O terceiro Decanato de Sagitário refere-se aos graus que vão de 20 a 30 do signo, ou seja, os nascidos entre 10 a 19 de dezembro (aproximadamente). No plano planetário é regido por Júpiter por encontrar-se em analogia com o próprio signo de Sagitário
Elementos constitutivos ou relacionados
Nome divino: | ויהה VYHH | |
Arcanjo: | אדוכיאל Advakiel | |
Anjo: | Sameqiel םמקיאל | |
Anjo regente da casa: | םויעםאל Suyasel | |
Anjo do decanato: | אבוהא Aboha | |
Gênios dos quinquídios: | 53. 7->6 Nanael e 54. 7->7 Nithael | |
Nome hebraico – Signo: | Sagitário (Samekh), Fogo/Ar do Fogo וי | |
Força ativa do signo: | Binah | |
Força ativa do Decanato: | Yesod | |
Elementos concorrentes: | Ar do Ar do Fogo | |
Relação/mundos: | Vô do Vô de Yod ou pensamento do pensamento de Vontade ou Yetzirah de Yetzirah de Atziluth | |
Tribo: | Benjamim | |
Apóstolo: | Santiago – Tiago | |
Planeta regente do signo: | Júpter | |
Planeta do decanato: | Júpiter | |
Posição zodiacal: | 3º decanato de Sagitário | |
Velas: | 1 branca e duas azuis | |
Incenso: | [noz-moscada, cravo, café, etc.] e [cânfora, murta, louro, arruda, eucalipto, hortelã, alecrim, patchouli, citronela, absinto, etc.] | |
Letras: | Zain – Zain -Resh | |
Gemátria: | 7+7+200 = 214 = 2+1+4 = 5 | |
Invocação por domicílio: | de 20 a 30° de Sagitário ou 12 a 21 de dezembro | |
Invocação pelo ciclo diário: | 17:20 às 18:00 h. a partir da saída do Sol. | |
Invocação por conjunção: | Quando Júpiter se encontra no 3º decanato de Sagitário. | |
Forças em ação: | As forças de Júpiter se expressam pelo signo de Sagitário ou ainda Ar do Ar do Fogo; as forças de Binah se expressam pelas vias do Ar do Ar pelas configurações de Yesod-Gêmeos. | |
Sendeiro: | Pelo signo: 4, de Hesed a Hesed; gênio 4->4: YERATHEL. Pela árvore: Subsendeiro de Hesed a Binah; gênio 4->3: HAAIAH. |
Terceiro decanato de Sagitário
O terceiro Decanato de Sagitário refere-se aos graus que vão de 20 a 30 do signo, ou seja, os nascidos entre 10 a 19 de dezembro (aproximadamente). No plano planetário é regido por Júpiter por encontrar-se em analogia com o próprio signo de Sagitário, o terceiro signo do Fogo; o terceiro decanato de Sagitário é o Vô do Vô dos signos de Fogo e, no Taro, é o domicílio do nove de Paus. Na ordem sephirótica Binah exerce privilégio sobre ele, por ser o terceiro signo do elemento Fogo, e em segundo lugar, o Decanato, é regido por Yesod (nona Séfira da Árvore Cabalística, que corresponde a Lua) por ser o nono Decanato do elemento.
O Gênio do Decanato é אבוהא Aboha que poderá ser invocado ou evocado para sanar tudo que seja de seu atributo neste interstício ou mesmo de interesse do nativo em sua senda evolutiva, quanto mais em seu período de manifestação. Trata-se de Decanato Vô do signo de Sagitário que é um signo Vô-Yod, Ar do Fogo וי, de modo que dará lugar a trabalhos próprios deste signo. Corresponde ainda ao mundo Cabalístico das emanações.
Vimos até aqui que em Áries penetram os desígnios divinos, que em Leão eles se interiorizam e em Sagitário a fermentação Leonina é exteriorizada.
Quando tratamos de Deus, nos vem o entendimento de que estre construtor do universo pode operar milagres a seu bel-prazer, transgredindo suas próprias leis, se tal for sua vontade, mediante um simples estalo de dedos. Contudo não é bem assim pois a Vontade deve encontrar sua terra fértil nos sentimentos, ser moldada nos pensamentos e plasmar no mundo físico para alterar qualquer coisa que seja. Deste modo para atuar no plano terreno a divindade precisa das mãos do homem, habitante deste plano, para mover estas estruturas. Se essas mãos humanas não são apropriadas a seus propósitos, então faz-se necessário descer uma partícula do alto, que de algum modo é ele mesmo – eis que a parte e o todo se comunicam quanticamente, para encarnar-se neste plano, como fez com seu enviado o Cristo Jesus, para mover as coisas na Terra, posto que já não era possível fazê-lo desde o céu.
