A história de Anjos e Demônios que a igreja católica esconde: Enoch e os “Vigilantes”
Em 2002, o jornal britânico The Sunday Telegraph relatou que o Vaticano havia proibido a veneração daqueles anjos que não aparecem nos “textos autorizados” da Bíblia {caso contrário o sistema de manipular a verdade não funcionaria}. Esta foi uma tentativa de combater a influência de grupos não identificados da Nova Era que supostamente estavam recrutando novos membros dentro do rebanho da Igreja Católica Romana ao revelar o esoterismo e o conhecimento oculto subjacente em todo o sistema religioso dogmático.
Enoch e os “Watchers” (“Vigilantes”-Anjos [Fallen Angels] Caídos): A verdadeira história de anjos e demônios
Fonte: New Dawn Magazine
“Toda coisa visível no mundo é colocada sob a atenção de um “anjo”. – Santo Agostinho
{“E andou Enoch com Deus; e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou”. Gênesis 5:24
“Pela fé Enoch foi trasladado (aos céus) para não ver a morte, e não foi achado, porque Deus o trasladara; visto como antes da sua trasladação alcançou testemunho de que agradara a Deus”. Hebreus 11:5
“E foram todos os dias de Enoch trezentos e sessenta e cinco anos”. Gênesis 5:23
“E andou Enoch com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas”. Gênesis 5:22}
No futuro, as orações deveriam ser direcionadas apenas aos três arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, mencionados na Bíblia. De acordo com o livro apócrifo e proibido de Enoch esses eram os seres angélicos responsáveis por prender os anjos (Fallen Angels) caídos ou os Vigilantes (os Watchers) que haviam transgredido a Lei de Deus. A reportagem dizia que a Igreja primitiva havia excluído o livro, atribuído ao profeta e patriarca Enoch do Antigo Testamento, da versão autorizada da Bíblia porque descrevia esses anjos caídos e suas atividades.
Quem são os Vigilantes (os Watchers), ou os Anjos (Fallen Angels) Caídos e por que a Igreja primitiva e o Vaticano moderno são preocupados com eles?
O Gênesis, no capítulo 6: 1-4 diz:
“E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas, viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram. Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos. Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus “entraram” {entrar, conhecer, na Bíblia, significa o relacionamento sexual} às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama”. Gênesis 6:1-4
Tradicionalmente, os Ben Elohim, ou ‘os filhos dos deuses’, contavam várias centenas e desceram à Terra no Monte Harmon, conforme descrito no Livro de Enoch, menosprezado pela igreja romana. Significativamente, este era um lugar sagrado para os cananeus e os hebreus que invadiram sua terra. Em épocas posteriores, foram construídos vários santuários dedicados aos deuses Baal (Lúcifer), Zeus (Júpiter, Amom), Helios (Sol) e Pan e a deusa Astarte em suas encostas.
Esses Ben Elohim ou “anjos caídos” também eram conhecidos como Vigilantes, Grigori e Irin. Na mitologia judaica, os Grigori eram originalmente uma ordem superior de anjos que habitavam no céu mais alto com Deus e pareciam seres humanos em sua aparência (1). O título ‘Vigilantes’ (os Watchers) significa simplesmente ‘quem assiste’, ‘quem está acordado’ ou ‘quem não dorme’. Esses títulos refletem a relação única entre os ‘Vigilantes’ (os Watchers) e a raça humana desde os tempos antigos, ainda ANTES do dilúvio de Noé.
Na tradição esotérica luciferiana, eles eram uma ordem especial da elite de seres angélicos criados por deus para serem pastores terrestres dos primeiros humanos primitivos. Era sua tarefa observar e vigiar as espécies humanas emergentes e relatar seu progresso. No entanto, eles foram confinados pela diretiva divina principal a não interferir na evolução humana {deviam respeitar o nosso LIVRE ARBÍTRIO}. Feliz ou infelizmente, eles decidiram ignorar o mandamento de Deus, desafiar suas ordens e tornaram-se os professores da raça humana, com amplas repercussões para si e para a evolução da humanidade.
