quarta-feira, 6 de outubro de 2021

COMO QUATRO FILHOS, CRIADOS DA MESMA FORMA, PODEM SER TÃO DIFERENTES ?

 

 COMO QUATRO FILHOS, CRIADOS DA MESMA FORMA, PODEM SER TÃO DIFERENTES ?


Pode ser uma imagem de texto que diz "Como quatro filhos, criados da mesma forma, podem ser tão diferentes??? Aqui tem luz ૐ०"Um homem chamado Ganesha tinha quatro filhos.
Quando os filhos estavam em plena adolescência, o pai começou a inquietar-se.
Notou que cada um deles tinha um temperamento e que eram muito diferentes entre si.
O mais velho era calado e apático, sem ânimo para trabalhar, sempre tímido.
O segundo era cheio de manias, teimoso e nunca dava atenção aos conselhos e advertências paternas.
O terceiro, inteligente, hábil e criativo, esforçava-se para prosperar na vida.
O quarto revelava-se arrebatado, violento, impulsivo e desonesto.
Impressionado com aquela inexplicável diversidade de gênios, Ganesha foi procurar um sábio, um eremita de incontáveis virtudes, e consultou-o:
Tenho quatro filhos, que foram educados por mim da mesma forma, com exemplos idênticos e orientados por iguais ensinamentos.
E agora que estão crescidos, o que vejo?
Cada um deles tem um caráter, um gênio.
Como se explica isso, essa diferença entre criaturas que beberam a mesma água, comeram o mesmo arroz, viveram sob o mesmo teto e ouviram as mesmas preces e conselhos?
O sábio levou Ganesha a uma sala ampla, onde havia apenas uma mesa quadrada de ferro e sobre ela estavam colocadas quatro bolas escuras.
Está vendo estas bolas, meu amigo? São rigorosamente iguais na forma, no tamanho, na densidade e na cor, certo?
Sim, poderia jurar que as quatro bolas são iguais.- Respondeu Ganesha.
Pois, bem, as aparências enganam, disse o sábio.
Atire uma a uma, com a mesma força, com o mesmo impulso, de encontro àquela parede.
Ganesha obedeceu, atirando a primeira bola, a qual, com o choque, achatou-se e caiu disforme.
Tomou, a seguir, a segunda bola e arremessou-a à parede, exatamente como fizera com a primeira.
Ao chocar-se com a parede, ficou pregada no lugar em que havia batido e dali não se desprendeu.
A terceira, ao ser lançada como as anteriores, bateu na parede e saltou de novo, perfeita, como se fosse movida por estranha mola segura e firme.
A quarta e última bola, arrojada à parede, deu um estalido forte e fragmentou-se em vários pedaços, que saltaram para todos os lados, ameaçadoramente.
Estas quatro bolas – disse o sábio – são como os filhos de um mesmo pai.
Parecem iguais, mas cada qual tem um caráter, um feitio.
A primeira bola, que bateu na parede e caiu como um molambo, é o filho inútil, moleirão.
O filho teimoso, obstinado, está representado pela segunda bola, que permanece agarrada à parede.
A terceira bola é o filho prestativo e bom que salta radiante para voltar às mãos do pai e servir de novo.
A última bola é a imagem do filho desmancha-prazeres, violento e impulsivo.

Cada ser carrega dentro de si uma bagagem diversa daqueles que o cercam.
Por isso, filhos de um mesmo pai, criados da mesma forma e a quem foram oferecidas as mesmas oportunidades, apresentam-se tão diferentes.
São Espíritos com histórias, conquistas e dores diversas.
Compete àqueles que têm a função de educar ou orientar crianças ou jovens, atentar para essa inegável realidade.
E tirar proveito desse fato que pode servir de recurso de crescimento e progresso para todos aqueles que se encontram agora reunidos, por justas razões, não ignoradas pela Providência Divina.

Momento Espírita