O homem de Sagitário, e mais particularmente o do terceiro Decanato é o exteriorizador que atua como um ministro da Divindade, a longa mão do absoluto para alterar a criação – é claro que em seu grau de consciência correspondente -, como um operário ao serviço do Criador do Universo, embora não tenha alcançado o nível evolucionário suficiente para ser o instrumento consciente da Divindade, assim, a título de executor inconsciente este nativo realiza sua obra. Cumpre esclarecer que essa inconsciência se refere aos trabalhos específicos de sua presente existência, e que este peregrino pode ser bastante consciente dos realizados e aprendido em etapas anteriores.
O Sagitariano do terceiro Decanato será sempre o veículo do amor ou da lei divina, um redentor, seja lá onde ou como atue, eis que, se por um lado Júpiter-Hesed traz a esse indivíduo o amor de Hochmah para que o derrame a seu redor, por outro lado, sendo um terceiro Decanato Binah expressa nele sua lei através de Yesod, a Sephirah ativa neste terceiro Decanato do Zodíaco. Neste sentido podemos dizer que há em Sagitário, uma inibição da vontade, de seus desejos em prol dessa emanação superior que transita pelo indivíduo e o impulsiona à sublimidade. Em razão disto ora manifestam-se como portadores de bondade e, em outro tempo, são os instauradores de rigorosa justiça. Qualquer que seja o modo serão sempre os mensageiros da Divindade.
Ao nascerem sob o signo de Aries, estes nativos atuaram como 1. executores, eis que plantaram as sementes do desígnio divino a realizar em outra vida; quando nasceram em Leão 2. interiorizaram essas sementes em sua terra humana, e agora, desde Sagitário, se dispõem a fazer 3. florescer esse antigo desígnio, proposto em Aries, a fim de que na terra, as coisas acontecem como no céu (…que seja feita a vossa vontade, assim na terra como nos céus – Pai nosso). Estes nativos do terceiro Decanato são, pois, os instauradores de uma nova ordem, de uma nova civilização, e ver-se-ão muitas vezes perseguidos pela antiga ordem e seus representantes que eles, com suas atitudes, suas energias, tornam caduco. Não é cômodo nascer neste Decanato porque a exemplo de todos os precursores, haverão de viver perigosamente.
Para que algo possa acontecer no exterior primeiro haverá de ocorrer por dentro, de modo que essa revolução no mundo externo que os nativos de Sagitário vêm a propor, experimentarão essas mudanças, com todas as crises que comportam antes em sua própria terra humana, no seu próprio organismo, seja no físico quanto no anímico. Daí que sua saúde será fragilizada pois enquanto o velho não apenas morrer o novo não aparecerá, não nascerá e poderá passar muito mal.
Ocorre muitas vezes do Sagitariano do terceiro decanato não conseguir realizar internamente sua revolução, porque as forças arcaicas são muito ancoradas nele mesmo daí vem o sofrimento interno e externo. No intuito de vencer estes obstáculos, esse aborto em seu propósito transcendente o tornará uma pessoa agitada, que precisa se mover constantemente de modo que será o grande viajante (as longas viagens estão relacionadas a este signo) que vai colonizar, explorar outras terras, montar negócios no exterior, dedicando-se freneticamente a atividades como a importação e a exportação. Seu Real Ser pretende mostrar-lhe que é em seu interior que se deve promover as grandes mudanças e, se não poder realizá-los em termos internos, fá-lo-á no exterior, movendo-se sem cessar de um lado para o outro.
Entre os ofícios que se encontram estes nativos podemos destacar os médicos, os magistrados, os moralistas, os filósofos, na administração da justiça, os que encaminhem a sociedade através da moral e do raciocínio, na carreira diplomática, nas altas esferas do poder civil e religioso (Sagitário tem relação com as religiões em razão das influências de Hesed-Júpiter). Seus bons serviços nestas áreas ajudam para que o mundo não sucumba ao caos.