A maioria das informações que temos sobre esses seres ‘Vigilantes’ (os Watchers) e suas atividades vem do livro apócrifo de Enoch {Nota Thoth: O livro de Enoch mais completo e acurado vem de manuscritos etíopes “Maṣḥafa Hēnok”, escritos em Ge’ez, que foram trazidos para a Europa por James Bruce no final do século XVIII e traduzidos para o inglês no século XIX}. Na Bíblia ortodoxa, o profeta Enoch, do hebraico ‘hanokh’ ou instrutor, é uma figura misteriosa.
Em Gênesis 4: 16-23, esse nome é dado ao primeiro filho de Caim, o “primeiro assassino”, depois da morte de seu irmão Abel e a primeira cidade construída por seu pai Caim recebe o nome de Enoch, em sua homenagem. Mais adiante, em Gênesis 5: 18-19, e várias gerações depois do filho de Caim, na relação da descendência do terceiro filho de Adão com Eva, Seth, surge o nosso Enoch como filho de Jarede, descendente de Seth, e é durante a vida desse Enoch que os ‘Vigilantes’ (os Watchers) decidem tomar como suas esposas, as filhas dos homens, assim descendo à Terra em corpos humanos pela primeira vez, em ato de rebeldia contra o deus que os criou.
No livro apócrifo do Jubileu, supostamente ditado por “um anjo do Senhor” a Moisés no Monte Sinai, quando ele também recebeu os Dez Mandamentos, diz que Enoch foi “o primeiro entre os homens que nasceram na Terra [sic] que aprende a escrita, desenvolve conhecimento e sabedoria. ”Diz que Enoch aprendeu e escreveu sobre “os signos do Céu” (conhecimento de astronomia, das doze constelações do zodíaco) de acordo com a passagem do tempo, dos meses e das estações do ano em um livro. Era assim que os seres humanos conheciam as estações do ano em relação à ordem dos meses e suas respectivas influências estelares e planetárias. A indicação é que Enoch recebeu essas informações científicas de “fontes angelicais extraterrestres”, ou seja, dos ‘Vigilantes’ (os Watchers), e, portanto, ele foi uma especie de legislador nos primórdios da civilização humana, sendo um intermediário entre os elohim (deuses) e os homens.
Os Anjos (Fallen Angels/Watchers) Caídos Instruem a Humanidade
Conforme descrito no Livro de Enoch duzentos ‘anjos (Fallen Angels) caídos’ desceram {de livre e espontânea vontade} do “reino celestial” até o cume do Monte Hermon e ficaram tão impressionados com a beleza das mulheres humanas que, usando seus novos corpos materiais, fizeram sexo com elas. Isso provocou ainda mais a ira de Yahweh e, segundo a Bíblia, as conseqüências dessa miscigenação entre os ‘anjos (Fallen Angels) caídos’ e os humanos mortais levaram à geração de filhos meio angélicos e meio humanos, seres híbridos, os “homens de fama” conforme o Gênesis 6: 4.
Essas crianças eram chamadas de Nefelim ou Nephilim e eram a raça gigante que habitou a Velha Terra. Os anjos caídos ensinaram às suas esposas e aos seus filhos uma variedade de novas habilidades tecnológicas, conhecimento e sabedoria oculta. Isso sugere que as habilidades psíquicas e os poderes mágicos eram originalmente uma herança antiga do reino angélico dado aos primeiros seres humanos. Na tradição luciferiana, isso é conhecido em termos espirituais e metafóricos como o ‘sangue de bruxa’, ‘sangue élfico’ ou ‘sangue das fadas’ que seria possuído por bruxas e feiticeiros.
