quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Iberê: o curumim da Umbanda.

 

Iberê: o curumim da Umbanda.

Iberê nasceu no alto do Rio Araguaia, na Tribo dos Tapirapé. Ele era um indiozinho alegre e destemido, sempre correndo de um lado a outro.
Sua aldeia estava sempre em pé de guerra com seus vizinhos da Tribo Karajá. O Cacique, pai de Iberê, tentava apaziguar a situação, mas eles eram constantemente atacados e saqueados.
Quando Iberê contava com 6 anos de idade, sua Tribo sofreu um ataque surpresa dos Karajá. Os homens se empenharam no combate... Mas, as mulheres e as crianças foram sequestrados.
Iberê foi levado com sua mãe para a Tribo do inimigo e obrigado a conviver com eles. A intenção deles era a de expandir sua tribo e fortalecer a sua raça.
No entanto, Iberê não aceitou sua nova situação. Por isso, ele combinou com outros indiozinhos uma fuga para retornar à sua aldeia. Ele pretendia buscar ajuda, mas foi surpreendido em seu intento.
Mesmo assim, ele conseguiu fugir dos seus captores e se embrenhou na Mata Atlântica. Iberê tentou por dias localizar sua aldeia... Mas, depois de muito procurar, percebeu que andava em círculos. Então, decidiu voltar onde estava...
Ele chegou cambaleante e doente de volta à tribo de seus raptores. O chefe dos Karajá reconheceu que o menino era um índio forte e merecia ser bem tratado.
O pajé procurou salvá-lo, mas a doença tomou conta de seu corpo infantil. Em poucos dias Iberê morreu, deixando sua mãe e seus amigos tristes.
Seu nome nunca mais foi esquecido, pois diziam: "Morreu um pequeno grande guerreiro!"
Os Tapirapé reconstruíram suas aldeias em outras localizações. Uma parte da tribo rumou para a Ilha do Bananal e a outra para a Serra do Urubu Branco. Alguns, ainda, foram em direção à Mata Amazônica e se misturaram às outras tribos.
Os Karajá miscigenaram sua raça com as mulheres e as crianças Tapirapé. Inclusive, os Kayapó invadiram as aldeias dos Tapirapé.
Enfim, uma das maiores raças indígenas do solo brasileiro, sofreu muitas perdas após vários ataques, reduzindo drasticamente a sua população.
Mesmo com tantos acontecimentos, a história de Iberê permaneceu e se espalhou... O povo indígena falava de um menino que morreu, porque tentou salvar sua tribo.