Seriam necessários mais Sagitarianos na terra para mantê-la em equilíbrio. Em épocas particularmente perversas, a necessidade do mal que os homens criaram com suas atitudes impede que a Divindade nos envie seus avatares e o número destes nativos ficam reduzidos. Então nesta penúria, os Sagitarianos do terceiro Decanato e Deus, encontram-se privado de mover seus desígnios no universo físico. De outro modo, quando estes nativos são reis, chefes de governo, ministro, altos executivos, isso significa que Deus manipula os assuntos humanos do alto e que o mundo, seja ele evidente ou não, avança para o bem.
Na estrutura de seu tema, Capricórnio aparece na Casa II, o do dinheiro. Capricórnio é signo de Terra, de realidades materiais, por isso os Sagitarianos estão destinados a acumular uma grande fortuna (inclusive por influência de Hesed), mas sua influência é exercida no ciclo final da vida, ou seja, a fortuna lhes virá tarde e dela se aproveitarão de seus sucessores. Embora ganhem muito dinheiro, o que ganham gastam, isto porque constantemente estão sonhando com novas empresas, não mais para ganhar dinheiro, mas para enriquecer em experiências.
No amor, buscam inconsciente o drama, porque se a Casa XII de seu signo, de Escorpião, é a da exploração dos sentimentos, o que significa dificuldades, e podem acabar escolhendo uma pessoa complexa e violenta que lhes amargará a vida.
No que concerne à saúde, em geral é boa, porque o setor que a rege, a Casa VI se encontra em Touro, que é o mais tranquilo e estável dos signos do Zodíaco.
Os bons aspectos sobre este setor anunciarão que o nativo atenderá os desígnios de seu Real Ser, sentirá ser o mandatário de uma força que o ultrapassa e se oferecerá voluntariamente a ela, primara pela feliz execução dos propósitos divinos, será a aceitação, por parte do indivíduo, de sua missão.
Os maus aspectos, pelo contrário, indicarão que a missão será, dolorosa, rigorosa, que exercerá seu desígnio em condições tensas, dramáticas, anunciarão a rebeldia por parte da pessoa, que não compreende nem a sua missão, nem a sua utilidade. Pode até se tornar a mão esquerda da Divindade, algo como o anjo da morte, um portador de fatalidade.
A principal virtude deste nativo é sua inteligência aberta para o além, para o que está por vir. Seu principal defeito, sua suficiência, que os leva a querer ter razão acima de tudo, a não ouvir o outro.
Carta do Tarô: Nove de paus
Recebe o título de Senhor da Grande Força. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a posição da Lua transitando pelo terceiro decanato de Sagitário onde manifesta seus fluxos mediante as roupagens deste signo regido por Hesed-Júpiter que o influencia e sob as pulsações do regente deste decanato que é a Lua.
Neste ponto, Kether o primeiro ponto de partida na Arvore e no zodíaco, o centro produtor de iniciativas, a essência divina, expressa-se por intermédio de Yesod o centro produtor de imagens, que reflete tudo o que foi trabalhado pelos demais centros. No mais, o resultado desta alquimia se exteriorizará ainda pelo tom prismático de Hesed, o coordenador deste subciclo evolutivo.
O Nove de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos noves, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Yesod no plano espiritual (Yesod em Yod).
Aqui, as imagens vêm do Mundo das Emanações pelas vias de Netzah, a Sephirah que representa o terceiro ciclo, o “Yod” do Mundo de Yetzirah. Ocorre que as energias de Kether não podem descer diretamente a Yesod pois causaria danos tanto a Yesod quanto a Malkuth dada a intensidade e sutileza de suas pulsações de modo que passa por Netzah que é um “Vô”, mas também um “Yod” em seu mundo, de onde recebe e direciona para Yesod.
Quando as energias de Kether passam por Netzah dá lugar a grandes realizações, fama, renome, fortuna. Um fluxo que beneficia a todos.
Estas imagens projetadas ao cérebro emitem um grande impulso, uma vontade grandiosa ao indivíduo, espetacular, como em um palco e que ensejará a realização culminação de suas empresas. Os que o rodeiam perceberão uma porta aberta a um mundo maravilhoso.
