências dos seus erros ou escolhas prejudiciais.
Palavra-chave: desapego.

8ª lunação:
Mãe da Intuição. Aquela que serve à verdade e cura os filhos da Terra.
Protetora dos Mistérios da Vida e da Morte. Ensina as artes de curar e conhecimento sobre os ciclos da natureza, cura as feridas do corpo e da alma. Rege os momentos de passagem do nascimento à morte.
Cor azul, que representa intuição, verdade, harmonia, água e emoções.
Palavra-chave: auto-cura.

9ª lunação:
Mãe da Vontade. Aquela que ensina como viver a verdade.
Guardiã das Gerações Futuras e dos Sonhos. Rege a direção Oeste, lugar do princípio feminino. Ela ensina como olhar para dentro de si e encontrar a verdade pessoal, a encarar o futuro sem medo e manifestar os sonhos na Terra.
Cor verde, que representa a verdade.
Palavra-chave: futuro.

10ª lunação:
Mãe da Criatividade. Aquela que ensina como trabalhar com a verdade.
Guardiã da Força Criativa. Ela ensina como expressar nossa criatividade, desenvolver nossas habilidades e materializar nossos sonhos e idéias, destruindo as limitações e saindo da estagnação. Para materializar nossos sonhos devemos ter o desejo de criar, decidir fazê-lo e tomar as medidas necessárias para usar a força vital.
Cor de rosa.
Palavra-chave: autoexpressão.

11ª lunação:
Mãe da Beleza. Aquela que caminha com verdade, altivez e firmeza.
Guardiã da Liderança. Ensina a termos orgulho das nossas realizações, afirmar nossa auto-estima, criar nossa reputação pela nossa integridade e conhecimento. Traz novas idéias aos caminhos e verdades dos ancestrais. É a criadora da tradição da Tenda da Lua.
Cor branca, do uso adequado da vontade e autoridade e o lema é ‘pratique aquilo que fala’.
Palavra-chave: autoestima.

12ª lunação:
Mãe da Coragem. Aquela que louva a verdade e ensina a gratidão.
Guardiã da Abundância. Ela ensina a agradecer por tudo que recebemos da vida, abrindo espaço para a futura abundância. Através de testes e lições progredimos na nossa senda, não importa quais os desafios e as dificuldades, devemos agradecer por estas oportunidades que nos permitem desenvolver a nossa força interior. Ela nos mostra o valor do dar e receber e a celebrar a vida e louvar as bênçãos.
Cor púrpura.
Palavra-chave: gratidão.

13ª lunação:
Mãe da Transformação. Aquela que se torna a visão e ensina a mudança.
Guardiã dos Ciclos de Transformação. Ela é a síntese das qualidades das outras 12 Mães, mais do que a soma de todas elas, é aquela que realiza sua Orenda (missão espiritual) e cria um Sistema de Saber. Ela ensina como passar através das lições e mudanças para evoluir espiritualmente, sem nos deixar desviar pelas ilusões, buscando sempre a realização da essência do Ser.
Cor cristalina e luminosa, como os raios lunares e o brilho dos crânios de cristal.
Palavra-chave: realização.

Meditação para entrar em contato com as Matriarcas

Para entrar em contato com a Matriarca de qualquer lunação, sente-se confortavelmente, sozinha ou em grupo, e transporte-se mentalmente para uma planície longínqua. Ande devagar por entre os arbustos e diferente tipos de cactos, nascendo do chão pedregoso. O ar está calmo, o silêncio quebrado apenas pelo canto de alguns pássaros. Veja o Sol se pondo, colorindo o céu nos mais variados tons de dourado e púrpura. No meio dos arbustos, você enxerga uma construção rudimentar de adobe, meio enterrada no chão, lembrando o casco de uma tartaruga. Ao redor, há um círculo de treze índias, algumas idosas, outras jovens, vestidas com roupas e xales coloridos e enfeitadas com colares e pulseiras de prata, turquesa e coral. A mais idosa bate um tambor, as outras cantarolam uma canção que lhe parece familiar. Uma delas lhe faz sinal para que você se aproxime e você a segue respeitosamente.

Sabendo que chegou à Casa do Conselho, onde receberá apoio e orientação, você entra na estranha construção de teto, por uma abertura, descendo por uma escada rústica de madeira. Ao descer a escada, você se percebe dentro de uma Kiva, a câmara sagrada de iniciação dos povos nativos. As paredes estão decoradas com treze escudos, cada um ornado de maneira diferente, com penas, símbolos, conchas e fitas coloridas. O chão de terra batida está coberto de ervas cheirosas e algumas esteiras de palha trançada. No fundo da Kiva, você vê duas pequenas fogueiras, cuja fumaça sai por duas aberturas no teto. Esses fogos cerimoniais representam os dois mundos – o material e o espiritual – e as aberturas representam os canais ou “antenas ” que permitem a percepção dos planos sutis. A fumaça representa o caminho pelo qual os pedidos de auxílio e as preces são encaminhados para o Grande Espírito.

No centro, perto de um caldeirão, está sentada a Matriarca que você veio procurar. Ajoelhe-se e exponha-lhe seu problema. Ouça, então, sua orientação sábia ecoando em sua mente. Peça, em seguida, que ela toque seu peito, acendendo assim o terceiro fogo, a chama amorosa de seu próprio coração. Sinta o calor de sua benção curando antigas feridas e dissolvendo todas as dores, enquanto a chama lhe devolve a coragem, a força, a fé e a esperança. Agradeça à Matriarca pela dádiva que lhe devolveu seu dom inato e comprometa-se a restabelecer os vínculos com a Irmandade das mulheres, lembrando e revivendo a sabedoria ancestral. Despeça-se e volte pelo mesmo caminho, tendo adquirido uma nova consciência e a certeza de que jamais estará só, pois a Matriarca da Lunação de seu nascimento a apoiará e guiará sempre.
Pesquisado e editado por Gustavo Castilho Marques e Negah San
Fonte: Anuário da Grande Mãe