sábado, 16 de outubro de 2021

História de Joana!

 

 História de Joana!


Pode ser um close-up de 1 pessoa, ao ar livre e textoJoana inicia a história dela falando:
Jamais poderia imaginar que tivesse vida após a morte! Sempre fui contra quem falasse sobre isso.
Hoje vejo que fui insensata, não me permiti ter conhecimento. Limitei o Deus que conheci.
Quando encarnada eu era uma mulher ríspida. Tudo tinha que ser do meu jeito. Desde criança tinha um comportamento difícil. Quando aos quinze anos, totalmente equivocada a respeito do que era fé, acreditava que era só pensar no meu próprio bem. Eu escolhia ao meu ver para ser a melhor amiga, aquela que se vestia impecável, a que sempre ia muito bem nas provas da escola.
Nessa época não admitia que meninos que não tivessem uma disciplina correta, como eu achava que tinha que ser, não permitia ser meu amigo. Na verdade, eu era a chata!
Aos dezoito anos, já na faculdade, continuei sendo esnobe, me vestia impecável e perfumada. Era a quarta filha. Só Deus sabe como mamãe nos sustentava, pois papai desencarnou éramos pequenas, todas meninas.
Mamãe sempre nos cuidou muito bem com a ajuda dos meus avós. Eu era a única revoltada. Não aceitava a vida que tinha. Minhas irmãs eram felizes. Tudo para elas estava bom. Eu pensava:
- Como alguém pode ser feliz morando em uma casa velha de madeira? Eu queria mais. Queria ser rica. Mas ali naquela família, impossível!
Vovô pagava meus estudos vendendo o que ele plantava na horta: ovos, pão, queijo que eles produziam. Mas eu nunca falei para meus amigos onde morava. Na verdade, eu na faculdade só me aproximava das meninas que eu investigava antes, para ver se eram de família rica.
Um dia fui convidada a ir em uma festa. Minha mãe costurava muito bem. Copiou um modelo de uma revista e ficou lindo. O perfume, muitas vezes eu passava em uma loja de perfumes, e os provadores eu ensopava um lenço e guardava nas minhas roupas para estar sempre perfumada.
E chegou o dia da festa!
Já no terceiro ano de arquitetura foi que conheci Joel, um jovem mais velho do que eu, muito bem vestido, lindo! Eu me encantei e fiz de tudo para ser apresentada a ele. E nos conhecemos. Conversamos toda a noite na festa e dançamos. Ele queria me levar em casa. Eu disse que não. Que não precisava! Imagina! Me levar naquela casa velha que era do meu bisavô, depois do meu avô! De jeito nenhum!
Ele elegantemente disse:
- Tenho um compromisso, mas o meu motorista ficará a disposição. Então em seguido, ele tinha uma viagem de negócios em outro país.O motorista da mesma idade que eu, perguntou:
- Onde deixo a senhorita?
Eu falei o endereço, claro que não era o meu, mas ele só iria me deixar na frente da casa que era de um conhecido, mas o motorista disse:
- Mas a senhorita não mora aqui!
Eu olhei para ele e disse:
- Como ousa dirigir a palavra para mim, seu subalterno! Vou reclamar para o seu patrão!
Desci do carro e com o nariz empinado, parei na frente da bela casa e disse:
- Pode ir!
Esperei ele sair. O meu pé doía, tirei o salto e sentei um pouco, logo peguei um táxi e fui pra casa.
Comecei a investigar a vida de Joel. Sabia que era bem sucedido nos negócios, mas tinha uma mulher. Na hora, passou mil coisas na minha mente de como tirar essa mulher do meu caminho e rápido, antes que fosse tarde.
Passei a investigar todos os passos dela de perto, me empregando na casa dela com uma peruca e uma lente de contato preta, porque os meus olhos eram azuis e nome diferente. Ouvia todas as conversas dela no telefone com ele e estava perto dele voltar de viagem. Preciso agir rápido!
Deixei de ir pra faculdade. Precisava de tempo para arquitetar os meus objetivos de eliminar aquela mulher que na verdade era doce e querida com os empregados. Muito chique, mas boa.
Em uma reunião com suas amigas em uma tarde, eu preparei o chá e já tinha comprado o veneno!
Só não podia errar qual xícara colocar o veneno. Eram seis mulheres. Marquei a xícara dela com esmalte, mas no momento que eu colocava o veneno no fundo da xícara, a intrometida da outra empregada entrou, viu e falou:
- Não coloca adoçante para a patroa, ela não gosta!
Foi lá e lavou a xícara.
Que ódio! Ela pegou a bandeja e levou para a sacada de frente para um lindo jardim e ela mesma serviu o chá.
O ódio me dominava. De repente, ouvi alguém falar:
- Você quer eliminar ela? Seja competente!
Essa voz horrorosa me assustou. Olhei e não vi ninguém. Mas fiquei perturbada. Depois eu vi o vulto que caminhava de um lado para outro e falou:
- Por que você tem medo de mim? Sendo que você tem o mesmo sentimento que eu? Posso orientar como eliminar a sua patroa! Respondi para o vulto:
- Ela não é minha patroa! Ninguém manda em mim! Quero tirar ela do caminho. Eu quero ser a patroa!
O Vulto deu uma gargalhada e perguntou:
- Você acha que depois que você morrer vai levar todo esse luxo com você?
- Não te interessa! Respondi. Faço o que eu quero, não tenho mais medo de você! Com certeza você deve ser um empregado da casa que morreu. O Vulto, com a força do pensamento, falava na minha mente.
- Quer a minha ajuda? Logo o seu patrão vai chegar e aí? Adeus! Ele vai escolher ficar com ela, com a esposa!
Eu discutia com aquele Espírito como se ele fosse encarnado, sem perceber que a Luz do meu Espírito estava entrando em uma escuridão devido a ganância de querer ter e a inveja e eu não me dava conta disso.
Foi assim que forgei um acidente. Eu sabia a hora que Joel ia chegar e no caminho, eu me coloquei de frente do carro onde ele estava. Quando ele me viu, imediatamente veio me socorrer e me levou para um hospital. Eu aproveitei para seduzí-lo e consegui.
Foi então que ele me perguntou sobre minha família, eu inventei uma história triste, em que papai estava no exterior, que a minha família sofreu um acidente, que eu estava sozinha, com medo, pois era muito frágil.
- Bem, disse ele. Sou proprietário de um hotel, você pode se hospedar lá o tempo que precisar.
Saí do hospital, pois não tinha nada de grave, era só encenação e me instalei no hotel de luxo. O Vulto apareceu e disse:
- Você foi competente, mas vai se contentar só com isso?
Respondi:
- Vai embora daqui! Você me perturba.
Ele deu uma gargalhada e disse:
- Você e eu somos parecidos. Você com sua ganância, me atraiu até você, não vai se livrar de mim assim tão fácil!
Eu arquitetava aniquilar a esposa de Joel. Então tive a ideia de mexer no freio do carro. Mas como vou fazer isso? Não posso mais voltar lá naquela casa, a outra empregada desconfia de mim e o motorista é um enxerido. Passei a noite arquitetando, tive outra ideia.
Convidei Joel para nos encontrarmos no local onde eu estava morando, no hotel que era dele. Ele veio. Eu coloquei um sonífero na sua bebida.
Enquanto ele dormia, coloquei o meu disfarce de empregada, entrei na casa. Eu não sabia mexer nos freios, mas o Vulto sabia e ia dando as dicas. Pensei:
- Não foi tão difícil assim...
Voltei para o hotel, Joel acordou e precisava voltar para casa. Mas eu tinha que segurar ele ali, até a esposa sair com o carro. Quando ele chegou em casa, ela já tinha saído e duas horas depois ele recebeu a notícia do acidente que foi grave.
Eu dei todo o apoio á ele. Ela desencarnou e eu me casei e voltei para a casa dele.
Estava me sentindo realizada, sem me dar conta dos meus erros. Cega pela ganância, fui cometendo erros graves sem perceber que eu também era uma obsessora encarnada, só pensava em mim. A minha família eu mal ia visitar, pois aquela simplicidade era demais para o meu bom gosto. Pensei:
- Não preciso mais disso! Agora eu sou rica! Consegui o que eu queria!
No início do casamento, Joel se esforçou para parecer feliz, mas sentia tristeza por sua esposa ter falecido. Mas eu nem me preocupava com sua dor, queria mesmo era gastar todo aquele dinheiro e mostrar para a sociedade que eu também podia.
Mas as brigas começaram.
Joel falava que eu gastava demais que era uma descontrolada, que a sua esposa não era assim, que era uma mulher íntegra.
Que ódio, quando ele falava isso. Ele não esquecia a falecida. Comecei a me irritar com isso e arquitetar para aniquilar Joel. Mas precisava ter certeza que alguns imóveis e contas bancárias seriam só minhas, mas não sabia como fazer isso. Pensei:
- Onde está aquele Vulto para me dar as ideias? Pensei nele e ele veio. Era uma sombra maléfica, mas eu não tinha medo. Então ele me deu a ideia de contratar, um advogado, mas Joel já tinha um, como vou contratar outro? Mas precisava ser um advogado que eu pudesse dominar, para ele trabalhar á meu favor.
Eu não me dava conta do que eu estava fazendo. Minha mente doente por dinheiro, por poder atropelava quem estivesse a minha frente. Sem perceber que eu já trazia essa fraqueza de vidas passadas e que nessa encarnação eu precisava ser melhor. Não fui vigilante e me perdi.
Depois que o advogado conseguiu passar bens para o meu nome. Sem Joel saber, simplesmente assinou documentos pensando ser outras coisas, pois Joel tinha muitos bens.
