Ela nunca me procurava...
Nunca.
Mas eu sempre ia atras dela.
Ainda era minha filha,
Apesar de tudo ela era.
Eu me sentia muito culpado,
Entende?
Dividido.
Ela nunca me procurava...
Nunca.Mas eu sempre ia atras dela.
Ainda era minha filha,
Apesar de tudo ela era.
Eu me sentia muito culpado,
Entende?
Dividido.
Eu sou um homem morto,
Um cigano Kalon.
A alma cigana pertence
A um lugar chamado Lemúria,
É para lá que nossas almas
Tem de ir.
Mas após a minha morte
Eu não fui para lá,
Eu não quis.
Se eu fosse... nunca mais
Veria minha Soraya.
Insisti muito para ve-la,
Ela chegou na hora marcada,
E nos encontramos na mesma
Clareira da floresta,
Lugar onde havia,
muito tempo antes,
Nosso acampamento.
Sentei em uma pedra,
A observei vir caminhando
por entre as árvores até
Ela sentar ao meu lado.
— Minha filha... como tem passado?
— Sua bênção pai. Eu estou bem, na medida do possível estou bem. E o senhor?
— Bem meu anjo, sempre bem.
— E quando o senhor vai embora?
— Não seja assim Soraya...
— Sete Saias. Meu nome é Sete Saias. Soraya não existe mais.
A olhei nos olhos,
Me lembrei de quando era
Viva e tinha belos olhos verdes,
Olhos como os meus,
Mas agora apenas o olho
direito era verde, a iris do
Olho esquerdo era vermelha.
Ao analisar bem aquele rosto,
Em uma fração de segundo
O vi se deformar,
Era como se fosse feito de
Massa, as formas ficaram confusas,
Metade do rosto teve as feições
intensificadas como se ela
Esivesse com ódio, mas
A outra metade exibiu uma
Expressão muito serena.
— O que foi isso?
Ela levou as mãos ao rosto
Segurando a face como
se tivesse medo que desmoronasse.
— Nada.
— Soraya, seu rosto...
— ja disse que não é nada. Não se preocupe com besteiras quando deve se preocupar em partir.
— Só partirei quando tu puder ir junto.
— Os portões de Lemúria não ficam abertos eternamente.
— Isso não é justo.
— Nós somos uma família.
— Éramos.
— Somos. Eu errei com você, mas...
— Não fale disso, ja faz décadas.
— Preciso sim. Eu lhe abandonei em vida, e por isso... por isso tu morreste daquela forma... naquele lugar. Não vou lhe abandonar de novo.
— Todo o clã depende do senhor, eles não podem ir para Lemúria se o senhor não for com eles. Não é justo, só o patriarca abre as portas. Esmeralda ja manifestou a insatisfação dela com esse assunto mais de uma vez.
— Esmeralda vai ter de esperar.
— E Sarah? Igor, Yago, Madalena, Pablo...
— Todo o clã vai ter de esperar.
— Até quando?
— Até eu conseguir te libertar. Você não vai ficar presa nesse mundo, não vou deixar. Se eu for para Lemúria, você vai ter que vir junto.
Ela sorriu, mas sorriu triste.
Descansou a cabeça em
Meu ombro, eu fechei os olhos
por um instante.
— Quem diria, o grande Wladimir se sacrificando por uma mulher...
— Quem diria... mas é como diz o ditado, a o aço só é forte após passar pelo fogo. Eu vou consertar todos os meus erros Sora... Sete Saias.
Ela se foi, voltou para junto
Daquelas as quais ela agora
Chamava de irmãs.
Eu passava os dias e as noites
Em uma busca incessante
Atrás de uma resposta a respeito
do que prendia a alma de minha
Filha a este mundo,
E mesmo com todo o clã
revoltoso eu me negava
A deixar Soraya para trás.
Ou íamos todos para Lemúria
Ou não iria ninguém.
