quinta-feira, 19 de maio de 2022

VAMPIRISMO - BEBIDA ALCOÓLICA (Richard Simoneth)

 VAMPIRISMO - BEBIDA ALCOÓLICA (Richard Simoneth)


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Após a morte do corpo físico, o alcoólatra continua sequioso da “água que passarinho não bebe”, porquanto o álcool, além dos estragos no corpo físico, provoca um condicionamento no corpo espiritual que impõe a mesma premência de beber.

Como satisfazer-se, se lhe falta o corpo?
Um único meio, não menos espantoso, que ele logo dominará é ligar-se ao psiquismo de um viciado “vivo”, o que lhe permitirá experimentar as sensações da bebida.

Um transe mediúnico invertido.

Ao invés de o encarnado colher as impressões do Espírito, este colhe suas sensações, ao fazer uso da bebida, satisfazendo-se.

Pessoas sensíveis a essa influência são facilmente dominadas, transformando-se em “canecos humanos”. Bebem descontroladamente, agindo como instrumentos para a satisfação dos parceiros invisíveis.

Dizem - É um sem-vergonha! Devia curtir sua bebedeira na prisão dizem as pessoas, referindo-se ao alcoólatra.

O espiritismo diz : é um obsediado. Precisa de tratamento médico e assistência espiritual – ensina a Doutrina Espírita.

Nos bares, onde o consumo de bebidas alcoólicas é expressivo, o ambiente espiritual assustaria o médium vidente.

Turbas de Espíritos viciados, a envolver os freqüentadores, sustentando neles a compulsão alcoólica.

Reuniões sociais regadas a álcool são muito freqüentadas por “penetras” desencarnados, viciados do Além.

Aproveitam o alto consumo de bebidas nesses ambientes, porquanto o álcool é reconhecido como recurso desinibidor. Algumas doses são suficientes para superar a timidez, favorecendo a comunicação, sem o que muitos convidados sintam-se marginalizados.

O que nem todos sabem é que o álcool nada faz senão anestesiar centros de controle do comportamento. E como ali estão, também, as bases físicas da reflexão e do senso de avaliação, o alcoólatra passa a oscilar entre a expansividade e a agressividade, a comunicabilidade e o ridículo, a descontração e a inconveniência.

Não raro, sobrepondo-se aos viciados desencarnados, que buscam os “canecos humanos”, há obsessores cruéis que se aproveitam das brechas psíquicas abertas pelo álcool.

Acidentes, brigas, agressões, crimes, desentendimentos, desuniões, desequilíbrios surgem, a partir da insidiosa ação de entidades das sombras que se infiltram na mente indefesa do alcoolizado, levando-o a um comportamento anti-social.

O problema fundamental do viciado é a incapacidade de ajustar-se às realidades existenciais.

Alimentando uma visão distorcida, empolga-se pela busca de sensações, perseguindo uma euforia artificial, um céu efêmero sempre sucedido por inferno de desequilíbrios.

Impermeável aos conselhos e orientações de amigos e familiares, insiste no vício, perdendo as melhores oportunidades de edificação da jornada humana. Depois, situa-se em longos estágios de sofrimento depurador na Espiritualidade, qual lavrador desavisado que colhe espinhos semeados em campo fértil.

Quantos males seriam evitados! Quantas dores não aconteceriam! Quantos problemas de saúde não existiriam, Quantos problemas seriam resolvidos, se o alcoolismo das conversas vazias de fim de expediente, de férteis reuniões sociais, de preguiçosos fins de semana, fosse substituído pela visita ao enfermo, pelo atendimento ao necessitado, pelo estudo edificante, pela participação na atividade religiosa . . .

Os que assim fazem não precisam de drinques, para experimentarem descontração ou fugaz euforia, porquanto há neles aquela vida abundante a que se referia Jesus. Aquela força divina que vibra nas veias, quando a mente se povoa de ideais e o coração pulsa ao ritmo abençoado do serviço no campo do Bem.

( "Richard Simonetti"_, do livro: Tempo de Despertar)