terça-feira, 3 de maio de 2022

APETRECHOS DE TRABALHO X ADORNOS DE VAIDADE Todo tema em que tratamos falar de Umbanda como um todo, sempre irá esbarrar em insatisfação por parte e alguns, isso se da pela polaridade de entendimento do culto de Umbanda.

 APETRECHOS DE TRABALHO X ADORNOS DE VAIDADE
Todo tema em que tratamos falar de Umbanda como um todo, sempre irá esbarrar em insatisfação por parte e alguns, isso se da pela polaridade de entendimento do culto de Umbanda.


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Todo tema em que tratamos falar de Umbanda como um todo, sempre irá esbarrar em insatisfação por parte e alguns, isso se da pela polaridade de entendimento do culto de Umbanda.

Mas podemos exercitar (sem Julgar) o bom senso da racionalidade das coisas.
Vemos e ouvimos muitos exageros por terreiros em todo o Brasil; ficarei neste caso, restrito aos apetrechos utilizados pelos guias em forma de “ferramenta” de trabalho.

Apetrechos de trabalho pode-se dizer que é tudo aquilo que atua no campo magnético e/ou psíquico, tais como:
Guias de contas, terços, cocares, patuás, pembas, cuité, cachimbo, charutos, velas, facas e punhais, capas e cartolas (com Exu), chupetas e brinquedos (com Ibeijada) etc... Tudo isso faz parte de uma tradição que podemos traduzir como FORMATO DE TRABALHO.

O Médico psiquiatra de quase nada se utiliza de apetrechos de trabalho, enquanto um Médico cirurgião usa uma gama sem fim de apetrechos de trabalho. Ambos são médicos, mas ha variante da utilização de apetrechos, isso se da pela função especifica de cada área atuante.
Igualmente são nossos Guias, para cada área de atuação (Missão) terá seus apetrechos de trabalho de acordo.

Então qual seria a desordem deste tema?

A VAIDADE que remete ao exagero!

O Cocar que um “caboclo usa”, quando passa de algo simbólico e de tamanho proporcional com a sua função (manter uma identidade) e passa para penachos volumosos grandes e multicoloridos, que nos lembram imediatamente escolas de samba. Isso seria um indicio forte de ADORNO e não mais APETRECHO DE TRABALHO.

Guias ou colares de contas são variadíssimos e cada escola tem sua própria forma de usa-las.
Contudo vemos alguns membros de fé com guias com pedras monstruosas de grande, com múltiplos balangandãs que podem até impressionar ao leigo, mas que cai no ridículo aos olhos de quem conhece fundamentação; piorando isso é a quantidade de Guias em um único pescoço; já tive a oportunidade de estar em um local que o “Médium” tinha entorno de 30 a 35 Guias (o numero é impreciso porque é até difícil de contar!) e se não bastasse, ainda trabalham do inicio ao fim com estes “500 quilos” de pedrinha de vidro; sim por que sinceramente não passam de bijuterias em alguém que quer impressionar outros alguéns!
Paramentos (roupas) que usamos para vibrar/identificar certas entidades. Cada escola tem a sua particularidade. Há as que usam somente o branco, a as que usam paramentos para Exus, há casas que usam paramentos diferenciados para cada linha. Isso é perfeitamente aceitável.

Mas a coisa passa a desandar quando vemos estes Paramentos virarem desfiles de moda:
“Caboclos” com roupas riquíssimas cheios de lantejoulas e etc..”. ´
“Pretos velhos” com toalhas bordada a ouro e cores que mais lembram baianas de escola de samba, o tradicional “Carijó” nestas casas nem aparecem!
“Exus” com paletó e sapatos de grife, para ficar melhor nada de Marafo, mas sim uísque importado, se não for o Exu não vem!
“Bombogiras” com salto agulha 16, chapéus que mais parecem barracas de praia e vestidos com valores próximo ao absurdo.
“Ibeijadas” vestidas a caráter, mas chega-se ao cumulo de usar fradas!

E porque e pra que tudo isso?
Porque em muitos casos é por ignorância e falta de conhecimento, mas na sua grade maioria é VAIDADE pura, puríssima.

Para que?
Para aplacar suas frustrações e emoções e tendo como desculpa o “Guia” e a outro lado que é o “IMPRECIONISMO”, onde o neófito em muitos casos fica vislumbrado com as coisas que olham (mas não enxergam!).
Umbanda meus caros amigos, é antes de tudo caridade, amor e simplicidade. Quando se distancia muito deste trino, esta deixando de ser Umbanda, pelo menos na sua Essência maior, que é a EVOLUÇÃO ESPIRITUAL de cada individuo no culto