quarta-feira, 4 de abril de 2018
As falhas de um feitiço
Freqüentemente me perguntam o que deu errado quando um feitiço falha. A primeira coisa que pergunto é se realmente falhou. É simples: basta analisar com cuidado o que você pediu e comparar com o que se manifestou. Por exemplo: se você tentou fazer se manifestar um carro novo e recebeu um modelo de brinquedo, você obteve o que pediu, independente do que esperava.
Como qualquer outra, a energia mágica flui através do caminho que ofereça a menor resistência. Se você der o roteiro mais fácil para alcançar seu fim, então é esse o caminho que ele tomará. Por isso, é importante não pegar qualquer feitiço que encontrar em um livro ou receber de alguém, como se fosse uma peça de porcelana a ser protegida e mantida em seu estado original.
Os feitiços são energias dispersas que são agrupadas e direcionadas para o seu objetivo pela nossa força de vontade e nossa necessidade exata. Eles funcionam melhor quando transformados para satisfazer suas necessidades e situações específicas.
No exemplo do feitiço do carro novo, deveriam ter sido incluídas palavras sobre a necessidade de um meio de transporte seguro para ir e voltar do trabalho, ou viajar para ajudar no cuidado de um parente enfermo, nos fins de semana. Fazendo desta forma, teria conseguido o carro para o transporte de seres humanos, em vez de um carro de brinquedo.
Um feitiço não dá certo por duas razões apenas:
1) Em primeiro lugar devido à energia e o empenho colocado no feitiço terem sido insuficientes (incluindo não ter objetivos claros);
2) Devido à existência de uma força oposta mais forte que seu feitiço.
As forças opostas não precisam ser de natureza mágica. Pode não ser mais que a vontade de um indivíduo em preservar seu direito de livre escolha. Você pode refazer um feitiço para superar o primeiro obstáculo; o segundo, geralmente, não pode ser superado. Às vezes o livre arbítrio de uma pessoa não pode ser quebrado, não importando o quanto você esteja disposto à sucumbir à tentação de realizar uma magia negativa. É o direito de uma pessoa resistir à sua magia e não sucumbir à ela e continuar a interferir nessa vontade alheia só resultará em aborrecimentos posteriores.
Você também deve ter expectativas realista sobre o que a magia pode e o que não pode fazer, e deve ter bom senso suficiente para saber quando a magia não é necessária. Certa vez recebi uma carta de uma jovem mulher que me pedia um feitiço para mudar a cor de seus olhos. Ela insistia que esse desejo não era um capricho, mas era algo que já havia pensado por um longo tempo. O primeiro problema é que nenhum feitiço, sozinho, pode alterar permanentemente uma aparência física. Existem feitiços, conhecidos como glamour, que podem criar uma ilusão temporária, mas de forma realista isso não inclui a cor dos olhos.
O outro problema é que a magia para fazer isso já existe no mundo físico, na “magia” das lentes de contato coloridas. A única maneira lógica de tornar esse objetivo uma realidade seria gastar dinheiro e esforço para se adaptar a essas lentes.
De acordo com as leis naturais do universo, a magia não fará você voar, mas pode ajudar a encontrar o dinheiro necessário para fazer uma viagem de avião, ou a aprender projeção astral, ou jornada da alma. A magia não força alguém famoso, que você nunca encontrou antes, a se apaixonar por você, embora possa chamar a atenção para você de maneira positiva e criar um jardim fértil no qual o amor possa florescer.
A magia não pode fazer você ficar com uma aparência melhor, mais alto, mais gracioso, mais popular, etc., mas pode, temporariamente, projetar essas imagens a outras pessoas. Pode também realçar os dons que você já possui e lhe dar autoconfiança para superar as barreiras físicas e emocionais para esses objetivos.
Autoria: Edan McCoyTrecho retirado do livro “Trabalho Mágico Para Covens”