Apesar das boas novas, ao trabalhar com os noves cumpre ter em conta as posições das demais cartas, observar se as forças espirituais não estão obstaculizadas durante a sua descida, de modo a dificultar a chegada ao cérebro as emanações de cima, o que dificultará o cumprimento da ordem que emergiu das emanações e poderá levar o indivíduo a situações de fracasso ou retardar a coroação de sua empresa.
Palavras chaves: 9♣ Senhor da Grande Força, empresa espetacular.
(Reta) Final de luta, vitória moral, decisão favorável, paz;
(Invertida) Atrasos, suspenção, lentidão, obstáculo, adversidade, calamidades.
Carta do Tarô: Dez de Paus
Recebe o título de Senhor da Opressão. Refere-se ao elemento Fogo e astrologicamente corresponde a relação e/ou transição entre Sagitário e Câncer. Neste ponto o Amor-sabedoria de Kether expressa-se por intermédio de Malkuth o reino material, o mundo do meio.
O Dez de Paus é o Yod (יהוה “Yod-He-Vô-He”) do quaternário dos dez, deste modo, possui uma relação com Kether o iniciador supremo, o primeiro, que está acima de todas as coisas e refere-se à influência de Malkuth no plano espiritual (Malkuth em Yod). Os dez de Paus, por ser o Yod, indica uma transição do elemento Fogo que termina com o elemento Água (He) que se inicia.
O naipe de Paus são os símbolos de todas as iniciativas em empresas humanas sob o impulso da Vontade. Referem-se ao Yod, a semente divina que haverá de produzir a abundante colheita que, a nível humano, são as experiências e que gerarão iniciativas, pois é o motor de todas atividades.
O Paus incita o homem a mover-se e, assim, amplia seu horizonte, o faz criar Karmas que mais tarde lhe farão viver experiências que lhe aportarão consciência. Contudo haverá um momento em que o homem desejará criar raízes e não mais ser um motor impulsionador. Desejará um legado que marque sua existência (um filho lato senso), que sua presença dê utilidade a ela e, sentir com sua obra pessoal, que não seria realizada se ele não existisse.
Então, neste momento o dez de Paus indica que se está realizando uma transição. As forças criadoras se tornam estéreis porque o homem passa a interioriza-se de Yod para He, e descobre os sentimentos. Assim, já não atuará mais movido por uma força que o impulsiona à ação, e sem mais motivos pretende livrar-se dela.
Agora seus sentimentos e que ditarão as regras e o movimentarão e, assim, os seus objetivos, atenderão aos seus desejos. Algo parecido ao dois de paus (Senhor do Domínio) onde os sentimentos sequestraram a Vontade provocando a sua neutralização, já que antecedia o três. Então temos aí a opressão exposto no título desta carta. Entendendo-se Yod como semente e He como a terra, é a opressão da semente presa na terra e que só pode libertar-se germinando e multiplicando assim o seu potencial. Refere-se ao abandono do Mundo da Vontade para perder-se no Mundo dos Sentimentos e a opressão que isto gera sobre a Vontade posto que os sentimentos possuem grande força, a disputa entre o Fogo em transição a Água.
Palavras chaves: 10♣ Senhor da opressão – fogo p/ sentimentos.
(Reta) Traição, engano, hipocrisia, falsidade;
(Invertida) Obstáculo, reclamação, inconformidade.
Então o que temos aqui é um mundo em transição ao mesmo tempo em que está ruindo conforme comportam todas as palavras chaves. Daí surge a palavra traição pois o indivíduo se torna um traidor do mundo em que está abandonando e que não mais pertence, juntamente com tudo o que signifique. Dessarte quando a força é positiva (carta em pé), traduz uma dramática realidade interior e o homem, modificado, passa a ser um traidor de si mesmo de todos os que trabalham em seu universo que havia sido seu até então.
Se não se opera o traidor, dará ensejo ao hipócrita, que dissimula ou que já está começando a ser. Se a energia da carta é muito forte, no lugar de limitar-se a um descontentamento interior, sairá ao exterior e promoverá uma série de situações críticas que levarão o indivíduo a um ponto de estrangulamento e ao abandono de seu universo para entrar no outro.
Clique na imagem ao lado para ser direcionado a pagina principal e baixar gratuitamente o livro.
A CABALA DE HAKASH BA HAKASH
Filosofia Metafísica Quântica Cabalística – TOMO II
A ODISSEIA ZODIACAL
Autor: Inácio Vacchiano