Foi então que passado algumas
semanas chegou a meus ouvidos
O bochicho de que uma feiticeira
Havia sido assassinada por uma
Alma maldita, a tal Rosa Caveira,
E que o motivo do ato foi que
A feiticeira havia usado um item
Portador de grande magia
E que pertencia a Rosa.
Pensei "se esse objeto é poderoso, pode ajudar a minha filha",
Então fui atras de uma dessas
Moças, escolhi falar com aquela
que eu sabia ter apreço verdadeiro
Por minha Soraya.
Fui até aquela mansão abandonada
Perto da Quinta dos Santos,
E lá encontrei Maria Padilha.
No salão abandonado, repleto
De teias de aranha e morcegos
Encarapitados nas vigas podres.
Ela nem se dignou a ficar em pé
Quando entrei, do jeito que estava
deitada em um divã, fumando
Uma cigarrilha, ela ficou.
— Boas noites... ou seria melhor de dizer...Optcha!
Ela zombou.
Era muito mal educada.
Eu forcei uma risada,
Afinal precisava daquela uma.
— Boas noites. Bem, eu queria falar contigo...
— Falar em pé ou deitado?
— Não seja abusada.
— Ai ja é pedir demais. O que quer falar? Veio me ameaçar de morte, como fez varias vezes?
— Já estamos mortos.
— Ah sim, que distração a minha... sente-se, diga a que veio.
Sentei em uma
Cadeira velha e empoeirada.
— Ouvi dizer que Rosa Caveira tem uma caixa que dá poderes, que uma bruxa usou deles e...
— A bruxa esta presa em um mausoléu, virou um fantasma. Mas sim, existem caixas que dão poderes. O que você quer com elas?
— Ajudar a minha filha.
Ela se aprumou, sentando
Com as costas eretas.
— Defina Ajudar.
— Quero que minha filha venha comigo para Lemúria.
— Sabe que ela é amaldiçoada, não sabe? Ela é como eu.
— O que sei é que antes de entrar naquele maldito cabaré e ser maculada com essa feitiçaria imunda de Quitéria, ela era cigana.
— E o que tem ser cigana?
— Corre Magia nas veias do meu povo.
— Acha que a linhagem cigana pode quebrar a maldição?
— Com alguma ajuda, acho que pode. Você é a melhor amiga dela, é a pessoa que cuidou dela quando eu... me isentei. Sei que se preocupa com minha Soraya, então... me ajude a salvar ela.
Padilha ficou em silêncio
por um longo tempo.
— Sete Saias esta em conflito. A alma dela é... dividida. Metade da alma é como eu, metade é como você Wladimir.
— A metade mais antiga é como eu, essa é a parte original dela. Minha mãe, Lurdes, criou Soraya para ser uma princesa Cigana, não uma prostituta ou uma bruxa de encruzilhada. Sem ofensas.
— Não ofendeu. Tudo bem, vou ajudar.
E ela me disse o que iria
Acontecer, marcou para a
Noite seguinte, as três da madrugada
Ali naquela mansão velha,
Ela traria uma das tais caixas,
Nós iríamos ajudar minha filha.
Na hora marcada eu estava lá,
Levei comigo Esmeralda e Yago,
Uma precaução para acaso Padilha
Resolvesse prontar alguma traição.
O grande salão de bailes da mansão
Estava completamente vazio,
Apenas quatro mulheres lá,
Minha Soraya, Padilha, Mulambo e...
Quitéria.
Yago cochichou no meu ouvido:
— Tio, porque as três Marias estão aqui?
— Não sei...
— Cuidado, elas se odeiam, só se unem quando querem fazer feitiçaria pesada...
— Acha que tem tramóia?
— Acho.
Soraya sorriu para nós
Enquanto se aproximava.
— Padilha disse que iria ajudar vocês a irem para Lemúria.
— Com você junto, é claro.