O Livro de Enoch, diz que o líder dos anjos caídos era chamado Azazel, e ele é frequentemente identificado com Lúcifer (o Portador da Luz) ou Lumiel (‘a luz de Deus’). Ele ensinou os homens a forjar espadas e fazer escudos e couraças (armaduras). Azazel também lhes ensinou metalurgia e como extrair da terra e usar diferentes minérios para a fabricação de ligas metálicas (ciência da metalurgia). Para as mulheres, ele ensinou a arte de fazer pulseiras, ornamentos, anéis e colares de metais preciosos e pedras. Ele também mostrou a elas como “embelezar as pálpebras” com kohl e o uso de truques cosméticos para atrair e seduzir o homem. A partir dessas práticas, Enoch diz que houve muita “impiedade” e corrupção, e homens e mulheres cometeram fornicação, foram desviados do caminho original e se tornaram corruptos em seus caminhos, com o conhecimento do bem e do mal.
“Então a serpente {um dos anjos caídos} disse à mulher: Certamente não morrereis. Porque deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como deus, sabendo o bem e o mal. E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais”. – Gênesis 3:4-7
Essa foi a base para a Igreja católica condenar os anjos caídos por ensinar as mulheres a fazer colares de moedas de ouro e pulseiras para os braços. São Paulo disse que as mulheres deveriam cobrir a cabeça na sinagoga (Coríntios: 11: 5-6). Isso porque os anjos caídos deveriam ser atraídos por fêmeas humanas com cabelos esvoaçantes. O costume das mulheres que cobrem os cabelos nas igrejas ainda é encontrado no catolicismo romano e também nos costumes do islã.
Dizem que o anjo caído Shemyaza, outra forma de Azazel, ensinou aos humanos o uso de estacas de raízes e a arte mágica do encantamento; o anjo caído Armaros ensinou a resolução (banimento) de encantamentos; Baraqijal ensinou astrologia; Kokabiel, o conhecimento das constelações (astronomia); Chazaqiel, o conhecimento das nuvens e do céu (conhecimento do clima e adivinhação); Shamsiel, os signos do sol (os mistérios solares); Sariel os cursos da lua (os ciclos lunares usados na horticultura e agricultura e os mistérios esotéricos da lua); Penemuel instruiu os seres humanos na arte de escrever e ler; e Kashdejan ensinou o diagnóstico e a cura de doenças e a ciência da medicina.
É muito óbvio e claro, a partir dessas descrições do conhecimento e das habilidades de ensino desses ‘Vigilantes’ (os Watchers), que eles eram exemplos culturais e os responsáveis pela aceleração da civilização da raça humana primitiva prédilúvio. Portanto, é estranho que nos textos religiosos judaico-cristãos ortodoxos eles sejam deturpados como corruptos e maus para a humanidade, ao contrariar um deus {Yahweh} em sua vontade e instruir a raça humana que ele teria criado.
Alguma ideia do status exaltado original e da natureza real dos ‘filhos de Deus’ e dos ‘anjos do Senhor’ pode ser encontrada escondida nos antigos anais da tradição angelical. Por exemplo, Kokabiel é descrito como “um grande príncipe angélico que domina o conhecimento sobre as estrelas (2)“. Nos Oráculos da Sibilina, Araqiel é um dos anjos caídos que guia as almas dos mortos para o julgamento no submundo.
Shamsiel, possível originalmente um deus do sol da Babilônia, foi chamado de “o príncipe do Paraíso” porque era um dos anjos da guarda que vigiava os portões do Éden. Nesse papel, ele levou Moisés para ver o jardim celestial e também vigiava os tesouros do rei Davi e de seu filho Salomão, o Sábio. Esta referência pode ser a tesouros espirituais, em vez de ouro e jóias físicos. No Zohar judeu, ele é nomeado o principal assessor de campo do poderoso Arcanjo Uriel e levou seu estandarte para a batalha. Sariel era um anjo associado à fertilidade da terra e ao equinócio da primavera (hemisfério norte) em março. Ele governou o signo marcial de Áries, o Carneiro, e foi invocado para proteção contra o poder maléfico do Olho Mau.
