Cabocla Sete Saias da Jurema
Antes de ser aconselhado a escrever essa postagem, eu nem sabia da existência dessa Entidade. Quando ouvi seu nome pesquisei e nada encontrei. Ela me procurou e contou sua história e me explicou porque se chama "Sete Saias da Jurema", sendo ela uma Cabocla.
Ela era uma índia Puri, que nasceu em 1537, no Brasil Central, entre o Planalto Central e a Serra da Mantiqueira. O local de seu nascimento ainda era preservado dos olhos dos bandeirantes, até o ano de 1550, quando ela contava com 13 anos de idade.
Seu avô era o Cacique da Tribo e seu pai era um grande guerreiro. Ela tornou-se moça e foi prometida em casamento ao filho do primo de seu pai, de uma tribo vizinha. Seu nome era Jaci, como a Lua e seu noivo se chamava Guaraci, como o Sol. Mas, os dois quase não podiam se ver... Então, os demais índios brincavam: "Como o sol e a lua eles não podem se encontrar..." E saíam rindo e fazendo graça. Jaci não ligava para as brincadeiras, até gostava.
Ela era uma moça que se divertia ao tomar banho nas cachoeiras e rios da região. Adorava subir as montanhas e cantar para o vento. Ou subia nas árvores mais altas e se comunicava com os pássaros e animais das florestas. Assim, passava seus dias, fazendo aquilo que mais gostava: viver em meio a Natureza. Também auxiliava os afazeres da tribo e participava de todos os rituais em que era permitido a participação das mulheres.
Com a chegada dos primeiros bandeirantes em busca de jazidas de pedras preciosas, os embates com os índios começaram a ser travados. Quando o homem branco chegou a região onde se localizava sua tribo, Jaci estava em uma árvore observando... E, quando percebeu, o ataque já havia começado.
Sua tribo estava despreparada, mas lutou bravamente. Muitos morreram e muitos foram aprisionados. Ela foi levada junto com os outros índios que foram escravizados, para auxiliar na extração de Pau-Brasil e pedras preciosas.
Jaci ainda viu sua mãe uma última vez. Seu pai, seu noivo e a maioria dos homens guerreiros das duas tribos foram mortos em combate. Amarrada, junto aos outros de sua tribo, Jaci chegou ao litoral e percebeu que sua terra não era mais a mesma.
Os homens que trabalhavam nas embarcações eram rudes e sedentos de desejo e ao avistar as mulheres indígenas nuas, jogavam-se em cima delas, possuindo-as a força. Essa parte da história, muitos tentaram esquecer, mas Jaci nunca esqueceu... Pois foi assim que deixou de ser virgem: forçada por um tripulante de um dos navios. Ainda tentou se debater, mas nada conseguiu, a não ser atiçar ainda mais o desejo do homem.
Depois de ser usada, Jaci chorou muito, pois não entendia porque Tupã permitia tudo isso. Ela percebeu que sua Terra estava sendo saqueada e que seus tesouros estavam sendo roubados. Os índios capturados foram obrigados a trabalhar em troca de suas vidas. Alguns tentavam fugir e eram mortos. Outros se matavam, atirando-se ao mar...
Todos os dias, Jaci implorava a Tupã, a M'boi e a Mãe Iara, que tivessem misericórdia e abrandassem o coração daqueles homens sem escrúpulos.
Jaci sempre carregava consigo sete penas de cores diferentes, das aves da floresta - uma recordação de sua tribo e sua terra. Ela teceu um saiote com folhas secas e colocou as penas ao redor, para recordar sua vida perdida. As penas lhe pareciam muitas saias a lhe proteger dos olhos do homem branco.
Um ano após sua captura, Jaci ficou doente (doença de homem branco) e sua doença não teve cura. Assim como outras índias, foi largada à míngua para morrer porque não servia mais aos interesses dos conquistadores.
Triste, ela percebeu sua raça sendo subjugada e aniquilada pelos interesses daqueles homens. Quando cerrou os olhos, duas lágrimas verteram por sua terra e sua gente. Assim, morreu Jaci... Assim nasceu a Cabocla Sete Saias da Jurema!
Seu avô era o Cacique da Tribo e seu pai era um grande guerreiro. Ela tornou-se moça e foi prometida em casamento ao filho do primo de seu pai, de uma tribo vizinha. Seu nome era Jaci, como a Lua e seu noivo se chamava Guaraci, como o Sol. Mas, os dois quase não podiam se ver... Então, os demais índios brincavam: "Como o sol e a lua eles não podem se encontrar..." E saíam rindo e fazendo graça. Jaci não ligava para as brincadeiras, até gostava.
Ela era uma moça que se divertia ao tomar banho nas cachoeiras e rios da região. Adorava subir as montanhas e cantar para o vento. Ou subia nas árvores mais altas e se comunicava com os pássaros e animais das florestas. Assim, passava seus dias, fazendo aquilo que mais gostava: viver em meio a Natureza. Também auxiliava os afazeres da tribo e participava de todos os rituais em que era permitido a participação das mulheres.
Com a chegada dos primeiros bandeirantes em busca de jazidas de pedras preciosas, os embates com os índios começaram a ser travados. Quando o homem branco chegou a região onde se localizava sua tribo, Jaci estava em uma árvore observando... E, quando percebeu, o ataque já havia começado.
Sua tribo estava despreparada, mas lutou bravamente. Muitos morreram e muitos foram aprisionados. Ela foi levada junto com os outros índios que foram escravizados, para auxiliar na extração de Pau-Brasil e pedras preciosas.
Jaci ainda viu sua mãe uma última vez. Seu pai, seu noivo e a maioria dos homens guerreiros das duas tribos foram mortos em combate. Amarrada, junto aos outros de sua tribo, Jaci chegou ao litoral e percebeu que sua terra não era mais a mesma.
Os homens que trabalhavam nas embarcações eram rudes e sedentos de desejo e ao avistar as mulheres indígenas nuas, jogavam-se em cima delas, possuindo-as a força. Essa parte da história, muitos tentaram esquecer, mas Jaci nunca esqueceu... Pois foi assim que deixou de ser virgem: forçada por um tripulante de um dos navios. Ainda tentou se debater, mas nada conseguiu, a não ser atiçar ainda mais o desejo do homem.
Depois de ser usada, Jaci chorou muito, pois não entendia porque Tupã permitia tudo isso. Ela percebeu que sua Terra estava sendo saqueada e que seus tesouros estavam sendo roubados. Os índios capturados foram obrigados a trabalhar em troca de suas vidas. Alguns tentavam fugir e eram mortos. Outros se matavam, atirando-se ao mar...
Todos os dias, Jaci implorava a Tupã, a M'boi e a Mãe Iara, que tivessem misericórdia e abrandassem o coração daqueles homens sem escrúpulos.
Jaci sempre carregava consigo sete penas de cores diferentes, das aves da floresta - uma recordação de sua tribo e sua terra. Ela teceu um saiote com folhas secas e colocou as penas ao redor, para recordar sua vida perdida. As penas lhe pareciam muitas saias a lhe proteger dos olhos do homem branco.
Um ano após sua captura, Jaci ficou doente (doença de homem branco) e sua doença não teve cura. Assim como outras índias, foi largada à míngua para morrer porque não servia mais aos interesses dos conquistadores.
Triste, ela percebeu sua raça sendo subjugada e aniquilada pelos interesses daqueles homens. Quando cerrou os olhos, duas lágrimas verteram por sua terra e sua gente. Assim, morreu Jaci... Assim nasceu a Cabocla Sete Saias da Jurema!