Obá - A amazona guerreira

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DIA: Quarta-feira
CORES: Marron rajado, Vermelho e Amarelo
SIMBOLOS: Ofange (espada) e Escudo de Cobre, Ofá (arco e flecha) e a Roda.
ELEMENTOS: Fogo e Águas Revoltas
DOMINIOS: Amor , Sucesso Profissional, Culinária e Guerra
SAUDAÇÃO: Iyòbà Siré! ( Festejemos para Obá! )

Obá (Iyòbá) é um Orixá ligado à água, guerreira e pouco feminina. As suas roupas são vermelhas e brancas, se vestindo também de laranja e cobre, usa um escudo, uma espada e uma coroa de cobre.
0 tipo psicológico dos filhos de OBA, constitui o estereotipo da mulher de forte temperamento, terrivelmente possessiva e carente, é mulher de um homem só, fiel e sofrida. São combativas, impetuosas e vingativas.
Obá é um ORIXÁ que raramente se manifesta e há pouco estudo sobre ela.
Obá é a mulher consciente do seu poder, que luta e reivindica os seus direitos, que enfrenta qualquer homem – menos aquele que tomar o seu coração. Ela abraça qualquer causa, mas rende-se a uma paixão. Obá é a mulher que se anula quando ama.

Obá filha de Iemanjá e Oxalá. Em toda a África Obá era cultuada como a grande deusa protetora do poder feminino, por isso também é saudada como Iyá Agbá, e mantém estreitas relações com as Iya Mi. Era uma mulher forte, que comandava as demais e desafiava o poder masculino.

Embora Obá se tenha transformado num rio, é uma deusa relacionada ao fogo.

Obá é saudada como o Orixá do ciúme, mas não se pode esquecer que o ciúme é o corolário inevitável do amor, portanto, Obá é um Orixá do amor, das paixões, com todos os dissabores e sofrimentos que o sentimento pode acarretar. Obá tem ciúme porque ama.

O lado esquerdo (Osì) sempre esteve relacionado à mulher e, por uma razão muito elementar, é o lado do coração. Quando Obá é saudada como guardiã da esquerda, isso quer dizer que é a guardiã de todas as mulheres, aquela que compreende os sentimentos do coração, pois Obá pensa com o coração, por isso dança sempre com a mãe esquerda apontando para o lado esquerdo na latura da orelha, poder genitor feminino, rainha em África da sociedade Elekô, onde homem não entra, as grandes amazonas de Oba. Oba não conhece a cabeça de homem.
Ligadas a Oxóssi pela caça e grande arqueira, ligada a Xangô através do fogo a luta pela vida.

Como pode uma deusa ligada a esses sentimentos, dedicar-se à guerra? Toda a energia das suas paixões frustradas é canalizada por ela para a guerra, tornando-se a guerreira mais valente, que nenhum homem ousa enfrentar. Obá supera a angústia de viver sem ser amada.
Obá troca um palácio por uma cabana, troca todas as riquezas do mundo por uma frase: “Eu te amo”.

Obá é também um orixá ligado a culinária. É difícil de crer que uma amazona guerreira que tampouco se importa com a beleza possa se dedicar a cozinha, mas é dito, que Obá leva sua culinária como uma guerra, e como é caçadora, leva a comida como uma coisa séria pois, como uma boa caçadora, sabe que só se mata para comer, então o que se vai ser ingerido deve ser bem feito. Obá tem também conhecimento com as ervas usadas para tempero já que morou um bom tempo na floresta junto á Oxóssi e Ossaíyn e, com eles aprendeu muito do sabor das folhas para o uso culinário mas não na liturgia. Muito se dá o posto de deusa da culinária à Oxún ou Iyemonjá, essas também são ótimas cozinheiras, mas somente Obá, tem o conhecimento dos temperos, aquele "toque" que dá o verdadeiro sabor na comida, um dos motivos de Oxún enganar Obá, foi pelo motivo de que Obá era uma ótima cozinheira mas não sabia o certo o prato do rei Xangô, Oxún sabendo que se Obá soubesse os ingredientes corretamente poderia ter maior prestígio do rei, Oxún resolveu trapacear mentindo sobre as orelhas, é dito que Oxún enganou Obá mas não explicou o porquê Oxún enganou já que na disputa também havia Iyansã. Obá não foi ingênua como se mostra na lenda, mas sim enganada por não conhecer o preparo do alimento para o Xangô, e como qualquer bom cozinheiro de uma cozinha de santo sabe, que não se deve fazer um prato para um orixá sem que se saiba certo o ponto e o sabor, já que a culinária africana é muito melindrosa, ou seja, tem que ter muita cautela para não se haver quizilas, foi assim que Obá não quis arriscar sem conhecer ao certo o prato, culinária é coisa séria para os Iorubás.

Características dos filhos de Obá

Os filhos de Obá não tem muito jeito para se comunicar com as pessoas, chegam a ser duros e inflexíveis. Têm dificuldade em ser gentis e estabelecer um canal de comunicação afetiva com os outros; às vezes são brutos e rudes afastando as pessoas. Isso deve-se ao fato de os filhos de Obá, na maioria das vezes, sofrerem um certo complexo de inferioridade achando que as pessoas que se aproximam querem tirar partido de alguma coisa. De facto, isso tende a acontecer com os filhos de Obá.

A sua sinceridade chega a ferir; expressam as suas opiniões, fazem críticas e acabam por magoar as pessoas, pois não se preocupam em ser agradáveis. Mas essa agressividade é puramente defensiva.
São bons companheiros e amigos fiéis, são ciumentos e possessivos no amor, por isso não têm muita sorte. Quando apaixonados, nunca são senhores da relação, cedem em tudo, abdicam de todas as suas convicções.

Algumas vezes infelizes no amor, investem todas as suas cartas nas suas carreiras e, de entre as mulheres que se destacam profissionalmente numa sociedade machista, podem-se encontrar muitas filhas de Obá excelentes juizas, advogadas, comandando quartéis, etc. Muitas vezes despertam a inveja dos seus inimigos e podem sofrer algumas emboscadas, por isso devem vencer a tendência que possuem para a ingenuidade.