Soraya fez feição de confusa,
Olhou para Padilha que moveu
Os labios dizendo "Confie em mim".
Ela então Soraya sorriu para nós
e se colocou no centro da sala,
Vi que ali haviam duas caixas
De madeira, Soraya subiu sobre elas.
Meu coração apertou,
Havia alguma coisa errada ali.
— Padilha, o que realmente vai acontecer aqui? Porque vocês três vieram juntas?
Ela gargalhou, desgraçada!
— Esse conflito em Sete Saias, essa questão de ser metade bruxa metade cigana... vamos por um fim nisso. Como um bom cigano que és eu creio que se lembra da lenda de Santa Sara Kali... foram as três Marias da biblia que intercederam pelas almas naquele barquinho, não é? Maria Madalena, Maria Cleófas e Maria Salomé. Pois bem, hoje temos aqui tres marias também, a diferença é que não somos santas. Eu, Mulambo e Quitéria vamos fazer o serviço inverso daquele que as tres santas fizeram no passado, afinal elas salvaram a alma de Sara Kali... mas hoje nós vamos atacar a parte cigana que esta nela. O intuito é matar quaisquer resquício da tal "Cigana Sete Saias", o que deve prevalecer é a feiticeira... a Bruxa Sete Saias, a linhagem de Sara Kali tem que morrer dentro dela.
— Não vou permitir isso!
— Faça o que puder, eu sempre gosto de uma briga justa.
Corri até minha filha e a puxei pelo braço.
— Soraya desça daí! Não entendeu o que elas querem fazer contigo?
— Entendi sim.
— Ora, então desça logo daí!
— Não.
Padilha correu e a segurou
Pelo outro braço.
— Ela disse não, respeite homem!
— Soraya! Não renege a sua linhagem Cigana, nos somos o povo mais antigo do mundo e...
— Ah pai... cale essa boca!
— O quê? Não fale assim comigo, eu sou seu pai!
— Eu não reneguei agora a minha linhagem cigana, o senhor me expulsou! Eu tinha treze anos! Treze! E o senhor queria me obrigar a casar com seu primo velho gordo... e quando eu me recusei, o que recebi foi um surra, uma trouxa de roupas e fui largada a própria sorte no meio da floresta.
— Eu não fiz por mal, era a tradição! As coisas tinham de ser assim!
— Me fale papai, me fale de Maraieva, a minha irmãzinha, como ela sumiu? Como uma criança de um ano de idade some?
— Ela... era defeituosa, você sabe!
— O que vocês, ciganos malditos fizeram com ela?
— Você sabe o que foi feito, não sei porque está desenterrando essa história agora!
— E Silon? Meu primo Silon?
— Por Kali Soraya, era um efeminado, nos tínhamos de expulsar!
— Você não entendeu ainda não é? Vocês ciganos de merda prezam pela pureza, pela linhagem nobre do sangue, mas é com os diferentes que é o meu lugar. Eu fui parar no cabaré, no cabaré sim, no meio de prostitutas, efeminados, deformados, negros e asiáticos, no meio dessa gente que para mim é a MINHA GENTE.
— Pense o que quiser, diga o que quiser! Mas a sua alma Cigana sempre vai ser parte sua, nunca vai se livrar dela! Quem sai aos seus não degenera!
— EU NÃO QUERO SER CIGANA!
— Agora Quitéria!
Então aquela Maria Quitéria
Também segurou no pulso de
Soraya, ela e Padilha estenderam
As mãos livres para trás para que
Mulambo as puxasse,
Mulambo assim fez enquanto
Cantava:
“Cabra Preta que no monte subiu,
Traz a tona a Sete Saias que
Da encruza sumiu.
Sete Saias, assim como o galo canta,
Burro rincha, o sino toca e a
Cabra berra, assim tu hás de ser livre
Do laço de cetim!