Azazel – Lúcifer – Lumiel
Azazel, era o líder dos Anjos (Fallen Angels/Watchers) Caídos, como mencionado anteriormente, foi identificado com Lúcifer ou Lumiel. No Alcorão, diz-se que Lúcifer-Lumiel (Iblis) se rebelou contra Alá porque lhe disseram para se curvar e adorar o “homem da terra” nascido em barro, Adão, e recusou. Ele foi forçado a travar uma batalha no céu com o Arcanjo Mikael ou Michael e o Exército do Senhor. Como resultado, Lumiel e seus anjos rebeldes foram expulsos do céu e caíram na Terra. Aqui Lumiel se tornou o “Senhor do Mundo” e na mitologia cristã, ele foi identificado falsamente com o bicho-papão Satan. No entanto, esotericamente, na tradição luciferiana, Lumiel ou Lumial não é uma figura satânica do mal que atrai a humanidade para a tentação e atos do mal, como a Igreja o representa. Ele é “o anjo de Deus [que] se rebelou contra a ordem cósmica estagnada estabelecida aqui na Terra para a humanidade e pôs em movimento as forças da mudança e da evolução(3) …dando para a espécie humana o conhecimento do bem e do mal.
É possível que Lumiel tenha se originado em Canaã como Shahar, o deus da estrela da manhã (Vênus). Ele tinha um irmão gêmeo chamado Shalem, que também era simbolizado pelo planeta Vênus, mas como a estrela da noite. Esses gêmeos divinos, brilhantes e escuros, representavam a luz solar emergindo da escuridão da noite ao amanhecer e descendo nela ao entardecer. Eles eram filhos da deusa Asherah, e há evidências arqueológicas do Oriente Médio de que os hebreus adotaram sua adoração quando se estabeleceram em Canaã e a praticaram juntamente com a reverência do deus da tempestade tribal, o amargo e raivoso Yahweh.
O Antigo Testamento tem várias referências à adoração contínua de Asherah como “Rainha do Céu” pelos hebreus pseuda e supostamente monoteístas. Isso acontecia em santuários em bosques sagrados nas colinas, onde faziam oferendas de bolos e incenso à deusa. Na mitologia cananéia, Shahar, como o Senhor da Estrela da Manhã, foi expulso do céu por desafiar o deus supremo El na forma de um raio. Nessa forma, ele fertilizou a Mãe Terra com sua força fálica divina.
Azazel é representado como um ferreiro de metal e um feiticeiro ou mago que trabalha com fogo. Ele também foi comparado ao primeiro ferreiro bíblico Tubal-Caim, um descendente do caim meio-humano, meio-angélico e “primeiro assassino”. O nome atual Azazel foi traduzido de várias maneiras como “deus da vitória”, “a força de Deus”, “o deus forte” e até “o deus da cabra”. No apocalipse apócrifo de Abraão , ele é chamado “o senhor dos pagãos”, sugerindo que ele era originalmente um deus pagão. Ele também foi identificado com a serpente no mito edênico que seduziu a primeira mulher e “mãe de todos os que vivem”, Eva.
Em um texto persa conhecido como o Urm al-Khibab ou O Livro Primordial , que data do 8º século dC, diz-se que o anjo Azazil ou Azazel se recusou a reconhecer a superioridade de Adão sobre os anjos. Como resultado, Allah expulsou ele e seus anjos rebeldes do reino celestial para viver na Terra. De maneira geral, na tradição islâmica, Azazel ou Azrael é o anjo da morte e ele atua como um guia para as almas dos mortos.
Em Levítico 16: 8-10 e nos Manuscritos do Mar Morto, é registrado um ritual hebraico curioso que apresenta Azazel como o nome do ‘bode expiatório’ que leva os pecados comuns de Israel. Diz que o sumo sacerdote Aarão pegou duas cabras do rebanho e lançou sortes (adivinhação praticada) para escolher qual deles seria o bode expiatório e sacrificado como uma “oferta pelo pecado”. Os Pergaminhos dizem que o sumo sacerdote confessou todas as “impurezas dos filhos de Israel ”sobre a cabeça do bode Azazel. Por esse ato ritualmente simbólico, ele transferiu para o infeliz animal todas as suas culpas e pecados, para que pudessem ser absolvidos deles. A cabra era então lançada no deserto para morrer ou jogada sobre um penhasco para ser despedaçada nas rochas abaixo.
