Mãe, mulher múltipla. Amor único, incondicional
Quando ouvimos a palavra “Mãe”,o que vem à nossa mente?
Alguns de nós lembram da própria Mãe, outros de alguém que cumpriu com este papel, de uma mulher gestando. Sim, são muitas as imagens e conceitos que chegam à nossa cabeça, tudo fruto de experiências do coração. E também da diversidade de contatos com a maternidade quando crianças.
Lá na infância a maioria de nós teve a honra de ser alimentado, protegido, educado… FORMADO por uma mulher, que tivemos a graça de chamar de Mãe… Mamãe!
Como nos diz Samael Aun Weor no livro O Eterno Feminino,
“não merecemos o que foi nos dado; que depois de ter sido uns velhacos, uns perversos, resultemos em um berço e com uma doce Mãezinha que nos acolhe em seus braços”.
Ou seja, depois de passar por diversas encarnações, cometendo erros e carregando uma série de ódio, vingança, ciúmes em nosso interior, temos a graça, por uma Misericórdia Divina, ser alimentados, embalados e amados por uma mulher, que chamamos de Mãe.
Nos tempos atuais, recai sobre a Mulher Contemporânea, uma série de atividades paralelas à maternidade, onde essa Mãe tem que dividir-se em duas, três, quatro ou mais, para dar conta de todas as áreas que envolvem a vida dessa mulher múltipla.
A criação dos filhos, a profissão, os cuidados com a casa, o tempo com o esposo, os cuidados consigo mesma, etc. Tudo isso acaba tornando a vida dessa Mulher uma grande batalha, onde muitas vezes essa Mãe esquece de si mesma e ao cair nesse terrível erro, acaba por se dedicar demasiadamente aos outros.
Esse esquecimento de si mesma é muitas vezes confundido com um tempo sozinha para ir ao shopping, à academia, ou simplesmente tirar um tempo para fazer algo que goste. Sim, é um desafio conseguir esse tempo. Porém, me refiro a um esquecimento interior, dessa Mulher conseguir analisar de uma forma reflexiva: Quem sou eu?O que é ser Mãe? Tenho consciência disso? O que me frusta na maternidade e na vida? Que sentimentos tenho em relação aos meus filhos? Porque me sinto assim?
Buscar essas respostas por meio de uma reflexão consciente, as causas e motivos de suas angústias, decepções, alegrias e emoções é fundamental para o autoconhecimento.
Voltar à atenção para si mesma, e buscar em seu interior um alento para essa vida tão corrida e principalmente meditar trará alento às mães encarregadas de tantos papeis.
O escritor e ocultista Éliphas Levi nós dá um caminho sobre a incumbência do papel da mulher-mãe:
“A missão da mulher é tornar-se mãe de futuros ocultistas – daqueles que nascerão sem pecado. A redenção e salvação do mundo giram em torno da elevação da mulher”.
Levi ainda complementa ao falar sobre o nascimento e criação dos filhos.
“Essa luz conduzirá à verdadeira intuição espiritual. Então a raça humana será feita de Buddhas e Cristos, pois terá descoberto que os indivíduos têm o poder de procriar crianças iguais a Buddha, ou a demônios. Quando se alcançar tal conhecimento, todas as religiões dogmáticas, e com elas todos os demônios, morrerão”.
10px; text-align: justify;">Ou seja, quando se é Mãe de forma consciente, esse papel é divino, grandioso, supremo e de extrema valia. Papel muitas vezes desvalorizado na sociedade atual. A Doutrina Gnóstica vem para resgatar a importância da Mãe não apenas no círculo familiar, mas na natureza, no mundo.
Deus-Mãe: O Eterno Feminino
Quando estudamos a Doutrina Gnóstica, nos deparamos com uma realidade distinta, que nos conduz a um discernimento real, do que é o Homem, e do que é a Mulher.
Samael Aun Weor nos esclarece de forma direta:
“Deus-Mãe é o fundamento desta grande Criação. Nós devemos nos identificar cada vez mais e mais com o Eterno Feminino; devemos ver em cada mulher a representação viva desse feminino eterno”.
Essa reflexão nos traz o fato de que a Mulher deve encarnar o princípio da criação em seu ventre,na sua parte biológica, e com isso ela fortificará os valores latentes, como o AMOR, a TERNURA e a COMPREENSÃO. O que fará com que essa Mulher consiga observar naturalmente a vida de uma forma distinta do Homem.
Dessa forma, o sacrifício pelo lar, pelos filhos, pela família será natural a ela e não doloroso. Pois ela será portadora desses princípios em sua alma, em seu coração. Já o Homem foi dotado de outros valores, como a Força e a Coragem, que o levam para fora de casa, em busca de alimento.
Porém esses valores herdados pela Natureza, tanto na Mulher quanto no Homem, com o passar do tempo foram sendo mal canalizados, em virtude da degeneração humana.
Nos tempos antigos, há milhares de anos atrás, as mulheres eram tratadas como Deusas, e os homens lhes rendiam culto.
No Gnosticismo chamamos essa época de Idade de Ouro, onde existia apenas paz e felicidade. Com o passar dos tempos, na Idade de Prata a mulher ainda era respeitada.
10px; text-align: justify;">Na Idade de Bronze elas eram quase ignoradas ena atual Idade de Ferro, com as guerras e perdas de princípios espirituais, a mulher é maltratada, e com isso, os mistérios femininos, ficaram ocultos em seu coração.
Em virtude dessa degeneração humana, essa mulher, sai em busca de liberdade, de encontrar seu verdadeiro lugar no mundo, que foi perdido há milhares de séculos atrás.
Porém com a maternidade, é o momento em que a maioria das mulheres consegue usufruir do Amor, da Ternura e da Compreensão, de forma tão natural, que ela é capaz de dar sua própria vida, pela vida de seu filho. Fazendo dessa Mulher uma guerreira, que apesar das lutas diárias, é capaz de suportar a dor do mundo, amar e alimentar seus filhos, depois de um dia exaustivo fora de seu lar e dentro do campo de batalha que é o mundo do trabalho.
Em recordação de si e sempre buscando expressar seus valores e princípios, a mulher é a representação Viva de Deus-Mãe, se tornando novamente uma Deusa para sua família. Esse é o verdadeiro resgate que sugerimos a todas as Mães. Olhar para o outro sem esquecer de si mesma.
Essa é a homenagem do Instituto Gnosis Brasil a todas as Mães pelo seu dia!
Maíra Elluké e Marcela Zimermann