Assim como Caifás, Satanás, Ferrabrás
E o Maioral do Inferno,
Que fazem todos dominar,
Fazei Sete Saias se dominar,
Para fazer de Kali um cordeiro,
Presa debaixo do teu pé esquerdo.
Nada ha de rachar, a luta vencerá
Pela da Cabra Preta do mal eterno,
Que é senhora do alto do Ararath
E da cova profunda do inferno.
Sete Saias, com dois eu te vejo,
Com três eu te Solto,
Com Caifás, Satanás, Ferrabrás
Lhe faço ser irmã de Yeborath!
Mulambo repetiu a ladainha,
Padilha e Quitéria repetiram
Entoando aquilo em coro.
— Rapido me ajudem!
Os meus ciganos vieram,
Esmeralda segurou no pulso
de Soraya junto comigo,
Yago segurou os nossos pulsos livres
e assim ficamos na mesma posição
que as bruxas.
Começamos a cantar
O hino de nosso Clã,
Isso era a oração mais poderosa
Afim de avivar a alma cigana
De minha filha.
" Ô Cirandeiro, ô Cirandeiro ó!
Ô Cirandeiro, ô Cirandeiro ó!
A Luz do anel brilha mais
Do que o sol!
Ô Santa Sarah, ô Santa Sara ó!
Ô Santa Sarah, Santa Sara ó!
A luz do teu olhar
Tinha fogo e me queimou!
Os teus olhos me enfeitiçam,
É tao grande a tua beleza!
Os sete mares tu abrange,
Pois Kalon é o teu sangue!
Nós ciganos podemos até
Muitas vezes o caminho errar!
Santa Sara lhe entrego com fé
Esse meu caminhar!
Nossa vida é liberdade,
E agora eu vou lhe dizer,
Nunca temo o caminho
mesmo com medo de se perder!
Nunca temo o caminho
mesmo com medo de se perder!"
Era uma confusão de vozes,
Nosso lado e o lado delas
Cântando a plenos pulmões.
Então senti meus pés se
Erguerem do chão, era como
Se estivesse a um centímetro
Do solo.
Soraya deu um tranco,
O corpo dela começou a girar,
E nós segurando firme nela
Giramos junto.
Segurava com toda a força no
Pulso dela, Esmeralda e Yago
Também não se renderam,
Mas infelizmente o lado de lá
Também estava firme.
Chamas de fogo azulado brotaram
Das caixas, era como se
Minha filha estivesse girando
sobre uma fogueira diabólica.
Os olhos dela emanavam luz,
O olho direito era como um prisma,
O esquerdo um farol rubro,
Ela escancarou a boca e gargalhou,
Mas a voz era duplicada,
Eu pude ouvir nitidamente um
Riso suave e uma gargalhada
Cheia de deboche.
A velocidade do giro
Aumentou tanto que a saia dela
estava aberta, girando no ar,
Os cabelos revoltos espalhados
Pelo vento que agora assolava a sala,
E de repente um clarão amarelo,
Um som de trovão,
E todos nós fomos arremessados
Para longe.
Me ergui rapido olhando em volta,
Vi do outro lado do salão
As três Marías também se levantando.
Esmeralda perguntou:
— O que é aquilo?
Olhei para o meio do salão,
O corpo de minha filha reluzia
Como uma brasa,
Estalava como um carvão aceso.
Aos poucos foi se dividindo,
A massa do corpo se entortou
E então se tornou duas
E essas massas se tornaram
Duas mulheres abraçadas.
Aos poucos desfizeram o abraço
e deram um passo para trás
admirando uma a outra.
As duas eram idênticas,
O mesmo rosto, mesma pele
E cabelos, mas os olhos e as roupas
eram distintas,
Os olhos de uma eram vermelhos
e os da outra, verdes.
A de olhar vermelho usava um vestido
Flamenco, rubro e negro,
A de olhos verdes usava o mesmo
vestido mas nas cores do arco-íris.
Elas se olharam confusas.
— Deu certo!
Olhei para Padilha.