Este conceito antigo e arquetípico do bode expiatório sacrificado pelos pecados da raça humana abandonado no deserto é um motivo poderoso e potente que aparece várias vezes nos mitos bíblicos. Isso pode ser visto na história de Caim, que se torna um andarilho exilado na Terra depois de ser marcado por Deus e banido para viver à “leste do Éden” depois de matar seu irmão Abel. Em uma lenda judaica, o sábio rei Salomão, um poderoso mágico que podia convocar e controlar demônios, caiu da graça porque “se prostituiu por deuses estrangeiros”. Ele foi forçado por seu deus a deixar Jerusalém e passear no deserto disfarçado de mendigo.
No IRÃ (antiga PÉRSIA) foi encontrado um túmulo com cerca de 12.000 anos em montanhas remotas com um corpo {Nephilim?} em estase !
Também após o êxodo da escravidão no Egito, Moisés e os israelitas foram forçados a passar quarenta anos vagando no deserto antes de serem autorizados a entrar na Terra Prometida (Canaã). Na mitologia egípcia antiga, o deus sombrio Set é representado como um pária divino que mora no deserto e, depois que ela deixou Adam, sua primeira esposa Lilith ou Liliya fugiu para o deserto, longe da habitação humana. No Novo Testamento, Jesus vagou no deserto por quarenta dias e noites. Ele não foi aceito como professor em sua própria cidade de Nazaré e foi rejeitado como o messias prometido por seu povo. Quando Jesus foi crucificado, simbolicamente assumiu o papel de bode expiatório de sacrifício que morre para purificar os pecados da raça humana.
É possível que o relato do ritual do deus-cabra Azazel possa ter sido um ritual para saudar o equinócio de outono ou um ritual de colheita de origem síria, hitita ou cananéia adotada pelos hebreus. Originalmente, uma cabra teria sido selecionada por meio de um ritual de adivinhação e depois oferecida a um deus ou demônio do deserto que precisava ser aplacado pelo derramamento de sangue. Eventualmente, o sacrifício foi feito ao Senhor como uma petição para perdoar os pecados de seus seguidores. Acreditava-se popularmente que Azazel tinha um séquito de demônios peludos conhecidos como os se’irim que, como os Vigias, cobiçavam mulheres humanas. Não pode ser uma total coincidência que a Igreja tenha imaginado o diabo ou Satanás na forma de um bode peludo, meio humano, com um enorme falo ereto que teve relações sexuais com suas adoradoras no sábado das bruxas.
Tumba de 12.000 anos encontrada no Irã com um ser em estase
Shemyaza é visto por alguns luciferianos modernos como o emissário de Lumiel ou um de seus avatares (um ser divino encarnado em forma humana). Ele não só se apaixonou por mulheres humanas, mas também pela divindade babilônica Ishtar, a deusa do amor e da guerra. Ela prometeu fazer sexo com ele se, em troca, lhe revelasse o nome secreto de Deus. Quando Shemyaza disse a ela, Ishtar usou esse conhecimento proibido para ascender às estrelas e reinou sobre a constelação das Plêiades ou das Sete Irmãs. Enquanto os outros Vigias foram presos pelos arcanjos e punidos por Deus, Shemyaza voluntariamente se arrependeu de seu erro e sentenciou-se a ficar de cabeça para baixo na constelação de Orion, o Caçador, com quem às vezes ele é identificado na tradição luciferiana. Na tradição cabalística, é Naamah (4),
“Uma disputa entre os deuses e a raça humana”
Como vimos, o resultado final das relações ilícitas entre os Vigias e as “filhas dos homens” foi, de acordo com a propaganda judaico-cristã, o surgimento de uma raça monstruosa de gigantes canibais guerreiros e bebedores de sangue chamados Nephilim. Gênesis 6: 4 os descreve de maneira menos dramática como “os homens poderosos da antiguidade, homens de fama”. A princípio, eles foram alimentados com o maná (ambrosia ou alimento dos deuses?) Pelo Senhor para impedi-los de consumir carne humana, mas eles a rejeitaram. Em vez disso, eles abateram animais como alimento e começaram a caçar e comer presas humanas.
