sábado, 14 de maio de 2022

Oxaguian foi casado com Oyá. Na cidade de Ejigbo Existiu um Rei chamado Oxaguian, (Akinjole Ogiyan) A figura deste rei existe De duas maneiras, Uma onde ele é uma figura histórica E outra onde é uma figura religiosa

 Oxaguian foi casado com Oyá.
Na cidade de Ejigbo
Existiu um Rei chamado Oxaguian,
(Akinjole Ogiyan)
A figura deste rei existe
De duas maneiras,
Uma onde ele é uma figura histórica
E outra onde é uma figura religiosa


Pode ser uma imagem de 1 pessoaOxaguian foi casado com Oyá.
Na cidade de Ejigbo
Existiu um Rei chamado Oxaguian,
(Akinjole Ogiyan)
A figura deste rei existe
De duas maneiras,
Uma onde ele é uma figura histórica
E outra onde é uma figura religiosa,
Mas em ambas as maneiras
Se conta que Oxaguian foi casado com
Uma mulher chamada Oyaronke,
Mas para os chegados era só "Oyá".
Na versão histórica esta Oyá
Era uma mulher nobre nascida
Em Iragberi, que é uma pequena cidade
Perto de Edé
E isso é um fato histórico real,
Mas... não vamos mentir, todos nós
Gostamos muito mais dos contos de fada não é?
E eu tenho um para vocês,
Existe um conto, um itan (que é o mito)
A respeito deste casamento.

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Oxaguian estava em guerra,
Sim de novo em guerra.
Ele vivia nas batalhas
Junto a seu exército.
No cair da tarde o campo de batalha
Estava forrado pelos corpos sem vida
De seus adversários,
Ele caminhou cansando
Vendo seus homens se regrupando,
Então um dos oficiais se aproximou.

😓— Kabiyesi! Estamos com problemas, hoje quase perdemos devido a falta de armas.

Oxaguian olhou em volta
E viu que seus soldados
Tinham nas mãos espadas gastas,
Escuros trincados, lanças quebradas
Arcos tortos e sem flechas,
Como poderia continuar a guerra assim?
Ele empunhou a própria espada
E a viu sem corte e com pedaços faltando.

🔷— Não se preocupe, eu vou conseguir mais armas.

Ele Montou no cavalo e partiu
A todo galope para a aldeia vizinha
E lá chegou na casa de um outro guerreiro,
Este era Ogun Alagbedé, o produtor de ferramentas.

🔵— Filho de Obatalá! O que o trás a minha casa?
🔷— Ogun meu amigo eu preciso muito de sua ajuda, estou no meio de uma guerra e as armas de meus soldados acabaram, não tenho como travar novas batalhas.
🔵— Quer que eu faça novas armas?
🔷— Sim, as suas são as melhores, preciso de espadas, lanças, escudos, arcos, flechas, Machados e tudo mais que puder produzir.

Ogun aceitou a encomenda,
Imediatamente foi para a forja
E batendo o ferro com sua marreta
Foi fazendo as armas.
Uma semana se passou e Oxaguian
Veio buscar as encomendas,
Mas quando contou as armas
Percebeu que a quantidade era
Menos de um terço do que o necessário.

🔷— Mas Ogun isso é muito pouco, uma batalha se aproxima, como posso enfrentar apenas com isso?

Ogun que não gosta de desaforo
Deu de ombros.
🔵— Ora essa, dê seu jeito, eu faço as armas com capricho, a produção vai demorar o tempo que eu achar que deve!

Nao tinha jeito,
Como fazer Ogun ir mais rápido?
Quem é que pode empurrar Ogun?
Muitos acham que a resposta é "ninguém"
Mas para a sorte de Oxaguian
Uma mulher saiu da casa
E encontrou Ogun e ele ali diante da forja.

🌸— Eu não pude deixar de ouvir.

Oxaguian olhou para a mulher, era a criatura mais linda que já tinha visto em toda a vida.

🔵— Ah... essa é Oyá, minha esposa. — Ogun a apresentou.
🌸— Eu posso fazer Ogun produzir com maior agilidade se seu pedido for uma urgência.
🔷— Sim por favor!

Oyá apontou para a fornalha,
De imediato um vento veio pela campina
E ligeiro entrou no quintal
E atingiu a fornalha
Atiçando o fogo de tal modo
Que as chamas se intensificaram
A ponto de atingir as alturas.
Rapidamente o metal que estava
Dentro da fornalha derreteu,
O precesso que levaria horas
Se fez em menos de um minuto.
Ogun correu e apanhou
O metal derretido,
Encheu os moldes de
Pontas de flechas
E Oyá fez soprar sobre eles
Um vento muito frio
E então estavam prontas
Dezenas de pontas de flecha
Afiadas para a guerra.
Oxaguian muito satisfeito foi embora
E dias depois quando voltou
Encontrou todas as armas prontas.
Quando foi agradecer a Ogun
Ele quis também agradecer a Oyá
E Então conversa vai conversa vem
Ele e ela começaram uma amizade.
Oxaguian veio fazer novas visitas
E preferia inclusive
Visitar a casa quando Ogun estava ausente.
Um dia Ogun chegou
Encontrou Oyá arrumando as malas.

🔵— Mulher onde esta indo?

Oyá que é um tanto debochada
Disse como se não fosse nada demais.
🌸— Estou indo embora, vou morar com Oxaguian.

Ogun espantando viu a mulher partir,
E ela realmente se foi.
Muito tempo depois ele estava na forja
Quando ouviu o trote de um cavalo
Se aproximando da casa,
Saiu e ali deu de cara com Oxaguian
Que vinha cabreiro
Receoso de Ogun estar bravo.

🔵— Diga lá Oxaguian, a que devo a visita?

Oxaguian desceu do cavalo
E se aproximou devagarinho.

🔷— Olá Ogun... Eu vim saber se você faria armas para mim novamente.
🔵— Claro que sim.
🔷— Mas... Não está aborrecido comigo?
🔵— Por você ter se casado com Oyá? Não, eu conheço aquela uma não é de hoje, não é a primeira vez que ela fez isso. Vamos, vamos falar das armas.

Oxaguian muito surpreso
Com a calma de Ogun
Acabou por fazer uma nova encomenda.
Dias depois ele voltou
E lá estava Ogun todo atrasado.

🔷— Não acabou ainda?
🔵— Ora não venha me encher, se Oyá ainda estivesse aqui me ajudando eu já teria acabado.

Oxaguian foi para o meio do terreiro
E virou o rosto na direção de seu Palácio
Então gritou:

🔷— Ooooooyá! Ajude Oyá! Ajude Ogun!

Ogun e Oxaguian observaram
As copas das árvores da floresta ao longe
Se agitando, o vento veio como uma lufada
Arrastou a poeira no terreiro
E atingiu em cheio a fornalha
Atiçando a chamas como antes,
E assim se seguiu,
Oyá mesmos ao longe enviava o vento
Para ajudar Ogun
E Oxaguian teve suas armas
Para travar mais uma guerra.

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Mitos dos Orixás, dramatização: Felipe Caprini
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Espero que tenham gostado!

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