Depois eu aniquilei o advogado. Convidei ele para passar uma noite comigo, para comemorar a nossa vitória e usei o veneno que há tempos tinha comprado. Deixei ele sem olhar pra trás. Quantos débitos eu acrescentei nas minhas próximas encarnações!
Me dei conta que tinha dinheiro, luxo e tudo o que eu queria, mas não tinha paz, pois além do Vulto que estava sempre comigo me ajudando a fazer coisas erradas, agora eu era perseguida pelo Espírito do advogado que provoquei a sua morte.
Me separei de Joel, ele descobriu que eu fui desonesta com ele nos negócios. Ele era um bom homem, mas eu não me importei. Ele saiu da minha vida. Quando me dei conta, estava completamente sozinha e atormentada pelos Espíritos que eu mesma atraí com a minha conduta maligna.
O que fiz da minha vida?
As vezes eu sentia falta da minha família, eles eram felizes na simplicidade. Eu era orgulhosa demais para voltar atrás, afinal, tantos anos haviam se passado.
Um dia, chegando em casa, a imensa casa vazia de encarnados, pois os desencarnados eram muitos. A presença deles me deixava depressiva, angustiada, vazia e com ódio.
O Vulto, a sombra que por muitos anos me perseguia e me ajudava nas maldades, falava na minha mente:
- Você continua a mesma gananciosa! Você mesma escolheu isso! Você já fez isso comigo em outras vidas, não vou te deixar em paz.
Na verdade, já a muito tempo deixei me dominar pela ganância, mas um dia não aguentava mais ser atormentada pelos remorsos das minhas maldades, fui até a minha mãe. Quando ela me viu, me recebeu com um abraço:
- Quantos anos minha filha!
Mamãe percebeu que eu não estava bem, estava atormentada e orou por mim. Disse:
- Seja o que for que você está passando, lembre do amor de Jesus!
Aquela oração me deixou mais calma. A mamãe estava com saudades:
- Minha filha, a felicidade não está nas coisas, mas sim em ti! O que você tem feito?
Respondi:
- Não quero falar! Só quero o seu abraço!
Aquele abraço me confortou. Voltei pra casa, me sentei no sofá da grande casa. Estranho!
- Quem são vocês? E o que fazem na minha casa? Saiam daqui!
Mas as pessoas passavam por mim sem sequer me perceber. O Vulto apareceu e disse:
- Chegou a hora do acerto de contas. Você desencarnou! Lembra? Logo que você saiu da casa da sua mãe, na estrada, seu freio não parou... E deu uma gargalhada.
Naquele momento, senti medo e ele me pegou pelo braço:
- Agora eu completo a minha vingança!
Tudo estava confuso na minha mente. Eu não sabia o que era real. O Vulto que agora eu via com nitidez, disse para mim:
- Eu te amei muito e por ganância, você fez comigo o mesmo que fez com a esposa de Joel e o advogado!
Lembrei da oração da minha mãe. A minha mente era um turbilhão de pensamentos desiquilibrados. E de repente, vi uma luz entrar na casa. Uma mulher vestida de roupas longas e claras veio ao meu encontro e quando olhei, meu Deus, ela era a esposa de Joel que eu provoquei a sua morte! Então ela estendeu a sua mão e disse:
- Vim te ajudar a sair desse tormento, já te perdoei!
O Vulto e o advogado que me atormentavam, também estavam ali ouvindo ela dizer que tinha me perdoado. E falou para o Vulto:
- Álvaro, você já sofreu tanto! Deixa ela em paz e perdoa!
- Álvaro é o seu nome? Interrompi.
Então ela continuou a falar:
- Se perdoem quantas vezes forem necessárias! Quanta dor e sofrimento! Se libertem! Se vingar só acrescenta débitos para as suas próximas encarnações. Álvaro, liberte ela dessa energia de tormento em que você prendeu ela! Essa casa não pertence mais a nenhum de vocês! Outros moradores virão e vão sentir as suas energias aqui e sofrerão! Somos todos irmãos em busca de evolução. Todos erramos! Se perdoem.
Outros homens iluminados entraram na casa e nos levaram para uma Colônia Espiritual, onde por muitos anos aprendemos a viver em paz, eu, Álvaro e Alceu, o advogado.
Eu vou para uma nova experiência lá na Terra para superar a ganância pelo poder que o dinheiro traz. Ter dinheiro trabalhando honestamente é uma benção, ao contrário disso, traz sofrimento.
Com toda ajuda dos Mentores que me acolheram nessa Colônia Espiritual, foi permitido eu reencarnar novamente com Álvaro quantas vezes forem necessárias para evoluir a fraqueza do meu Espírito e a forma de aprender é reencarnando e passando por desafios lá na Terra e se mantendo íntegro.
Mas para evitar que eu caia de novo no erro, escolhi ter limitações físicas, isso ajudará a não cometer erros graves.
As encarnações são constantes para a iluminação do Espírito.

Psicografado pela Escritora da Espiritualidade Sônia Lopes