Especula-se que essa lenda seja baseada nos hábitos culinários dos pastores nômades do deserto no Oriente Médio, que eram vorazes comedores de carne. No mito bíblico de Caim e Abel, a disputa entre os dois irmãos que levaram ao primeiro assassinato é sobre a natureza das ofertas feitas ao “Senhor”. Abel, um “guardador de ovelhas” ou pastor nômade, ofereceu os “primogênitos do rebanho…” e Caim, que era o “lavrador da terra” ou um agricultor ofereceu “o fruto da terra” (Gênesis 4: 2- 4) As ofertas queimadas de Abel de carne e sangue de animais foram mais agradáveis ao “Senhor”, mas ele rejeitou os vegetais, cereais e frutas oferecidos por seu irmão {aqui “deus” refuta ser vegetariano e/ou vegano}. Em um nível puramente material, em oposição a uma metáfora mítica e espiritual,
A ideia de heróis semi-divinos nasceu dos antigos mitos de união entre os deuses e os mortais. O poeta e escritor Pindor (518-438 aC) descreveu os heróis do passado como “uma disputa entre deuses e homens”. Nos Manuscritos do Mar Morto, os terríveis Nephilim, comedores de seres humanos, são de fato descritos como os guardiões do conhecimento arcano que ” conheciam todos os mistérios da natureza e da ciência. ”Também há referências oblíquas às técnicas de criação que eles ensinaram que sugerem que eles instruíram os primeiros seres humanos na domesticação e na criação de animais e o desenvolvimento da agricultura, código de leis, enfim, ensinaram ao homem a civilização.
Referências adicionais também sugerem experimentos que levaram à criação de “monstros” pela intercruzamento de animais com espécies diferentes e não relacionadas (geneticamente). No ocultismo teosófico moderno, existem lendas sobre o continente perdido da Atlântida que afirmam que nos dias finais daquela civilização, a corrupção foi tão grande, que seus cientistas criaram seres híbridos meio humanos e meio animais como raça escrava.
Em nosso atual momento, os cientistas estão experimentando pesquisas genéticas e experiências de clonagem de animais. Há rumores de que na China houve recentemente tentativas abortivas de criar uma nova espécie híbrida meio humana e meio animal. Esses experimentos não naturais levaram ao desastre cataclísmico que destruiu a Atlântida. Isso também se refere à destruição dos Nephilins e à raça humana primitiva no dilúvio bíblico. Registros de tal evento também podem ser encontrados na mitologia dos povos antigos em todo o mundo e especialmente entre os babilônios no Oriente Médio. De fato, afirma-se que a história de Noé e do Dilúvio no Antigo Testamento se originou nos mitos babilônicos e sumérios.
10.000 aC e o fim da era do gelo
Sabe-se que cerca de 10.000 aC parece ter havido uma explosão cultural que transformou a humanidade primitiva. No final da última Era do Gelo, os primeiros sinais da agricultura apareceram no Oriente Médio, com uma mudança do estilo de vida nômade de caçadores-coletores para o da agricultura estabelecida e a construção de assentamentos que deram origem às cidades antigas. Isso marcou o início da civilização nesta área. Já em 9500 aC, trigo e centeio eram cultivados e aveia, ervilhas e lentilhas eram cultivadas por nossos ancestrais neolíticos no que hoje é o Kurdistão moderno, entre a Turquia e o Iraque. Ao mesmo tempo, cães, cabras e ovelhas também foram domesticados. Em mil anos, a fundição de cobre e chumbo estava sendo praticada na Anatólia (Turquia moderna) e os arqueólogos acreditam que esse processo foi descoberto pela primeira vez no Kurdistão, juntamente com a tecelagem e a fabricação de cerâmica.