quarta-feira, 14 de setembro de 2022

Egunitá - Orixá da Justiça e suas outras formas de representação em culturas diversas

 

Egunitá - Orixá da Justiça e suas outras formas de representação em culturas diversas



Egunitá - Orixá da Justiça e suas outras formas de representação em culturas diversas


 Trono Feminino da Justiça 

Egunitá, Héstia, Kali, Enyo, Sekmet, Brighid, Shapash, Lamashtu, Ponike, Pele, Si, Fuji, Sundy Mumy, Oynyena Maria, Ananta. 

Comentários: 

15px; text-align: justify;">Egunitá — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Justiça, absorve o desequilíbrio na Justiça de forma ativa, reconduzindo o ser ao equilíbrio; cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más intenções. Fator purificador e energizador, divindade da purificação através do fogo. Também portadora de grande energia a transmite a quem dela precise.

Elemento fogo que absorve o ar. Assim como Iansã, ora faz par com Ogum (Lei) ora faz par com Xangô (Justiça). Também inflexível, é implacável contra as injustiças e negativismos humanos. Mostrando-se assim grande protetora daqueles que a merecem. 

É Senhora da espada flamejante e tão racional quanto Xangô. 

Ponto de força, caminhos e pedreiras. 

Sua cor é o laranja. 

Pedra: ágata de fogo. 

Héstia — Divindade grega, Vesta romana, muito antiga e adorada como deusa do lar. Está presente no fogo da lareira, que é o centro do lar, sem ela não havia nem a comida e nem o calor que nos aquece no frio, ela é o próprio fogo. Protegia a família e a ordem social, também evocada para dar os nomes às crianças. 

Kali — Divindade hindu “negra” da destruição e purificação. Representa o elemento fogo, com sua língua roxa. Não usa roupa e seu corpo é coberto pelos longos cabelos negros. Usa um colar de caveiras, tem quatro braços e leva em cada mão armas de destruição e uma cabeça sangrando. É a devoradora do tempo. 

Enyo — Divindade da guerra em seu aspecto de “destruidora”, o que a remete a uma condição de Divindade da purificação. 

Sekmet — Divindade egípcia (“a poderosa”), traz em si as qualidades de purificadora dos vícios e esgotadora daqueles caídos no mal. Representada por uma mulher com cabeça de leoa encimada pelo disco solar, representando o poder destruidor do Sol, é aquela que usa o coração com justiça e vence os inimigos. 

Brighid — Divindade celta do fogo, seu nome significa “luminosa”. Filha de Dagda (o bom deus), tinha aspectos tríplices. Deusa da inspiração e poesia para os sacerdotes, protetora para os reis e guerreiros, senhora das técnicas para artesãos, pastores e agricultores. É também aquela que traz a energia, motivação e potência. Uma vida sem o calor de sua chama perde o sentido e torna-se insípida. 

Shapash — Divindade babilônica, Deusa do sol, a forma feminina de Shamash, muitas vezes chamada de “a tocha dos deuses”. 

Lamashtu — Divindade sumeriana, “A filha do céu”, deusa com cabeça de leão (assim como Sekmet) que possuía imenso poder destruidor e purificador. 

Ponike — Divindade húngara do fogo. 

Pele — Divindade havaiana guardiã do fogo, é padroeira do Havaí. É ainda a senhora das manifestações vulcânicas. Tem como morada o vulcão Kilauea. 

Si — Divindade russa, solar, evocada para punir quem quebrava juramentos. 

Fuji — Divindade japonesa do fogo vulcânico, padroeira do Japão. Habita no monte Fujiyama, o mais alto do Japão, ponto de contato entre o céu e a terra. 

Sundy Mumy — Divindade eslava, “Mãe do Sol”, ela é quem aquecia o tempo e dava força a seu filho Sol. 

Oynyena Maria — Divindade eslava do fogo, “Maria do Fogo”, companheira do Deus do Trovão. 

Ananta — Divindade hindu, Senhora do fogo criador e da força vital feminina. Seu nome significa “o infinito”, aparece como uma grande serpente e em muito se assemelha a serpente do fogo Kundaline, para muitos também uma divindade feminina do fogo. 

Comentários: 

O Trono Feminino da Justiça, Egunitá, sempre foi cultuado em várias culturas como podemos ver acima. A princípio não é um Orixá muito conhecido entre os Nagô Yorubas, africanos, mas essencial para completar todo um panteão de Umbanda. 

Sendo a mãe que purifica os males por meio de seu fogo, ou recorremos a Ela ou nos tornamos carentes de sua presença nos momentos em que só uma Mãe Ígnea pode nos ajudar. 

Na Umbanda, é sincretizada com Santa Brígida, a santa do fogo perpétuo associada a Brighid celta ou Santa Sara Kali, padroeira dos ciganos que surge como “virgem negra” associada à Kali hindu. 


Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Ed. Madras 



Olá, sou Anna Pon,