— O que é isso?
A mulher de roupa arco-íris
sorriu para mim.
— Sou eu pai, Soraya. Eu sou a Cigana das Sete Saias. Eu sou... Cigana.
Me aproximei dela incrédulo.
A outra mulher, a de roupa rubro-negra
Me olhou torcendo os lábios
Sem disfarçar o asco.
Padilha foi até ela e a abraçou.
— Feiticeira! Obrigada.
— Agora vai ficar tudo bem, você é uma única mulher. Sete Saias das Sete Encruzilhadas...
— Vocês duas... vocês eram a mesma pessoa? Vocês...
— Sim.
— Sim.
— Mas agora vamos ter paz. A parte cigana não mais me assolará com culpas e conceitos.
— A parte bruxa não mais me sujará com magia negra.
— Como isso é possível? Como uma alma pode se tornar duas? Eu não compreendo?
— Tudo é possível para aquele que crê. Agora vamos embora, quero ver vovó Lurdes e Pablo, Filomena e... Ah Esmeralda, que saudades.
Ela correu e abraçou Esmeralda
Que assustado não retribui o abraço.
A tal Sete Saias das Sete Encruzilhadas
Gargalhou nos vendo juntos.
— Porque ri de nós?
— Sabe da onde veio a maldição que me prende a esse mundo? Veio justamente daquilo que estas caixas guardam. Sabe qual é a maior graça? Qualquer um que tenha contato com essa magia é amaldiçoado. Você estava segurando meu pulso, não estava? Bem no ato da magia? Ah Wladimir... Nada de Lemúria pra você, nada de Lemúria pra sua gente. Somos todos malditos agora.
Olhei para a Cigana das Sete Saias.
— O que ela disse é verdade?
— Infelizmente... sim.
Tentei muitas vezes ir para Lemúria
Com meu povo, mas não pude,
Todos os ciganos de meu clã,
todos os que estavam sob a minha
liderança ficaram presos neste
Mundo comigo.
Eu recuperei metade de minha filha,
A metade cigana, e a amo muito,
Minha querida Cigana das Sete Saias.
Mas a outra metade eu também amo,
Ela agora se auto intitula
"Pombagira das Sete Saias".
Ainda não entendi o que é
Ser Pombagira, mas é o que
Ela afirma ser.
Ela não gosta de mim,
Não se aproxima de qualquer
Coisa que seja cigana,
Mas ela é uma de nós,
La no fundo eu sei que
O destino das duas metades
é se unir novamente.
Fico pensando se um dia
Poderei sair daqui e ir para
Lemúria.
E devo confessar que... se eu
puder ir... quero levar as duas
Sete Saias comigo.
Hoje eu fiquei pensando muito
Nisto.
Eu estava indo junto com
Meu povo todo para uma festa
Cigana, em uma casa de mediuns
Que prezam pela espiritualidade.
Chamam agora isso de Umbanda,
Pois a gente de hoje é criativa
Em dar nomes aos credos.
No meio desta festa haviam
Lá duas mediuns, uma se
Deixou incorporar pela cigana,
A outra pela Pombagira.
Enquanto dançavam
era como se fossem figuras
Espelhadas,
Dançavam de modo igual
uma de frente para a outra.
Fiquei olhando aquilo e me
Lembrando de quando éramos
Vivos e minha Soraya era uma
Menina animada e faceira
Dançando em torno das fogueiras
nas noites de festa do nosso povo.
Eu não entendo porque tudo
No caminho dos espíritos é
Tão confuso.
Mas eu juro que vou juntar
As duas metades de minha
Soraya novamente.
Tanta gente vai até estas
Partes dela pedindo por felicidade...
Eu queria ter alguém a quem pedir,
E eu pediria apenas que
Ela finalmente fosse uma.
Que ela finalmente fosse... feliz.
Felipe Caprini, Contos das Muitas Marias
Segunda Temporada — Conto 7
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